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O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 1a aula 06 DE MARÇO DE 2018

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O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
(Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990) 
Introdução
"A criança é nossa mais rica matéria-prima. Abandoná-la à sua própria sorte ou desassistí-la em suas necessidades de proteção e amparo é crime de lesa-pátria." Tancredo Neves. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente resultou da fusão de duas emendas populares, que levaram ao Congresso cerca de 200 mil assinaturas. 
Em sua elaboração trabalharam juristas e pessoas de diversas instituições espalhadas por todo o país. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei complementar nº 8.069/90, substituiu o Código de Menores que era de 1979. 
Optou-se por Estatuto pois tem sentido de punir e Código tem sentido de direitos, segundo o Senador Gerson Camata.
Plácido e Silva (terminologia jurídica) explica que: Código traz consigo a idéia de uma coleção de leis e Estatuto a de uma lei especial de uma coletividade ou corporação. 
Com este Estatuto, os conceitos ideológicos e anti-científicos de 'situação irregular' e o termo estigmatizador de 'menor' com sentido pejorativo e marginalizador ficaram definitivamente revogados. 
Doutrina da Proteção Integral = Art. 227/CF: 
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem*, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (*Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
 Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/90) 
 Constituinte de 1987/88 adotou democraticamente as diretrizes internacionais relativas aos direitos humanos da criança (Declaração Universal e Convenção Internacional) 
 art. 227/CF: doutrina da proteção integral – regulamentação pelo ECA 
 revolução no ordenamento jurídico nacional; 
 implemento, por excelência, da efetivação dos princípios constitucionais no que se refere a crianças e adolescentes; 
crianças e adolescentes
antes: meros objetos de relações jurídicas; 
depois: sujeitos de direitos fundamentais 
 proteção a TODAS as crianças e adolescentes e não somente àqueles que se encontram em situação de pobreza ou de rua; 
 princípios essenciais do ECA (e não constitucionais ou processuais): 
1) prioridade absoluta; 
2) melhor interesse; e 
3) municipalização. 
- pilares básicos: 
1) crianças e adolescentes sujeitos de direitos; e 
2) situação peculiar de pessoa em desenvolvimento. 
Inicialmente… 
 Criança – 12 anos incompletos 
 Adolescente – 18 anos incompletos 
 Aplica-se o Estatuto da Criança e do Adolescente para pessoas com até 21 anos, excepcionalmente. (art. 1º, Lei 8.069/90) 
TEORIAS SOBRE O MOMENTO EXATO EM QUE A PESSOA COMPLETA A IDADE
1ª) Completa-se qualquer idade no primeiro minuto do dia em que festeja o aniversário, independentemente da hora do nascimento. 
2ª) Completa-se qualquer idade na hora que consta do assento de nascimento. 
3ª) Completa-se qualquer idade após o transcurso integral do dia em que se dá o aniversário. 
A tese predominante entre nós é aquela em que a pessoa completa qualquer idade no primeiro momento do dia do seu aniversário (RT, 360:117). 
direitos Fundamentais (art. 3.°)
gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata o ECA (art. 3º);
além dos direitos fundamentais da pessoa humana, goza a criança e o adolescente do direito subjetivo de desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, preservando-se sua liberdade e dignidade;
PREVENÇÃO
 
Visto que é dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação de direitos, ninguém pode eximir-se desta obrigação. 
Qualquer atentado aos direitos fundamentais, por ação ou omissão, merece exemplar punição (art. 5º). 
Maus tratos contra 'X' ou 'Y' (é suficiente a simples suspeita) devem ser obrigatoriamente levados ao conhecimento do Conselho Tutelar da cidade (art. 13) e ao juiz da infância e juventude, para as providências legais cabíveis. 
 
O descumprimento das normas de prevenção, sujeita os responsáveis (pessoa física ou jurídica) à obrigação de reparar o gravame ocasionado, por ação ou omissão, sem prejuízo da responsabilidade penal. 
 
