Buscar

A IMPORTÂNCIA DO MARKETING, DA PESQUISA DE MERCADO E DA NEGOCIAÇÃO PARA AS EMPRESAS BRASILEIRAS EM TEMPO DE CRISE

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

�PAGE �18�
�
�
SUMÁRIO
61	resumo	�
72	Introdução	�
83	DESENVOLVIMENTO	�
83.1	A importância do Marketing em tempos de crise	�
103.2	pesquisa de mercado	�
113.2.1	Analise de esforços de venda	�
133.3	Negociação	�
164	CONCLUSÃO	�
17REFERÊNCIAS	�
�
A IMPORTÂNCIA DO MARKETING, DA PESQUISA DE MERCADO E DA NEGOCIAÇÃO PARA AS EMPRESAS BRASILEIRAS EM TEMPO DE CRIse
Alzira Inocência de Souza
Ana Luiza Buture
Douglas Felicio Aguiar 
Kawana Jaqueline da Rocha
Maiara Aparecida Almeida Maia
resumo� 
Ao buscar noticias nas mídias sobre o mercado financeiro, nos deparamos sempre com alguma novidade, onde todos os setores se, torna refém de previsões negativas com relação aos próximos semestres. Onde as mudanças de hábitos dos consumidores e os novos cenários acabam exigindo que as empresas se ajustem aos tempos difíceis da crise, não apenas a fim de sobreviver, mas também com a estratégia de prosperar depois dela. Quando o país vive momentos de crise financeira, as empresas precisam tomar decisões difíceis. O caixa aperta, e as notas as serem pagas vem, e vai se tornando cada vez mais difícil atingir as metas. É preciso reduzir custos, deixar de investir e rever o planejamento. O artigo apresenta uma abordagem sobre o marketing, a pesquisa de mercado e a negociação, procura fornecer informações específicas sobre técnicas e estratégias desses setores em tempos de crise.
Palavras chave: Administração, crise, estratégias, empresas brasileiras.
Introdução
O artigo a seguir apresenta uma abordagem procurando fornecer informações específicas sobre técnicas e estratégias em marketing, pesquisa de mercado e negociação, além de conter conteúdo das etapas que compõem os processos com base em conceitos, teorias e teses de autores e administradores renomados, afim de que possas compreender a importância desses assuntos para as organizações em tempos de crise.
O artigo foi escrito com objetivo de aprofundar os conteúdos estudados nesse semestre, para nos capacitarmos ainda mais no que diz respeito à administração.
Na primeira seção trataremos de assuntos sobre o marketing, suas funções, e estratégias para se adotar. Marketing nada mais que a estratégia empresarial de otimização de lucros por meio da adequação da produção e oferta de mercadorias ou serviços às necessidades e preferências dos consumidores, recorrendo a pesquisas de mercado, design, campanhas publicitárias, atendimentos pós-venda etc.
Na segunda seção falaremos da pesquisa de mercado, um estudo que tem como objetivo determinar as perspectivas de venda de produtos/serviços no mercado externo e indicar a maneira de se obter os melhores resultados, e as melhores atitudes a se tomar durante recessões.
A negociação é uma competência bastante requerida na atuação profissional do administrador, pois, este lida diretamente com dois públicos muito conflitantes: o interno e o externo. Logo, se faz �necessário o conhecimento de técnicas, táticas, estratégias e comportamentos de negócios, pois o administrador se depara diariamente com conflitos organizacionais, e essa situação tende sempre a piorar em tempos de crise, e é sobre esse assunto de trataremos na terceira seção. 
Este artigo vai dizer muito mais sobre essas funções da administração tentando obter os maiores resultados para nos tornarmos excelentes administradores. 
DESENVOLVIMENTO
A importância do Marketing em tempos de crise
“O Marketing envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais” (KOTLER, KELLER, 2012, P.3). Segundo a Associação Americana de Marketing (American Marketing Association) “O marketing é a atividade, o conjunto de conhecimentos e os processos de criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para consumidores, clientes, parceiros e sociedade como um todo”. Resumindo, o marketing é um processo dentro de organizações que inclui ferramentas, estratégias e processos para intensificar as vendas da mesma, onde o foco é o cliente.
Atualmente o Brasil vem sofrendo com uma crise econômica intensa que vem se arrastando desde 2014 e se vê em alta agora em 2016, a qual dera muitas dificuldades para gerir qualquer negócio. Segundo o site “Conceito de” uma crise, no que diz respeito à economia, é uma mudança brusca ou uma situação de escassez, posto isso, uma crise econômica faz referencia a um período de escassez em nível de produção, da comercialização e do consumo de produtos e serviços. A economia é cíclica, ou seja, combina etapas de expansão com fazes de contração. Estas flutuações sucessivas são conhecidas como ciclo econômico. 
