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RESUMO DIREITO CIVIL IV

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Civil IV: Prof. Grevi Boa Morte
AULAS DIGITADAS
HITALO FRANKLIN VIEIRA SILVA
CAMPOS DOS GOYTACAZES, 2014.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Civil IV – CCJ0015
Prof. Grevi Boa Morte – grevijr@outlook.com
Hitalo Franklin Vieira Silva – Email: hitalofranklin@msn.com Tel: (22) 99791-4361
AULA 01 - APRESENTAÇÃO DA MATÉRIA
DIREITO DAS COISAS - Direitos Reais e Posse
Matéria Densa, complexa, com muitas dúvidas.
Gera decisões contraditórias.
Até aula 4 – Posse é a base do período inteiro.
Viés Civil Constitucional 
Código 1916 criada para o fazendeiro rico casado: propriedade acima de tudo, pois não interessava a mulher ou aquele sem meios econômicos.
CC 2002 – Direito à propriedade em face da função social do mesmo. Produtividade, aluguel, arrendamento, comodato, etc.
Parte Comum e parte exclusiva
PLANO DE ENSINO
Ementa:
Conceito, classificação e características de Direito das Coisas.
Obrigações Propter Rem. Características de direito real
Posse. Propriedade. Usucapião. Registro de imóveis. 
- Direitos frutos, benfeitorias, defesa direta ou indireta (judicial).
Direitos de vizinhança. Frutos de árvore.
- Obrigação de propter rem
Condomínio e suas espécies.
Direitos Reais sobre coisa alheia - art. 225 CC. Dono do apagador
Aquisição sobre coisa alheia.
Meio de aquisição de propriedades
Registro de imóveis, usucapião, acessões e hereditário (patrimônio negativo ou positivo) Inventário
Objetivo Geral:
• Elencar os direitos reais, analisando os princípios gerais, suas características, fonte, classificação e os sistemas a eles concernentes.
• Definir e compreender o fenômeno da posse, suas teorias, natureza jurídica, classificações e efeitos. Ver SAVIGNY e RUDOLF
• Identificar cada um dos direitos reais, examinado conceito, principais características, efeitos e modos de extinção.
Posse, Direitos Reais e Direitos de Vizinhança.
Objetivos Específicos:
• Conceituar os direitos reais e localizá-los no Código Civil e leis extravagantes;
• Diferenciar obrigações e direitos reais;
• Reconhecer as divergências entre os direitos reais e obrigações propter rem, obrigação com eficácia real, sub-rogação real e ônus real;
• Compreender a controvérsia sobre a legitimidade para pagar as obrigações propter rem;
• Conceituar o fenômeno fático que implica na posse através das teorias clássicas;
• Diferenciar posse de propriedade e detenção;
• Identificar as diversas características da posse de acordo com diferentes critérios jurídicos;
• Compreender os principais efeitos da posse, em que se inclui os modos de proteção em eventuais violações;
• Identificar e debater o momento da aquisição da posse, a classificação daí decorrente e os modos de tradição;
• Conceituar a propriedade antes e após a constitucionalização do direito privado;
• Analisar os diferentes modos de aquisição da propriedade, especialmente o registro de título, a usucapião e as acessões imobiliárias;
• Identificar os fundamentos que inspiram o direito de vizinhança;
• Diferenciar a natureza do direito de vizinhança e da servidão predial;
• Diferenciar as diversas formas de condomínio: o voluntário, o necessário, o legal e o condomínio edilício;
• Apontar o direito real decorrente da promessa de compra e venda e compreender a sua natureza jurídica;
• Identificar as espécies de promessa de compra e venda a fim de analisar qual confere direito de aquisição.
Procedimento e Avaliação:
Aula segunda e quarta.
Postagem dos casos concretos da segunda até na sexta anterior.
Anexar arquivo do Word, Pesquisa, Internet.
Após correção do professor, acrescentar doutrina e jurisprudência para entregar no dia da prova.
Exemplo:
Conforme ensinamento de Fulano de Tal:
“Texto sustentando a tese defendida”
Citar fonte.
Colocar carimbo comprovando data de postagem.
Pontuação:
0,5 para todos na data certa.
0,5 para a aula escolhida conforme acima.
Bibliografia básica:
1 - MELO, Marco Aurélio Bezerra de. Direito das Coisas. 4. Ed. Rio de Janeiro: Lúmen Juris, 2010.
2 - TARTUCE, Flávio. Direito Civil, Vol. 4 - Direito das Coisas. São Paulo: Método. 4ª edição - revista e atualizada, 2012.
3 - GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, 7ª. Ed., vol. 5, Rio de Janeiro: Saraiva, 2010.
Bibliografia:
CHAVES, Cristiano. ROSEMVALD, Nelson. Direito das Coisas. Rio de Janeiro: Impetus.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Civil IV – CCJ0015
Prof. Grevi Boa Morte – grevijr@outlook.com
Hitalo Franklin Vieira Silva – Email: hitalofranklin@msn.com Tel: (22) 99791-4361
AULA 02 – DIREITO DAS COISAS
O estudo do direito das coisas Direitos Reais
Conceito:
Direito das Coisas é um complexo de normas que regulamenta as relações dominiais existentes entre a pessoa humana e coisas apropriáveis.
Coisa: Coisa é o gênero do qual bem é espécie. É tudo o que existe objetivamente, com exclusão do homem. Segundo o art. 202 do Código Civil português, “diz-se coisa tudo aquilo que pode ser objeto de relações jurídicas”.
Coisas são bens corpóreos: existem no mundo físico e hão de ser tangíveis pelo homem. Tudo o que existe ou possa existir, de natureza corpórea ou incorpórea.
Bem: Bens são coisas que, por serem úteis e raras, são suscetíveis de apropriação e contêm valor econômico. Somente interessam ao direito coisas suscetíveis de apropriação exclusiva pelo homem, sobre as quais possa existir um vínculo jurídico, que é o domínio. As que existem em abundância no universo, como o ar atmosférico e a água dos oceanos, por exemplo, deixam de ser bens em sentido jurídico.
Coisa, corpórea ou incorpórea, da esfera econômica ou moral (imóvel, móvel, direito, ação, crédito etc.), suscetível de uma apropriação legal; tudo aquilo que é propriedade de alguém (mais us. no pl.).
Patrimônio: conjunto dos bens, direitos e obrigações economicamente apreciáveis, pertencentes a uma pessoa ou a uma empresa.
(C (Bens) B)
Direitos Reais conjunto de categorias jurídicas relacionadas à propriedade, descritas inicialmente no art. 1.225 do CC. Os Direitos Reais formam o conteúdo principal do Direito das Coisas, mas não exclusivamente, eis que existem institutos que compõem a matéria e que não são Direitos Reais.
– CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS REAIS:
Oponibilidade Erga Omnes: Em face de todos (coletividade), não existe apenas um devedor. Surge a pretensão de ação, em face do elemento que ofende o direito.
Publicidade: Registro de Imóveis, CRLV, identificação de propriedade Registro Público.
Direito de Sequela: Direito de perseguir, de reivindicar, a partir da titularidade permanente sobre o bem. Preso ao bem. De buscar o bem subtraído.
Exclusividade: Se aplica a todos os direitos reais. Não se permite um direito de propriedade por mais de um titular sobre o mesmo bem.
Se o bem, por conta de seu alto valor, comporta mais de uma hipoteca, haverá ordem preferencial de quitação das hipotecas.
Preferência: Se aplica aos direitos de garantia. Condição de receber de forma privilegiada. 1º credor preferencial. Antes dos credores quirografários (Tributos, Trabalhistas, etc.).
Hipoteca, Anticrese e Penhor (Empenho Leilão na falta de pagamento).
Taxatividade: Relação Numerus clausus: art. 1225, CC Rol de direitos reais previstos pelo legislador. Não podendo ser criado entre as partes.
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese;
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;
XII - a concessão de direito real de uso.
Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição.
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos,ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código.
– CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS REAIS:
A – Quanto à Propriedade:
- Sobre coisa própria:
- Sobre coisa alheia:
Fruição ou gozo: art. 1225, VII, CC. VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
Aquisição: Compromisso de compra e venda irretratável.
Garantia: Hipoteca, Anticrese e Penhor. Exercido quando do descumprimento da obrigação.
B - Quanto aos Poderes do titular:
- Limitados: Propriedade com restrições Usufruto, Hipoteca;
IV - o usufruto;
IX - a hipoteca;
- Ilimitados: Propriedade plena Todos os poderes art.1228, CC.
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
– DIFERENÇAS ENTRE DIREITOS OBRIGACIONAIS E REAIS
– ESCOLAS
- Escola Dualista ou Clássica: um sujeito ativo, um objeto, o bem, a coisa com valor econômico, sem a necessidade de um sujeito passivo. Determinável no momento da lesão do direito, nascendo a pretensão processo (prescrição/decadência). Diferenciação entre direitos reais e direitos obrigacionais.
- Escola Unitária Personalista: Direitos Pessoais: Sujeito passivo determinado Direito real como se fosse uma espécie de direito obrigacional. Não é o devedor que responde, mas o patrimônio deste.
- Escola Unitária Realista: Direitos Reais 
 	OBRIGACIONAL 	X 	REAL: 
 	Relativos (Inter partes) 		Absolutos (erga omnes)
 	Passivo determinado (Credor-Devedor) 		Passivo Indeterminado (Titular-Coisa)
	Autonomia Privada (Contratualização)		Publicidade (Tradição e Registro)
 					
 	Conteúdo Positivo 		Conteúdo Negativo
 	Coisa Objeto Mediato (Coisa)		Coisa Objeto Imediato (Dar)
 	Transitória (Contrato)		Permanente (Propriedade - perpétua)
	Atipicidade (Rol Exemplificativo) 		Tipicidade (Relação taxativa)
	Numerus apertus: Elaboração Art. 104, e 465, CC		Numerus clausus Clássica art. 1225, CC
	Responsabilidade patrimonial (Bens do devedor) 		Direito de Sequela (a coisa responde)
– OBJETO
Coisas que tem valor econômico, chamadas de bens. Podem ser imateriais, tal como o direito autoral. 
- SUJEITOS
Passivo: Determinado no momento da lesão do direito.
Ativo: Titular do direito real.
– OBRIGAÇÃO PROPTER REM
- Obrigação ambulatória: conteúdo obrigacional com características de direito real tal qual o direito/obrigação de dividir as despesas para construir o muro de divisa do terreno. Despesas condominiais que estão relacionadas ao titular de propriedade
Obrigação propter rem é a que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito real.
Só existe em razão da situação jurídica do obrigado, de titular do domínio ou de detentor de determinada coisa. É o que ocorre, por exemplo, com a obrigação imposta aos proprietários e inquilinos de um prédio de não prejudicarem a segurança, o sossego e a saúde dos vizinhos (CC, art. 1.277). Decorre da contiguidade dos dois prédios. Por se transferir a eventuais novos ocupantes do imóvel (ambulat cum domino), é também denominada obrigação ambulatória.
São obrigações que surgem ex vi legis, atreladas a direitos reais, mas com eles não se confundem, em sua estruturação. Enquanto estes representam ius in re (direito sobre a coisa, ou na coisa), essas obrigações são concebidas como ius ad rem (direitos por causa da coisa, ou advindos da coisa).
Embora o Código Civil não tenha isolado e disciplinado essa modalidade de obrigação, pode ela ser identificada em vários dispositivos esparsos e em diversas situações, como, por exemplo: na obrigação imposta ao condômino de concorrer para as despesas de conservação da coisa comum (CC, art. 1.315); na do condômino, no condomínio em edificações, de não alterar a fachada do prédio (CC, art. 1.336, III); na obrigação que tem o dono da coisa perdida de recompensar e indenizar o descobridor (CC, art. 1.234); na dos donos de imóveis confinantes, de concorrerem para as despesas de construção e conservação de tapumes divisórios (CC, art. 1.297, § 1º) ou de demarcação entre os prédios (CC, art. 1.297); na obrigação de dar caução pelo dano iminente (dano infecto) quando o prédio vizinho estiver ameaçado de ruína (CC, art. 1.280); na obrigação de indenizar benfeitorias (CC, art. 1.219) etc.
– Ônus Real: Nem direito real nem obrigacional: restrição sobre a propriedade
Ônus reais são obrigações que limitam o uso e gozo da propriedade, constituindo gravames ou direitos oponíveis erga omnes, como, por exemplo, a renda constituída sobre imóvel. Aderem e acompanham a coisa. Por isso se diz que quem deve é esta e não a pessoa.
Para que haja, efetivamente, um ônus real e não um simples direito real de garantia (como a hipoteca, ou o privilégio creditório especial), conforme foi dito, é essencial que o titular da coisa seja realmente devedor, sujeito passivo de uma obrigação, e não apenas proprietário ou possuidor de determinado bem cujo valor assegura o cumprimento de dívida alheia.
Diferenças entre ônus reais e obrigações propter rem.
a) a responsabilidade pelo ônus real é limitada ao bem onerado, não respondendo o proprietário além dos limites do respectivo valor, pois é a coisa que se encontra gravada; na obrigação propter rem responde o devedor com todos os seus bens, ilimitadamente, pois é este que se encontra vinculado;
b) os primeiros desaparecem, perecendo o objeto, enquanto os efeitos da obrigação propter rem podem permanecer, mesmo havendo perecimento da coisa;
c) os ônus reais implicam sempre uma prestação positiva, enquanto a obrigação propter rem pode surgir com uma prestação negativa;
d) nos ônus reais, a ação cabível é de natureza real (in rem scriptae); nas obrigações propter rem, é de índole pessoal.
1.8 - Obrigação com eficácia real: ele pode ser registrada e restringe a propriedade.
Anotação do contrato de aluguel a margem da escritura de imóveis, para fins de compra futura, caso o direito de preferência seja ignorado, ao preço venal.
Obrigações com eficácia real são as que, sem perder seu caráter de direito a uma prestação, transmitem-se e são oponíveis a terceiro que adquira direito sobre determinado bem. Certas obrigações resultantes de contratos alcançam, por força de lei, a dimensão de direito real.
Embora os direitos reais só possam ser criados por lei, nossa legislação, como acentua Sílvio Venosa, traz exemplos de relações contratuais que, por sua importância, podem ser registradas no cartório imobiliário, ganhando eficácia que transcende o direito pessoal.
Pode ser mencionada, como exemplo, a obrigação estabelecida no art. 576 do Código Civil, pelo qual a locação pode ser oposta ao adquirente da coisa locada, se constar do registro.
Também pode ser apontada, a título de exemplo de obrigação com eficácia real, a que resulta de compromisso de compra e venda, em favor do promitente comprador, quando não se pactua o arrependimento e o instrumento é registrado no Cartório de Registro de Imóveis, adquirindo este direito real à aquisição do imóvel e à sua adjudicação compulsória (CC, arts. 1.417 e 1.418).
Observa-se, assim, que o legislador, quando entende que determinada relação obrigacional merece tratamento de maior proteção, concede eficácia real a uma relação obrigacional, criando uma exceção à regra geral dos efeitos pessoais das relações obrigacionais.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Civil IV – CCJ0015
Prof. Grevi Boa Morte – grevijr@outlook.com
Hitalo Franklin Vieira Silva – Email: hitalofranklin@msn.com Tel: (22) 99791-4361
AULA 03 POSSE
“Se a posse é um direito, como o reconhece, hoje, a maioria dos juristas, é preciso saber se tem natureza de um direito real ou pessoal. A circunstância de ceder a um direito superior, como o de propriedade, não significa que seja um direito pessoal. Trata-se de uma limitação que não é incompatível com o direito real. O que importa para caracterizareste é o fato de se exercer sem intermediário. Na posse, a sujeição da coisa à coisa é direta e imediata. Não há um sujeito passivo determinado. O direito do possuidor se exerce erga omnes. Todos são obrigados a respeitá-lo. Só os direitos reais têm essa virtude. Verdade é que os interditos se apresentam com certas qualidades de ação pessoal, mas nem por isso influem sobre a natureza real do jus possessionis”.
CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA
Vem sendo conceituada desde o direito romano
Possuir no sentido de propriedade, de 
Tomar assento, se acomodar
Exercício de fato de qualquer uma das propriedades...
Significado da palavra significa a situação de fato e a situação protegida pelo direito.
FATO: Não é simplesmente um fato
DIREITO: A posse é um direito.
FATO E DIREITO: Situação de fato protegida pelo direito. Direito pessoal especial diferenciado, inclusa no rol dos direitos pessoais.
O agente exerce a posse e portanto
NATUREZA JURÍDICA:
CONCEITO: A posse precisa ser exteriorizada: Aparentando o uso. Com viés patrimonialista:
“A posse é situação jurídica de fato, apta a, atendida certas exigências legais, transformar o possuidor em proprietário”. Nelson Nery.
A Posse é a armadura da propriedade.
Posse exercida sobre direitos quase posse, que deve ser visível para a sociedade, através do exercício.
Posse com intenção de uso leva ao usucapião.
OBJETO:
TEORIA SUBJETIVA OU SUBJETIVISTA Friedrich Carl von Savigny, entendendo a posse como o poder direto que a pessoa tem de dispor fisicamente de um bem com a intenção de tê-lo para si e de defendê-lo contra a intervenção ou agressão de quem quer que seja.
Requisitos para posse: possui dois elementos:
a) o corpus – elemento material ou objetivo da posse, constituído pelo poder físico ou de disponibilidade sobre a coisa; é o poder e disposição física sobre a coisa e utilização direta e imediata com intenção de ser dono. Difícil caracterizar a intenção dos outros.
b) animus domini, elemento subjetivo, caracterizado pela intenção de ter a coisa para si, de exercer sobre ela o direito de propriedade. Diante do segundo elemento, para essa teoria, o locatário, o comodatário, o depositário, entre outros, não são possuidores, pois não há qualquer intenção de tornarem-se proprietários. Em regra, essa teoria não foi adotada pelo CC/2002 até porque as pessoas elencadas por último são consideradas possuidores. A teoria subjetiva da posse somente ganha relevância na usucapião, como se verá adiante
Corpus + affectio tenendi = Detenção + animus = Posse Conduta exteriorizada.
TEORIA OBJETIVA OU OBJETIVISTA Rudolf von Ihering, sendo certo que para a constituição da posse basta que a pessoa disponha fisicamente da coisa, ou que tenha a mera possibilidade de exercer esse contato.
Adotada pelo CC: Basta que a coisa esteja cumprindo sua finalidade econômica.
Esta corrente dispensa a intenção de ser dono, tendo a posse apenas um elemento:
a) o corpus, como elemento material e único fator visível e suscetível de comprovação. O corpus é formado pela atitude externa do possuidor em relação à coisa, agindo este com o intuito de explorá-la economicamente. Para esta teoria, dentro do conceito de corpus está uma intenção, não o animus de ser proprietário, mas de explorar a coisa com fins econômicos.
É a aparência do exercício mais a exteriorização do comportamento de proprietário.
Locatário e comodatário podem ter posse.
Corpus + affectio tenendi = Posse – Lei afirme Detenção.
Defesa da posse: Resistência ao desapossamento por suas próprias forças.
TEORIAS E O CÓDIGO CIVIL:
Art. 1196, CC.: Possuidor e/ou detentor: Lhering
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
POSSE, PROPRIEDADE E DETENÇÃO:
Detenção é a posse degradada.
Detentor: Fâmulo da Posse Art. 1198, CC. Exercício da posse.
A detenção é uma mera situação material de apreensão física do bem, sem qualquer consequência jurídica protetiva.
Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.
• Vide art. 1.208 do CC.
• Vide CPC, art. 62.
• Vide Enunciado n. 301 da IV Jornada de Direito Civil.
• Vide Enunciado n. 493 da V Jornada de Direito Civil.
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário.
Art. 1208, CC: O verdadeiro possuidor permitiu a utilização. Tolerância é o mero desdém, sem permissão direta. Não induz a posse.
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
CLASSIFICAÇÃO DA POSSE 
I) QUANTO À RELAÇÃO PESSOA-COISA LHERING: Art. 1197, CC.
Ou quanto ao desdobramento da posse
a) POSSE DIRETA OU IMEDIATA aquela que é exercida por quem tem a coisa materialmente, havendo um poder físico imediato. Como possuidores diretos podem ser citados o locatário, o depositário, o comodatário e o usufrutuário.
Desdobramento da posse. Locatário tem a posse direta, enquanto que o proprietário possui a posse indireta.
Tomada de posse por falta de pagamento é esbulho, o locatário pode resistir ao desapossamento.
Situação normal: Proprietário tem a posse. Corpo e alma. Posse plena.
Desdobramento Sucessivo: Uso-fruto de determinada coisa, que é alugada para outro.
Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
b) POSSE INDIRETA OU MEDIATA exercida por meio de outra pessoa, havendo exercício de direito, geralmente decorrente da propriedade. Exemplos: locador, depositante, comodante e nu-proprietário.
I) QUANTO À PRESENÇA DE VÍCIOS OBJETIVOS Art. 1.200, CC
Os Vícios relativos existem somente em relação a determinada pessoa. 
Para ser injusta é necessária a presença de vícios objetivos: existindo somente a detenção.
Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
a) POSSE JUSTA é a que não apresenta os vícios da violência, da clandestinidade ou da precariedade, sendo uma posse limpa.
b) POSSE INJUSTA apresenta os referidos vícios, pois foi adquirida por meio de ato de violência, ato clandestino ou de precariedade.
• Posse violenta é a obtida por meio de esbulho, for força física ou violência moral (vis). A doutrina tem o costume de associá-la ao crime de roubo. Exemplo: movimento popular invade violentamente, removendo e destruindo obstáculos, uma propriedade rural produtiva, que está sendo utilizada pelo proprietário, cumprindo a sua função social. Violência: contra a pessoa para ocupar o bem. (Roubo).
• Posse clandestina é a obtida às escondidas, de forma oculta, à surdina, na calada da noite (clam). É assemelhada ao crime de furto. Exemplo: movimento popular invade, à noite e sem violência, uma propriedade rural que está sendo utilizada pelo proprietário, cumprindo a sua função social. Clandestinidade: invasor tenta ocultar a tomada da posse para o possuidor. (Furto).
• Posse precária é a obtida com abuso de confiança ou de direito (precário). Tem forma assemelhada ao crime de estelionato ou à apropriação indébita, sendo também denominada esbulho pacífico. Exemplo: locatário de um bem móvel que não devolve o veículo ao final do contrato.
Precariedade: a tomada é lícita, surgindo o vício depois. Locatário que se recusa a devolver o bem, findo o contrato de locação. (Apropriação indébita).
OBSERVAÇÕES:
- Basta a presença de apenasum dos critérios acima para que a posse seja caracterizada como injusta, não havendo exigência de cumulação.
- A posse, mesmo que injusta, ainda é posse e pode ser defendida por ações do juízo possessório, não contra aquele de quem se tirou a coisa, mas sim em face de terceiros. Isso porque a posse somente é viciada em relação a uma determinada pessoa (efeitos inter partes), não tendo o vício efeitos contra todos, ou seja, erga omnes.
- Segundo a visão clássica, e pelo que consta do art. 1.208, segunda parte, do CC/2002, as posses injustas por violência ou clandestinidade podem ser convalidadas, o que não se aplicaria à posse injusta por precariedade (“Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade”). O dispositivo acaba quebrando a regra pela qual a posse mantém o mesmo caráter com que foi adquirida, conforme o art. 1.203 do CC, e que consagra o princípio da continuidade do caráter da posse. Ato contínuo, acaba reconhecendo que aqueles que têm posse violenta ou clandestina não têm posse plena, para fins jurídicos, sendo meros detentores.
Diante dessa situação jurídica, é comum afirmar, conciliando-se o art. 1.208 do CC com o art. 924 do CPC, que, após um ano e um dia do ato de violência ou de clandestinidade, a posse deixa de ser injusta e passa a ser justa. Apesar desse entendimento tido como clássico e consolidado, filia-se à corrente contemporânea que prega a análise dessa cessação caso a caso, de acordo com a finalidade social da posse (função social da posse). Para essa mesma corrente, a posse precária também pode ser convalidada, havendo alteração substancial na sua causa, o que parece ser o melhor caminho, revendo aquela antiga conclusão teórica. Essa mudança de estado foi reconhecida na III Jornada de Direito Civil, com a aprovação do Enunciado n. 237, de autoria do último doutrinador citado, in verbis: “É cabível a modificação do título da posse – interversio possessionis – na hipótese em que o até então possuidor direto demonstrar ato exterior inequívoco de oposição ao antigo possuidor indireto, tendo por efeito a caracterização do animus domini”.
- Em relação aos seus efeitos, os vícios da violência, da clandestinidade ou da precariedade não influenciam na questão dos frutos, das benfeitorias e das responsabilidades. Para tais questões, leva-se em conta se a posse é de boa-fé ou má-fé, ou seja, critérios subjetivos, que serão analisados a seguir. Ainda, aquele que tem posse injusta não tem a posse usucapível (ad usucapionem), ou seja, não pode adquirir a coisa por usucapião.
Estas características permanecem indefinidamente, exceto se houver interversão.
INTERVERSÃO Art. 1203, CC. Mudança de caráter da posse. Vício até então existente é sanado pela transação.
Art. 1.203. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida.
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Direito Civil IV – CCJ0015
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AULA 03 – 
III) QUANTO À BOA-FÉ SUBJETIVA OU INTENCIONAL art. 1.201 do CC
Vício subjetivo. Observação da intenção do agente. Influi objetivamente na percepção dos frutos, acessões construídas...
Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.
Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente.
a) POSSE DE BOA-FÉ presente quando o possuidor ignora os vícios ou os obstáculos que lhe impedem a aquisição da coisa ou quando tem um justo título que fundamente a sua posse. Orlando Gomes a divide em posse de boa-fé real quando “a convicção do possuidor se apoia em elementos objetivos tão evidentes que nenhuma dúvida pode ser suscitada quanto à legitimidade de sua aquisição” e posse de boa-fé presumida “quando o possuidor tem o justo título”.
 b) POSSE DE MÁ-FÉ situação em que alguém sabe do vício que acomete a coisa, mas mesmo assim pretende exercer o domínio fático sobre esta. Neste caso, o possuidor nunca possui um justo título. De qualquer modo, ainda que de má-fé, esse possuidor não perde o direito de ajuizar a ação possessória competente para proteger-se de um ataque de terceiro. Sabe que não é o proprietário ou possuidor e ocupa-se do bem, mesmo sendo justa (sem vícios objetivos).
JUSTO TÍTULO: quem tem justo título, presumidamente tem boa-fé. Título hábil suficiente para transferência do imóvel, mas padece de um requisito. Escritura pública sem registro ou sem assinatura do cônjuge (proprietário) ou contrato de comodato (posse).
OBSERVAÇÕES
– No que concerne aos efeitos da classificação apontada, há consequências em relação aos frutos e às benfeitorias que ainda serão abordadas.
– Quanto à posse de boa-fé fundada em justo título, cite-se um contrato que fundamenta a posse do locatário ou do comodatário. Ainda ilustrando o justo título, na III Jornada de Direito Civil, aprovou-se o Enunciado n. 302, prescrevendo que “Pode ser considerado justo título para a posse de boa-fé o ato jurídico capaz de transmitir a posse ad usucapionem, observado o disposto no art. 113 do CC”. O exemplo de título é o compromisso de compra e venda, registrado ou não na matrícula do imóvel, devendo ser observada a boa-fé objetiva, prevista no art. 113 do CC. Ainda na III Jornada de Direito Civil, foi aprovado o Enunciado n. 303, pelo qual “considera-se justo título para presunção relativa da boa-fé do possuidor o justo motivo que lhe autoriza a aquisição derivada da posse, esteja ou não materializado em instrumento público ou particular. Compreensão na perspectiva da função social da posse”. O último enunciado doutrinário está estabelecendo que a função social da posse, antes estudada, é fator fundamental para a determinação da posse de boa-fé e da caracterização do justo título. Sendo assim, a existência de instrumento, seja público ou particular, não é fator essencial. O tecnicismo e o formalismo exagerado são substituídos pela funcionalização do instituto da posse.
– A presente classificação não se confunde com a última (quanto aos vícios objetivos). Isso porque na análise dos vícios previstos no art. 1.200 do CC são levados em conta os critérios objetivos. Ao contrário, na presente classificação, são considerados os critérios subjetivos, eis que a boa-fé que entra em cena é a subjetiva, que está no plano da intenção, da crença dos envolvidos. Esclarece Orlando Gomes que “não há coincidência necessária entre a posse justa e a posse de boa-fé. À primeira vista, toda posse justa deveria ser de boa-fé e toda posse de boa-fé deveria ser justa. Mas a transmissão dos vícios de aquisição permite que um possuidor de boa-fé tenha posse injusta, se a adquiriu de quem a obteve pela violência, pela clandestinidade ou pela precariedade, ignorante da ocorrência; nemo sibi causam possessionis mutare potest. Também é possível que alguém possua de má-fé, embora não tenha posse violenta, clandestina ou precária”.
O exemplo clássico daquele que tem posse injusta, mas de boa-fé, ocorre no caso de compra de um bem roubado, sem que se saiba que o bem foi retirado de outrem com violência. Por outro lado, terá posse justa, mas de má-fé, o locatário que pretende adquirir o bem por usucapião, na vigência do contrato.
Em relação aos efeitos, as posses confrontadas do mesmo modo não se confundem.
A posse justa e a injusta geram efeitos quanto às ações possessórias e quanto à usucapião.
A posse de boa e a de má-fé, geram efeitos quanto aos frutos, às benfeitorias e às responsabilidades dos envolvidos, com a devida análise do caso concreto.IV) QUANTO À PRESENÇA DE TÍTULO:
a) POSSE COM TÍTULO situação em que há uma causa representativa da transmissão da posse, caso de um documento escrito, como ocorre na vigência de um contrato de locação ou de comodato, por exemplo. Posse civil ou jurídica
b) POSSE SEM TÍTULO situação em que não há uma causa representativa, pelo menos aparente, da transmissão do domínio fático. Exemplo: alguém acha um tesouro, depósito de coisas preciosas, sem a intenção de fazê-lo. Nesse caso, a posse é qualificada como um ato-fato jurídico, pois não há uma vontade juridicamente relevante para que exista um ato jurídico. Posse natural
– Conceitos de Washington de Barros Monteiro:
No IUS POSSIDENDI há uma posse com título, estribada na propriedade, é o direito à posse que decorre de propriedade;
NO IUS POSSESSIONIS há uma posse sem título, que existe por si só, é o direito que decorre exclusivamente da posse.
V) QUANTO AO TEMPO:
a) POSSE NOVA é a que conta com menos de um ano e um dia, ou seja, é aquela com até um ano.
b) POSSE VELHA é a que conta com pelo menos um ano e um dia, ou seja, com um ano e um dia ou mais. Segue-se, nessa classificação, a doutrina de Maria Helena Diniz e Carlos Roberto Gonçalves, que entendem que a posse que tem um ano e um dia é velha.27
OBSERVAÇÃO
– A classificação da posse quanto ao tempo é fundamental para a questão processual relativa às ações possessórias. art. 924, CPC
Art. 924. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da seção seguinte, quando intentado dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho; passado esse prazo, será ordinário, não perdendo, contudo, o caráter possessório.
ORIGINÁRIA E DERIVADA: Se a posse é transferida, só pode ser derivada. A posse originária não é por ato de transmissão.
Ato de transmissão: Negócio jurídico.
Todos os vícios acompanham a posse derivada.
Nenhum vício acompanha a posse originária.
VI) QUANTO AOS EFEITOS
a) POSSE AD INTERDICTA constituindo regra geral, é a posse que pode ser defendida pelas ações possessórias diretas ou interditos possessórios. Exemplificando, tanto o locador quanto o locatário podem defender a posse de uma turbação ou esbulho praticado por um terceiro. Essa posse não conduz à usucapião. IheringUtiliza-se dos interditos possessórios, permite a defesa da posse.
b) POSSE AD USUCAPIONEM exceção à regra, é a que se prolonga por determinado lapso de tempo previsto na lei, admitindo-se a aquisição da propriedade pela usucapião, desde que obedecidos os parâmetros legais. Em outras palavras, é aquela posse com olhos à usucapião (posse usucapível), pela presença dos seus elementos.
A posse ad usucapionem deve ser mansa, pacífica, duradoura por lapso temporal previsto em lei, ininterrupta e com intenção de dono (animus domini Savigny). Além disso, em regra, deve ter os requisitos do justo título e da boa-fé. Além de ad interdicta, permite que você chegue ao usucapião.
COMPOSSE Art. 1199, CC.
Pro indiviso: Sem divisão entre os compossuidores.
Pro diviso: divisão de fato.
Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.
EFEITOS DA POSSE
A) DIREITO À INDENIZAÇÃO POR DANOS art. 1217 e 1218, CC.
Qualquer pessoa que causar danos tem obrigação de indenizar.
Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa.
• Vide art. 1.201 do CC. PRÊMIO.
Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela, na posse do reivindicante.
 • Vide art. 1.202 do CC. CASTIGO.
Raio que provoca queima de instalação elétrica. Se o verdadeiro possuidor estivesse lá ocorreria de qualquer forma.
Enchente causada em terreno com barragem com manivela que se acionada pelo legítimo dono seria evitada.
B) DIREITO AOS FRUTOS Art. 1214/1216, Cc.
Naturais: Produção agrícola.
Industriais: Sapatos.
Civis: Aluguéis.
Equiparação do possuidor de boa-fé ao proprietário enquanto não citado.
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
• Vide Enunciado n. 302 da IV Jornada de Direito Civil.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação.
Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis reputam-se percebidos dia por dia.
Enriquecimento sem causa
Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
• Vide Súmula 445 do TST (inaplicabilidade deste artigo ao direito do trabalho).
C) DIREITO ÀS BENFEITORIAS Art. 1219/1222, Cc.
Esta classificação depende da finalidade do bem.
Necessárias: telhado quebrado, encanamento furado,
Úteis: aumento de vagas na garagem ou dormitório.
Voluptuárias: piscina, piso de mármore.
Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
• Vide arts. 96 e 964, III, do CC.
• Vide Lei n. 6.766, de 19-12-1979, art. 34 e parágrafo único.
• Vide Lei n. 8.078, de 11-9-1990 (CDC), art. 51, XVI.
• Acerca das benfeitorias feitas na vigência de contrato de locação, vide art. 35 da Lei n. 8.245, de 18-10-1991.
• Vide Súmula 158 do STF.
• Vide Enunciado n. 81 da I Jornada de Direito Civil.
Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.
• Vide arts. 96 e 1.202 do CC.
Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda existirem.
• Vide arts. 368 a 380 do CC.	
Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual.
• Vide arts. 242 e 878 do CC.
D) DIREITO DE RETENÇÃO
DEFESA DA POSSE
Ações dinâmicas que se alteram conforme o tempo.
LESÕES POSSESSÓRIAS:
Turbação: Compossuidor que cerca parte do terreno impedindo o livre acesso aos outros compossuidores. Camelô na porta da loja.
Esbulho: perda da posse, 
Ameaça: Ação decorrente de medo justificado para turbação ou esbulho.
AUTOTUTELA, AUTODEFESA OU DEFESA DIRETA art. 1210, §1º, CC.
Legítima defesa: Simultânea Defesa pelas próprias forças contra o invasor, sem excesso.
Posse tutelada ad interdicta que permita a defesa, ato de agressão, reação simultânea, sem excesso.
Desforço Imediato: Logo após ou imediata ou logo que possível.
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
• CPC, arts. 920 a 930.
• Vide Súmula 487 do STF.
• Vide Enunciados n. 78 e 79 da I Jornada de Direito Civil.
• Vide Enunciados n. 238 e 239 da III Jornada de Direito Civil.
§ 1.º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
• Vide art. 1.224 do CC.
• Vide Enunciado n. 495 da V Jornada de Direito Civil.
§ 2.º Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa.
• Vide art. 923 do CPC.
• Vide Súmula 487 do STF.
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AULA 04 – p84
DEFESA DA POSSE
TUTELA JUDICIAL
Interdito Possessório
Ação de Reintegração de Posse Esbulho de posse.
Ação de Manutenção de Posse Turbação de Posse
Interdito Proibitório
Ameaça
FUNGIBILIDADE
A fungibilidade das ações possessórias não poderá em hipótese alguma um erro na resposta de qualquer resposta questão da prova.
CPC, Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
•• Vide art. 128 do CPC.
Parágrafo único. A sentença deve ser certa, ainda quando decida relação jurídica condicional.
•• Parágrafo único acrescentado pela Lei n. 8.952, de 13-12-1994.
NATUREZA DAS AÇÕES
Caráter dúplice Art. 922, CC.
Não há necessidade da reconvenção, pode ser colocada na própria contestação.
O réu pode ter uma pretensão em face do autor reconvenção.
Art. 922. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor.
• Vide art. 1.210 do CC.
PRETENSÃO LIMINAR
A providencia da ação pode ser satisfativa ou liminar
Fumus bonis Iuri, Periculum in mora e reversibilidade
Ação popular, mandado de segurança, etc.
Deferida no início do processo antes de ouvido a parte (inaudita altera parte).
Escrever de maneira que convença Gabriel Chalita. Sedução do Discurso.
Petição Inicial bem escrita comprovando os requisitos abaixo.
Requisitos:
Posse, Lesão e Data.
Provimento inicial para obtenção da liminar.
Prazo para obter Liminar: Ajuizamento antes de 1 ano e 1 dia. Ação de força nova. Liminar.
Prazo não prescricional.
O Juiz pode designar audiência de justificação prévia, antes da citação.
Citação do réu sem liminar. Ação possessória.
Força policial para cumprimento da liminar.
Posse: Exercer
Lesão: Ameaça, turbação ou esbulho.
Data: ajuizar antes de 1 ano e 1 dia.
Juízo Possessório (Ius Possessione) e Juízo Petitório (Ius Possidente)
Em sede de juízo possessório não se discute quem é o dono, mas que tem posse. É vedado a defesa com título de domínio
Art. 923, CPC.
Art. 923. Na pendência do processo possessório, é defeso, assim ao autor como ao réu, intentar a ação de reconhecimento do domínio.
Art. 1228, CC.
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
Tutela antecipada? Após prazo, é possível? Art. 273, CPC. Não Possível antes de 1 Ano e 1 Dia
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.
Pode existir
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AULA 05 –
AQUISIÇÃO DA POSSE Art. 1204, CC
Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.
• Vide arts. 116 e 1.228 do CC.
• Vide Enunciado n. 301 da IV Jornada de Direito Civil.
APREENSÃO
Art. 1.205. A posse pode ser adquirida:
• Vide Enunciado n. 77 da I Jornada de Direito Civil.
• Vide Enunciado n. 236 da III Jornada de Direito Civil.
I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante;
II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.
• Vide art. 873 do CC.
EXERCÍCIO
DISPOSIÇÃO
ORIGINÁRIA Ausência de Vícios
DERIVADA Transmissão dos Vícios
a) Tradição real – dá-se pela entrega efetiva ou material da coisa, como ocorre na entrega do veículo pela concessionária em uma compra e venda. Entrega, Intenção e Negócio Jurídico.
b) Tradição simbólica – há um ato representativo da transferência da coisa como, por exemplo, a entrega das chaves de um apartamento. É o que ocorre na traditio longa manu, em que a coisa a ser entregue é colocada à disposição da outra parte. Ilustrando, o CC/2002 passou a disciplinar, como cláusula especial da compra e venda, a venda sobre documentos, em que a entrega efetiva do bem móvel é substituída pela entrega de documento correspondente à propriedade (arts. 529 a 532 do CC).
c) Tradição ficta – é aquela que se dá por presunção, como ocorre na traditio brevi manu, em que o possuidor possuía em nome alheio e agora passa a possuir em nome próprio (o exemplo típico é o do locatário que compra o imóvel, passando a ser o proprietário). Também há tradição ficta no constituto possessório ou cláusula constituti, em que o possuidor possuía em nome próprio e passa a possuir em nome alheio (o caso do proprietário que vende o imóvel e nele permanece como locatário).
CONSENSUAL: Constituto Possessório ou Clausula constituti e Traditio Brevi Manu.
POSSE DESDOBRADA Contituto Possessório Mão breve Tradição Consensual: acordo de vontades.
ACESSÃO DAS POSSES
Sucessão art. 1206 e 1207, parte inicial, CC Causa Mortis Transferência imediata para os herdeiros e Legatários: 
A título universal.
Legado parte da herança.
Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres.
• Vide arts. 1.203 e 1.784 do CC.
Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.
• Vide arts. 80, II, 1.203, 1.243 e 1.784 do CC.
• Vide Enunciado n. 494 da V Jornada de Direito Civil.
ACESSÃO art. 1207, parte final, CC Singular Intervivos Sucessor singular: Opção em somar ou iniciar nova posse. Inútil para os casos de posse injusta, na qual não se permite usucapião.
Ocupação de má-fé de bem por 8 anos. Quem aliena transfere 
Ocupação de boa-fé de bem por 8 anos. Na qual será necessário 10 anos para usucapir.
Má-fé 3 + 12 = 15 anos ou 8 + 7 = 15 anos
Boa-fé 10 anos ou 10 anos
Pode o veículo roubado ser objeto de usucapião? Não.
PERDA DA POSSE art. 1223, CC.
Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196.
• Vide arts. 1.275 e 1.389 do CC.
PERDA DO BEM:
Esquecimento, perde o corpus, mas mantém o animus.
Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido.
•• Mantivemos "retornar" conforme publicação oficial. Entendemos que o correto seria "retomar".
• Vide art. 1.210, § 1.º, do CC.
PERECIMENTO:
Perecimento Natural:
Perecimento por Fato do possuidor: 
Perecimento por Fato de Terceiro: Abalroamento
ABANDONO:
Perda do corpus e perda de animus. Não quer exercer nenhuma das características de proprietário.
TOMADA DE POSSE:
Tomada de Posse por Negócio Jurídico: Adquirente ganha a posse.
Tomada da posse por Esbulho:
BEM FORA DO COMÉRCIO:
Interdição de bem em risco
EXTENSÃO art. 1209, CC.
Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis que nele estiverem.
• Vide art. 92 do CC.
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REVISÃO AULA 03
DIREITO À INDENIZAÇÃO DOS DANOS art. 1217 e 1218, CC.
Exerceu Posse e cometeu danoPossuidor de Boa-fé indeniza dano que causou como qualquer um de nós.
Possuidor de Má-fé indeniza dano que causou como também aqueles que ocorreram independente da sua vontade. Ele só não terá que indenizar se provar que o dano ocorreria sem a presença dele.
DIREITO AOS FRUTOS art. 1214, CC.
Posse e Percepção do frutos
Frutos bens acessórios que a coisa produz periodicamente pelo bem sem perder a essência.
Naturais: produção agrícola
Industriais:
Civis: Aluguel de um bem imóvel, juros de determinado empréstimo.
Proprietário é igual ao possuidor de boa-fé na percepção dos frutos
A boa-fé pode terminar através de notificação ou citação.
Na transformação para má fé, deverá restituir todos os frutos desde este momento.
O possuidor de má-fé tem direito de receber as despesas evitando enriquecimento sem causa.
Os frutos percipiendo, aqueles deixados de ser colhidos pelo possuidor de má-fé, também deverão ser indenizados ao proprietário.
Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
• Vide Enunciado n. 302 da IV Jornada de Direito Civil.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com antecipação.
DIREITO ÀS BENFEITORIAS art. 1219 ao 1222, CC.
Necessárias: indispensáveis que evitam o perecimento do bem: telhado, pintura, piso
Úteis: importam no aumento de utilização do bem principal: garagem
Voluptuárias: melhorias luxuosas que aumentam o lazer.
POSSUIDOR DE BOA-FÉ art. 1219, CC. Valor atual
	Benfeitorias
	Indenização
	Retenção
	Levantamento
	Necessárias
	Sim
	Sim
	X
	Úteis
	Sim
	Sim
	X
	Voluptuárias
	Sim
	Não
	Sim
POSSUIDOR DE MÁ-FÉ art. 1220, CC. Valor atual ou Custo
	Benfeitorias
	Indenização
	Retenção
	Levantamento
	Necessárias
	Sim
	Não
	X
	Úteis
	Não
	Não
	X
	Voluptuárias
	Não
	Não
	Não
LESÕES POSSESSÓRIAS
Esbulho: Perda da posse, mais grave Existe mesmo na posse justa
Turbação: Posse atrapalhada
Ameaça: Possibilidade das duas outras ocorrerem
DEFESA DIRETA art. 1210, § 1º, CC.
Expulsão do invasor nos casos de:
Desforço imediato (houve perda da posse) esbulho.
Legítima defesa (imediata sem perda da posse) turbação.
REQUISITOS PARA DEFESA DIRETA
Posse: existência.
Lesão: esbulho ou turbação.
Imediatidade ou Simultaneidade: logo após ou ao mesmo tempo.
Proporcionalidade: evitando exagero e mantendo a calma.
AÇÕES POSSESSÓRIAS Poder de Imperium do Estado
Reintegração de Posse: Para os casos de Esbulho, para recuperar a posse perdida.
Manutenção de Posse: Para os casos de Turbação, para o réu cessar a turbação.
Interdito Proibitório: Para casos de Ameaça, de maneira que o réu não pratique esbulho ou turbação
FUNGIBILIDADE E CARÁTER DÚPLICE
A fungibilidade por conta do caráter dinâmico da realidade. Não ocorrerá interdito proibitório quando o juiz sentenciar. Podendo a tutela ser diferente do pedido inicial, por conta da lesão ter se configurado mais grave
Determina que não seja necessária a apresentação da segunda peça, a reconvenção juntamente com a contestação. Pedido de reparação de danos.
JUÍZO POSSESSÓRIO E JUÍZO PETITÓRIO
Jus Possessiones
Numa ação de juízo possessório, não se configura como defesa a apresentação de que se é proprietário e sim a afirmação de que possui a posse e que foi esbulhado.
Jus Possidendi
Numa ação de juízo petitório, cabe a comprovação de propriedade do bem.
LIMINAR E TUTELA ANTECIPADA
Força nova antes de ano e dia Art. 920, CPC.
Liminar: retomar a posse desde o início
Argumentação concisa e substanciosa há fumus bonis juris e periculum in mora.
Força velha após ano e dia art. 273, CPC
Tutela Antecipada: verossimilhança, perigo de dano iminente, reversibilidade ou direito à vida. Argumentação concisa e substanciosa há periculum in mora, só acontecido no momento.
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AULA 06 – PROPRIEDADE
CONCEITO
É o poder jurídico atribuído a uma pessoa de usar, gozar e dispor do bem corpóreo e incorpóreo, em sua plenitude e dentro dos limites estabelecidos na lei, bem como reivindica-la de quem o detenha.
FACULDADES art. 1228, CC.
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1.º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
§ 2.º São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.
§ 3.º O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente.
§ 4.º O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante.
§ 5.º No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores.
Faculdade Plena Quando o agente tem todas as faculdades enumeradas no art. 1228, CC.
Quatro faculdades para propriedade plena: GRUD gozar ou fruir; reaver, reivindicar ou buscar; usar ou utilizar e dispor ou alienar.
Faculdade Limitada ocorre quando se distribui as faculdades. O proprietário não possui as quatro propriedades.
Injustamente deter ou possuir quando a pessoa não possui nenhum título justo. 
AÇÃO REIVINDICATÓRIA Imissão de posse
Ação do proprietário que não tem posse em face do possuidor que não tem propriedade.
Pedido de ingresso na posse.
A POSSE SÓ É PERDIDA COM:
Constituição de uma nova posse;
Perecimento por perda da função social;
Injustamente deter ou possuir vícios clandestinidade
- Posse Injusta Sem título: sem contrato de comodato ou locação
Basta que não exista nenhum título jurídico para comprovar a posse.
- Imprescritível Direito subjetivo: Direito de propriedade não tem prazo para entrar com a ação reivindicatória.
Prescrição art. 189, CC: Lesado o direito, surge a pretensão que se extingue com a prescrição.
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206.
Segundo a opção dogmática brasileira, reforçada pelo recente Código Civil (art. 189), a prescrição decorre da fluência do tempo adicionada à inação do titular de uma pretensão e tem por efeito encobrir esta pretensão (em sentido material). Por consequência, a ação (também em sentido material) que lhe é correspondente não poderá ser exercida. 
Pretensão é o poder de exigir uma prestação de outrem. É mais do que se tem com o direito subjetivo, que é situação jurídica ativa de cunho estático. Quem é titular de uma pretensão tem em mãos uma situação jurídica dinâmica: detém o poder de exigir uma prestação, positiva ou negativa, de alguém.
Decadência art. , CC: Lesado o direito,
Já a decadência decorre da fluência do tempo pelo qual um direito potestativo pode se sustentar: com o passar do tempo o próprio direito cai, caduca, decai. No suporte fático da decadência se verifica apenas a fluência do tempo de um direito que não foi criadopara durar para sempre, independentemente da inação do seu titular.
- Usucapião Defesa: Súmula 237, STF.
A sentença acolhida em defesa não serve para registro de imóveis do novo proprietário.
Deve ser movida uma ação declaratória para tal.
237. O usucapião pode ser arguido em defesa
- Outorga Uxória art. 10, CPC.
Em razão da sua natureza real e de seu caráter petitório, impõe-se a presença de ambos os cônjuges, tendo em vista que o art. 10 do Código de Processo Civil exige a outorga uxória quando se litigar sobre bens imóveis, ou sobre direitos reais relativos a imóveis. Na ação em exame, “embora não se configure direito real sobre imóvel, considera-se a mesma como uma ação real sobre imóvel sempre que o litígio envolver bem imóvel, fator que obriga a presença de ambos os cônjuges em qualquer polo da ação”
FUNÇÃO SOCIAL COMO LIMITADORA
Direito de propriedade: previsto no direito
Instituição a ser protegida desde que cumpra a função social.
Indenizaçõesart. 1228, § 5º, CC.
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 4.º O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante.
Desapropriação judicial por descumprimento da função social da propriedade.
§ 5.º No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores. 
Propriedade rural art. 186, CF. (Utopia).
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado; INCRA;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; IBAMA;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; CLT;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. CF.
Propriedade Urbana art. 182, § 1º e 2º, CF.
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
•• Regulamento: Lei n. 10.257, de 10-7-2001.
§ 1.º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2.º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Município pode estabelecer penalidades:
Exigindo construção ou Parcelamento compulsório, não cumpridos o IPTU será aumentado, se não pago, haverá a desapropriação pena do terreno, cujo pagamento será feito em até dez anos com títulos da dívida pública.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Curso de Bacharel em Direito
Direito Civil IV – CCJ0015
Prof. Grevi Boa Morte – grevijr@outlook.com
Hitalo Franklin Vieira Silva – Email: hitalofranklin@msn.com Tel: (22) 99791-4361
AULA 07 – PROPRIEDADE Principal direito real
CARACTERÍSTICAS
Plenitude: quando o proprietário reúne as quatro faculdades simultaneamente. Uso, gozo, 
Limitada por perda ou concessão de uma das faculdades.
Exclusividade: determinada coisa não pode pertencer a mais de uma pessoa, salvo os casos de condomínio ou copropriedade, hipótese que também não retira o seu caráter de exclusividade. Isso justifica a presente característica, a ser retirada do art. 1.231 do CC, pelo qual a propriedade presume-se plena e exclusiva, salvo prova ou previsão em contrário (presunção relativa ou iuris tantum). É correto afirmar que, apesar de ser um direito exclusivo, a propriedade envolve interesses indiretos de outras pessoas, e até de toda a sociedade, que almejam o atendimento à sua função social.
Perpetuidade: Se prolonga no tempo, passando de pai para filho.
O direito de propriedade permanece independentemente do seu exercício, enquanto não houver causa modificativa ou extintiva, sejam elas de origem legal ou convencional. A propriedade, por tal característica, pode ser comparada a um motor em constante funcionamento, que não para, em regra (moto contínuo), a não ser que surja um fato novo que interrompa o seu funcionamento.
Elasticidade Retração:
Possibilidade de transferir para outrem x Extinção do usufruto
Característica que é atribuída, na doutrina nacional, a Orlando Gomes, a propriedade pode ser distendida ou contraída quanto ao seu exercício, conforme sejam adicionados ou retirados os atributos que são destacáveis. Na propriedade plena, o direito se encontra no grau máximo de elasticidade, havendo uma redução nos direitos reais de gozo ou fruição e nos direitos reais de garantia
Oponibilidade erga omnes: Possibilidade de fazer valer o seu direito de propriedade em face de todos, em face do registro público de imóveis, ou seja, a publicidade.
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE
Outrora não havia limites
Subsolo art. 176, CF. A propriedade se estende dentro dos limites necessários. (Petróleo, ouro, pedras preciosas, água mineral Concessão da União para exploração. Limitação de interesse público.
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
Espaço Aéreo Não se pode construir um prédio de 20 andares na cabeceira da pista de um aeroporto. Limitação de interesse público.
Cláusulas de Inalienabilidade, Impenhorabilidade e Incomunicabilidade Doador ou Testador limita o pródigo de vender (dispor), o herdeiro de garantir e o herdeiro de casar sob regime de comunhão universal de bens. A cláusula de Inalienabilidade importa a incomunicabilidade presumida do bem. Súmula, STF. Limitação de Interesse Particular.
Tombamento Preservação do património histórico e cultural. Dispor. Limitação de interesse público.
Abuso de Poder Econômico Impede que as empresas de grande poder econômico e financeiro formem monopólio, fixando os preço conforme seu interesse. Controlado pelo CADE. Limitação de interesse público.
Desapropriação art. 5º, XXIV, CF. Instituto de direito administrativo. Desapropriação por necessidade ou utilidade pública. Paga-se em dinheiro antecipadamente. Cabe discursão sob o valor do imóvel. É possível o recebimento dos valores incontroverso já depositados.
Art. 5.º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
DIREITOS DE VIZINHANÇA
Basta a interferência negativa na propriedade do outro (servidões legais, obrigações propter rem). 
Uso anormal: Que atrapalhem a Saúde, segurança e sossego, não têm a ver com privacidade. Não há necessidade de vizinhança limítrofe.
Árvores Limítrofes: Exatamente sobre o limite, pertencem aos dois. Se a árvore estiver em um terreno e os galhos sobre o outro, os frutos que caírem naturalmente pertencem a este. Os galhos e raízes poderão ser cortados quando ultrapassarem os limites.
Passagem Forçada: Servidão de trânsito sem a necessidade pactuação, basta existira necessidade de trânsito, diferentemente das Servidões legais sob pacto ou contrato.
Cabos e Tubulações: Serviços públicos pode ser exigida a passagem. Se houver prejuízo ao proprietário do outro terreno, este será indenizado. Caso depois de instalados, o proprietário do outro terreno resolve mudar de lugar os já instalados, este pagará.
Águas: Acesso à águas que estão disponíveis de um açude, com a instalação de um aqueduto.
Histricídeos despejo de águas no terreno vizinho.
Limites, Tapagem e Direito de Construir: Proteção da intimidade, fornos, churrasqueiras industriais nas paredes limítrofes.
Direitos de penetração: Direito de ingressar na propriedade do vizinho para reformar, pegar coisas perdidas, podendo limitar os horários. Se houver danos, estes deverão ser indenizados.
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AULA 08 – 
MODOS DE AQUISIÇÃO DE BENS IMÓVEIS
Registro Público, Acessões, Usucapião e Direito Hereditário
Tomar cuidado com as perguntas: Qual são os modos de aquisição de bens imóveis:
REGISTRO PÚBLICO
Conceito: Ato formal e necessário para a transferência da propriedade imóvel, que tem como objetivo garantir a autenticidade, a segurança e a produção dos efeitos dos atos jurídicos intervivos e mortis causa, constitutivos, declaratórios ou extintivos de direitos reais sobre imóveis.
PRINCÍPIOS
Publicidade: Registro do imóvel é o que garante o transferência da propriedade, dando a devida publicidade a aquisição do bem e garantindo a oponibilidade erga omnes.
Força Probante ou Fé Pública: A partir do momento da realização do registro, até prova em contrário, visto que é uma presunção relativa, é considerado verdadeiro, diante da força probante.
Legalidade: O oficial analisa os documentos nos aspectos da legalidade. Não sendo verificado os vícios que possam suscitar ...
Territorialidade: Local de existência de imóveis. Por Município ou por Comarca em organização conforme o CODJERJ – Organização Judiciária.
Continuidade: Não se admite registro de alienação por alienante diferente daquele lançado no livro de registros. Elos sucessivos de propriedade para transferência legal.
Prioridade: Mesmo numa venda a posteriori, é proprietário aquele que registra em primeiro lugar.
Especialidade: Características especiais Metragem, divisas, localização.
Instância: guarda semelhança com o princípio da inércia, dependendo do requerimento do proprietário. Não podendo o oficial RGI fazer de ofício.
EFICÁCIA
Juris tantun art. 1245, § 2º, CC.
Eficácia relativa: O registro é eficaz até o momento no qual possa ocorrer o cancelamento do registro.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis.
• Vide arts. 1.227, 1.246, 1.247 e 1.275, parágrafo único, do CC.
• Vide Enunciado n. 87 da I Jornada de Direito Civil.
 
§ 1.º Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
§ 2.º Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.
LEI DE REGISTROS PÚBLICOS Lei 6015/73 Dispõe sobre os Registros Públicos e dá outras providências.
Atos Registrais: Matrícula, Cancelamento, Registro e Averbação, sempre precedidos da Prenotação.
Matrícula art. 227/235, Lei 6015/73 Certidão de Nascimento do Imóvel.
Art. 227. Todo imóvel objeto de título a ser registrado deve estar matriculado no Livro n. 2 - Registro Geral - obedecido o disposto no art. 176.
Art. 228. A matrícula será efetuada por ocasião do primeiro registro a ser lançado na vigência desta Lei, mediante os elementos constantes do título apresentado e do registro anterior nele mencionado.
Art. 229. Se o registro anterior foi efetuado em outra circunscrição, a matrícula será aberta com os elementos constantes do título apresentado e da certidão atualizada daquele registro, a qual ficará arquivada em cartório.
Art. 230. Se na certidão constar ônus, o oficial fará a matrícula, e, logo em seguida ao registro, averbará a existência do ônus, sua natureza e valor, certificando o fato no título que devolver à parte, o que ocorrerá, também, quando o ônus estiver lançado no próprio cartório.
Art. 231. No preenchimento dos livros, observa-se-ão as seguintes normas:
 I - no alto da face de cada folha será lançada a matrícula do imóvel, com os requisitos constantes do art. 176, e, no espaço restante e no verso, serão lançados, por ordem cronológica e em forma narrativa, os registros e averbações dos atos pertinentes ao imóvel matriculado;
 II - preenchida uma folha, será feito o transporte para a primeira folha em branco do mesmo livro ou do livro da mesma série que estiver em uso, onde continuarão os lançamentos, com remissões recíprocas.
Art. 232. Cada lançamento de registro será precedido pela letra "R" e o da averbação pelas letras "AV", seguindo-se o número de ordem do lançamento e o da matrícula (ex.: R-1-1, R-2-1, AV-3-1, R-4-1, AV-5-1 etc.).
Art. 233. A matrícula será cancelada:
 I - por decisão judicial;
 II - quando, em virtude de alienações parciais, o imóvel for inteiramente transferido a outros proprietários;
 III - pela fusão, nos termos do artigo seguinte.
Art. 234. Quando dois ou mais imóveis contíguos, pertencentes ao mesmo proprietário, constarem de matrículas autônomas, pode ele requerer a fusão destas em uma só, de novo número, encerrando-se as primitivas.
Art. 235. Podem, ainda, ser unificados, com a abertura de matrícula única:
 I - dois ou mais imóveis constantes de transcrições anteriores a esta Lei, à margem das quais será averbada a abertura da matrícula que os unificar;
 II - dois ou mais imóveis, registrados por ambos os sistemas, caso em que, nas transcrições, será feita a averbação prevista no item anterior, e as matrículas serão encerradas na forma do artigo anterior.
 III - 2 (dois) ou mais imóveis contíguos objeto de imissão provisória na posse registrada em nome da União, Estado, Município ou Distrito Federal.
•• Inciso III acrescentado pela Lei n. 12.424, de 16-6-2011.
§ 1.º Os imóveis de que trata este artigo, bem como os oriundos de desmembramentos, partilha e glebas destacadas de maior porção, serão desdobrados em novas matrículas, juntamente com os ônus que sobre eles existirem, sempre que ocorrer a transferência de 1 (uma) ou mais unidades, procedendo-se, em seguida, ao que estipula o inciso II do art. 233.
•• Primitivo parágrafo único renumerado pela Lei n. 12.424, de 16-6-2011.
§ 2.º A hipótese de que trata o inciso III somente poderá ser utilizada nos casos de imóveis inseridos em área urbana ou de expansão urbana e com a finalidade de implementar programas habitacionais ou de regularização fundiária, o que deverá ser informado no requerimento de unificação.
•• § 2.º acrescentado pela Lei n. 12.424, de 16-6-2011.
§ 3.º Na hipótese de que trata o inciso III, a unificação das matrículas poderá abranger um ou mais imóveis de domínio público que sejam contíguos à área objeto da imissão provisória na posse.
•• § 3.º acrescentado pela Lei n. 12.424, de 16-6-2011.
Registro art. 167, I, 
Art. 167. No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos:
I - o registro:
Titularidade:
Limitação:
Averbação art. 167, II, CC. altera dados secundários no registro de imóveis.
Alteração, Reforma, Divórcio e Locação.
Art. 167. No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos:
II - a averbação:
Alteração:
Reforma:
Divórcio:
Locação: pode ser averbado o contrato de locação para a observância do direito de preferência em caso de alienação. Basta o depósito judicial no valor declarado pelo alienante, se tornando proprietário do bem pelo preço baixo declarado.Prenotação: Número disponibilizado pelo RGI, no requerimento, cujo data de registro retroage à data da prenotação, afastando o requerimento seguinte para o mesmo imóvel.
Cancelamento: certidão de óbito do imóvel.
ACESSÕES Modo originário, onde não há transferência.
Adesão permanente de bens imóveis para bens imóveis.
ACESSÕES DE IMÓVEL PARA IMÓVEL.
Formação de Ilhas art. 1249, CC é preciso que o leito do riacho seja particular, não navegável, e que a ilha surja por conta de fenômenos climáticos. Divisão imaginária ao meio do riacho e projeção da testada das divisas.
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes:
 I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais;
 II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado;
 III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram.
• Vide arts. 20, IV, 26, II e III, da CF.
Aluvião art. 1250, CC Próprio: depósito de sedimentos nas margens do terreno. Impróprio: diminuição ou retração do leito do rio, definido por geólogo.
Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem.
Avulsão art.1251, CC Queda de barragem Deslocamento violento e repentino de porção de terra identificável, acrescendo a propriedade alheia, o proprietário terá um ano para solicitar a devolução da porção, que poderá ser devolvida ou indenizado por ela. Se passar de um ano, 
Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida.
Álveo Abandonado art. 1252, CC semelhante à formação de ilhas.
Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.
ACESSÕES DE MÓVEL PARA IMÓVEL
Construções, plantações e semeaduras superfícies solo cedit.
Tudo o que é construído no terreno alheio pertence a ele.
Mitigação art. 1255, parágrafo único Construção de algo muito valioso no terreno alheio.
Estar de boa-fé é importante.
Art. 1258 e 1259, CC.
Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior à vigésima parte deste (5%), adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.
Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a construção.
Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam o valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente;
Se de má-fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro.
• Vide arts. 402 a 405 do CC.
APRESENTAR NA AV1
Sem consulta, caso concreto 4 manuscrito com doutrina e jurisprudência, e todos as postagens com recibo impressas.
ESTUDAR PARA AV1
Direitos reais
Posse Identificar nos casos: Desdobramento da posse, vícios, possuidor e detentor.
Efeitos da posse: frutos, benfeitorias
Sucessão: causa mortis sem opção de somar; acessão: opção de somar ou desprezar a posse existente, art. 1203, CC.
Defesa da posse: ações possessórias.
Caráter dúplice
Art. 1228, e parágrafos, CC.
Função social da propriedade.
Sem ênfase na última aula.
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AULA 09 – USUCAPIÃO
CONCEITO: A usucapião é o modo de aquisição da propriedade e de outros direitos reais, pela posse prolongada da coisa, com a observância dos requisito legais.
Através da usucapião permite a aquisição da propriedade.
FUNDAMENTO:
SUBJETIVISTAS Abandono: quando o proprietário abandona o bem, permite que outra pessoa se torne titular,
OBJETIVISTAS Utilidade Social: quando alguém dá a devida utilidade social a determinado bem e por isso recebe como prêmio a titularidade do bem.
NATUREZA JURÍDICA
Modo de Aquisição Originária: Alguém se apodera do bem com a intenção de se tornar possuidor e nunca é incomodado por determinado período de tempo e.
SENTENÇA DECLARATÓRIA: A sentença afirma a situação de direito já existente na qual foram implementados os requisitos necessários. Quando registrada, permite a transferência do bem.
CITAÇÃO DOS CONFINANTES: Citação dos vizinhos, União, Estado, Município Litisconsórcio necessário.
REQUISITOS FORMAIS: 
POSSE QUALIFICADA (Savigny): com intenção de dono.
Pacífica ou Incontestada: Somente quem tem posse sem vícios ou na qual houve interversão.
Prescrição Aquisitiva: Todas as cláusulas que interrompem ou suspendem o prazo se aplicam a usucapião.
Contínuo: Soma das posse em virtude da sucessão.
Animus Domini: Com intenção de dono.
Quando alguém que tem a posse e paga o IPTU, demonstra a intenção de ser dono.
TEMPO:
Mínimo: 2 anos
Máximo: 15 anos
SENTENÇA DECLARATÓRIA:
JUSTO TÍTULO:
Usucapião Ordinária
BOA-FÉ:
REQUSITO PESSOAL:
Capacidade O incapaz não pode usucapidos.
REQUISITO OBJETIVO Bens Usucapíveis
Art. 102, CC Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 183, § 3º, CF Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Art. 191, parágrafo único, CF Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
ESPÉCIES
Extraordinário art. 1238, CC.
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Ordinário art. 1242, CC.
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Tabular Art. 1242, parágrafo único, CC. v. art. 2029, CC entre 2003 e 2005.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico.
Especial Urbano Art. 1240, CC.
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua,

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