Buscar

ativ-recreativas-apostila

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
AtividAdes RecReAtivAs
© Senac-SP 2007
AdministrAção regionAl do senAc no estAdo de são PAulo
Gerência de Desenvolvimento 3 
Roland Anton Zottele
Coordenação Técnica
Samuel Lloyd
Apoio Técnico
Robson Assis Rocha
Elaboração do Material Didático
Projeto Anima – Consultoria e Eventos em Recreação e Lazer
Editoração e Revisão
Globaltec Artes Gráficas
AtividAdes RecReAtivAs
2007
4
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
inTRoDução
CURSO ATIVIDADES RECREATIVAS: 
JOGOS E BRINCADEIRAS
MERCADO DE TRABALHO
O Mercado de trabalho para o recreador é crescente e infinitamente abrangente. Segue 
uma relação dos principais locais de atuação para o recreador, com uma breve descrição 
de algumas características dos mesmos, para que possam ser identificados. 
Devemos salientar que o mercado de trabalho não se restringe aos exemplos citados, pois 
os empreendedores do lazer buscam desenvolver novos trabalhos, projetos e propostas, 
ampliando assim, cada vez mais as possibilidades de inserção do recreador no campo de 
trabalho. 
Segue alguns exemplos do campo de atuação para os recreadores:
Acampamentos:
•	 Acampamento	Educacional;
•	 Day	Camp;
•	 Projetos	culturais;
•	 Colônias	de	Férias.	
Hotéis (Meios de Hospedagem):
•	 Resort;
•	 Pousadas;
•	 Spas;
•	 Navios.
Empresas e agências de Recreação e Eventos:
•	 Festas	e	Eventos	corporativos;
•	 Festa	Infantil	particular;
•	 Clubes	e	Condomínios;
•	 Escolas	Privadas	e	Públicas;
•	 Supermercados	e	Shoppings;
•	 Espaços	Culturais;
•	 Turismo	pedagógico.
5
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
Buffets
•	 Festas.
Terceiro setor
•	 Ongs	e	Instituições.
EMpREsAs púBLiCAs
Características
• ACAMPAMENTOS
“Acampamento é toda ação de saída de um grupo organizado 
em busca de contato com a natureza, com propósitos educativos 
e que serão alcançados através de atividades de lazer dirigidas 
por um grupo imbuído desse propósito”. 
 Littieri (1999, p. 8)
O termo correto para esse tipo de atividade é acantonamento, porém, são conhecidos 
como	Acampamentos	de	Férias,	ou	Acampamentos	Educacionais.	Estes	são	os	locais	“má-
gicos” do mercado de trabalho, pois crianças e adolescentes estão longe de casa, longe dos 
pais,	em	um	ambiente	totalmente	diferente	do	cotidiano.	Isso	propicia	inúmeras	situações	
que devem ser positivas, dependendo dos momentos vividos pela criança no acampamento.
Hoje,	no	estado	de	São	Paulo,	existem	aproximadamente	setenta	acampamentos	com	sede	
própria	ou	sublocada,	além	de	muitos	outros	grupos	que	realizam	este	tipo	de	atividade	de	
forma	independente.	(ACAMPAMENTO,	s.d.).
Estes	acampamentos,	normalmente,	são	construídos	pela	 iniciativa	privada	e	 localizados	
em	regiões	onde	possuem	uma	vasta	área	verde,	tanto	na	região	litorânea	como	no	inte-
rior.	Normalmente	possuem	infra-estrutura	com	alojamentos	(local	onde	os	acampantes	
dormem),	refeitório,	piscina,	quadra	esportiva	e	campo	de	futebol.	Vale	ressaltar	que	uma	
das	características	qualitativas	desses	locais	é	a	proximidade	com	a	natureza.	A	diversidade	
do local, relacionada à estrutura física é muito variada, dependendo do tempo de existência 
do acampamento e da sua filosofia de trabalho.
Os acampamentos realizam atividades durante todo o ano com grupos organizados através 
de igrejas e escolas, entre outros. Durante as férias trabalham com grupos heterogêneos, 
através	da	procura	espontânea	das	pessoas	que	enviam	seus	 filhos,	numa	relação	direta	
com cada instituição.
6
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
As	temporadas	que	tem	duração	normalmente	de	sete	dias,	reúnem	crianças	e	adolescen-
tes	de	diferentes	lugares,	com	idades	diferenciadas	(geralmente	de	3	a	18	anos)	e	número	
variável,	normalmente	a	partir	de	trinta	acampantes	chegando	a	temporadas	com	mais	de	
duzentos. Os pais entram em contato com os acampamentos ou com as empresas que os 
representam para conhecê-los e, posteriormente, inscrevem seus filhos nessa temporada.
O acampamento é iniciado a partir do ponto de encontro que é definido no ato da inscri-
ção.	Neste	local	uma	equipe	de	profissionais	(recreadores)	aguarda	os	acampantes,	acom-
panhando-os	no	ônibus	contratado	até	o	local	do	acampamento.
O primeiro contato entre a equipe de profissionais e os acampantes acontece no momento 
da	transferência	da	bagagem	do	veículo	dos	pais,	para	o	ônibus	que	irá	conduzir	o	grupo	ao	
acampamento.	Após	a	conferência	das	bagagens	e	dos	acampantes,	já	a	bordo	do	ônibus,	são	
propostas atividades com o objetivo de integrar e entreter o grupo até a chegada ao local.
Ao	chegar	ao	acampamento	os	recreadores	acompanham	os	acampantes	a	seus	alojamen-
tos,	 que	 são	 previamente	 separados	 por	 faixa	 etária	 e	 sexo.	Normalmente	 dois	 profis-
sionais	ficam	responsáveis	por	cerca	de	vinte	crianças,	tanto	em	seus	alojamentos	como	
durante	as	refeições.1
Uma vez acomodados, os acampantes são levados a participar de uma programação diver-
sa	e	variada.	Entre	as	atividades,	podemos	mencionar:	esportes,	jogos,	brincadeiras,	ginca-
nas	(aquáticas,	tarefas,	entre	outras)	caças	aos	recreadores,	show	de	talentos,	jantares	com	
festas	temáticas,	passeios	ecológicos,	atividades	manuais	e	intelectuais,	entre	outras.
Assim,	as	crianças	freqüentadoras	destes	espaços	passam	por	muitas	situações	diferentes	
da realidade a que estão acostumadas, aprendendo a lidar com sentimentos como a sauda-
de	e	medo	do	desconhecido,	além	de	serem	expostas	a	várias	situações	em	que	a	necessi-
dade de solidariedade se faz presente.