Para uma empresa estar preparada para a turbulência externa que possa destruir um negócio, deve aumentar a sua capacidade de resiliência a todos os níveis, especialmente em marketing e vendas (Kotler e Caslione, 2009). Resiliência é a qualidade de ser capaz de regressar a uma forma ou posição inicial depois de ter sido dobrado, pressionado ou esticado; nos negócios, significa ser capaz de voltar à forma original ou se recuperar do embate. Os profissionais de marketing precisam dominar a capacidade de resiliência, se quiserem mobilizar o mercado. Criando uma capacidade interna de estar sempre a reinventar modelos de negócios e estratégias de marketing. De modo que possam se adaptar rapidamente quando o mercado se alterar.
Uma crise nunca é igual à outra, mas existem alguns comportamentos e estratégias as quais podem ser tomadas independentemente do tipo e grau de recessão. É comum a todas as estratégias a necessidade de algum tipo de retorno, na medida em que, cada estratégia deve proporcionar um retorno sobre o investimento (Kotler e Caslione, 2009).
O marketing em tempos de baixa é crucial para o bom desenvolvimento �das empresas, pois surge como uma forma para conseguir sobreviver ao mercado e possivelmente prosperar para sair da crise, em seu novo livro chaotics, Philip Kotler e Jonh A. Caslione, afirmam que o grande desafio do marketing em recessões será rever os gastos, área por área da empresa, para eles os administradores devem cortar gastos nas pesquisas de marketing custosas e demoradas, e investir no incentivo e motivação dos intermediários (atacadistas, varejistas, agentes e outros) que vendem e transportam seus produtos.
Os autores também afirmam (2009), que o ideal em tempos de mercado deprimido para proteger as vendas é manter o orçamento de marketing, pois uma das piores respostas das empresas em tempos de crise econômica é a implementação de cortes generalizados nos custos. A redução dos orçamentos de marketing e do desenvolvimento de novos produtos enfraquece a recuperação em curto prazo e pode comprometer o futuro da empresa em longo prazo. Além disso, ainda segundo esses autores as empresas que mais prosperam na crise, normalmente são as que traçaram e executaram estratégias de marketing com sucesso.
Depois, identificar os pontos fortes e fracos do grupo, dispensar os vendedores cujo baixo desempenho seja comprovado, e pensar que a queda da economia pode nos abrir portas também e não somente fechá-las.
Outra estratégia seria aplicar o marketing de relacionamento, se aproximar dos clientes, criar uma relação forte e duradoura, adotar o CRM (Customer Relationship Management, em português: Gestão de relacionamento com o Cliente), seu objetivo principal é colocar o cliente no centro dos processos da empresa de modo a viabilizar aquele tipo de percepção que permite antecipar as necessidades atuais do cliente. Segundo Kotler e Fox (1998), conquistar novos clientes custa entre 5 a 7 vezes mais caro do que manter os mesmos clientes que já possui, por isso, utilizar ferramentas como o CRM, que permitem a fidelização de um cliente, são estratégias corporativas excelentes para definir e implementar durante uma crise.
O marketing direto é outra
boa aposta para as organizações, é um sistema que usa uma ou mais mídias de propaganda. Para se fazer um bom marketing direto primeiro é preciso definir um público alvo, não se faz marketing direto “para todos”, na crise que é caso que estamos tratando, o público alvo certamente seria os clientes mais antigos da empresa, ou os quais já fizeram pelo menos uma compra do produto; Segundo passo: determinar o propósito da ação antes de selecionar a ferramenta que será utilizada, ou seja, determinar a melhor ferramenta para trazer estes clientes de volta, para torná-los fiéis a marca; Terceiro: antes de enviar ‘a proposta’ para todo o público alvo, é aconselhável mandá-la primeiramente a uma pequena amostra para ter noção de como será a aceitação do público, caso esta tenha o resultado abaixo do esperado, o ideal é refazer a proposta; Quarto: Dê um prazo para esta ação, isso faz com que os interessados partam para a ação o mais depressa; Quinto: Podem-se incluir para ação brindes, descontos, etc. Isso faz com que o produto chame mais a atenção do consumidor.
Uma excelente forma de marketing com baixo custo e ótima eficiência é o Marketing Digital, com ele é possível criar campanhas e direcioná-las para o publico exato que possui interesse no assunto, é possível acompanhar a evolução das campanhas e pausá-las quando necessário a qualquer momento. Outro beneficio está na possibilidade de comparar campanhas entre si e avaliar qual possui melhores resultados. E além de segmentar o público exato para campanhas de uma empresa, com esse tipo de marketing é possível expandir a um nível global. Deste modo, a empresa conseguirá atingir um maior público que passará a conhecer seus produtos e serviços.
