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1456865500915(1) TCC KARLA PRONTO

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nome do(s) autor(es) em ordem alfabética
a avaliação na educação infantil:
Um Instrumento na Aprendizagem
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogo.
Orientador: Prof: Diego Barboza Prestes, Lilian Gavioli de Jesus e Natalia Gomes dos Santos.
AZEVEDO, Nunes Karla de. A Avaliação na Educação Infantil: Um instrumento na aprendizagem. 2017. 22. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Teófilo Otoni, 2017.
RESUMO
Este estudo teve como foco principal analisar como os professores compreendem a avaliação na Educação Infantil, conhecer a importância da avaliação hoje, nos estabelecimentos de ensino, inclusive na educação infantil a quem não atribui conceitos e notas, mas que através de relatórios e registros avalia-se o desenvolvimento infantil sob um olhar subjetivo e esta subjetividade está ligada a formação dos professores e a instituição a que estão servindo.
 Avaliar é um desafio diário para cada professor e vai muito além do “dar notas” ou preparar para exames e vestibulares, sendo assim as provas escolares não devem se restringir a réplica de questões ou treinamento dos alunos. Antes disso, a avaliação deve ter cunho formativo, levando em consideração as necessidades individuais de cada aluno, devendo ocorrer durante todo o processo de ensino. Diante disso, uma pesquisa bibliográfica que exponha a situação atual dos meios de avaliação utilizados nas escolas e reveja qual a verdadeira função do ato de “avaliar”, se faz mais que necessária, trazendo como objetivo a exposição de como os métodos avaliativos podem ser utilizados como auxiliares no processo de construção do conhecimento, tendo como problema norteador: Qual a verdadeira função da avaliação no processo de construção do conhecimento? No que se refere à metodologia, esta foi feita através de revisão de literatura de forma descritiva e qualitativa, tendo como base as obras de autores de pedagogia. A avaliação deve contribuir para o sucesso do aluno, para sua construção de saberes e competências, referencial teórico com os autores, (HADJI, 2001), (PERRENOUD, 2007) e (VIANNA, 2000).
Palavras-chave: Avaliação. Ensino. Aprendizagem. Educação Infantil. Subjetividade.
SUMÁRIO
1 Introdução..........................................................................................................3
2 Revisão Bibliográfica ........................................................................................7
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino......................................18
3.1 Tema e linha de pesquisa.............................................................................18
3.2 Justificativa...................................................................................................18
3.3 Problematização...........................................................................................18
3.4 Objetivos.......................................................................................................19
3.5 Conteúdos....................................................................................................19
3.6 Processo de desenvolvimento.....................................................................19
3.7 Tempo para a realização do projeto.............................................................20
3.8 Recursos humanos e materiais....................................................................20
3.9 Avaliação......................................................................................................20
4 Considerações Finais......................................................................................21
5 Referências.....................................................................................................22
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INTRODUÇÃO
O estudo se desenvolveu na Linha de Pesquisa “A Avaliação na Educação Infantil”, que busca refletir e problematizar as teorias e práticas pedagógicas vivenciadas nos contextos educativos, tendo como eixo temático: Processos avaliativos que investigam a contribuição dos processos avaliativos para o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas em nível de sala de aula.
“A avaliação formativa na educação infantil”, que ressalta as diferenças entre a avaliação formativa e classificatória, e, como ocorre á avaliação na educação infantil, enfatizando os procedimentos utilizados pelas professoras para realizar este processo.
Nesta pesquisa buscamos compreender como ocorre a avaliação da aprendizagem na Educação Infantil, pois ampliará o nosso conhecimento como futuros pedagogos e professores em processo de formação, assim como, um estudo de grande relevância no aprofundamento de conhecimentos necessários para qualificarmos em um trabalho futuro, como educadora.
Diante deste contexto definimos o problema de nossa pesquisa: Como se desenvolve o processo de avaliação da aprendizagem na Educação Infantil?
Quais os instrumentos/procedimentos utilizados para avaliar á aprendizagem das crianças? Os professores recebem orientação pedagógica sobre a forma de avaliar as crianças na Educação Infantil?
Teve como objetivos, compreender como as professoras desenvolvem o processo de avaliação da aprendizagem na Educação Infantil, verificar as concepções de avaliação que norteiam as práticas pedagógicas das professoras na Educação Infantil, identificar quais instrumentos/procedimentos utilizados para avaliar a aprendizagem das crianças, perceber se as professoras recebem orientação pedagógica sobre a forma de avaliar as crianças na Educação Infantil, verificar se as professoras participam de programa de Educação Continuada que discutem esta temática e Identificar a concepção de avaliação prevista no PPP da escola.
O estudo está organizado em cinco capítulos sendo que no 1º apresentamos o trabalho, o tema e o problema, os objetivos, as questões norteadoras e outros itens introdutórios.