A	programação	é	efetuada	pela	equipe	de	profissionais	 (recreadores	e	coordenadores),	
preenchendo	todo	o	período	da	temporada.	Esta	programação	apenas	é	interrompida	pe-
los	horários	das	necessidades	fisiológicas	(alimentação,	sono	e	descanso).	As	crianças	têm	
horários	ociosos	para	realizar	o	que	desejarem,	sob	a	responsabilidade	e	observação	dos	
profissionais.
As	crianças	são	orientadas	durante	a	temporada	por	esta	equipe	que	também	se	respon-
sabiliza por planejar e executar a programação, além de cuidar da higiene, asseio e das 
relações	entre	os	acampantes.	Geralmente,	o	profissional	recreador	tem	um	perfil	de	edu-
cador,	é	comunicativo,	bem-humorado,	e,	muitas	vezes,	torna-se	“ídolo”	para	as	crianças.
1 Este número pode variar de acordo com a faixa-etária e filosofia do acampamento.
7
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
Day Camp
Atividade	realizada	normalmente	no	espaço	do	acampamento	(acantonamento)	com	ativi-
dades	similares	a	um	dia	de	acampamento.	Vale	ressaltar	que	atualmente	nos	day camps, 
são	inseridas	informações	culturais	e	ecológicas,	solicitadas	pelas	escolas	que	as	visitam,	ou	
fazendo parte da programação do acampamento de acordo com datas comemorativas (dia 
do índio, independência, dia do folclore, entre outras).
projetos Culturais 
Existe	uma	tendência	mundial,	não	apenas	no	Brasil,	dos	acampamentos	serem	temáticos	
ou utilizarem datas comemorativas para realizaram projeto culturais, esses projetos nor-
malmente	são	aulas	lúdicas	ao	ar	livre.	Um	bom	exemplo	seria	o	tema	folclore	brasileiro,	
muito	 utilizado	 há	 alguns	 anos,	 os	 acampamentos	 preparam	 os	 recreadores	 para	 atuar	
como	personagens.	Retirados	dos	livros	e	devidamente	caracterizados	os	recreadores	pas-
sam	informações	ou	contam	histórias	de	acordo	com	o	tema,	para	a	faixa	etária	especifica	
do grupo visitante. (Saci, curupira, etc.)
Mas os temas podem ser os mais variados: meio ambiente, cultura nacional, cultura inter-
nacional,	ciências,	ciclo	da	água,	Animais	silvestres,	etc.
Colônias De Férias 
São espaços que podem ser administrados por grandes empresas nacionais ou multina-
cionais	(Banco	do	Brasil,	 Itaú,	funcionários	do	estado).	São	grandes	clubes	que	possuem	
sua estrutura similaraos de um acampamento ou atém mesmo superior, que em época de 
férias, feriados e fins de semanas, realizam atividades recreativas para os seus associados. 
Possuem	o	mesmo	perfil	de	um	acampamento	e	muitas	vezes	são	concorrentes	diretos.
Alguns	acampamentos	são	empresas	que	além	das	atividades	citadas,	também	atuam	como	
empresas ou agências de recreação e eventos.
HOTÉIS, RESORTS, POUSADAS e spAs
O	setor	hoteleiro	cresce	e	a	cada	ano	são	inaugurados	muitos	empreendimentos	no	Brasil.	
Um	dos	tipos	de	hotéis	que	tem	crescido	atualmente	são	os	hotéis	de	lazer.	Este	aumento	
de	hotéis	no	país	traz	um	crescimento,	também,	no	número	de	profissionais	do	lazer	(re-
creadores)	atuando	para	desenvolver	as	mais	variadas	programações	com	os	hóspedes.
No	Brasil	são	investidos	cerca	de	seis	bilhões	por	ano	na	construção	de	hotéis,	resorts	e	
pousadas,	gerando	mais	de	140	mil	empregos	diretos	e	420	mil	indiretos	(Revista	Turismo	
em	Números,	2002).	
Cada	vez	mais	o	setor	hoteleiro	se	conscientiza	da	 importância	do	lazer	como	um	dife-
rencial e investe na contratação de recreadores para desenvolver as mais variadas progra-
8
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
mações	nos	hotéis.	Estes	atuam	nos	finais	de	semana,	feriados	e	férias	escolares	nos	mais	
diversificados hotéis de lazer.
Campos	e	Gonçalves	(1998)	classificam	os	hotéis de lazer como aqueles que estão dire-
cionados	‘a	recepção	de	turistas,	sejam	individuais	ou	em	grupo.	Podem	estar	“localizados	
em	área	urbana	ou	rural,	em	grandes	centros	turísticos,	em	montanhas,	florestas,	planaltos,	
praias	ou	outras	zonas	de	interesse	turístico	ou	ecológico	(p.	89).”	Completam	os	autores	
que	estes	hotéis	possuem	amplas	áreas	de	lazer	esportivo	e	social,	apartamentos	para	até	
quatro	pessoas	e	área	de	alimentos	e	bebidas	com	grandes	restaurantes.	 Indicam,	 tam-
bém, que os hotéis mais representativos da categoria destacam-se os chamados resorts, os 
hotéis-fazenda,	os	hotéis	de	estâncias	hidrominerais	e	os	hotéis	ecológicos	(p.	89).	
Para	ser	um	resort, o hotel deve ter sido planejado utilizando estudos de impacto ambien-
tal	e	ocupação	do	solo,	uma	exigência	da	EMBRATUR	(Instituto	Brasileiro	de	Turismo).	É	
necessário,	também,	possuir	uma	infra-estrutura	de	entretenimento	e	 lazer	significativa-
mente superior a dos empreendimentos similares e serem classificados nas categorias de 
luxo	ou	luxo-superior.	Algumas	atividades	de	lazer	oferecidas	por	este	tipo	de	hotel	são	
esportes	náuticos,	golfe,	tênis,	equitação.	Por	este	motivo	e	por	serem	auto-suficientes	–	
os	hóspedes	não	precisam	procurar	outros	serviços	fora	do	hotel	–	a	maior	parte	deles	
constituem-se	em	destinações	turísticas	que	por	si	só	justificam	uma	viagem.	(ANDRADE	
et	 all,	 2001).	Rosa	&	Tavares	 (2002)	esclarecem	que	muitos	 resorts	 também	utilizam	o	
sistema	“all	inclusive”,	ou	seja	o	hóspede	paga	anteriormente	todas	as	despesas	que	serão	
efetuadas	durante	a	sua	estada	no	resort	.	Assim,	o	hóspede	é	incentivado	a	permanecer	no	
hotel	a	maior	parte	do	tempo,	para	que	sejam	utilizados	ao	máximo	dos	serviços	ofereci-
dos.	Segundo	Rosa	&	Tavares	(2002)	“os resorts serão o segmento mais dinâmico da hotelaria 
brasileira e um dos principais fatores de atração para o turismo externo”	(ROSA	&	TAVARES,	
2002,	P.	87).	A	maior	parte	dos	resorts	brasileiros	se	encontram	no	nordeste,	onde	se	en-
contra	também,	o	grande	complexo	hoteleiro	do	tipo	multiresort,	a	Costa	de	Sauípe,	na	
Bahia	(possui	cinco	hotéis,	seis	pousadas	e	oferece	inclusive	um	campo	de	golfe).