Concluo então, esta seção, com uma citação de Bruno Lessa, diretor da agência Marketing SIM, ele defende que em momentos de crise, o marketing deveria ser o primeiro setor a ser valorizado e não cortado, “Em vez de correr para cortar custos imediatamente com o marketing a empresa deve procurar entender o seu consumidor, suas dúvidas e anseios neste momento, que o levam a reduzir o consumo, e em seguida adequar sua estratégia para ir ao encontro destas necessidades. Isso gera uma identificação da marca com o consumidor, o que é muito positivo”.
Outro aspecto relevante para as empresas é o estudo de mercado que é a análise dos problemas das transferências e vendas de bens e serviços do produtor ao consumidor incluindo as relações entre a produção e o consumo, a elaboração dos produtos e sua distribuição e venda por atacado ou varejo e não somente as questões financeiras conexas.
“O estudo consiste, especialmente, na recopilação, análise e interpretação das informações disponíveis, assim como dos elementos expressamente deduzidos dos censos, dados de distribuição, investigação sobre o consumo, exame dos resultados contábeis dos comerciantes, etc.”
No entanto, o verdadeiro conteúdo da capacidade e da extensão das investigações de mercado, vai além da fase de distribuição e venda,compreendendo a etapa anterior à fabricação do produto, com a finalidade de saber o que produzir para quem, a que preço, etc.
O estudo de mercado tem como objetivo: Conhecer, analisar e quantificar as oportunidades de venda:
Pesquisa� de Produto
Pesquisa de Mercado
Analisar o Esforço de Vendas:
Pesquisa de Organização de Vendas
Pesquisa de Vias de Distribuição
Pesquisa de Propaganda 
Para ser bem sucedida, uma empresa deve sempre procurar não só encontrar novos produtos também inovar os já fabricados. Importante ainda, se torna tentar estabelecer urna distinção entre seus produtos e os dos competidores, para que seus consumidores o percebam facilmente.
Quando a empresa tem em mira um novo produto possível investigar sua aceitação pelo público antes do início da produção, o que possibilita informações vitais para a aplicação de recursos.
É a pesquisa mercadológica do produto que vai fornecer certos dados necessários ao planejamento do produto, respondendo a indagações que tentarão aquilatar as especificações ou as modificações indispensáveis para fornecer um produto mais vendável. Com esses elementos procurar-se-á adaptar o produto aos usos e preferências do consumidor.
A Pesquisa de Imagem, nestes casos, é muito utilizada para apontar quais as características do bem estudado, as mais apreciadas pelos consumidores e quais os aspectos que determinaram sua rejeição por aqueles que não o consomem. 
pesquisa de mercado
A administração de uma empresa, geralmente, realiza estudos de mercado com a finalidade de determinar os grupos de pessoas (caracterizados por atributos tais como: idade, sexo, renda, profissão, classe social, região e tamanho da cidade onde habitam e outros mais específicos) que usam ou poderiam usar (mercado realou potencial, respectivamente) o produto e em que quantidades e circunstâncias.
Portanto a um nível mais genérico, distinguem-se dois tipos de Pesquisas Mercadológicas: Quantitativas e Qualitativas.
Dentre as Pesquisas Qualitativas as Pesquisas de Motivação de Compra esclarecem os motivos pelos quais os consumidores compram ou não determinados produtos, assim como as Pesquisas sobre Hábitos de Compra informam os usos e costumes dos vários grupos da população ao adquirirem mercadorias ou serviços. Isto é, quando, onde e como compram.
A medida que se descobre a motivação para compra e se conhece o tipo de consumidor real e potencial, os produtos podem ser projetados e os apelos de venda elaborados de acordo com as características apontadas pela pesquisa.
Do mesmo modo, o conhecimento obtido, relativamente às mudanças ocorridas nos hábitos de compra da população possibilita adaptações na estratégia de vendas, nas diretrizes de preços nas linhas de produtos, fazendo com que fabricantes, atacadistas e varejistas possam tirar vantagens das oportunidades que se lhes abrem.
As Análises Quantitativas e Qualitativas têm demonstrado que nas últimas décadas foram observadas pronunciadas modificações nas preferências dos consumidores com relação ao tipo de estabelecimento varejista, aos seus arranjos físicos e à apresentação dos produtos.