PROTEÇÃO
 
As medidas de proteção devem ser aplicadas pelo Conselho Tutelar ou pela autoridade judiciária, e devem sempre buscar os fins sociais a que se destinam, conforme o art. 6º do ECA, levando em consideração o universo bio-psicossocial que vivem. 
As medidas específicas de proteção aplicam-se: 
 
1) às crianças e adolescentes carentes (art. 98, I e II, c/c artigo 136, I, ambos do ECA); 
 2) às crianças e adolescentes infratores (art. 98, III, c/c 6s art5g6s 105; 112, VII e 136, VI, todos do ECA). 
O Conselho Tutelar, órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, terá atribuição para aplicar as medidas específicas de proteção às crianças e aos adolescentes carentes e às crianças infratoras (arts. 136, I, c/c artigo 98 e seus incisos e art. 105, todos do Estatuto). 
O juiz da infância e da juventude tem competência para administrar privativamente as medidas de proteção aos adolescentes infratores e conforme dispõe o artigo 126, ECA, conhecer da problemática e administrar tudo o que é da competência do Conselho Tutelar, enquanto este não é criado. 
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - DOS DIREITO FUNDAMENTAIS DE CRINÇAS E ADOLESCENTES
 
Do direito à vida e à saúde
A vida e a saúde também são consideradas direitos fundamentais da criança e do adolescente, já que estão em fase de desenvolvimento, devendo existir programas assistenciais que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência, assegurando à gestante, à parturiente e à nutriz (mulher que amamenta) todas as condições necessárias. 
O Capítulo referente à vida e à saúde prevê atendimento pré, peri e pós-natal, preferencialmente pelo mesmo médico, através do Sistema Único de Saúde (SUDS). 
Quando ocorrer suspeita de maus tratos (art. 13), deve-se comunicar imediatamente o Conselho Tutelar (art. 131), órgão constituído por cidadãos eleitos em cada município que deverá ter um importante papel na proteção ao menor, pois esse Conselho que irá tomar as providências cabíveis em cada caso. 
Liberdade, Respeito e Dignidade
 
O direito à liberdade é bastante amplo, mas sempre deve-se ter em vista a segurança da criança e do adolescente, e, por esse motivo, é que existem certas restrições e limites. 
 
Os menores devem respeitar os outros indivíduos, principalmente os idosos, da mesma forma que a criança e o adolescente merecem o respeito de todos. 
Ao exigir deveres para os menores, o ECA estabeleceu o equilíbrio indispensável à sociedade sadia. 
 
A liberdade de crença e religião é tão importante que o legislador se preocupou em preceituar o direito de conhecer todas as crenças religiosas existentes. 
Convivência Familiar e Comunitária
 
Pela regra geral acredita-se que a família, de direito ou de fato, é o lugar ideal para a criação e educação do menor. 
E isto porque os pais são os maiores responsáveis pela formação dos filhos, possuindo o pátrio poder sobre eles e o pátrio dever de lhes garantir os direitos fundamentais.
 A Constituição da República igualou o pátrio poder, portanto, ele será exercido igualmente pelo pai e pela mãe. Qualquer divergência entre eles poderá ser resolvida em juízo. 
A legislação penal prevê crimes contra a assistência familiar (arts. 244, 246, 247 e 245) visando tutelar o menor de 18 anos. Em casos excepcionais o menor deverá ser colocado em família substituta. 
A perda ou suspensão do pátrio poder só deve ocorrer nos casos em que a família natural se desinteresse ou abandone o filho. 
Essa perda ou suspensão somente poderá ser decretada judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos
na lei. 
A tutela é uma instituição legal destinada à proteção de menores órfãos, que não possam dirigir suas pessoas ou bens, por si sós, precisando de tutor. Existem três formas de tutela: testamentária (por ato de última vontade), legítima (decorre da lei e cabe aos parentes) e dativa (deriva de sentença judicial). 
O artigo 409, do Código Civil estabelece uma ordem determinada para a nomeação de tutor, mas não é rígida, porque visa o interesse do menor (RT, 614:56; 566:56). 
 
A adoção é o instituto que tem sido utilizado desde a antigüidade, pois trata-se de meio pelo qual o casal sem filhos consegue assegurar a continuidade de sua descendência, recebendo um estranho na qualidade de filho. 
Família Natural: é a comunidade formada pelos pais, ou qualquer um deles e seus descendentes. 
Família Substituta é aquela que recebe o menor em guarda, tutela ou adoção. 
A família substituta estrangeira é uma medida que deve ser tomada excepcionalmente, sendo admissível apenas na modalidade de adoção. 
 