Em	1973,	foi	inaugurado	o	primeiro	resort	brasileiro	o	Club mediterranée,	na	Ilha	de	Ita-
parica	na	Bahia	e,	com	ele	o	conceito	de	lazer	programado	através	de	seus	recreadores	
denominados	de	“gentis	organizadores”,	conhecidos	como	“G.Os”.
Os hotéis de estâncias hidrominerais têm como atração principal às fontes e as piscinas 
de	águas	minerais,	muitas	vezes	medicinais	que	auxiliam	no	tratamento	de	diversos	proble-
mas	de	saúde	(CAMPOS	e	GONÇALVES,	1989).	São	bastante	freqüentados	por	grupos	de	
terceira idade, segundo Martinelli (2001).
Já	os	hotéis ecológicos, são situados em locais de acesso difícil e têm como clientela mais 
constante os grupos de curiosos da natureza, voltados para a preservação ambiental, afir-
ma	os	autores.	As	atrações	giram	em	torno	das	florestas.	Têm	sido	denominados,	também,	
de lodge, ou hotéis de selva.
Os spas,	apesar	de	serem	hotéis	voltados	para	os	cuidados	com	a	saúde,	principalmente	o	
emagrecimento	e	o	condicionamento	físico,	também	têm	incluído	em	suas	programações	
9
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
diversas	atividades	de	lazer,	além	das	físico-esportivas.	O	estado	de	São	Paulo	concentra	
um	número	significativo	de	spas	do	Brasil.
Todos	estes	 tipos	de	hotéis	 têm	a	preocupação	de	oferecer	espaços/atividades	de	 lazer	
através dos profissionais do lazer, os animadores, não objetivando o aumento do lucro 
unicamente,	mas	também,	a	satisfação	dos	hóspedes.
navios 
Hoje se deve destacar a função dos navios também como um meio de hospedagem. Se-
gundo	Andrade	et	all	(2001)	o	papel	hoteleiro	que	os	transatlânticos	apresentam	tornam-se	
cada	vez	mais	importante.	Apesar	de	apresentar	tamanho	reduzido	dos	apartamentos	ou	
camarotes e de não possuir janelas, pode haver luxo e conforto apresentados no projeto 
do	interior	e	no	mobiliário	(ANDRADE	et	all	2001).	
Os	navios	de	cruzeiros	representam	um	tipo	específico	de	resorts,	são	os	“resorts-flutu-
antes”, mostra Mill (2003). Os cruzeiros oferecem a bordo uma programação de lazer 
bastante	diversificada	(shows,	atividades	físicas,	recreativas	e	esportivas,	festas	etc.)	além	
das paradas em cidades turísticas que possibilitam a vivência de outras atividades de lazer. 
Devido a estas características e, também devido ‘a sua auto-suficiência, os cruzeiros têm 
sido os maiores concorrentes dos resorts.	Segundo	Mill	(2003)	atividades	exóticas	têm	sido	
oferecidas	por	cruzeiros	para	atrair	cada	vez	mais	os	hóspedes.	Nos	EUA,	já	é	possível	nos	
cruzeiros	patinar,	jogar	golfe,	nadar	com	tubarões	(dentro	de	gaiolas	de	aço)	etc.	No	Brasil,	
a busca por este tipo de resort flutuante é crescente.
Também,	pequenas	diferenças	com	relação	aos	hotéis:	raramente	vêem-se	crianças	num	
Spa,	e	o	objetivo	do	hóspede/paciente	é	bem	diferente:	emagrecer,	relaxar	e/ou	aliviar	as	
tensões	do	dia-a-dia.
Empresas e agências de recreação e eventos
Um levantamento realizado em 2004, com dados da internet, demonstrou que existem 
aproximadamente	40	empresas	de	recreação	e	lazer,	apenas	em	São	Paulo.
Essas	empresas	tem	como	principal	característica	à	prestação	de	serviços	para	empresas	
públicas	e	privadas,	através	de	contratos	temporários	ou	por	tempo	 indeterminado.	Os	
serviços são prestados normalmente por mão de obra de profissionais de lazer e recreação 
(recreadores).	Segue	algumas	áreas	em	que	essas	empresas	atuam:
Meios de hospedagem (hotéis, pousadas, navios, spas)	–	terceirizam	através	das	em-
presas e agências de recreação e lazer profissionais especializados em realizar e aplicar 
programações	recreativas.	
Festas e Eventos corporativos	–	os	serviços	prestados	são	programações	recreativas	
para	 festas	 temáticas	 nas	 empresas	 (confraternização	 de	 fim	 de	 ano,	 festa	 junina,	 dia	
10
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
das crianças, Open house2).	Atualmente	 a	 recreação	empresarial	 é	muito	valorizada,	
as	empresas	solicitam	a	presença	de	interações	lúdicas	em	feiras,	congressos,	ações	de	
marketing, entre outros.
Festa Infantil particular	–	nesta	atividade	as	agências	de	recreação	através	de	seus	con-
tatos com empresas, hotéis e clubes, divulgam a animação em festas infantis e contratam 
recreadores	para	realizarem	a	animação	(atividades	recreativas,	escultura	em	balões,	ca-
beleireiro infantil).
Clubes e Condomínios	–	as	empresas	de	recreação	realizam	contratos	com	essas	em-
presaspara	realizar	programações	recreativas	temáticas	em	datas	comemorativas	ou	pos-
suem recreadores nos fins de semana, pois tanto os condomínios atuais, quanto os clubes, 
possuem estrutura de lazer e normalmente terceirizam a mão de obra para organizar as 
atividades. 
