Buscar

Relação ventilação perfusão

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema Respiratório Relação Ventilação/Perfusão e Função Respiratória 
Relação Ventilação/Perfusão e Função Respiratória 
 
A diferença entre ventilação e respiração 
Normalmente, quando dizemos que um indivíduo está respirando, estamos querendo 
dizer, na verdade, que está ocorrendo o processo de ventilação. Isto porque, o termo 
respiração é um processo mais global, mais relacionado aos conceitos ambientais e aos 
processos bioquímicos celulares. Como ventilação, entende-se o processo de entrada e 
saída de ar do sistema respiratório. 
Além da ventilação, outro processo importante é a difusão entre capilares e 
interstício e o transporte de gases, sendo estes os temas de interesse quando se trata de 
fisiologia respiratória. 
 
A relação ventilação/perfusão 
Esta relação mede a funcionalidade do sistema respiratório. A função primordial do 
sistema respiratório é colocar o sangue em contato com o ar atmosférico. Logo, é de 
fundamental importância a compreensão de como se processa a relação entre a perfusão 
sanguínea e a ventilação, tanto ao nível alveolar, quanto no pulmão como um todo. Deve 
haver um equilíbrio entre a capacidade de ventilação e a perfusão sangüínea alveolar, para 
que as trocas gasosas ocorram de forma adequada. 
 
As diferenças na perfusão pulmonar 
Avaliando a ação da gravidade, é mais difícil a perfusão do ápice do que da base dos 
pulmões. Desta forma, o ápice é relativamente menos perfundido que a base. Caso haja 
uma ventilação semelhante tanto na base como no ápice pulmonar, o ápice será relativamente 
mais ventilado do que perfundido. Na região do pulmão onde houver uma ventilação maior 
do que a perfusão, pode-se afirmar que estará havendo um certo “desperdício”, sendo esta 
região denominada de região de relativo espaço morto. 
No extremo oposto, estão as embolias pulmonares, que podem promover a 
diminuição da perfusão em áreas do pulmão. Desta forma, o ar que estiver ventilando os 
 1
Sistema Respiratório Relação Ventilação/Perfusão e Função Respiratória 
alvéolos que não estão recebendo sangue, devido ao impacto do êmbolo com as paredes dos 
vasos, vai estar ventilando um espaço morto, pois não haverá troca gasosa nestes alvéolos. 
Um processo obstrutivo nas vias aéreas pode produzir desequilíbrios entre a 
ventilação e a perfusão, pois os alvéolos afetados pela obstrução estarão sendo inicialmente 
perfundidos, porém não são ventilados. É o que ocorre na asma, onde há uma 
bronquioconstrição, que não é homogênea, podendo provocar uma 
diminuição da ventilação de uma determinada quantidade de 
alvéolos. 
A comunicação entre o sangue venoso com o sangue 
oxigenado é proporcionada por um shunt, logo, na asma, por haver 
uma bronquioconstrição, pode-se formar uma região de shunt. 
 
A razão entre ventilação e perfusão 
O ideal é que a razão entre a ventilação e a perfusão esteja equilibrada, ou seja, que a 
razão entre estas duas variáveis seja 1, indicando que a magnitude da ventilação é igual à 
magnitude da perfusão. 
Uma relação maior que 1 indica que está havendo desperdício de ventilação, ou seja, 
uma situação semelhante àquela observada em um espaço morto. Já uma relação próxima 
de 0, indica que a perfusão está muito maior que a ventilação, ou seja, o sangue que está 
passando por esta região não está sofrendo hematose por falta de ventilação, como se 
estivesse ocorrendo um shunt. 
 