Por vezes, estes estudos de mercado se tornam mais complexos, pois nem sempre os compradores do produto são os próprios usuários. Neste caso, a pesquisa tornar-se-á útil para distinguir os compradores dos usuários, determinarem o grau de influência de ambos sobre a decisão de compra e descobrir os fatores determinantes do interesse de cada um desses grupos. 
As características dos grupos consumidores da grande maioria de produtos apresentam-se sensivelmente diferenciadas entre si. Por exemplo: como as famílias dos fazendeiros são maiores do que as das cidades; e suas idas ao mercado menos frequentes, sua preferência recai, em geral sobre as embalagens de tamanho grande.
Analise de esforços de venda
A eficiência da organização de vendas é uma preocupação vital das empresas, pois sua receita advém, totalmente, desse setor. Assim sendo, a análise de vendas é uma tarefa que está constantemente a exigir a realização de pesquisas. 
Pesquisa de Organização de Vendas:
Refere-se ao dimensionamento das possibilidades de venda dos produtos, incluindo:
- previsão de vendas: total, por produto e região;
- determinação do potencial de vendas e das quotas de venda;
- análise das vendas efetuadas: por produto, cliente e região.
Desta forma, a Pesquisa de Organização de Vendas está intimamente ligada aos estudos quantitativos de mercado.
Os territórios de vendas devem ser estabelecidos de acordo com o potencial de vendas, que por sua vez é determinado por uma análise de mercado.
Assim, a determinação de quotas baseadas no potencial de vendas torna-se um método eficiente no controle dos vendedores. Este aspecto é extremamente importante na análise das tarefas que os vendedores devem executar para melhor vender seu produto ou serviço. Por exemplo: saber quais os estabelecimentos a serem visitados, qual a frequência
de visitas, com quem falar, quais as idéias a serem salientadas e quais os serviços a serem executados.
Pesquisa de Vias de Distribuição
Quando a empresa utiliza outras organizações na venda ou prestação de serviços ao seu produto, deve possuir determinadas informações atualizadas e seguras que possibilitem um trabalho eficiente de seleção, venda e controle dessas organizações.
Inicialmente, os dados obtidos sem estudos de produto e de mercado fornecerão uma base para posterior complementação: as informações sobre os hábitos de compra do cliente, por exemplo, são importantes para determinar os melhores tipos de estabelecimentos distribuidores a serem usadas na venda dos produtos, as melhores firmas entre os tipos gerais e o número ótimo de estabelecimentos (distribuição geral ou selecionada). 
Por outro lado, é indispensável conhecer as características dos métodos de venda empregados por esses estabelecimentos e seu custo de venda para se dimensionar expectativas em relação ao retorno ou deterioração do produto, periodicidade de fornecimento, etc.
Muitas companhias, especialmente as que vendem produtos de altos preços obtém relatórios regulares de seus distribuidores sobre o fluxo dos estoques. Esses dados são úteis sob o ponto de vista da programação de produção indicando também a necessidade de utilização de campanhas de venda mais ou menos agressivas.
Aplica-se, ainda, a Pesquisa de Vias de Distribuição ao estudo da eficiência do intermediário. Conhecer, por exemplo, quais as razões que levaram o distribuidora reduzir as vendas dos produtos da empresa. 
Pesquisa de Propaganda
A pesquisa feita nesse campo engloba os tipos discutidos anteriormente, pois é necessário conhecer tanto o produto como o mercado para realizar uma propaganda eficiente. Aprofunda-se, no entanto, em fatores psico-sociais necessários ao fornecimento de subsídios para a elaboração de campanhas publicitárias, além de testá-las e mensurá-las. Desta forma, é dada uma particular ênfase a diversos tipos de pesquisas Qualitativas (método “Survey” - Entrevista de Profundidade - Método de Observação -Método Experimental – Pesquisas Motivacionais ou psíco-sociológicas).
É linguagem comum dizer-se que a propaganda é a “alma do negócio”. Entretanto as técnicas mercadológicas aplicadas no mundo moderno para divulgação dos produtos, marcas e nomes de empresas, atingem alto grau de sofisticação tanto no seu planejamento científico, como no material. Os processos de comunicação e toda teoria científica construída nesse campo têm sido a causadora de métodos cada vez mais eficientes que diz respeito aos seus resultados.
É notório, entretanto, que a “tecnologia da propaganda” não é acessível à maioria das pequenas e médias indústrias. O seu custo em função do critério de aplicação extensiva ou intensiva, é que delimitam a sua aplicação em empresas de pequenos e restritos mercados. Portanto, compreender os princípios básicos da Técnica da Propaganda, a fim de poder avaliar sua aplicação eficiente numa pequena empresa, é o objetivo desta análise.