Escolas Privadas e Públicas	 –	Crescente	 contratação	de	empresas	especializadas	em	
recreação	 em	 suas	 festas	 temáticas	 em	datas	 comemorativas,	 projeto	 férias	 e	 projetos	
de	educação	lúdica.	Existe	também,	um	mercado	ainda	pouco	divulgado	pelos	meios	de	
comunicação	de	massa	(TV,	revistas,	jornais,	internet)	mas	de	grande	potencial,	são	as	ati-
vidades	denominadas	turismo	pedagógico,	que	são	conhecidas	como	passeio	pedagógico	
ou	cultural,	pelos	recreadores.	Esse	campo	de	trabalho,	talvez	seja	o	que	mais	emprega	
recreadores	atualmente.	Esta	atividade	é	caracterizada	pelas	viagens	ou	passeios	que	as	
escolas programam e proporcionam para os estudantes (da educação infantil ao ensino 
médio)	para	um	local	cultural	ou	que	tem	alguma	relação	com	o	conteúdo	trabalhado	em	
sala	de	aula.	Mesmo	sendo	classificada	como	Turismo	Pedagógico,	são	poucas	as	agências	
de	turismo	que	organizam	este	tipo	de	atividade.	Em	contra	partida,	as	agências	ou	empre-
sas de lazer e recreação estão fazendo um trabalho profissional e organizado, preparando 
apostilas, desenvolvendo roteiros, e contratando profissionais como guias de turismo e 
recreadores,	realizando	treinamento	especifico	para	cada	tipo	de	passeio.	Podemos	citar	
alguns	exemplos	de	roteiros	de	Turismo	Pedagógico:	Roteiro	dos	Bandeirantes	Itu	–	Porto	
feliz;	Museu	da	língua	Portuguesa;	Zoológico;	Museu	do	Ipiranga;	Sitio	do	Pica-	Pau	Amare-
lo	–	Taubaté,	além	de	viagens	de	espeleologia3	–	Cavernas	do	PETAR.
Supermercados e Shoppings	–	Além	da	montagem	dos	espaços	infantis,	alguns	desses	
estabelecimentos	contratam	profissionais	terceirizados,	que	realizam	programações	e	en-
tretenimento para os filhos dos clientes.
Buffets/Festas	 –	 A	 recreação	 em	 festas	 de	 aniversário	 realizada	 em	 buffets,	 pode	 ser	
programada por recreadores contratados diretamente pelo cliente (recreador empreen-
2 Traduzindo CASA ABERTA – Visita as dependências da empresa, normalmente os participantes são filhos de funcionários, orientados por 
recreadores.
3 Parte da Geologia que se dedica ao estudo e exploração das cavidades naturais, tais como a formação das grutas, cavernas, fontes e águas 
subterrâneas.
11
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
dedor), através da terceirização com as empresas ou agências de recreação e lazer ou pelo 
próprio	buffet.	A	animação	normalmente	é	realizada	em	torno	de	duas	a	quatro	horas,	com	
uma	programação	de	atividades	recreativas	(jogos	e	brincadeiras),	escultura	com	balões,	
maquiagem infantil, entre outras.
Terceiro setor
Ongs e Instituições	–	As	Organizações	Não	Governamentais	–	Ongs,	são	instituições	sem	
fins	lucrativos	que	atualmente	realizam	diversos	projetos	de	lazer	e	recreação.	Esses	pro-
jetos	são	realizados	em	diversas	áreas	(projetos	de	lazer	na	periferia,	projetos	de	animação	
de	parques	públicos,	ruas	de	lazer,	etc.)	em	parcerias	com	empresas	públicas,	privadas	ou	
através	de	patrocínio	ou	de	leis	de	incentivo	fiscal.	A	utilização	de	profissionais	de	recre-
ação pode ocorrer através de agências ou empresas de recreação e lazer ou diretamente 
com	 as	 instituições	 com	 contratos	 temporários,	 por	 prazo	 indeterminado,	 contratação	
efetiva	ou	trabalho	voluntário.	As	associações	de	Amigos	de	bairro,	Instituições	Religiosas,	
Casas	de	repouso	para	idosos,	Orfanatos,	entre	outras	instituições	filantrópicas,	indepen-
dente de serem classificadas com Ongs, atuam da mesma maneira com projetos e suas 
características são similares.
Empresas Públicas – As	empresas	do	setor	público	tem	aberto	concursos	para	contra-
tação de profissionais de recreação e lazer (recreadores). Um exemplo que alguns anos 
ocorre	é	a	contratação	 temporária	da	PREFEITURA	MUNICIPAL	DE	SANTO	ANDRÉ,	
que	realiza	concurso	público	para	contratação	de	profissionais	para	o	seu	projeto	de	lazer	
na	cidade	–	Projeto	EXPRESSO	LAZER.	Assim	como	esse	projeto,	às	prefeituras	munici-
pais e o governo do estado têm promovido projetos de recreação e lazer.
Parques de Diversão e Temáticos – Cada	vez	mais	os	Parques	de	Diversão	estão	se	
preocupando	não	só	com	seus	equipamentos	(brinquedos),	mas	também	com	o	público:	
o	que	fazer	nas	filas	intermináveis?	E	quem	vai	apenas	para	acompanhar	os	filhos?	Ou	seja,	
além	dos	equipamentos	alucinantes,	atividades	podem	ser	propostas	para	o	público,	e	é	aí	
que entra o profissional especializado.
púBLiCO ALVO E ATiViDADEs RECREATiVAs
Uma	importante	habilidade	a	ser	desenvolvida	pelo	profissional	do	Lazer	é	o	conhecimento	
das	diferentes	características	e	comportamentos	das	diferentes	 faixas	etárias	do	ser	hu-
mano,	e	a	partir	desse	conhecimento	desenvolver	ou	adaptar	as	atividades	lúdicas	com	o	
objetivo	de	estimular	a	prática	recreativa.
A	classificação	abaixo	é	aproximada,	pois	sabemos	que	o	desenvolvimento	de	cada	indivi-
duo	depende	de	inúmeros	fatores	individuais	e	sociais.
12
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
1a INFÂNCIA	–	03/04	a	06	anos:
•	 Fantasias	e	invenções;
•	 Raciocínio	Concreto;
•	 Pequena	atenção	e	compreensão;
•	 Aceita/compreende	pequenas	regras;
•	 Interesse	por	números,	letras	e	seus	significados;
•	 Pequena	importância	do	grupo,	egocentrismo.
Tipos	de	atividades	mais	adequadas:
•	 Representação;
•	 Muita	movimentação;
•	 Brincadeiras/Pequenos	jogos;
•	 Cantos;
•	 Imitações	de	situações	conhecidas;
•	 Estimulação.
