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Plano de Disciplina Teoria Geral dos Contratos Aula 6 Classificação dos Contratos

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PLANO DE DISCIPLINA 
 
DIREITO CIVIL III – TEORIA GERAL DO CONTRATO 
 
AULA 6 – CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 
 
1 – Classificação quanto a carga de obrigação das partes: 
 
a) Contratos unilaterais e bilaterais: aqui não importa o número de contratantes, mas 
sim à carga de obrigações das partes. 
 
Contratos Unilaterais: são aqueles que geram obrigações a apenas um dos 
contratantes. Ex.: contrato de doação pura e simples. Contudo, o contrato de doação, 
quando feito com encargo, passa a ser bilateral; o contrato de comodato e mútuo também 
são unilaterais, mas podem ser bilaterais, desde que haja a imposição de obrigação para 
o comodatário ou ao mutuário. 
 
Contratos Bilaterais: são aqueles com prestações recíprocas; são aqueles que há 
obrigações para ambas as partes. Ex.: contrato de compra e venda. Nesse tipo de 
contratação, cada parte tem direito de exigir da outra o cumprimento da obrigação. A 
característica dos contratos bilaterais é o sinalagma. 
 
OBS: A doutrina traz os contratos bilaterais imperfeitos, que são aqueles originalmente 
unilaterais, que, após a celebração, durante a vigência, surgem obrigações para a parte 
não onerada. É o que ocorre com o contrato de depósito, em que o depositante é 
obrigado a pagar ao depositário pelas despesas feitas para a manutenção da coisa (art. 
643, CC). 
 
Responsabilidade pelos riscos nos contratos unilaterais: a quem o contrato aproveita 
responde por simples culpa, por eventuais ilícitos praticados; e somente por dolo a quem 
não aproveita o contrato (art. 392, 1ª parte, CC). 
 
Responsabilidade pelos riscos nos contratos bilaterais: cada um dos contratantes 
responde por culpa pelos ilícitos praticados (art. 392, 2ª parte, CC). 
 
Contrato Plurilateral: é aquele que exige a manifestação de mais de duas vontades, o 
que não significa contratos bilaterais com múltiplos sujeitos ativo e passivo. Aqui, os 
contratantes têm o mesmo nível de direitos e obrigações. 
 
Teoria da Exceção do Contrato Não Cumprido (art. 476, CC): nos contratos bilaterais, 
nenhum dos contraentes, antes de cumprida sua obrigação, pode exigir o implemento da 
do outro. 
 
a) Só atinge os contratos bilaterais. 
 
b) explica-se, porque cada uma das partes, nos contratos bilaterais, têm direitos e 
deveres na relação contratual, podendo uma exigir que a outra cumpra com a sua 
obrigação. 
 
c) a exceção é uma defesa contra o outro contratante, que se encontra inadimplente. 
 
d) aqui, o contratante inadimplente exige que o outro contratante faça a sua prestação.. 
 
e) as prestações devem ser exigíveis. 
 
f) o contrato não pode dizer quem deve cumprir primeiro o contrato (art. 477, CC). 
 
g) o inadimplemento completo também gera o nascimento da exceção. 
 
h) quando um está em inadimplemento gera ao outro o direito a perdas e danos. 
 
i) pode-se pedir a rescisão do contrato ou o cumprimento. 
 
j) podem as partes estipular, dentro da autonomia da vontade, abrir mão do direito da 
oposição da exceção do contrato não cumprido, ou seja, colocar a cláusula solve et 
repete? Nessa hipótese, há de haver o cumprimento da obrigação por uma das partes, 
ainda que diante do não cumprimento da prestação pela outra parte. Contudo, fica 
resguardado o direito às perdas e danos. Essa cláusula, nos contratos bilaterais, levam ao 
desequilíbrio nas forças das partes contratantes, o que só se permite quando diante da 
Administração Pública. O Código Civil não permite essa cláusula (art. 51, IV e IX, CDC).

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