Princípios básicos da propaganda:
1 - É preciso se efetuar a propaganda por um período relativamente longo, ou com certa constância.
2 - É preciso que o produto seja diferenciado.
3 - Utilizar veículos adequados de comunicação, levando em consideração para quem (delimitação quantitativa e qualitativa do consumidor que deve será tingido), quando ela será efetuada (programação de distribuição, ciclos de compras, etc.), e durante quanto tempo.
4 - Utilizar embalagem adequada. 
A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA DE MERCADO EM TEMPOS DE CRISE
Quando o país vive momentos de crise financeira, as empresas precisam tomar decisões difíceis. O caixa aperta a receita não vem, e vai se tornando cada vez mais difícil atingir as metas. É preciso reduzir custos, deixar de investir e rever o planejamento. Mas o que muitas empresas esquecem é que os seus clientes também estão vivendo a mesma crise e precisando tomar as mesmas decisões em suas vidas pessoais. E é aí que a pesquisa de mercado se torna importante.
Monitorar os hábitos de consumo de seu público-alvo é fundamental; em tempos de crise, pode ser vital. Quando o orçamento está mais apertado, é natural que as pessoas mudem alguns hábitos e, neste caso, alguns produtos se tornam mais ou menos essenciais. Neste processo, algumas marcas se beneficiam, outras se prejudicam. 
Com uma pesquisa de hábitos de consumo, é possível ter uma visão do cenário, entender o movimento que os consumidores estão fazendo e encontrar oportunidades para conquistar novos clientes. 
Em momentos de instabilidade financeira, perder clientes se torna ainda mais crítico. Por isso, medir a satisfação do seu público deve ser uma prática constante, para que seja possível tomar as atitudes certas ao primeiro sinal de que alguma coisa está errada. 
Mais do que lamentar a crise, é preciso encontrar maneiras de superá-la e até de se fortalecer durante esse período. Para isso, é preciso ter inteligência e velocidade para tomar as decisões certas, e a melhor forma de não errar é com informação. As pesquisas de mercado se tornam um grande aliado para encontrar as melhores oportunidades no meio de tantos desafios. 
Negociação
E Etimologicamente a palavra negócio deriva do latim, “negotĭum”, que é um vocábulo formado por nec e otium (“aquilo que não é lazer”) e quer dizer a negação do ócio, não se trata apenas de negócio financeiro ou comercial, mas sim toda a atividade ou trabalho que se é realizado com ou sem fins lucrativos. É aquilo que é matéria de uma ocupação ou atividade lucrativa.
A negociação é formada muitas vezes por um paradoxo, de que para ser chegar rápido é preciso ir devagar, para que consigamos um acordo, encontramos muitos obstáculos no caminho, como posições rígidas, emoções fortes de medo e raiva todas elas negativas, há uma crença e insatisfações de que alguém sempre vai ganhar à custa do outro, muitas vezes a grande barreira está dentro do próprio negociador, como agir impulsivamente, não saber esperar o momento certo. Focar no que realmente é importante para solucionar o problema de forma que os dois lados saiam beneficiados. O professor de Harvard que é uma referência mundial em se tratando de negociação, William Ury, define que "Um bom negociador é alguém que sabe ouvir e aprender".
A negociação tem pelo menos cinco áreas, e que temos que entender determinada assunto ou negócio, dessas várias óticas, desenvolver e estar preparado para continuar o processo de negociação, temos que entender de várias óticas, econômica, administrativa, contábil, jurídica e financeira, pontos latentes para alcançar os objetivos através de um acordo. As etapas da negociação vão da preparação antes de iniciar até o comprimento do negócio. A abertura, exploração, apresentação a clarificação do acordo e por fim o comprimento do negócio. Nesta transação pode encontrar vários tipos de negociadores, como por exemplo, o negociador bonzinho, e o durão.
O negociador bonzinho geralmente acaba perdendo de alguma forma na negociação, já o negociador durão, tem a tendência a ser muito implacável, pois, quer ganhar a qualquer custo, isso pode levar a ações graves e prejudiciais ou até mesmo não concluindo o negócio, ou então, não interessante para ambos os envolvidos, essa mentalidade de vencer a qualquer custo pode se enquadrar em uma negociação ganha-perde, que antes muito usado nas negociações, com a mudança de mentalidade com passar dos tempos hoje o termo mais conhecido é o ganha-ganha, onde todos os envolvidos sempre procuram a melhor alternativa em caso de conflitos de interesses o meio a meio (nem pra mim nem pra você), deixar de lado os problemas pessoais, buscando a solução do impasse, muito importante neste processo. É fundamental ouvir e entender as expectativas do outro lado, crença e valores do negociador podem criar dificuldades para negociação. O desafio
é fazer o oposto e tornar-se responsável por sua vida e por seus relacionamentos. “Mais especificamente, é desenvolver a Batna interior (Best Alternative To a Negotiated Agreement, ou Melhor Alternativa a um Acordo Negociado) e assumir o compromisso de cuidar de seus interesses, independentemente do que os outros façam ou deixem de fazer” (Ury,WILLIAM, 2015 p 9,10).
