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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM FACULDADE DE TECNOLOGIA - FT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA - FT12 FISICA B GERAL E EXPERIMENTAL – IEF102 UNIDADE III – LEIS DE KIRCHHOFF ALUNA: LETÍCIA MORAES DE CARVALHO FILARDI PARCEIROS: GILCLLYS DE SOUZA COSTA BRUNO MOLINARI SEABRA Data do experimento: 05/05/2017 Manaus, 2017 LETÍCIA MORAES DE CARVALHO FILARDI RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL B Leis de Kirchhoff Manaus, 2017 Relatório apresentado como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina IEF 102 - Física Geral e Experimental B, ministrada pelo Prof. Dr. Oleg Grigorievich Balev, no curso de Engenharia Química, na Universidade Federal do Amazonas. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...............................................................................................03 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................04 3. MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................06 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL............................................................06 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................06 6. CONCLUSÃO................................................................................................09 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................10 3 1. INTRODUÇÃO A corrente elétrica é formada por elétrons em movimento organizado. A energia elétrica transportada pela corrente nada mais é do que a energia cinética dos elétrons. Assim, nos circuitos elétricos, a energia cinética dos elétrons livres pode transformar- se em energia luminosa ou em energia cinética dos motores, por exemplo. Um circuito elétrico é a ligação entre elementos elétricos como, por exemplo, resistores, indutores, capacitores, diodos, linhas de transmissão, fontes de corrente, entre outros, de modo que seja formado um caminho para a corrente elétrica passar. Um circuito pode ter seus elementos associados em série ou em paralelo. No caso de um circuito elétrico em série, todos os elementos encontram-se interligados em série com a fonte de energia, a corrente elétrica é a mesma em todos os pontos do circuito e a tensão é dividida proporcionalmente. Em um circuito elétrico em paralelo, todos os elementos encontram-se em paralelo com a fonte de energia, assim, existem diversos caminhos para a passagem da corrente elétrica, onde a tensão é a mesma em todos os pontos, porém a corrente varia de acordo com a resistência. 4 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Quando se conecta pela primeira vez uma bateria em um dispositivo, o circuito se comporta de forma irregular, chamado de comportamento transiente. Em circuitos elétricos, normalmente é ignorado esse comportamento, considerando-se apenas a situação de regime permanente, que é atingida muito rapidamente. Supõe-se que, sob condições de regime permanente, a carga não se acumula ou é drenada de nenhum ponto de fio idealizado. Na terminologia utilizada no fluxo de fluidos, não há fontes ou sumidouros de carga no fio. Quando se faz essa suposição no estudo de fluidos, conclui-se que a taxa com que o fluido escoa por qualquer seção transversal de tubo se mantém constante, mesmo que seção transversal varie. Da mesma forma, “a corrente elétrica i é a mesma para todas as seções transversais de um condutor, mesmo que a área da seção transversal possa ser diferente em diferentes pontos”. A densidade de corrente 𝑗 irá mudar à medida que a área de seção transversal mudar, mas a corrente i permanecerá a mesma. Figure 1 - Circuito simples Na figura1, o dispositivo é representado apenas por uma bateria ligada a uma lâmpada, onde a corrente que entra na lâmpada é a mesma que sai. Este é um exemplo de conservação de carga. Figure 2 - Circuito em série 5 Na figura 2 é mostrado outro circuito no qual a corrente passa em sucessão através de três dispositivos, 𝑅1, 𝑅2, 𝑅3 e 𝑅4. A corrente 𝑖1 no dispositivo 𝑅1 é exatamente a mesma corrente 𝑖2 no dispositivo 𝑅2 e assim sucessivamente, de acordo com a imagem; ou seja, 𝑖1 = 𝑖2 = 𝑖3 = 𝑖4. Nenhuma corrente é perdida na passagem por um dos dispositivos. Essa mesma imagem pode ser usada como exemplo de um circuito montado em série, onde a mesma corrente deve passar em sucessão através de cada elemento do circuito. Figure 3 - Circuito em paralelo A figura 3 mostra a corrente em diferentes arranjos de elementos de circuito. Nela, a corrente deve dividir-se quando alcançar o ponto a do circuito, com a quantidade 𝑖1 passando através do dispositivo 𝑅1, a quantidade 𝑖2 passando pelo dispositivo 𝑅2 e a quantidade 𝑖3 passando pelo dispositivo 𝑅3. No ponto b as correntes devem se juntar. Como nenhuma carga é retida no ponto a, a corrente que entra nesse ponto deve ser exatamente