Os filhos havidos fora do casamento podem ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente; no próprio termo de nascimento; por testamento; mediante escritura; mediante outro documento público. 
Vale lembrar que qualquer que seja a origem da filiação, os filhos podem ser reconhecidos, ou seja, pouco importa o estado civil dos pais. O direito ao estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível. 
A guarda visa regularizar a posse de fato da criança. É a primeira forma de colocação do menor em família substituta ou associação até que se torne definitivo. Poderá ser revogada a qualquer tempo mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público. 
 
DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER:
igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
o direito de ser respeitado por seus educadores, o direito de contestar criançaitérios avaliativos, o direito de organização e participação em entidades estudantis e o acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência (art. 53 e incs. do ECA).
ensino fundamental obrigatório, atendimento em criançaeche e pré-escola, a oferta de ensino noturno regular adequado às condições do AD trabalhador, etc. (arts. 208 da CF/88 e 54 do ECA);
obrigação dos dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental de comunicar ao Conselho Tutelar os casos de maus-tratos envolvendo seus alunos, reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares e elevados níveis de repetência, sob pena de incorrer na infração administrativa prevista no art. 245 do ECA;
prevenção especial:
da informação, cultura, lazer, esportes, diversões e espetáculos:
b) acesso às diversões e espetáculos:
c) programas de rádio e tv:
Portaria n. 1220, de 12.02.07, do Ministério da Justiça.
d) revistas e publicações:
e) casas de jogos:
f) produtos e serviços:
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO ECA
 
O ECA é regido por uma série de princípios que representam a nova política estatutária do direito da criança e do adolescente. Tais conceitos servirão de orientação ao intérprete, sendo os principais os seguintes: 
 
1) Princípio da prevenção geral: É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente as necessidades básicas para seu pleno desenvolvimento (art. 54, I a VIII) e prevenir a ocorrência de ameaça ou violação desses direitos (art. 70). 
 
2) Princípio da prevenção especial: o Poder Público regulará, através de órgãos competentes, as diversões e espetáculos públicos (art. 74). 
 
3) Princípio de Atendimento Integral: o menor tem direito à atendimento total e irrestrito (vida, saúde, educação, esporte, lazer, profissionalização, etc) necessários ao seu desenvolvimento (arts. 3º, 4º e 7º, do ECA). 
 
4) Princípio da Garantia Prioritária: Tem primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias, assim como formulação e execução das políticas, sociais, públicas e destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude (art. 4º, a,b,c,d). 
5) Princípio da proteção estatal: visa a sua formação biopsíquica, social, familiar e comunitária, através de programas de desenvolvimento (art. 101). 
6) Princípio da prevalência dos interesses do menor, pois na interpretação do estatuto levar-se-ão em conta os fins sociais a que ele se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento (art. 6º). 
7) Princípio da indisponibilidade dos direitos do menor: pois o reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercido contra os pais, ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de justiça (art. 27). 
 
8) Princípio da sigilosidade: sendo vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria de ato infracional. 
 
9) Princípio da gratuidade: pois é garantido o acesso de todo menor à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos, sendo a assistência judiciária gratuita prestada a todos que a necessitem (art. 141, §§ 1º e 2º ). 
PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS OBRIGADAS ÀS PRESTAÇÕES DEVIDAS AOS MENORES, PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA E PELO E.C.A.
 
A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais à pessoa humana e lhes é assegurado por lei todas as facilidades e oportunidades para o seu pleno desenvolvimento mental, espiritual, físico e social. 
A família, a comunidade, a sociedade e o Poder Público devem assegurar o cumprimento de tais direitos, pois são eles que estão obrigados pelo artigo 227, da Constituição da República e artigos 4º e 70 do E.C.A. a assegurar e tornar efetivos aqueles direitos subjetivos públicos. 
 
