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Instituto Internacional – Uninter Centro Universitário – Jau Curso: Pedagogia Juliana Guilhen Salvador / Ru : 1334788 Resgate dos jogos e brincadeiras das diferentes gerações na minha região 18/12/2016 Introdução Através da exploração de objetos e brincadeiras a criança desenvolve a capacidade de imaginar, se insere na cultura e na sociedade e aprende a viver em grupo. Por meio do jogo simbólico, a criança passa a dar diferentes significados a um único objeto. O presente trabalho destaca a importância do ato lúdico (brincar) como uma forma da criança interagir – e aprender – com o mundo. MARIA CADEIRA Descrição da brincadeira: Duas crianças fazem uma cadeirinha com os braços. Uma pessoa senta enquanto cantam: “Onde vai Maria Cadeira Vai à casa do Capitão. Capitão não está Joga Maria Cadeira no chão.” A brincadeira “Maria Cadeira” é um jogo tradicional, ou seja, foi transmitido de geração em geração através de conhecimentos empíricos e permanecem na memória infantil. A presente brincadeira possibilita um grande volume de contatos físicos e sociais, além de desenvolver a coordenação motora, ritmo e música. Ao interagirem com pares e parceiros de brincadeiras, participando em grupos organizados de brinquedos e frequentando escolas maternais, crianças produzem conjuntamente a cultura de pares. Tais experiências permitem a gradual transformação do conhecimento infantil e de suas habilidades. (KISHIMOTO, 2003) O JOGO EDUCATIVO Além de ajudar na construção do aprendizado moral, integração da criança no grupo social e como meio para a aquisição de regras, o jogo permite a construção e expressão do eu, estimula o interesse, a descoberta e a reflexão Nas atividades lúdicas enquanto os menores fazem descobertas com experimentação e atividades repetitivas e os maiores lidam com o desafio de compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras. “A brincadeira fornece ampla estrutura básica para mudanças da necessidade e da consciência, criando um novo tipo de atitude em relação ao real. Nela aparecem a ação na esfera imaginativa numa situação de faz-de-conta, a criação das intenções voluntárias e a formação dos planos da vida real e das motivações volitivas, construindo-se, assim, no mais alto nível de desenvolvimento pré-escolar.” (VYGOTSKY in KISHIMOTO, 2003) Nos primeiros meses de vida as brincadeiras estimulam os sentidos. A partir de 1 ano, as crianças estão mais ágeis e se interessam por tudo o que tem movimento. Por volta dos 3 anos, os pequenos já interagem mais com o grupo e as brincadeiras podem prever regras mais definidas. Confira-nos algumas destas brincadeiras. ENCAIXES Uma caixa dentro da outra e o bebê aprende que é grande, pequeno, leve e pesado, desenvolve a noção de tamanho e peso. SONS Se faz barulho, chama a atenção dos bebês. Desenvolve a audição e a coordenação motora. DANÇA DAS CADEIRAS A brincadeira exige atenção e mostra o que são regras. Desenvolve noções de espaço e tempo, atenção e concentração, socialização, percepção de si próprio e do outro, conceito de regras e compreensão de que é possível ganhar e perder. SEQUENCIA DIDÁTICA Público-Alvo Pré-escola Perfil da turma Crianças de 4 e 5 anos Tema Ação e imaginação Justificativa A capacidade de fazer de conta é uma das características mais relevantes da infância, pois está diretamente ligada ao desenvolvimento intelectual e físico dos pequenos. Ao imaginar, a criança elabora resposta às distintas situações que surgem e, ao pôr em prática seu personagem, amplia a consciência e a expressão corporal. Objetivos: Desenvolver a linguagem não verbal. Criar e explorar um repertório de gestos com intenção comunicativa. Ampliar a consciência da utilização do espaço cênico. Estabelecer relações com os colegas de cena explorando o próprio corpo e interagindo com o outro. Conteúdos Linguagem corporal Linguagem teatral – cenário, personagem e ação dramática Procedimentos de ensino - 1ª etapa Divida a classe em grupos e peça que cada um faça a cena de quatro minutos usando apenas a linguagem corporal para comunicar onde estão, quem são e o que estão fazendo. Eles devem planejar o tamanho do lugar, os objetos imaginários a ser usados, o que farão com eles e como será a interação entre os participantes. Faça perguntas que levem todos a pensar em gestos que tenham um propósito comunicativo claro. Enquanto um grupo atua, os demais observam. - 2ª etapa Repare como são comunicados, em cena, o onde, o quem e o quê. Os integrantes do grupo estão atentos aos objetos imaginários dos colegas? Usam-nos? Se o fazem, respeitam as características definidas pelo parceiro? Fique atento às partes do corpo mais usadas pelos pequenos e desafie-os a seguir a cena sem mover as mão, por exemplo. Após a apresentação de cada grupo, faça uma roda de conversa para que troquem percepções. Anote suas considerações. - 3ª etapa Depois que as crianças entenderam o onde, o quem e o quê, leve-as para assistir a uma peça e, caso não seja possível, veja uma apresentação em DVD. Depois, pergunte se elas conseguem identificar os três elementos. Nessa hora, sistematize o conhecimento e diga que o onde pode ser chamado de cenário, assim como o quem é o personagem e o que é a ação dramática que se desenvolve. Critérios de avaliação Todos devem ser avaliados como participantes e como plateia – se a capacidade de comunicação não verbal foi ampliada, como reagiram às situações e aos desafios propostos e se integraram ao próprio repertório também o que foi desenvolvido pelos colegas. Para reforçar algum ponto específico, confira as anotações que você fez e a fala das crianças nas rodas de conversa e proponha um novo jogo com adaptações específicas para o aspecto que foi insatisfatório. Recursos Materiais Espaço amplo Aparelho de DVD Filme sobre uma peça de teatro Referência Bibliográfica SANTIAGO, Ana Lydia. NEVES, Libéria Rodrigues. O Uso dos Jogos Teatrais na Educação. São Paulo: Papirus CO conhecimento da criança se dá basicamente por meio da ação, da interação com os colegas e adultos, da brincadeira, da imaginação e do faz de conta. Ao permitir a manifestação do imaginário infantil a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança. Em qualquer tipo de jogo a criança sempre se educa. Assim, ao utilizar o jogo, o lúdico na educação o professor estará favorecendo o aprendizado da criança pelo erro e estimula a exploração e a solução de problemas. Afinal, por ser livre de pressões e avaliações, cria um clima adequado para a investigação e a busca de soluções. CONSIDERAÇÕES FINAIS O conhecimento da criança se dá basicamente por meio da ação, da interação com os colegas e adultos, da brincadeira, da imaginação e do faz de conta. Ao permitir a manifestação do imaginário infantil a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança. Em qualquer tipo de jogo a criança sempre se educa. Assim, ao utilizar o jogo, o lúdico na educação o professor estará favorecendo o aprendizado da criança pelo erro e estimula a exploração e a solução de problemas. Afinal, por ser livre de pressões e avaliações, cria um clima adequado para a investigação e a busca de soluções. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Jogos e Brincadeiras. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br KISHIMOTO, Tizuco Morchida. O Jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Pioneira, 2003 SANTIAGO, Ana Lydia. NEVES, Libéria Rodrigues. O Uso dos Jogos Teatrais na Educação. São Paulo: Papirus