Nessa	fase,	além	das	características	já	citadas,	o	recreador	deve	ser	maternal,	paciente	e	
carismático.
2a INFÂNCIA	–	07	a	11/12	anos:
•	 Atenção	e	memória;
•	 Convive	bem	em	grupo;
•	 Grupos	divididos	por	sexo;
•	 Definição	dos	interesses;
•	 Competitividade;
•	 Raciocínio	Concreto/Abstrato;
•	 Necessidade	de	trabalho	em	grupo;
•	 Necessidade	de	co-educação	entre	os	sexos;
•	 Ao	final	da	2a	Infância,	meninas	na	pré-puberdade	e	meninos	da	infância.
Tipos	de	atividades	mais	adequadas:
•	 Brincadeiras;
•	 Atividades	em	equipe;
13
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
•	 Desafios	e	contestes;
•	 Atividades	de	ação;
•	 Atividades	de	raciocínio;
•	 Pequenos	jogos;
•	 Grandes	jogos	adaptados;
•	 Integração.
Nessa	 fase,	 além	das	 características	 já	 citadas,	 o	 recreador	 é	o	 exemplo	de	 comporta-
mento,	deve	 valorizar	o	meio	 ambiente,	mostrar	 as	diferenças	 entre	 certo/errado,	 não	
descriminando e sim demonstrando as diferenças entre um e outro, e claro, não passar 
maus exemplos.
ADOLESCENTES	–	12	a	18	anos:
•	 Identificação	plena	do	sexo	oposto;
•	 Grande	diferença	entre	os	sexos;
•	 Aceitação	e	discussão	das	diferenças;
•	 Necessidade	de	auto-afirmação;
•	 Desprezo	pela	atividade	motora;
•	 Valorização	das	atividades	sociais	e	artísticas;	
•	 Altamente	influenciáveis.
Tipos	de	atividades	mais	adequadas:
•	 Esporte;
•	 Gincanas	de	múltiplas	dificuldades;
•	 Atividades	junto	à	natureza;
•	 Grandes	jogos	com	grande	complexidade;
•	 Demonstração	de	habilidades	pessoais.
Nessa	fase,	além	das	características	já	citadas,	o	recreador	é	o	exemplo	de	comportamen-
to, deve valorizar o meio ambiente, discutir as diferenças, não passar maus exemplos.
ADULTOS	–	18	a	59	anos:
•	 Valorização	da	atividade	física;
•	 Valorização	da	atividade	lúdica;
•	 Aceitação	do	sexo	oposto	na	atividade	lúdica;
14
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
•	 Supervalorização	da	estética;
•	 Vê	a	atividade	lúdica	não	só	como	atividade	física;
•	 Dificuldade	de	se	organizar	para	a	atividade	lúdica;
•	 Preferência	pela	atividade	lúdica	em	grupo;
•	 Aceita	a	vitória	e	a	derrota	(com	exceções).
Tipos	de	atividades	mais	adequadas:•	 Esporte;
•	 Atividades	em	grupo;
•	 Atividades	lúdicas	de	grande	participação;
•	 Atividades	de	salão	e	mesa;
•	 Jogos	de	sorte	e	azar;
•	 Modismos;
•	 Cinema,	teatro,	shows	e	dança;
•	 Festas,	reuniões	e	bate-papo;
•	 Gincanas;
•	 Atividades	culturais;
•	 Passeios	e	viagens;
•	 Ócio	(nada	–	fazer).
Além	das	características	 já	citadas,	para	trabalhar	com	adultos,	devemos	saber	ouvir	re-
clamações,	críticas	e	sugestões,	procurando	sempre	resolver	os	problemas	de	uma	forma	
discreta	e	rápida,	buscando	sempre	o	bem-estar	do	nosso	cliente.
IDOSOS	–	60	anos	ou	mais:
•	 Necessidade	de	integração	social;
•	 Necessidade	e	valorização	da	atividade	em	grupo;
•	 Necessidade	e	valorização	da	atividade	física;
•	 Necessidade	e	valorização	da	atividade	lúdica;
•	 Valorização	da	atividade	cultural;
•	 Dificuldade	de	aceitação	de	erros	e	acertos	das	outras	pessoas;
•	 Não	sente	tanta	dificuldade	de	se	expor;
•	 Valoriza	mais	a	participação	do	que	o	resultado;
•	 Consegue	aceitar	a	derrota	com	mais	naturalidade.
15
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
Tipos	de	atividades	mais	adequadas:
•	 Esportes	adaptados;
•	 Atividades	recreativas	de	grande	participação;
•	 Artesanato	e	atividades	manuais;
•	 Jogos	de	mesa	e	salão;
•	 Festas,	dança	e	música;
•	 Atividades	junto	à	natureza;
•	 Excursões,	viagens,	passeios,	piqueniques,	etc.
Nessa	fase,	alguns	cuidados	e	observações	são	importantes:	evitar	regras	muito	complexas	
e	explicações	muito	extensas,	assim	como,	permanecer	muito	tempo	em	pé	ou	mudanças	
rápidas	de	posição.	O	recreador	deve	buscar	com	a	atividade,	manter	os	níveis	de	saúde	
física e mental, estimulando a integração e a participação, despertando a alegria e o prazer, 
com a realização dos anseios e inquietudes, aumentando o desejo de viver, o lado positivo, 
desfrutando da vida.
Agora	que	já	conhecemos	os	tipos	de	atividades	e	as	características	do	nosso	público	alvo,	
vale	ressaltar	que	existem	atividades	específicas	para	cada	faixa	etária,	assim	como,	existem	
atividades que podem ser adaptadas a todas as idades, alterando-se a complexidade de 
regras,	o	tempo	de	duração	e	o	espaço	utilizado.	E	é	aí	que	predomina	a	criatividade	do	
recreador.
JOGOs E BRiNCADEiRAs
Os	jogos	e	brincadeiras	são	utilizados	pelos	profissionais	da	área	do	lazer	sem	muita	distin-
ção	e	sem	uma	definição	consistente.	Buscaremos	definir	jogos	e	brincadeiras	de	maneira	
a auxiliar na aplicação adequada destas atividades. 
BRINCADEIRAS	 –	 São	 atividades	que	podem	ser	experimentadas	 individualmente	ou	
em	grupo.	Quando	individualmente,	normalmente	não	possuem	regras.	Podem	ser	altera-
das a todo o momento. São atividades cíclicas, isto é, não é marcada por acontecimentos 
intermediários	que	modificam	sua	característica,	não	possui	um	fim	e	sim	um	reinício.	As	
brincadeiras NÃO POSSUEM VENCEDORES.
JOGOS	–	São	atividades	que	são	caracterizadas	pelo	grupo,	com	exceção	dos	jogos	eletrô-
nicos, essas atividades são desenvolvidas apenas coletivamente. São elaboradas com regras 
para o entendimento e desenvolvimento da atividade. Seu desenvolvimento é padronizado 
com	inicio,	meio	e	fim.	Está	previsto	sempre	um	vencedor	ou	vencedores.	Normalmente	
formado por equipes. Um jogo pode ser modificado previamente ou durante o seu desen-
rolar.	Caso	seja	necessária	uma	mudança	de	regra	ou	ajuste;	o	profissional	deve	realizar	
uma pausa, modificar e reiniciar a atividade. 
16
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
BRINCADEIRA
•	 Não	há	vencedor;
•	 Não	há	regras.	Se	elas	existem,	são	poucas	e	muito	simples;
•	 Não	há	um	final	determinado;
•	 Não	existe	um	grande	objetivo	a	ser	alcançado;
•	 Nem	sempre	há	uma	evolução	regular;
•	 Podem	ser	feitas	modificações	ao	longo	da	atividade.
JOGO
•	 Há	vencedor;
•	 Há	regras	pré-determinadas,	e	geralmente,	um	árbitro	para	assegurar	que	as	regras	
sejam	cumpridas;
•	 Há	início,	meio	e	fim;
•	 Existem	objetivos	a	serem	alcançados:	a	vitória,	o	maior	número	de	pontos,	etc;
•	 Há	uma	evolução	regular;
•	 Não	se	muda	as	regras	de	um	jogo	durante	a	sua	execução;	
•	 Devemos	parar	a	atividade,	explicar	as	novas	regras	e	reiniciar	o	jogo.	Caso	ocorram	
muitas mudanças nas regras, o jogo fica descaracterizado, originando outro jogo, que 
não o inicial.
ATIVIDADES
Caçador	tigre	espingarda
Divididos em duas equipes, uma em frente à outra. O recreador demonstra para as equi-
pes os seguintes sinais:
Caçador:	Braços	cruzados
Tigre:	Imitando	com	as	mãos	garras	de	um	tigre
Espingarda:	imitando	com	as	mãos	uma	espingarda
Cada	equipe	deve	escolher	apenas	um	sinal	de	cada	vez,	 sem	que	a	outra	equipe	saiba	
qual	é	o	sinal.	Ao	apito	do	monitor	uma	equipe	demonstra	o	sinal	escolhido	para	a	outra	
equipe.
O caçador vence a espingarda
A	espingarda	vence	o	tigre
O tigre vence o caçador
17
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
Cada	vez	que	as	equipes	mostram	os	sinais	o	recreador	observa	de	acordo	com	os	itens	
acima e marca o ponto para a equipe. 
Joquempô humano
Dividi-se o grupo em duas colunas, uma ao lado da outra, ensina-se ao grupo o jogo do 
joquempô	com	as	mãos:
Pedra	(mão	fechada)	Papel	(mão	aberta)	e	Tesoura	(indicador	e	dedo	médio	abertos).	Pe-
dra ganha de tesoura, tesoura ganha de papel e papel ganha de pedra. Marca um local com 
um	arco,	uns	2	metros	das	duas	colunas.	Ao	sinal	um	integrante	de	cada	grupo	dirigi-se	
em direção a outra equipe, em determinado momento obrigatoriamente os dois irão se 
encontrar.	No	momento	do	encontro	fazem	à	disputa	e	quem	ganha	continua	em	direção	
a	equipe	adversária,	enquanto	quem	perde	volta	a	sua	equipe.	Ao	mesmo	tempo	em	que	
o	integrante	da	equipe	perde	no	joquempô	o	próximo	integrante	da	sua	equipe	dirigi-se	
a	outra	equipe	para	impedir	que	o	adversário	chegue	à	marca	inicial	da	sua	equipe.	Marca	
ponto quem chega à frente da outra equipe.
Salada de frutas
Um	circulo	 de	 cadeiras,	 uma	 cadeira	 para	 cada	 integrante.	Cada	 integrante	 recebe	um	
nome	de	fruta,	apenas	duas	ou	três	frutas,	dependendo	do	número	de	participantes,	pois	
existirão	várias	pessoas	com	o	mesmo	nome	de	fruta.	O	recreador	inicia	a	brincadeira	em	
pé	e	fala	o	nome	de	uma	das	frutas.	Todos	os	integrantes	que	possuem	a	fruta	citada	pelo	
recreador devem trocar de cadeira. O recreador deve sentar-se em uma das cadeiras, 
isso	resultará	em	um	integrante	em	pé,	que	deverá	falar	o	nome	de	outra	fruta	e	também	
sentar-se.	A	brincadeira	segue	e	cada	pessoa	que	ficar	em	pé,	poderá	escolher	uma	ou	duas	
das frutas existentes. Se um integrante falar salada de fruta todos devem trocar de cadeira. 
Pode	ser	inserida	uma	tarefa	quando	o	mesmo	integrante	permanecer	duas	ou	mais	vezes	
em pé.
Dança das cadeiras cooperativa
Este	é	o	 tradicional	 jogo	das	cadeiras,	em	que	os	 jogadores	se	deslocam	à	volta	de	um	
grupo	de	cadeiras	ao	som	de	uma	música	e,	de	repente,	quando	a	música	pára,	têm	que	se	
sentar.	Mas	aqui,	as	regras	são	diferentes.	Em	lugar	de	eliminar	um	jogador	que	não	conse-
guiu	sentar	numa	cadeira,	impõe-se	a	condição	de	este	não	ficar	com	os	pés	no	chão.	Resul-
tado,	ele	terá	que	sentar	ao	colo	de	outro	jogador.	Cada	vez	que	pára	a	música,	é	retirada	
uma	cadeira.	Então,	à	medida	que	o	número	de	cadeiras	diminui,	os	jogadores	são	levados	
a cooperar entre si, para conseguirem equilibrar todos sobre a(s) cadeira(s) respeitando a 
regra	de	não	ter	os	pés	no	chão.	Todos	saem	vencedores,	é	muito	divertido.
Dança dos bichos
Em	papéis	anota-se	o	nome	de	casais	de	animais	(pode-se	usar	o	jogo	do	mico).	Formar	o	
mesmo	número	de	casais	de	animais	e	participantes	da	atividade.	Entrega-se	os	papeis	e	
18
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
solicita-se	ao	grupo	que	os	animais	machos	fiquem	de	um	lado	e	as	fêmeas	de	outro.	Reco-
lhe-se	os	papeis	com	o	nome	dos	animais	e	entra	uma	músicaanimada	e	atual.	Informa-se	
ao grupo que eles devem dançar e ao mesmo tempo rodar como uma dança indígena. 
Mistura-se os papeis com os nomes dos animais e entrega-se novamente aos grupos ma-
chos	de	um	lado	e	fêmea	de	outro.	Quando	a	música	parar	os	casais	tem	que	se	encontrar.	
O	último	casal	saí	do	jogo.	Vence	o	casal	que	ficar	até	o	final.
Caça as frutas
Desenhos	em	papeis	ou	peças	de	plásticos	com	figuras	ou	formas	de	frutas.	Mostram-se	as	
frutas	ao	grupo,	e	depois	elas	devem	ser	escondidas	pelo	local.	Ao	sinal,	individualmente,	
devem	procurar	e	recolher	as	frutas.	Vence	quem	encontrar	o	maior	número	de	frutas.
Jogo dos números
Dividi-se	o	grupo	em	duas	 fileiras	uma	em	 frente	à	outra.	 Informa-se	a	cada	 integrante	
um	número,	sendo	que	os	números	que	existem	em	uma	equipe	serão	repetidos	na	ou-
tra	equipe	para	que	possam	competir	de	dois	em	dois.	Coloca-se	um	objeto	no	meio	das	
duas	equipes.	O	recreador	informa	um	número,	exemplo	o	número	dois,	os	integrantes	
das	equipes	que	corresponde	ao	número	dois,	terão	que	pegar	o	objeto	que	está	no	meio	
sem ser pego. Quem pegar o objeto primeiro e voltar ao local da sua equipe marca ponto, 
porém,	se	pegar	o	objeto	primeiro	e	antes	de	chegar	à	sua	equipe	for	pego	pelo	adversário	
com	o	objeto	em	seu	poder,	o	ponto	é	marcado	para	o	adversário.
Quero-quero
O	animador	dá	início	à	atividade	dividindo	as	crianças	em	equipes	de	meninos	e	meninas.	
Então	explica	que	sempre	que	disser:	–	Eu	quero,	eu	quero,	eu	quero!	Eles	devem	res-
ponder:	–	O	que,	o	quê,	o	quê?	Assim,	vai	solicitando	diversos	objetos	e	controlando	a	
competição.	Marca	ponto	a	equipe	que	trouxer	primeiro	o	que	foi	pedido.	Vence	a	equipe	
que	fizer	mais	pontos.	É	 interessante	que	as	solicitações	sejam	bem	variadas,	como	por	
exemplo:
•	 Um	guardanapo	marcado	de	batom;
•	 Um	beija	flor	(nota	de	um	real);
•	 O	RG	mais	antigo;
•	 O	maior	sapato	de	homem;
•	 O	menor	sapato	de	mulher;
•	 A	maior	quantidade	de	relógios	de	pulso;
•	 Uma	presilha	de	cabelo;
•	 Pente;
•	 Maior	quantidade	de	bonés;
•	 Cartão	telefônico.
19
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
Casamento chinês 
Informe	ao	grupo	para	formarem	duplas	com	cadeiras.	Solicite	que	um	da	dupla	fique	atrás	
da	cadeira	em	pé,	enquanto	que	o	outro	irá	sentar.	O	recreador	deverá	ficar	atrás	de	uma	
cadeira vazia. O recreador informa ao grupo que os indivíduos que estão sentados deverão 
olhar sempre para quem esta com a cadeira vazia e quando quem esta com a cadeira vazia 
piscar	o	mesmo	tentará	se	deslocar	para	cadeira	de	quem	piscou.	Quem	está	em	pé	atrás	
da cadeira se perceber que irão piscar para seu parceiro deverão impedir apenas com um 
toque	nos	ombros	de	quem	está	sentado,	se	 isso	ocorrer,	o	 individuo	que	está	sentado	
permanece	no	lugar	e	quem	esta	sozinho	deverá	piscar	para	outro	rapidamente.	A	ativida-
de	permanece	por	um	tempo	e	depois	troca-se	quem	estava	sentado	ficará	em	pé	e	quem	
estava em é devera sentar e a atividade é reiniciada pelo recreador.
Inquilino
O	grupo	devera	ser	dividido	em	grupos	de	três	integrantes.	De	cada	grupo	um	será	o	in-
quilino	que	ficará	no	meio	e	os	outros	dois	formarão	uma	casa	de	mãos	dadas	para	o	alto.	
O recreador informa que quando disser inquilino, todos que estão no meio irão trocar de 
lugar, se disser casa, quem se desloca são as duplas de mãos dadas procurando um novo 
inquilino;	se	disser	terremoto,	todos	deverão	mudar	de	posição.	As	duplas	irão	desfazer	
as casas e poderão formar dupla com outra pessoa ou ser um inquilino. O recreador inicia 
a	atividade,	e	será	incluído	no	jogo,	fazendo	parte	de	um	grupo	de	três	pessoas,	sobrando	
assim	um	individuo	no	seu	lugar	que	irá	escolher	o	comando	(inquilino,	casa	ou	terremoto)	
e fazer parte de um outro grupo de três e sucessivamente a atividade vai se repetindo.
Corredor Maluco
O recreador deve fazer um corredor de mais ou menos dois metros de largura com 10 
metros de comprimento e uma marca (que pode ser um circulo) no final do corredor.
O	grupo	deverá	ser	dividido	em	dois	grupos	de	números	iguais	de	integrantes.	Uma	equi-
pe ataca primeiro e a outra realiza a defesa, depois inverte quem atacou defende e quem 
defendeu ataca.
A	equipe	que	ataca	deve	ficar	em	fileira	(um	atrás	do	outro).	O	primeiro	da	fileira	receberá	
a	bola	lançada	pelo	recreador	e	deve	bater	na	bola	o	mais	longe	possível.	Assim	que	bater	
na bola seu objetivo é correr pelo corredor até a marca (que pode ser um circulo) e dar a 
volta	na	marca	e	retornar	pelo	corredor	sem	sair	do	mesmo.	Caso	consiga	ir	e	voltar	pelo	
corredor sem ser queimado, o integrante da equipe que ataca marca dois pontos para sua 
equipe;	caso	tenha	sido	queimado	uma	vez,	marca	apenas	um	ponto.
A	equipe	que	defende	deverá	buscar	a	bola	assim	que	ela	for	rebatida	pelo	integrante	do	
ataque. O objetivo de quem defende pode ser colocar a bola na marca que existe no final 
do	corredor	ou	queimar	o	 integrante	do	ataque.	Caso	a	defesa	queime	o	 integrante	do	
ataque	o	mesmo	deve	ficar	parado	no	local	onde	foi	queimado.	Ele	só	poderá	se	mover	
quando	outro	atacante	tocá-lo.	Este	toque	é	feito	apenas	no	próximo	ataque.	No	caso	da	
20
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
defesa colocar a bola na marca existente no final do corredor antes do integrante do ataque 
ir ou voltar no corredor, a defesa elimina o ataque.
Jogo da velha
Esta	atividade	é	indicada	para	dez	participantes.	Dividi-se	em	grupos	de	três.	Assim	como	
no	jogo	da	velha	original,	daremos	sinais	para	os	grupos,	os	sinais	podem	ser:	“X”	,	“0”,	“L”.	
Dispomos	nove	cadeiras	em	três	colunas	de	três	cadeiras.	Toca-se	uma	música	animada	e	
quando	a	música	é	interrompida	os	grupos	de	três	indivíduos	tem	como	objetivo	sentar	
nas cadeiras, de maneira a se organizar com seus sinais (na horizontal, vertical ou diagonal). 
Um indivíduo não faz parte de nenhum grupo, porém, quando consegue sentar ele recebe 
o	sinal	do	participante	que	não	conseguiu	sentar.	A	cada	jogo	da	velha	formado	o	grupo	
marca ponto. 
Encontre seu par
Faz-se	uma	estimativa	de	quantas	pessoas	irão	participar	da	atividade.	Se	o	recreador	de-
seja	que	cinqüenta	pessoas	participem	da	atividade,	ele	prepara	papéis	com	números	de	
um	a	vinte	e	cinco	e	repete	a	numeração.	O	recreador	entrega	os	números	e	ao	término	
da	entrega,	diz	que	as	pessoas	devem	encontrar	o	seu	parceiro	que	tem	o	mesmo	número.	
As	duplas	que	chegarem	primeiro	terão	alguma	vantagem	ou	brinde.	Atividade	utilizada	
normalmente para iniciar uma outra atividade.
Dança das bexigas
O recreador pede que as pessoas formem duplas e entrega um balão a cada dupla. Solicita 
que	 inflem	os	balões	e	comecem	a	dançar	no	ritmo	da	música	com	o	balão	na	testa	da	
dupla.	Toca-se	uma	música	animada	e	o	recreador	vai	interrompendo	de	tempos	em	tem-
pos	a	música.	A	cada	pausa	o	recreador	solicita	que	mudem	o	balão	de	posição,	em	várias	
partes do corpo (da testa para as mãos, depois para as pernas, etc.). 
Gincana de Estafetas
As	estafetas	são	atividades	que	se	caracterizam	pela	repetição	dos	mesmos	movimentos,	
realizados	um	a	um	por	todos	os	integrantes	da	equipe.	Normalmente	efetuados	em	colu-
nas	(um	atrás	do	outro)	ou	fileiras	(Um	ao	lado	do	outro).	Um	conjunto	dessas	atividades	
denomina-se gincana de estafetas. 
Primeira	estafeta:	Duas	ou	mais	colunas.	Ao	sinal,	o	primeiro	de	cada	coluna	passa	a	bola	
sobre sua cabeça e quem recebe passa a bola por entre as pernas e assim sucessivamente 
até	o	último.	Quem	está	no	fim	da	coluna	recebe	a	bola	e	corre	para	o	início	da	coluna	e	
reinicia	toda	a	seqüência.	Vence	a	equipe	que	conseguir	chegar	à	sua	posição	inicial.	
Segunda estafeta:	Seguindo	a	mesma	ordem	da	primeira	estafeta.	A	diferença	agora	é	que	
se	passa	a	bola	o	primeiro	pelo	lado	direito	e	o	próximo	pelo	lado	esquerdo.
21
Atividades Recreativas
Senac São Paulo
Terceira	estafeta:	Duas	colunas	ou	mais.Todos	com	um	balão	cheio	nas	mãos.	Ao	sinal,	o	
primeiro	de	cada	coluna	corre	até	uma	cadeira	que	estará	em	frente	a	sua	coluna,	coloca	
o	balão	na	cadeira	e	estoura	o	balão	sentando	em	cima.	Retorna	até	a	sua	equipe	e	toca	
o	próximo	 integrante	que	realiza	a	mesma	ação.	Vence	a	equipe	que	estourar	todos	os	
balões.
REFERÊNCIAS BLIBIOGRÁFICAS
Brotto, Fabio.	Jogos	Cooperativos.	São	Paulo,	Senac,	1997.
BRUHNS,Heloisa	 Turini	 (Org.).	 Introdução	 aos	 estudos	 do	 lazer.	 São	 Paulo,	Campinas:	
UNICAMP,	1997.
CAMARGO,	Luiz	O.	De	Lima.	Educação	para	o	lazer.	São	Paulo,	Moderna,	1998.
CAVALLARI,	Vinicius	&	ZACHARIAS,	Vany.	Trabalhando	com	recreação.	São	Paulo,	1998.
DUMAZEDIER,	Joffre.	Lazer	e	cultura	popular.	São	Paulo:	Perspectiva,	2000.
_________________.	Sociologia	empírica	do	lazer.	São	Paulo:	Perspectiva,	1999.
_________________.	Valores	e	conteúdos	culturais	do	lazer.	São	Paulo:	SESC,	1980.
GUERRA,	Marlene.	Recreação	e	lazer.	Rio	Grande	do	Sul,	Porto	Alegre:	Sagra:	DC	Luzzat-
to,	1996.
LETTIERI,	Flávio.	Acampamento	com	a	garotada.	São	Paulo:	Ïcone,	1999.
QUEIROZ,	Emerson.	Trabalhos	de	conclusão	de	curso	da	pós	graduação	SENAC.	Coletâ-
nea	2003.	São	Paulo:	SENAC,	2003.
REQUIÃO,	Cristiano.	Manual	do	excursionista.	São	Paulo:	Nobel,	1990.
RIBEIRO,	Olívia	F.	&	QUEIROZ,	Emerson.	Revista	LICERE.	Pág.	25-34.	Belo	Horizonte:	
UFMG,	2004.

Outros materiais