MANIFESTAÇÃO DO INTERESSADO
O art. 6º do ECA é claro ao preceituar que a criança e o adolescente são pessoas em desenvolvimento e deve-se sobrelevar a proteção aos interesses do menor sobre qualquer outro bem ou interesse juridicamente tutelado, devendo ele ser ouvido sempre sobre sua situação ou seu próprio destino, quando estiver em condições de ser ouvido, não se compreendendo qualquer decisão que seja tomada contrariamente aos seus interesses. 
No entanto, as declarações do menor, embora de grande valia, devem ser analisadas com cautela, pois podem estar sob influência de seus responsáveis e nem sempre entendem o que melhor lhes convém, portanto, deve ser decidido judicialmente, com o auxílio da equipe interdisciplinar. 
A Jurisprudência sempre reconheceu que o interesse do menor deve prevalecer sobre qualquer outro, quando seu destino estiver em discussão (RT, 430:84; 425:92; 423:115; 420:139). 
INFRATOR
Mesmo o menor infrator deve merecer tratamento tutelar, de modo que venha a ser uma pessoa integrada à sociedade. 
O menor perigoso deve receber tratamento adequado em algum estabelecimento específico, ficando internado, vez que sua conduta demonstrou periculosidade com seu ato infracional de natureza grave, ou sua reincidência comprovada. 
Evaristo de Moraes afirma que: "... aumenta a criminalidade da infância e da adolescência, revelando-se, dia-a-dia, mais precocemente os impulsos anti-sociais." 
ESTATUTO DA criança E DO ADOLESCENTE
Proteção integral
Situação Irregular
- proteção à todas ascriançaseadolescentes(sistema de garantia de direitos);
- tem como alvo os “menores” em situação irregular (art. 2º);
-criançaseadolescentescomo sujeitos de direitos especiais frente à família, sociedade e ao Estado;
-criançaseadolescentescomo simples objetos de intervenção do mundo adulto;
- medidas de proteção;
- medidas de assistência e proteção;
- é a família, a sociedade ou o Poder Público que se encontram situação irregular.
- enfoque exclusivo nacriançaouadolescenteem situação irregular;
Aspectos Gerais:
03 tipos de sistemas:
- PRIMÁRIO:
• Sistema de garantias:
artigo 4º
- SECUNDÁRIO:
• Sistema de Medidas de proteção: A criança e o adolescente na condição de
vítima, ou seja, a vitimização da criança e do adolescente.
-TERCIÁRIO:
• Sistema Sócio Educativo: Artigo 112 - Medidas sócio educativas.
garantia da absoluta prioridade (art. 4º):
a) a primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias (decorrência do princípio do respeito à condição peculiar de pessoa em processo de desenvolvimento);
b) precedência de atendimentos nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas públicas (vide art. 87, I);
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude (vide arts. 59, 87, 88 e 261, parágrafo único)
interpretação do ECA
fins sociais, exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento (principal parâmetro);
O ESTATUTO E SEU CONTEÚDO
 
