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Estudo de Caso a paciente esquizofrenica

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ESTUDO DE CASO: Saúde Mental Esquizofrenia 
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
NOME: S.P.C
IDADE: 35
DATA DE NASCIMENTO: 10/06/1983
SEXO: Feminino
ESTADO CIVIL: Solteira
RESIDENTE: Rio Branco 
Estudo de Caso a paciente S.P.C, 35 anos, nascida na cidade de Rio Branco veio para sua primeira internação no Hospital HUEBER encaminhada por um laudo do SUS, em 12/12/2017, sendo conduzida para Ala de saúde mental feminina. Segundo informações da equipe médica a mesma apresentava um quadro de psicose crônica, com sintomas de delírios, alterações da afetividade, ideias suicida, baixa coesão ao tratamento ambulatorial e sem nenhuma contenção familiar. Os delírios podem ser múltiplos, mas geralmente são organizados em torno de um tema coerente, de influência ou de passividade, vozes alucinatórias particularmente auditivas e de perturbações das percepções que comentam ou discutem com o paciente na terceira pessoa, transtornos do pensamento e sintomas negativos. Os temas persecutórios podem predispor o indivíduo ao comportamento suicida, e a combinação de delírios persecutórios e grandiosos como raiva pode predispor à violência. Passados 25 dias após o tratamento no HUEBER na Ala de saúde mental a S.P.C. recebeu alta hospitalar, no dia 05/01/2018, sendo encaminhada ao CAPS. Um mês depois, S.P.C voltou ao HUEBER para sua 2ª internação na Ala de saúde mental feminina, com crise de sintomas e ideias suicida, onde permaneceu para tratamento por um período de 30 dias. No período de curto prazo a mesma retornou ao HUEBER para a sua 3ª internação. Em todo momento a paciente foi amparada pela equipe Médica, do Serviço Social, com atendimento Psicólogo, Terapia Ocupacional, Nutrição e da Enfermagem. Os medicamentos denominados de antipsicóticos são extremamente necessários para o tratamento da esquizofrenia, neste sentido tanto a família, os cuidadores e a pessoa esquizofrênica devem agir ativamente nesse processo medicamentoso, para buscar eficácia no tratamento de na prevenção das recaídas. Podemos constatar a ausência e a negação da família diante do diagnóstico de uma doença mental, sem a cura, contando apenas com o tratamento medicamentoso e suporte hospitalar. A convivência com a doença mental, por parte da família, pode ser permeada por vários sentimentos, entre eles, a tristeza, a angústia, o medo, a esperança e a desesperança, bem como, um intenso sofrimento que a acompanha, toda vez que seu familiar doente entra na crise aguda da doença, e a necessidade de várias reinternações no hospital. Nestes momentos é que as equipes de saúde podem tornar-se uma fonte de apoio e sustentação para a família. Por isso, o papel dos profissionais da área da saúde é fundamental, bem como aqueles que têm contato direto com eles e por isso acabam se tornando a única referência de afeto que os pacientes possuem. No caso da paciente S.P.C, em muitas situações, a integração com equipe, a forma de abordar, de oferecer um serviço de escuta, fez com que ela se sentisse mais calma, e podemos perceber que no começo ela era apática em relação às atividades propostas, e a presença das enfermeiras, porém com insistência, trouxe uma aceitação por parte da paciente, que começou a relatar fatos importantes de sua vida e participar das recreações. Esses fatos reforçam assim, a importância que tem os membros da área da saúde na vida dos pacientes, nos hospitais gerais, faz-se necessário a escuta terapêutica com usuários, e consequentemente, a escuta de seus familiares. A escuta por parte dos familiares, dentro do hospital se torna algo muito difícil, em alguns dos casos os familiares se isentam de qualquer responsabilidade dentro do tratamento, e infelizmente abandonando por completo o paciente dentro de uma instituição, a integração da equipe de saúde é imprescindível para que o atendimento e o cuidado alcance a amplitude do ser humano, considerando as diversas necessidades do paciente e assim, transcendendo a noção de conceito de saúde, de que a ausência de enfermidade significa ser saudável. Foi possível vivenciar toda essa interação entre equipes, pois durante esse período tanto os médicos, enfermeiros e auxiliares, ajudaram muito oferecendo orientações, como também assistentes sociais e terapia ocupacional, que realizam um trabalho com os pacientes, de forma humanizada, é fundamental para o atendimento hospitalar, contemplando assim, outras necessidades dos usuários.
O objetivo principal da assistência de enfermagem é despertar o interesse do esquizofrênico pela vida, uma vida digna e de participação no seu meio familiar e social, apesar da doença. É importante valorizar e incentivar os pacientes a participarem do seu tratamento, para que as chances de adesão ao tratamento possam ser maiores.
A assistência de Enfermagem deve ter por finalidade melhorar os sintomas, prevenir as recaídas e evitar a institucionalização. Entretanto, nos momentos de crise, deve ajudar a encarar uma internação necessária como medida protetora. Seus principais objetivos são:
Interromper a perda da capacidade mental, preservando o contato com a realidade;
Restaurar a capacidade de cuidar de si e de administrar sua vida, e manter o máximo de autonomia para promover o melhor ajustamento pessoal, psicológico e social possível;
Diminuir o isolamento;
Reconhecer e reduzir a natureza ameaçadora dos eventos da vida, para os quais existe uma sensibilidade particular;
Conscientizar o portador sobre a realidade de seus recursos e limitações, tanto ajudando a descobrir e realizar seu potencial, quanto ajudando na aceitação de suas limitações;
Recuperar e promover a auto-estima, a auto-imagem e a autoconfiança, proporcionando contínuo progresso;
Estimular a independência, os cuidados consigo mesmo em questões de higiene e capacitar o paciente para as atividades da vida diária.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através desse estudo de caso foi possível conhecer um pouco mais sobre os Transtornos Esquizofrênicos. Sobretudo, este trabalho possibilitou a obtenção de uma visão holística sobre a ação de enfermagem e não apenas um enfoque técnico medicamentoso. Percebe-se, na prática, que a melhor assistência é a individualizada e humanizada, assistindo o paciente como um ser único, respeitando as suas necessidades biopsicossociais.
Pode-se perceber que a escuta atenta, o respeito, à vontade de interagir, a confiança, o vínculo são elementos que precisam ser utilizados na prestação de assistência qualificada, principalmente em pacientes psíquicos. Através do estudo realizado, pude valorizar ainda mais estes conceitos e perceber sua importância no ato do cuidar e, assim, levá-los a aplicar na minha futura prática.

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