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RESUMO DE INFECÇÃO URINARIA NA PEDIATRIA

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Thaís Figueiredo de Souza Mazzine / thaisfig@hotmail.com 
 
ITU = multiplicação de patógenos nas vias urinarias, determinando inflamação local. É classificada de acordo com a 
sua localização em: 1) ITU alta: infecção do parênquima renal (pielonefrite) e 2) ITU baixa: infecção vesical (cistite) 
e/ou uretra (uretrite). A pielonefrite aguda é a principal causa bacteriana de febre sem foco em lactentes menores 
de 2 anos. 
As manifestações clinicas variam de acordo com a faixa etária e a localização da infecção. Varia de uma “bacteriúria 
assintomática” até uma pielonefrite aguda. Em RNs, há um quadro séptico com manifestações gerais, como 
insuficiente ganho de peso, anorexia, vômitos, dificuldade de sucção, irritabilidade, hipoatividade, convulsões, pele 
acinzentada, hipotermia. Pode apresentar quadro menos agudo com recusa alimentar, icterícia, vômitos ocasionais e 
palidez cutânea. Nos lactentes (1 mês a 2 anos) a febre é a principal manifestação, sendo muitas vezes o único sinal 
de ITU. Possível ocorrer manifestações não especificas como ganho ponderoestatural insatisfatório, hiporexia, 
diarreia, vômitos, dor abdominal. Nos pré-escolares e escolares, febre e sinais e sintomas do trato urinário. 
Pielonefrite aguda = adinamia, calafrios, dor abdominal e nos flancos. Cistite= enurese, urgência, polaciúria, disúria, 
incontinência e/ou retenção urinaria com urina fétida e turva. Nos adolescentes, disúria, polaciúria e dor a micção 
podendo haver urgência miccional, hematúria e febre. Síndrome de disuria-frequencia nas meninas: queimação ao 
urinar, desconforto suprapubico e frequência urinaria aumentada. Inicio de atividade sexual pode ser acompanhado 
de surtos de ITU. 
Diagnostico: A percussão lombar pode evidenciar forte reação dolorosa (Giordano positivo) e a palpação abdominal 
das lojas renais pode mostrar aumento do volume renal. Persistência de bexiga palpável após a micção sugere o 
processo obstrutivo ou disfunção do trato urinário inferior. Observar o jato urinário e caracteriza-lo. Confirmação é 
feita pela URINOCULTURA. A coleta de urina é feita após limpeza da genitália com água e sabão. Nos que apresentam 
controle miccional, jato médio. Nos que não o apresentam, 3 formas: saco coletor, punção supra púbica (indicada 
quando a coleta por via natural gera duvidas – diarreia aguda, vulvovaginites) e cateterismo vesical (indicado na 
retenção urinaria aguda). 
∟ EAS: baixa densidade urinaria, pH alcalino (proteus), hematúria (cistite), nitrito positivo (gram negativos), piocitos 
(5 ou +) 
∟ Urinocultura com teste de sensibilidade ao antibiótico (>100000 UFC no saco; 1000 no cateterismo e qualquer 
crescimento na punção) 
TTO: antibioticoterapia imediatamente após coleta da urina. 
• Cistite = sulfametoxazol + trimetropim (bactrim) + nitrofurantoina de 3 a 5 dias 
• Pielonefrite = 7 a 14 dias 
∟ Hospitalar = <1 mês, sepse, toxemia, não ingere líquidos, desidratação, vomito, prostração = CEFTRIAXONA 
OU AMPICILINA + AMINOGLICOSÍDEO 
∟ Ambulatorial = CEFTRIAXONE, CIPROFLOXACINO 
∟ Não pode usar nitrofurantoina, pois não alcança níveis adequados no parênquima renal 
Quimioprofilaxia após tratamento erradicador: até correção cirurgia de anomalia obstrutiva do trato urinário, 
presença de refluxo vesicoureteral, recidivas frequentes de ITU, durante investigação do trato urinário depois de uma 
ITU. Nitrofurantoina, sulfametoxazol + trimetoprim. 
1) Tratamento com antibioticoterapia durando 10 dias 
2) A partir do 11º dia se faz a quimioprofilaxia: ¼ da dose do atb, VO a noite 
3) > 2 anos: USG renal e de vias urinarias. Se der alterado: uretrocistografia miccional. Se der normal: vai pro 
controle 
<2 anos: USG renal e de vias urinarias + cintilografia. Se der normal: vai pro controle. Se der alterado: 
uretrocistografia miccional. 
4) Urinocultura em 30/60/90 dias. Se a cultura der negativa pode se dar o fim da quimioprofilaxia

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