A diferença entre shunt anatômico e shunt fisiológico 
Do volume de ar que é inspirado a cada ciclo respiratório, ou seja, o volume corrente, 
apenas uma parte chega aos alvéolos. A porção final deste volume inspirado vai preencher as 
vias aéreas. Nas vias aéreas não vai ocorrer hematose, logo o ar que preenche estes 
espaços onde não há hematose, é dito pertencer a um espaço morto anatômico. Porém, 
existe um espaço morto associado aos alvéolos, que compreende o ar que chega até aos 
alvéolos, mas que não sofre hematose. Este processo pode ocorrer em decorrência de um 
fenômeno patológico ou a partir de um fenômeno fisiológico. 
 2
Sistema Respiratório Relação Ventilação/Perfusão e Função Respiratória 
Como um fenômeno fisiológico, pode ser destacado a relação ventilação/perfusão no 
ápice pulmonar, onde ocorre uma ventilação maior do que a capacidade de perfusão daquela 
região. Sendo assim, parte do ar que chega aos alvéolos apicais excede a capacidade de 
hematose, pois não há uma perfusão correspondente. Desta forma, parte do ar desta região 
pode ser considerada um ar de espaço morto, sendo esta uma condição fisiológica, e não 
patológica. 
Uma situação patológica pode ser observada na embolia, onde um trombo impede a 
perfusão sanguínea de uma determinada região do pulmão, impedindo a hematose nos 
alvéolos afetados. Neste exemplo há um espaço morto alveolar patológico. 
De maneira oposta ao ápice, a base do pulmão que é mais perfundida que 
ventilada em termos relativos. Sendo assim, parte do sangue que passa pelos alvéolos que 
compõem a base do pulmão não sofre hematose, proporcionando uma região de shunt, que, 
neste caso, é considerado um shunt fisiológico. 
Na interrupção da ventilação de uma determinada região, tem-se uma situação 
patológica, proporcionada por um tampão mucoso, um tumor ou uma constrição 
brônquica. O sangue que passar por esta região não sofrerá, portanto, a troca gasosa, num 
típico shunt, porém, neste caso, um shunt anatômico. 
É importante salientar que uma embolia pulmonar nunca vai gerar um shunt, mas sim 
um espaço morto, pois a região afetada pelo êmbolo, será ventilada, porém não perfundida. 
Um indivíduo com uma obstrução das vias aéreas por um tumor não terá a região 
distal a este tumor como um espaço morto, pois o conceito de espaço morto está relacionado 
à ventilação sem troca gasosa. Esta região formará um shunt, pois o sangue que perfundir a 
região afetada pelo tumor não sofrerá hematose. 
 
O processo mecânico da ventilação 
Para haja fluxo de ar é necessário gradiente, que, no caso da ventilação, trata-se de 
um gradiente de pressão, que promove a entrada de ar. Para que o ar atmosférico entre nos 
pulmões, a pressão dentro dos alvéolos deve ser menor que a do ambiente. Considerando-se 
uma situação fisiológica, a única condição para que haja fluxo de ar para dentro dos pulmões 
é diminuindo a pressão no interior dos alvéolos. 
 3
Sistema Respiratório Relação Ventilação/Perfusão e Função Respiratória 
 
O músculo mais importante para a ventilação pulmonar é o diafragma. Uma paralisia 
muscular no diafragma é totalmente incompatível com a sustentação autonômica da 
ventilação. 
 
O pulmão é recoberto por uma membrana denominada folheto visceral, que, quando 
rebatida, forma o folheto parietal, em contato com parede interna da caixa torácica. O 
pequeno espaço entre estes folhetos é preenchido pelo líquido pleural, que responde pela 
lubrificação entre estas pleuras. Dentro deste espaço pleural há uma pressão negativa, relativa 
à atmosfera. 
A pressão barométrica ao nível do mar é de 760 mmHg, e cerca de 78% das 
moléculas contidas neste ar atmosférico são de moléculas de nitrogênio e cerca 20,97% são 
moléculas de oxigênio. A atividade destas moléculas gera uma pressão parcial, ou seja, a sua 
pressão particular dentro da mistura. O somatório destas pressões parciais vai gerar a 
chamada pressão barométrica. 
 
 4
Sistema Respiratório Relação Ventilação/Perfusão e Função Respiratória 
Ponto de repouso elástico do sistema respiratório 
É o volume pulmonar no qual não é necessária nenhuma contração muscular para este 
volume constante, ou seja, é o volume pulmonar que dispensa contração muscular. O 
ponto de repouso elástico corresponde ao final de uma expiração noestado de repouso. 
Isto ocorre porque há um equilíbrio elástico entre a expansão da caixa torácica e o 
colabamento dos pulmões. 
Há uma tendência natural para que ocorra uma expansão do tórax, devido à ação das 
costelas. Paralelamente, o pulmão apresenta a tendência a colabar, contrariando a tendência 
de expansão da caixa torácica. O pulmão apresenta esta característica em função de duas 
razões: 
• Devido à disposição das fibras elásticas e colágenas próprias; 
• Devido à tensão superficial alveolar. 
 