O negociador tem que compreender como estão os cenários dos envolvidos: Quem é a outra pessoa com quem está falando? O grau de importância e a autoridade dela? Para o negociador como conseguir fazer um bom jogo de palavras, as táticas usadas, os tipos de barganhas e qual a cultura organizacional de soluções de problemas da empresa? Fazer o melhor, verificar o macro e micro ambiente econômico e social. Cuidar para não falar fora do ambiente de negociação.
Em tempos de crise as empresas buscam se livrar de tudo aquilo que não tem um bom desempenho e elimina as negociações de baixo rendimento. Toda empresa passa por períodos de quedas nas vendas ou no faturamento, e esses também são tempos de criar oportunidades que muitas vezes não são vistas dentro da empresa, e nem mesmo aproveitadas ou não preparada para aproveitar, pode haver também uma retração e imobilização, ela deve estar atentas para não ser omissa e nem ficar na defesa, e quando isso acontece há a necessidades de haver uma negociação dentro e fora da empresa fazendo os ajustes necessários para superar ou não poderá aguentar e sucumbir. 
Essa negociação assume decisiva importância no ambiente de negócios, pois funciona como elo entre a empresa com seus diversos stakeholders: proprietários, acionistas, funcionários, governo, clientes, concorrentes, fornecedores, instituições financeiras, sindicatos, dentre outros, essa necessidade de enxugar as funções, diminuição de custos, cancelar ou adiar projetos, decisões muitas vezes difíceis, revisar os processos, antecipar aposentadorias, trocar os funcionários por melhores e com salários mais baixos, acaba sendo a palavra de ordem para sobreviver à crise, isso acontece desde grandes empresas até pequenas e familiares.
Neste processo existe acordo com sindicatos das categorias, essas necessidades de sempre estar à frente enxergando os sintomas e assim prevê-las, que antecipam uma crise muitas vezes pode ser vista como, por exemplo, a queda de um investimento de em um setor multiplicador, além do efeito global, ela desafia a encontrar soluções e fazer uma negociação tranquila na hora de demitir e reduzir o número de colaboradores, vários tipos de acordos trabalhistas e encargos precisam ser analisados qual vai ser o melhor para cada tipo de setor. 
No Brasil o que geralmente mais sofre é o setor automobilístico e metalúrgico, como consequência dessa redução na produção, as medidas que são tomadas geralmente acabam criando uma demissão em massa, e todo o setor de autopeças é atingido também, com a proposta a redução dos salários e/ou de redução proporcional de jornada e salários perante o sindicato da categoria (artigo 7º, VI, da Constituição Federal). A atual legislação brasileira permite que haja a alteração no contrato de trabalho, ainda que prejudicial, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados (artigo 503 da Consolidação das Leis do Trabalho). Já o artigo 2º da Lei 4.913/65 possibilita que o empregador, devido a conjuntura econômica, reduza a jornada e o salário, por prazo certo e no máximo durante três meses (prorrogáveis, se a condição originária da ação se mantiver), observado o limite de 25% e o salário mínimo nacional. Hoje um termo bem conhecido e o de “Layoff” (dispensa ou suspensão temporária do contrato de trabalho), já o artigo 476-A da CLT foi acrescentado pela Medida Provisória 1.726/2001 que permite a opção do empregador pela suspensão temporária do respectivo contrato de trabalho, mediante previsão em acordo coletivo ou convenção de trabalho, desde que, tenha aquiescência formal do empregado, essa regra vale apenas para que o empregador invista em qualificação técnica profissional ao empregado, e no período de afastado o empregado, este receberá uma bolsa custeada pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador); ao invés de salário e com isso, o empregado durante o tempo de afastamento este participará de cursos ou programas de qualificação do trabalhador. Segundo o pesquisador Dieter Kelber, a cada emprego direto na indústria carrega aproximadamente outros 20 empregos indiretos. “As empresas têm procurado medidas paliativas, como férias coletivas, para retardar o impacto, na esperança de uma diminuição dos efeitos da crise. Mas não há indicação que o fantasma das demissões possa ser eliminado”, diz ele, que é diretor-executivo do Instituto Avançado de Desenvolvimento Intelectual - Insadi. 