O ECA pode dividido em dois grandes livros:
O Livro I (Parte Geral), segundo Edson Sêda, “detalha como o intérprete e o aplicador da lei haverão de entender a natureza e o alcance dos direitos elencados na norma constitucional” (art. 227 da CF);
O Livro II (Parte Especial) trata das normas gerais (art. 204 da CF) que deverão reger a política de atendimento aos direitos da criança e do adolescente violados ou ameaçados de violação em seus direitos.
No contexto da política de atendimento do ECA, destaca-se o Título I do Livro 2, que trata precisamente da política de atendimento, estando dividido em dois capítulos:
Capítulo I: Das Disposições Gerais;
Capítulo II: Das Entidades de Atendimento.
O Estatuto é uma Lei autônoma porque?
Contém princípios próprios; 
Adota métodos específicos de aplicação firmando os conceitos de criança e adolescente;
Delimita as diretrizes da proteção integral necessária;
Direciona quais são os mecanismos de participação da sociedade e de fiscalização dos seus atos;
Indica quais os instrumentos de operacionalização de suas medidas mediante descentralização político-administrativa;
Impõe regras de condutas e de responsabilização para os violadores dos direitos da população infanto-juvenil, como também para adolescentes em conflito com a lei;
Formaliza de maneira integral e rígida garantias processuais para adolescentes infratores, sem caráter paternalista;
Delimita medidas de proteção para crianças em condições especialmente difíceis.
Regulamenta as procedimentos da competências da Justiça da Infância e competências do Juiz, do Ministério Público, do Advogado e Defensor Público;
Tutela os interesses individuais, difusos e coletivos afetos à criança e ao adolescente;
Cria novos tipos criminais contra os direitos da criança e do adolescente, bem assim infrações administrativas.
Cria Fundo específico.
	SISTEMA DE GARANTIA E DEFESA DE DIREITOS
Construção da igualdade da organização política da sociedade através dos espaços públicos institucionais
Dever do Estado, da família, da sociedade civil e dos indivíduos: compromisso e solidariedade
Responsabilidade pela correção dos desvios da realidade social, econômica e política
SISTEMA DE GARANTIA E DEFESA DE DIREITOS
Envolve sujeitos, objeto e relação
Exige efetividade dos direitos, eficiência e eficácia na garantia dos direitos
Visa a democratização do Estado e da Sociedade Civil;
DEFESA E RESPONSABILIZAÇÃO
 DEFESA - 
Todos os meios que assistem aos Atores que integram o Sistema de Garantias para contraporem-se às ameaças e violações aos direitos das crianças e adolescentes.
RESPONSABILIZAÇÃO - 
Imputar sanções cabíveis, através de medidas judiciais, aos que praticam violência sexual contra crianças e adolescentes; é, também, propiciar às vítimas a garantia do devido processo legal.
Sistema de Garantia
de Direitos
Criança / Adolescente
Criança / Adolescente
Sociedade
Família
Poderes
Estado / Órgãos / Agentes Públicos
Sistema de Garantia
de Direitos
Criança / Adolescente
Sociedade
Poderes
Estado / Órgãos / Agentes Públicos
Defensoria Pública
Sistema de Garantia
de Direitos Desarticulado
Família
Sistema de Justiça
Poder 
Judiciário
Ministério
Público
Defensoria
Pública
Advocacia
Criança / Adolescente
x
Justiça
Relação Processual
Criança / Adolescente
x
Justiça
Falha
Sistema de Justiça
Poder 
Judiciário
Ministério
Público
Defensoria
Pública
Advocacia
Relação Processual
Criança / Adolescente
x
Justiça
Falha
Sistema de Justiça
Poder 
Judiciário
Ministério
Público
Defensoria
Pública
Advocacia
Relação Processual
Programas sócio-educativos
Programas de Proteção Especial
Sistemas de Educação e Saúde e Outras Politicas Públicas
Famílias
Sistema de Garantias
Prof. Leoberto Narciso Brancher
Juiz de Direito
Semili-berdade
Internação
Educação
Prestação de Serviços à
Comunidade
Colocação
Familiar
Abrigo
Tratamento Especializado
Renda Mínima
Apoio Sócio- Famíliar
Reinserção Escolar
Apoio
Temporário
Busca desaparecidos
Atendimento Integrado ao Infrator
Reparação de Danos
Alimentação
Habitação
Saúde
Cultura
Profissio-nalização
Lazer
Proteção
Jurídico-Social
ESCOLA
CONSELHO
TUTELAR
JUIZADO
Tratamento Drogadição
Vítimas
Maus-Tratos
Guarda Subsidiada
Esporte
FAMÍLIA &
VALORES HUMANOS
Prof. Leoberto Narciso Brancher
Juiz de Direito
· REITERANDO: O atendimento aos direitos da criança e do adolescente deve ser encarado como prioridade absoluta, devido ao fato de 
(i) eles não conhecerem suficientemente seus direitos, 
(ii) não terem condições de suprir por si mesmos suas necessidades básicas, 
(iii) serem pessoas em condição peculiar de desenvolvimento, e, finalmente, 
(iv) possuírem um valor intrínseco (são seres humanos integrais em qualquer fase de seu desenvolvimento) e um valor projetivo (são portadores do futuro de suas famílias, de seus povos e da espécie humana);
O conjunto de direitos fundamentais a ser promovido pelas gerações adultas se divide em três elencos básicos:
 
O Direito à Sobrevivência (vida, saúde, alimentação);
O Direito ao Desenvolvimento Pessoal e Social (educação, cultura, lazer e profissionalização);
O Direito à Integridade Física, Psicológica e Moral (dignidade, respeito, liberdade e convivência familiar e comunitária).
O conjunto de situações de risco pessoal e social ou de circunstâncias especialmente difíceis em relação aos quais as crianças e adolescentes devem ser protegidos (colocados a salvo) são: a negligência, a discriminação, a exploração, a violência, a crueldade e a opressão;
Podemos visualizar os princípios reitores da política de atendimento do ECA:
 