O volume no equilíbrio é aquele onde estas forças antagônicas se igualam, gerando o 
ponto de repouso elástico da respiração. 
Para que haja a entrada de ar é necessário o trabalho muscular. Quando a musculatura 
respiratória começar a tracionar a caixa torácica, o pulmão vai sendo forçado a expandir-se, 
diminuindo mais ainda a pressão intrapleural. Como não há comunicação da cavidade 
intrapleural com o meio externo, a expansão da caixa torácica faz diminuir ainda mais a 
pressão neste espaço, provocando a entrada de ar nos pulmões. 
No final de inspiração, a pressão intra-alveolar encontra-se igualada à pressão 
atmosférica. Para que se processe a expiração, simplesmente é preciso retirar o fator que 
promoveu a inspiração, ou seja, é promovido um relaxamento da musculatura inspiratória, 
fazendo com que a pressão intra-alveolar fique maior que a pressão externa. 
A inspiração é um processo ativo, enquanto que, em repouso e no indivíduo sadio, a 
expiração é um processo passivo. Durante o exercício a expiração não é passiva, pois a 
velocidade de expiração deve ser mais rápida, requerendo o trabalho, principalmente, da 
musculatura abdominal. 
 5
Sistema Respiratório Relação Ventilação/Perfusão e Função Respiratória 
 
 
 
 
O pneumotórax 
Quando ocorre uma perfuração do tórax, o indivíduo tem a sua pleura parietal 
rompida. Logo, há uma comunicação entre o espaço pleural e o meio externo; com isso, o 
espaço pleural perde a sua característica de apresentar uma pressão negativa: vai haver 
gradiente, promovendo, então, a entrada de ar na cavidade pleural, caracterizando um 
quadro de pneumotórax. Com isso, o pulmão do lado em que houve a perfuração vai 
 6
Sistema Respiratório Relação Ventilação/Perfusão e Função Respiratória 
colabar, perdendo, então, a sua função, total ou parcialmente. Caso o pneumotórax seja 
proporcionado por um ferimento totalmente aberto, não será tão prejudicial como poderia ser 
caso o pneumotórax fosse do tipo hipertensivo. 
No pneumotórax hipertensivo, a comunicação da cavidade pleural com o ambiente 
funciona como uma válvula. Neste quadro, há uma perfuração oblíqua que permite que se 
forme uma borda capaz de fechar o ferimento. Assim, quando ocorre a inspiração, é gerada 
uma pressão intra-pleural negativa, promovendo a entrada de ar na cavidade. Porém, quando 
o indivíduo expira, a borda do ferimento fecha, impedindo a saída do ar da cavidade. Com 
isso, vai havendo um aumento da pressão no lado da caixa torácica comum ao ferimento, 
fazendo com que as estruturas contidas em seu interior sejam empurradas e comprimidas, 
podendo levar o indivíduo à morte. Este quadro é denominado de pneumotórax hipertensivo, 
que é uma situação extremamente grave. Para que o indivíduo não sofra com este tipo de 
pneumotórax, é preciso perfurar o tórax de maneira a fazer com que o pneumotórax passe de 
hipertensivo para um pneumotórax aberto. 
 
 
As alterações mecânicas da função pulmonar 
A dispnéia de causa pulmonar pode ser conseqüência de defeitos restritivos ou 
obstrutivos. Na dispnéia restritiva, o trabalho respiratório aumenta por causa do um 
comprometimento da expansão torácica devido à perda de elasticidade dos pulmões, a 
uma deformidade da parede torácica ou a um espessamento pleural. O volume de ar que 
 7
Sistema Respiratório Relação Ventilação/Perfusão e Função Respiratória 
chega aos pulmões é inferior ao normal, como mostram as provas de função pulmonar. Os 
indivíduos com dispnéia restritiva comumente sentem-se confortáveis em repouso, mas 
apresentam dificuldade respiratória quando estão em atividade, porque seus pulmões não 
conseguem expandir-se o suficiente para obter o volume de ar necessário. 
A dispnéia obstrutiva envolve o aumento da resistência ao fluxo de ar devido ao 
estreitamento das vias aéreas. Em geral, o ar pode ser inspirado, mas não pode ser expirado 
da forma normal, pois as vias aéreas se estreitam durante a expiração. A respiração é difícil, 
especialmente durante a expiração. As provas de função pulmonar mensuram o grau de 
obstrução. Um problema respiratório pode incluir tanto defeitos restritivos como obstrutivos. 
Como o coração impulsiona o sangue através dos pulmões, é fundamental que a função 
cardíaca esteja normal para que o rendimento pulmonar seja adequado. Se a função de bomba 
do coração for inadequada, pode ocorrer acúmulo de líquido nos pulmões, dando origem ao 
chamado edema pulmonar. 
 
 8

Outros materiais