Já algumas empresas aumentam o crescimento durante a crise, isso pode acontecer diferentemente da grande maioria, não pode ficar seguindo só a concorrência, buscar um único índice e olhando no seu próprio “umbigo” só estar encantada com o seu painel de crescimento.
Por isso é comum em uma crise, até um segmento inteiro ir para o buraco uma seguindo a outra, exceto as organizações com estratégias próprias. O escritor e consultor Mario Persona diz em entrevista “Quem não sabe mudar a si mesmo para manter a cabeça fora da água terá dificuldade para mudar qualquer coisa, seja a empresa, o produto ou o serviço”. Se inovação é essencial para o crescimento da empresa, em tempos de crise, ela vira palavra de ordem, e adaptar-se a mudanças constantes não é uma tarefa fácil, a maioria das pessoas prefere ficar na zona de conforto e sem se preocupar com o inesperado, por que enfrentar os desafios que surgem é uma jornada árdua e o importante é que os lideres tem que saber como negociar na hora certa com essas mudanças no ambiente organizacional, negociar não só o conhecimento técnico, aliar a capacidade de adaptação, facilidade na comunicação, se relacionar com os outros, a ousadia, esses são fatores essenciais dentro da empresa, sendo um diferencial valorizado.
Explicar a situação econômica e a interferência externa como está afetando, pedir idéias e como cortar custo, como de fato pode controlar ao máximo, agir rápido, buscar um espírito de cooperação com os funcionários, porque, o destino da empresa de certa forma está atrelado ao deles, em contramão ela tem de reconhecer o esforço deles. Essa capacidade de se adequar traz a necessidades de buscar novos paradigmas e não resta a menor dúvida, que nos momentos de crise, o que se diferenciam os negociadores efetivamente. 
CONCLUSÃO
Concluímos então que o marketing trata-se de um importante investimento, cujas ações se encontraram as chances de potencializar as vendas da empresa nas ocasiões de crise. Em momentos de restrições econômicas, a empresa não deve cortar os recursos para a área de marketing, mas estudar mais ainda as maneiras de torná-lo mais eficiente. 
Na pesquisa de mercado é preciso se encaixar na economia, e estudar as possibilidades de se manter até que tudo se estabeleça. Transformar as estratégias para continuar com seu consumidor e para que ele não perca fé em seu produto e negócio. Especialistas explicam que é preciso pesquisar sobre empresas concorrentes no mercado. Realizar pesquisas comparando outras empresas que também exercem o mesmo papel que o seu no mercado, vendo como elas se mantém e se já passaram por problemas antes. Treinando a equipe de vendas, telemarketing, atendimento pessoal e principalmente, o empresário deve se capacitar para saber enfrentar crises como a que estamos vivenciando. Estabelecendo algumas prioridades de permanência e fazendo reajustes para que sua empresa se mantenha em equilíbrio, investindo na capacitação de seus colaboradores e buscando por novos horizontes e oportunidades que possam ajudar a empresa a se sustentar e se manter até o término deste período.
É importante que o profissional coloque sempre o interesse da organização como fator primordial. A negociação em
que ambas as partes saem satisfeitas com o que foi planejado, principalmente, quando envolve comprador e vendedor, é possível criar parcerias para atender as necessidades dos clientes internos e externos da organização.
 Negociação é um instrumento de comunicação utilizado quando nenhuma das partes, isoladamente, possui poder absoluto de decisão. Ter profissionais competentes nessa área é uma estratégia de mercado, e uma tática para conseguir melhores resultados. A boa negociação envolve economia de recursos financeiros e mão-de-obra, otimização do aproveitamento de talentos pessoais e de tempo, elementos essenciais no mundo corporativo. Uma negociação bem feita pode salvar uma empresa, propiciar saltos na carreira e elevar o nível profissional de todos.
A crise é como uma luta de boxe ou uma guerra, quem não estiver preparado adequadamente pode sofrer um nocaute ou perder a guerra. Portando é preciso desenvolver algumas habilidades. E para fazer isso com propriedade, podem-se destacar alguns pontos a serem estudados para que não reste nenhuma dúvida na hora de enfrentarmos uma crise ou mesmo no dia a dia de uma organização.
REFERÊNCIAS
NONAKA, Henry Tetsuji. Fundamentos de marketing/Henry Tetsuji Nonaka, Isabele Domingues Schlossmacher, Marcos Roberto Marques, Elson Vieira da Mota, Anna Beatriz Cautela T. Gouvêa. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2014.
RAMPAZO, Adriana Vinholi. Pesquisa em Negócios: Administração/Adriana Vinholi Rampazo, Henry Tetsuji Nonaka. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2011.