a mesma que sai, sendo 𝑖 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3. De forma semelhante, a corrente que entra no ponto b deve ser a mesma que sai. Esse fenômeno é chamado, normalmente, de lei dos nós para a análise de circuitos: “Em qualquer nó em um circuito elétrico, a corrente total que entra no nó deve ser igual à corrente total que sai do nó”. Nesta lei o nó significa um ponto do circuito onde vários segmentos de fios se encontram, tais como os pontos a ou b da figura 3. A lei dos nós, conhecida também como Primeira Lei de Kirchhoff, é uma afirmação a respeito da conservação de carga elétrica. A figura 3 pode ser usada como exemplo de um circuito montado em paralelo. A característica desse tipo de circuito é que a corrente deve dividir-se para passar separadamente através dos elementos, de forma individual, e depois juntar-se novamente. 6 3. MATERIAIS E METODOS 3 resistores 3 fios de conexão 2 fontes de CC variável 1 amperímetro 1 protoboard 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Foi montado um circuito, como esquematizado na figura 4. Figure 4 - Circuito elétrico Fez-se a leitura dos três resistores através de um resistômetro. Após isso, a fonte V1 foi ajustada para 6 V e a fonte V2 foi ajustada para 3 V. As correntes e voltagens que passavam por cada resistor foi lido com a ajuda de um amperímetro, na escala de 10 A. Os dados foram coletados e devidamente registrados, de acordo com o quadro abaixo: Tabela 1 - Leitura das correntes e voltagens R1 R2 R3 Tensão (V) 3,42 V 2,59 V 5,59 V Corrente (A) 34x10-3 A 17x10-3 A 17x10-3 A 5. RESULTADOS E DISCUSSOES De acordo com a Lei dos Nós (Primeira Lei de Kirchhoff), temos que: 𝑖1 = 𝑖2 + 𝑖3(eq. 1) 7 Com a Lei das Malhas (Segunda Lei de Kirchhoff), temos o seguinte: Na malha ABETA (ver figura 4): 𝑉1 = 𝑖1𝑅1 + 𝑖2𝑅2 (eq 2) Na malha BCDEB (ver figura 4): 𝑉2 = 𝑖2𝑅2 + 𝑖3𝑅3 (eq. 3) Substitui-se então a equação 1 na equação 2, obtendo a seguinte equação: 𝑉1 = 𝑖2(𝑅1 + 𝑅2) + 𝑖3𝑅1 (eq. 4) Isolando a variável 𝑖3 da equação 3, temos o seguinte: 𝑖3 = 𝑉2+𝑖2𝑅2 𝑅3 (eq. 5) Para obter o valor de 𝑖2, substitui-se a equação 5 na equação 4, obtendo o seguinte: 𝑖2 = (𝑉1 − 𝑅1𝑉2 𝑅3 ) (𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅1𝑅2 𝑅3 ) Utilizando os valores das voltagens V1= 6 V e V2 = 3 V, e dos resistores R1 = 100 Ω, R2 = 150 Ω e R3 = 330 Ω, calculou-se as correntes i1, i2 e i3. Portanto: 𝑖2 = (6 − 100𝑥3 330 ) (100 + 150 + 100𝑥150 330 ) 𝑖2 = 17,23𝑥10 −3𝐴 Como valor de 𝑖2, pode-se obter o valor de 𝑖3 através da equação 5, sendo esta: 𝑖3 = 3 + 17,23𝑥10−3𝑥150 330 𝑖3 = 16,92𝑥10 −3𝐴 Por final, o valor de 𝑖1 é obtido através da soma das correntes 𝑖2 e 𝑖3, de acordo com a lei dos nós. Portanto: 𝑖1 = 17,23𝑥10 −3 + 16,92𝑥10−3 𝑖1 = 34,15𝑥10 −3𝐴 8 Com o valores das correntes, previamente calculados, calcula-se então a diferença de potencial em cada resistor, sendo: Resistor R1: 𝑉𝑅1 = 𝑖1𝑅1 𝑉𝑅1 = 34,15𝑥10 −3𝑥100 𝑉𝑅1 = 3,42 𝑉 Resistor R2: 𝑉𝑅2 = 𝑖2𝑅2 𝑉𝑅2 = 17,23𝑥10 −3𝑥150 𝑉𝑅2 = 2,58 𝑉 Resistor R3: 𝑉𝑅3 = 𝑖3𝑅3 𝑉𝑅3 = 16,92𝑥10 −3𝑥330 𝑉𝑅3 = 5,58 𝑉 9 6. CONCLUSÃO As Leis de Kirchhoff são ferramentais fundamentais para o cálculo de grandezas elétricas sem o uso de instrumentos de medição, e que possibilitam a simplificação de diversos problemas dessa natureza. Por meio da atividade prática desenvolvida, percebeu-se que a montagem do circuito elétrico foi realizada de maneira cuidadosa para não gerar resultados anômalos. Sabendo que, em um circuito, temos diversos nós (pontos de interligação) e malhas (percursos fechados), os postulados de Kirchhoff são essenciais para o domínio dos valores que serão calculados. A partir disso, obtiveram-se os valores de 𝑖1 = 34,15𝑥10 −3𝐴, 𝑖2 = 17,23𝑥10 −3𝐴 e 𝑖3 = 16,92𝑥10 −3𝐴, que seguem a lei dos nós (pois a corrente elétrica em 1 é igual à corrente elétrica somada em 2 e 3) e a lei das malhas. Comparando os dados obtidos de corrente por um equipamento de precisão e o uso das leis de Kirchhoff, percebeu- se que existe uma pequena variação, mas as leis foram estreitamente respeitadas. Portanto, ao trabalharmos em circuitos elétricos, deve-se levar em consideração as Leis de Kirchhoff, pois as mesmas servem para simplificar problemas, o que é importante dentro de uma sociedade altamente seletiva e competitiva. 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPUANO,F.G; MARINO, M.A.M. Laboratório de Eletricidade e Eletrônica. 21ª Edição. Editora São Paulo: Erica,2005. HALLIDAY, D.; and RESNICK, R. Física 4a ed., volume 4. Livros Técnicos e científicos, Rio de Janeiro, 1983. MARTINS, N. Introdução à teoria da eletricidade e do magnetismo. 2a ed. Edgard Blucher, São Paulo, 1975. RAMALHO; NICOLAU; TOLEDO. Os fundamentos da Física. Vol.03,7ªed. Editora Moderna. SERWAY, R.A.; J EWETT Jr., J. W. Princípios de Física, volume 3. Pioneira Thomson Learning, São Paulo, 2004.
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