Princípio da Descentralização: municipalização do atendimento;
Princípio da Participação: criação de Conselhos;
Princípio da Focalização: criação e manutenção de programas específicos;
Princípio da Sustentação: manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais;
Princípio da Integração Operacional: atuação convergente e intercomplementar dos órgãos do Judiciário, Ministério Público, Segurança Pública e Assistência Social no atendimento ao adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional;
Princípio da Mobilização: desenvolvimento de estratégias de comunicação, visando a participação dos diversos segmentos da sociedade na promoção e defesa dos direitos da população infanto-juvenil. 
A Política de Atendimento, enquanto conjunto articulado de ações, pode ser vista de forma topográfica, dividida em quatro linhas de ação, que configuram quatro campos básicos de atenção à criança e ao adolescente: políticas sociais básicas, assistência social, proteção especial e garantia de direitos.
Esses quatro grandes territórios são regidos pelas diretrizes da política de atendimento, que nos dão os princípios estruturadores do sistema de proteção integral dos direitos da criança e do adolescente;
A aplicação da Doutrina
da Proteção Integral implica e requer um conjunto articulado de ações por parte do Estado e da sociedade. Estas ações podem ser divididas em quatro grandes linhas:
Políticas Sociais Básicas, direitos de todos e dever do Estado, como educação e saúde;
Políticas de Assistência Social, para quem se encontra em estado de necessidade temporária ou permanente, como os programas de renda familiar mínima;
Políticas de Proteção Especial, para quem se encontra violado ou ameaçado de violação em sua integridade física, psicológica e moral, como os programas de abrigo;
Políticas de Garantia de Direitos, para quem precisa pôr para funcionar em seu favor as conquistas do estado democrático de direito, como, por exemplo, uma ação do Ministério Público ou de um centro de defesa de direitos.
Medidas de Proteção
 – ECA, arts 98 a 102
Conceito: ações ou programas de caráter assistencial que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente à criança ou adolescente em situação de risco ou quando da prática de ato infracional.
São, instrumentos colocados a disposição das autoridades competentes para dar efetividade aos direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes. 
Medidas de Proteção
 – ECA, arts 98 a 102
Princípios: art. 100 e parágrafo único (proteção integral, prioridade absoluta, necessidades pedagógicas, fortalecimento dos vínculos familiares).
EFETIVIDADE DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Características: ampliação dos destinatários das medidas de proteção (todas as crianças e todos adolescentes) e transferência da esfera de aplicação ao conselho tutelar, que exerce o poder-dever da sociedade em garantir o exercício dos direitos fundamentais das crianças e adolescentes.
Medidas de proteção
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III - em razão de sua conduta.
Medidas de proteção.
Por que?
1. Omissão do Estado - Elaboração de políticas públicas: acesso à escola, rede de saúde, proteger a em situação de rua, de exploração sexual e consumo de substancias entorpecentes.
2. Falta ou omissão dos pais: núcleo familiar. Quando as crianças e adolescentes são vítimas do exercício abusivo do poder familiar, do tutor ou guardião ou quando forem filhos de pais falecidos, ausentes ou desconhecidos.
3. Por sua própria conduta: quando a criança ou adolescente demonstra conduta contrária à vida saudável em sociedade, capazes de lhes colocar em risco.
Medidas protetivas específicas
 – ECA, art. 101
O rol exemplificativo das medidas de proteção do art. 101 do Estatuto foi alterado pela Lei Nacional de Adoção (L. 12.010/09), com a substituição da expressão “abrigo” por “acolhimento institucional” (inciso VII), e pela introdução do programa de acolhimento familiar (inciso VIII). 
As medidas de proteção poderão ser aplicadas cumulativamente
 Aplicabilidade
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III - matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;
IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente;
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
Aplicabilidade
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
VII - abrigo em entidade;
VIII - colocação em família substituta.
Há de se considerar que o abrigo é medida provisória e excepcional, utilizável como forma de transição para a colocação em família substituta, não implicando privação de liberdade.
Art. 102. Registro civil
Acolhimento institucional e familiar
Medidas protetivas que:
São excepcionais e provisórias;
Devem proporcionar atendimento individual;
As entidades de atendimento devem remeter relatórios ao juiz da Infância e Juventude (reavaliação)
Ver art.19 e 28
Acolhimento institucional 
e familiar
Princípios: excepcionalidade – esgotados os meios de manutenção na família natural ou extensa; provisoriedade – máxima brevidade, reavaliação periódica, 6 meses, prazo máximo 2 anos, salvo se em benefício do acolhido.
 Acolhimento institucional e familiar
O acolhimento familiar é realizado por uma família acolhedora (com ou sem intermediação de entidade de atendimento) previamente cadastrada no programa junto ao CMDCA. Art. 34 ECA
 Acolhimento institucional e familiar
O acolhimento institucional (antigos “abrigos”) é realizado por entidade de atendimento governamental ou não, presidida por um dirigente, guardião daqueles que estão sob os cuidados da instituição.
1. próximo aos pais; 2. não pode implicar privação de liberdade do acolhido ; e 3. vedado o caráter punitivo
 