TRIGUEIRO, Rodrigo de Menezes. Metodologia Cientifica/ Rodrigo Menezes Trigueiro, Marilucia Ricieri, Gisleine Bartolomei Fregonese, Joacy M. Botelho. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2014.
PASSOS, Alfredo. Marketing na crise: Novas idéias de Kotler. 2009. Artigo – Administradores. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/marketing-na-crise-novas-ideias-de-kotler/31874/ Acesso em: 17 abril 2016.
FREITAS, Thalita. Investir em Marketing pode ser a solução em momento de crise. 2015. Artigo – Portal VGV Tudo sobre marketing. Disponível em: http://www.portalvgv.com.br/site/investir-em-marketing-pode-ser-a-solucao-em-momento-de-crise/. Acesso em: 21/04/2016 
BOYD e WESTFALL, Pesquisa Mercadológica — 1a. Edição em português, 1964. 
MAX K. ADLER, A Moderna Pesquisa de Mercado — 2a. Edição Pioneira, 1971. 
WHEELER, Michael, A Arte da Negociação: Como improvisar acordos em um mundo caótico; tradução de Poliana Oliveira. – São Paulo: LeYa, 2014.
Disponível em http://fstsindical.com.br/em-tempos-de-crise-o-que-se-fala/
Por Stanley Martins Frasão e Orlando José de Almeida Acessado em: 10/04/2016
WANDERLEY, J. A. Negociação total: encontrando soluções, vencendo resistências,
obtendo resultados. São Paulo, Ed. Gente, 1998.
Disponível em http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/como-fazer-boas-negociacoes-mesmo-em-tempos-de-crise Acesso em: 10/04/2016
Isto é Dinheiro Nº EDIÇÃO: 831 | Negócios | 13. SET.13 O pacificador de empresas Por Ralphe Manzoni Jr. Acessado em: 21/04/2016
Disponível http://www.jornalahora.com.br/opiniao/a-arte-de-negociar/ Artigo de Claiton Fernandez, A arte de negociar, publicada em Publicada em 29/03/2016 no site 
Acesso em: 06/04/2016
Disponível em http://www.diariodaregiao.com.br/vidaeestilo/inova%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-essencial-para-uma-empresa-em-tempos-de-crise-1.134018 Acesso em: 06/04/2016
Disponível em http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/como-fazer-boas-negociacoes-mesmo-em-tempos-de-crise Acesso em: 06/04/2016
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
ALZIRA INOCêNCIA DE SOUZA 
ANA LUIZA BUTURE
DOUGLAS FELICIO AGUIAR 
KAwana Jaqueline da ROCHA
MAIARA APARECIDA ALMEIDA MAIA
A IMPORTÂNCIA DO MARKETING, DA PESQUISA DE MERCADO E DA NEGOCIAÇÃO PARA AS EMPRESAS BRASILEIRAS EM TEMPO DE CRISE
Wenceslau Braz
2016
ALZIRA INOCÊCIA D SOUZA
ANA LUIZA BUTURE
DOUGLAS FELICIO AGUIAR
KAwana Jaqueline da ROCHA
MAIARA APARECIDA ALMEIDA MAIA
A IMPORTÂNCIA DO MARKETING, DA PESQUISA DE MERCADO E DA NEGOCIAÇÃO PARA AS EMPRESAS BRASILEIRAS EM TEMPO DE CRISE
Portfólio interdisciplinar em grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral.
Professores: Henry Nonaka, Ewerton T. Cangusso, Fábio Rogério Regioli – Marketing
Emília Yoko Okayama, Fábio L. Z. Coltro – Pesquisa de Mercado
Vinícius Pires Rincão, Maurílio Bergamo - Metodologia Cientifica
Elisete Alice Zanpronio de Oliveira, Sebastião de Oliveira – Negociação
Marcos Roberto Marques, Fernando Lino Júnior – Seminário Interdisciplinar III
Wenceslau Braz
2016
�
O logo da Unopar não é o padrão.
�
Prezados(as) alunos(as) o conceito foi de excelente. Há falhas em relação as normas da ABNT e/ou erros de grafia, que seguem anotadas em comentários e/ou destacadas em vermelho no decorrer do trabalho. Parabéns pelo trabalho. 
�
A numeração e página deve começar pelo resumo, portanto essa página deveria ser a numeração 1.
�
Normas da ABNT que não foram seguida para Artigos Científicos:
- Espaço entre linhas simples 
�O alinhamento deve ser justificado.
�Em um artigo científico não é recomendado utilizar-se de marcadores.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando