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RN - Capitulo 10

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CAPÍTULO 10: CRITÉRIOS PARA REFERÊNCIA 
 
 
Algumas vezes é necessário transferir o RN para um hospital de 
maior nível de complexidade, onde possa receber cuidados especiais 
ou intensivos. 
 
As indicações para encaminhamento podem variar de acordo com o 
tipo de problema e a qualidade do cuidado disponível, incluindo 
tecnologia e pessoal, nas maternidades de primeiro e segundo nível. 
 
Como todo transporte de paciente de risco, o transporte do RN doente 
não se improvisa e obedece a determinados princípios gerais. Deve-
se fazer esforço para contactar por telefone os serviços de referência 
a fim de reservar vaga e explicar a patologia do paciente que se está 
enviando. 
 
 
De uma maneira geral, há três grupos principais de bebês que 
podem requerer encaminhamento a unidades mais complexas: 
 
1 - RN de muito baixo peso e particularmente aqueles com menos 
de 32-33 semanas de gestação, pelo risco da Síndrome de 
Desconforto Respiratório e outras complicações relacionadas ao 
parto prematuro; 
 
2 - RN com desconforto respiratório grave que necessita de 
respiração assistida; 
 
3 - RN com malformações graves que requerem correções cirúrgicas 
ou outras doenças específicas que necessitam cuidados 
especializados e/ou intensivos. 
 
 
 
PRINCÍPIOS GERAIS QUE DEVEM SER SEGUIDOS A RESPEITO 
DA REFERÊNCIA: 
 
1. Sempre que se estiver diante da ameaça de um parto muito 
prematuro ou se outras condições de risco para o feto forem 
esperadas, é preferível transferir o feto dentro do útero. 
 
2. Os riscos e os benefícios da transferência devem ser bem 
avaliados, incluindo a distância, a disponibilidade de vagas no 
hospital para onde se pretende transferir, bem como o pessoal 
habilitado e os equipamentos existentes no nível mais complexo. 
 
3. Sempre que um bebê for transferido deve ser feito todo esforço 
para assegurar o melhor cuidado durante o transporte: 
• cadeia do calor - evitar a hipotermia 
• manutenção das vias aéreas pérvias (posicionamento da criança, 
aspiração de secreções), evitar hipóxia e hiperóxia 
• prevenção da hipoglicemia - se possível venóclise com controle de 
microgotas para evitar hiperhidratação. 
• evitar infecções - cuidados de assepsia. 
 
4. Os pais devem ser informados sobre as razões da transferência 
e os benefícios esperados. A possibilidade e a oportunidade da mãe 
acompanhar o bebê deverão ser analisadas. 
 
5. É necessário que o bebê tenha um encaminhamento com o 
máximo de informações disponíveis sobre a gravidez , parto e 
período neonatal imediato (todas as medidas que foram tomadas). 
 
As indicações para referência podem variar dependendo de fatores 
locais. 
A política para referência deve ser estabelecida a nível estadual e a 
nível local (ver também o capítulo 11). 
 
 
PREPARAÇÃO PARA O TRANSPORTE 
 
Se o RN é muito pequeno ou está muito doente para permanecer 
naquela maternidade e necessita ser transferido a um centro de 
referência logo após o nascimento, deve ser lembrado o risco de 
esfriamento durante o transporte e devem ser feitos esforços 
redobrados para assegurar proteção térmica adequada. Mesmo 
dentro do mesmo hospital também devem ser tomadas precauções 
quando se transporta um bebê da sala de parto para a unidade de 
cuidados intensivos. 
 
Quando se faz o tranporte externo ou interno, alguns procedimentos 
devem ser seguidos. 
 
1 - Permitir à criança se recuperar do stress do parto. Antes da 
transferência os RN devem ser aquecidos por 2-6 horas, até que 
as mãos e os pés estejam tão quentes quanto as partes centrais 
do corpo. Durante este tempo, o transporte adequado pode ser 
planejado. Exceção deve ser feita aos RN em condições 
críticas ou que estão piorando, pois, provavelmente, podem 
morrer se não tiver imediata atenção médica. 
 
2 - Evitar despí-los para limpeza, pesagem ou para exames. Adiar até 
que a criança esteja aquecida. Se possível, verificar a temperatura. 
Se estiver abaixo de 36ºC providenciar uma fonte de aquecimento. 
Se não há termômetro e os pés e mãos estiverem frios, deverão 
ser aquecidos. 
 
3 - É importante que a história obstétrica e todos os eventos ocorridos 
durante o trabalho de parto e o parto sejam enviados junto com o 
RN, bem como os procedimentos executados, para permitir ao 
pediatra que irá recebê-lo tratá-lo corretamente. 
 
4 - Manter as vias aéreas pérvias durante o transporte. Posicionar a 
criança de forma adequada e de acordo com a patologia 
apresentada (ver capítulo 6). Um aspirador, máscara e ambu, e, 
se possível, oxigênio, devem acompanhar o RN para serem 
usados durante o transporte, caso necessite ser aspirado ou 
apresente parada respiratória. 
 
5 - Colocar uma sonda orogástrica para evitar aspiração de 
contéudo gástrico ou para drenagem dessas secreções. 
 
6 - Estabelecer, quando possível, uma via venosa periférica para as 
crianças cujo risco de hipoglicemia é importante, ou para aquelas 
que não devem ser alimentadas, ou ainda para as que tem perdas 
hídricas importantes. Deve-se ter bastante cuidado com a 
velocidade do gotejamento venoso pelo risco de hiperhidratação, 
principalmente nos RN pré-termo. 
 
 
MANTER AS CRIANÇAS AQUECIDAS DURANTE O TRANSPORTE 
 
Dependendo das circunstâncias, qualquer um dos seguintes métodos 
pode ser usado para manter o RN aquecido durante o transporte: 
 
1 - Contato pele a pele, assegurando-se que o RN esteja em posição 
correta e coberto com cobertor, inclusive a cabeça, com uma touca 
(método canguru). 
 
2 - Se o método Canguru não for possível (a mãe estiver doente ou 
sem condições), o RN pode ser transportado nos braços, 
completamente coberto até a cabeça, em veículo fechado. 
 
3 - Incubadoras com aquecimento elétrico não armazenam calor, 
depende de suprimento contínuo de eletricidade, por isso devem ser 
ligadas a uma bateria. 
 
4 - Uma alternativa seria o colchão dágua quente, que mantém a temperatura por 
várias horas após ter sido desligado (não existe no comércio).

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