OBS: a fiscalização dessas entidades, assim como, as penalidades cabíveis, estão prevista nos artigos 95, 96 e 97 do Estatuto.
Competência
São autoridades competentes:
1. Conselho Tutelar: medidas do inciso I ao VII do art. 101 ECA; (* acolhimento institucional)
2. Autoridade judiciária: colocação em família substituta, mediante guarda, tutela ou adoção e acolhimento familiar.
Competência
Competência extraordinária: a autoridade judiciária poderá, excepcionalmente, aplicar as medidas de proteção afetas aos conselhos tutelares quando estes não houverem sidos instalados.
Estatuto da Criança e do Adolescente 
Prática infracional
 
O ECA e a responsabilização do adolescente
Espécies (clássicas) de responsabilidade:
*Responsabilidade civil: reparação do dano causado – ressarcimento da vítima do ato ilícito
*Responsabilidade penal: reprimir o criminoso – punir
*Responsabilidade estatutária: Medidas socioeducativas educar –resgatar (social) o adolescente
Diferenças entre o Sistema Estatutário (sociopedagógico) e o Direito Penal
 Estatuto da Criança e do Adolescente:
Educar
Regra: não privação da liberdade
Exceção: privação (brevidade e excepcionalidade)
Medidas determinadas pela necessidade pedagógica art. 100, ECA
. Resgate social
 Direito Penal:
Punir, isolar
Regra: privação da liberdade
Exceção: penas alternativas – substitutas
Relação direta entre ato e consequência: ameaça
Ex: art. 155, CP
. Retributividade
Prática Infracional
Teoria do ato infracional
A responsabilidade penal dos menores de 18 anos passou por 3 fases:
a) Caráter penal indiferenciado;
b) Caráter tutelar;
c) Responsabilidade penal dos adolescentes, ECA.
Sistema repressivo-estatutário
Por não ser a menoridade uma carta de alforria, as crianças e adolescentes têm consequências pelo ato infracional, porém lhes são assegurados direitos e garantias em atenção a sua peculiar condição de pessoa em desenvolvimento.
Caráter Pedagógico Retributivo
Neste sentido, as crianças são inimputáveis e penalmente irresponsáveis, e, em razão do ato infracional por elas cometido lhes serão aplicadas as medidas de proteção; 
Já os adolescentes são inimputáveis, mas penalmente responsáveis e em razão do cometimento de ato infracional lhes serão aplicadas as medidas sócio-educativas.
Ato infracional 
ECA, arts. 103 a 128
Conceito: é a prática de qualquer ato penalmente tipificado como crime ou contravenção pelo menor de 18 anos de idade.
Consequência: medida socioeducativa mais adequada ao caso, se adolescente; se criança, medidas de proteção (art. 101).
Idade: data do fato (teoria da atividade)
Direitos individuais
 – arts. 106 a 109
restrição da liberdade só se admite em 2 hipóteses: apreensão em flagrante ou mandado judicial
o procedimento de apuração do ato infracional deve obedecer o devido processo legal, sendo medida excepcional a internação do adolescentes antes da sentença, pelo prazo máximo de 45 dias, desde que por decisão
judicial fundamentada em indício suficientes de autoria e materialidade.
Garantias processuais
arts. 110 e 111
devido processo legal: CF, art. 5o, LIV com as particulares da natureza estatutária.
ampla defesa
defesa técnica por advogado
autotutela - direito de ser ouvido pessoalmente tanto pelo juiz como pelo MP em qualquer fase do procedimento.
Medidas Socioeducativas
ECA, art. 112 
I - Advertência
II – Obrigação de reparar o dano
III – Prestação de serviços à comunidade
IV – Liberdade assistida
V – Semi-liberdade
VI – Internação
VII – medidas de proteção
Medidas
Súmula 108 do STJ “A aplicação de medidas socioeducativas ao adolescente, pela prática de ato infracional, é da competência exclusiva do juiz.”
critérios norteadores: capacidade do infrator, circunstâncias e a gravidade da infração.
Vedação ao trabalho forçado: a prestação de serviços à vítima como forma de reparar o dano requer a expressa concordância do adolescente.
Espécies
Advertência (art. 115) – tem cabimento para infrações de pequena gravidade e consiste em admoestação verbal reduzida a termo a fim de alertar o adolescente e seus responsáveis sobre os riscos e consequências do ato.
Obrigação de reparar o dano (art. 116) – ato infracional de cunho patrimonial que pode ser reparado com a restituição da coisa, pelo ressarcimento do dano ou, compensação do prejuízo por outra forma, desde que não sejam os pais responsáveis pelo seu implemento e não configure trabalho forçado. 
Espécies
Prestação de serviços à comunidade (art. 117) – tarefas gratuitas de interesse geral por período não excedente a 6 meses, em conformidade com as aptidões do adolescente e com jornada máxima de 8hs que não prejudique à frequência escolar ou a jornada normal de trabalho
Espécies
Liberdade assistida (arts. 118 e 119): vigilância e acompanhamento à distância pelo prazo de 6 meses com o fim de auxiliar e orientar o adolescente com o fim de impedir a reincidência. 
Esta medida pode ser prorrogada, revogada ou substituída a qualquer tempo.
Espécies
Regime de semiliberdade (art. 120) – recolhimento noturno e realização de atividades externas durante o dia sob supervisão, sem prazo determinado, sendo obrigatória a escolarização e profissionalização do adolescente.
Espécies
Internação (arts. 121 a 125) - medida privativa de liberdade admitida apenas nas hipóteses de:
a) ato infracional cometido com violência ou grave ameaça; 
b) reiteração de outras infrações graves; 
c) descumprimento reiterado e injustificado de outra medida (neste caso não poderá exceder 3 meses)
 
Internação
princípios: brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar do adolescente.
não comporta prazo determinado, devendo ser reavaliada a cada 6 meses (direito do adolescente), não excedendo o prazo máximo de 3 anos de internação. A liberação é compulsória aos 21 anos de idade.
Atividade externas permitidas, salvo determinação judicial em contrário.
A internação provisória só é admitida em casos de cometimento de ato infracional com violência ou grave ameaça ou, ainda, quando decorrer repercussão social que coloque em risco a vida do adolescente. 
Princípios basilares 
1 - capacidade (física e psíquica) do adolescente para o cumprimento da medida (ECA, art.112, § 1º, primeira parte);
2 - circunstâncias da infração (ECA, art.112, § 1º, segunda parte);
3 - gravidade da infração (ECA, art.112, § 1º, in fine);
4 - vedação ao trabalho forçado (ECA, art. 112, § 2º);
5 - atendimento às necessidades pedagógicas do adolescente (ECA, art.113 c/c art. 100, primeira parte)
6 - preferência das medidas que visam o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários (ECA, art.113 c/c art.100, segunda parte);
7 - possibilidade de aplicação isolada ou cumulativa (ECA, art.113 c/c art. 99, primeira parte)
8 - possibilidade de sua substituição a qualquer tempo (ECA, art.113 c/c art. 99, segunda parte)
Direitos individuais
Apreensão legal
Identificação dos responsáveis pela prisão
Comunicação à autoridade judiciária, a família do ofendido ou a pessoa indicada e ao advogado.
Informação de seus direitos
Identificação Civil.
Examinar-se-á, desde logo e sob pena de responsabilidade, a possibilidade de liberação imediata. Se os pais comparecem será liberado, salvo se houver necessidade de internação.
A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de 45 dias. A decisão deverá ser fundamentada e basear-se em indícios suficientes de autoria e materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da medida.
As garantias processuais conferidas aos adolescentes
Art. 111
O direito a ser submetido ao devido processo legal (CF, art.5º, LIV; ECA, art.110;
Pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, mediante citação ou meio equivalente;
Igualdade na relação processual
Defesa auto-defesa e defesa técnica por advogado e, se for o caso, assistência judiciária gratuita e integral.
Direito de solicitar a presença de seus pais ou responsável em qualquer fase do procedimento.

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