No 2º abordamos o contexto histórico da educação infantil: compreendendo o percurso e os conceitos 
No 3º discorremos sobre os enfoques da avaliação da aprendizagem e a caracterização da avaliação na Educação Infantil. 
No 4º apresentamos a metodologia adotada para a realização da pesquisa, trazendo o tipo de pesquisa, a população, a amostra e forma de apresentação de dados.
No capítulo 5º fazemos a apresentação e análise dos dados e sua confrontação com o referencial teórico. 
No 6º realizamos uma descrição do processo de desenvolvimento do projeto, apresentando tema e linha de pesquisa justificativa, problematização, objetivos, conteúdos, processo de desenvolvimento, tempo de realização do projeto, recursos humanos e matérias utilizados e avaliação.
No 7° os recursos necessários para a realização do projeto, através da leitura de vários livros sobre a avaliação no processo de ensino aprendizagem.
No 8° A avaliação será formativa ocorre ao longo do ano, através de acompanhamentos ao lado da criança no decorrer de suas atitudes.
No 9° no referencial teórico, segundo (HADJI, 2001), avaliação deve contribuir para o sucesso do aluno, para sua construção de saberes e competências, Guerra (2007) afirma que se deve aprender com as avaliações, e que não só o erro deve ser usado como instrumento de reflexão para os trabalhos futuros em sala de aula, o acerto também deve ser examinado e utilizado como guia para o trabalho pedagógico do professor. Autores pesquisados como JUSSARA HOFFMAN, EGLE BECCHI, MARA KRECHERVISKY, que escreveram livros sobre a avaliação infantil.
O trabalho segue com as considerações finais e as referências.
O interesse em pesquisar sobre a avaliação na Educação Infantil surgiu quando tive contato com as crianças nos estágio curricular, a partir deste momento passei a refletir sobrecomo era, o que era e/ou que deveria ser avaliação, além de buscar compreender a visão das professoras de Educação Infantil em relação aos conceitos e procedimentos utilizados para que esse processo aconteça. A partir deste contato, percebe-se a necessidade de desvendar qual o significado da ação avaliativa na educação infantil.
A escolha desse tema tem como objetivo chamar a atenção, de como pode ser feito o processo de avaliação na rede de ensino aprendizagem, revendo valores e buscando novas formas de avaliação.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A preocupação com a avaliação da aprendizagem na educação infantil é de suma importância, pois essa é uma fase da vida e da escolaridade de suma importância para a aprendizagem e o desenvolvimento sucedâneos. Assim, ater-se a alguns referenciais, para deles destacar o conceito de avaliação da aprendizagem e, portanto, a compreensão do que é avaliar na educação infantil, pode contribuir para melhor situar o tema.
Em conformidade com os parâmetros curriculares estabelecidos (temático, linguístico, principais fontes e cronológico), quatro obras foram selecionadas, são elas: “O jogo do contrário em avaliação”, de Jussara Hoffmann, publicado em 2005; “Avaliando a pré-escola: uma trajetória de formação de professoras”, de EGLE BECCHI e Anna BONDIOLI, de 2003; “Avaliação em Educação Infantil”, de Mara KRECHEVSKY, editado em 2001; e “Projetos Pedagógicos na Educação Infantil”, de Maria Carmen Silveira Barbosa e Maria da Graça Souza Horn, de publicação mais recente – 2008.
Enquanto preocupação introdutória, até para melhor situarem suas compreensões do que é avaliação da aprendizagem na educação infantil, BECCHI E BANDIOLI (2003) registram sua preocupação no concernente a escolarização precoce, pois a inserção precoce no ambiente escolar pode, muitas vezes, esvaziar a própria infância, as fantasias e brincadeiras a ela inerentes, para ocupá-la com tarefas e folhinhas de trabalhinhos repetitivos e sem significado.
Mas, o mais importante é que muitos educadores e pais não percebem que com essa escolarização precoce faz-se presente também “[...] a avaliação formal precoce, as baterias de competências a serem desenvolvidas e seus testes de aquisição” (BECCHI; BANDIOLI, 2003, p. VII).
 O desempenho evidenciado pela criança é transformado em pastas com tarefas demonstrativas do quanto a criança evoluiu ou não, evolução evidente nos trabalhos “bonitinhos” e “bem acabados” – e que muitos têm a ousadia de denominar como portfólios. E a partir dessas concepções antecipando “alto” ou “baixo” desempenho surgem os danos: um é caprichoso, ou outro não; um tem o traçado firme, o outro não; um consegue realizar as tarefas rapidamente, o outro não; um é “inteligente”, o outro não.
Os rótulos prematuros geram danos muitas vezes irreversíveis, como a destruição da autoestima da criança, a certeza da impossibilidade, o estabelecimento de competições e a instalação de ansiedades – mais tarde traduzidos em “ataques de pânico” no momento de realizar uma prova. Por isso, a importância de conhecer maneiras diferentes de pensar a questão da educação infantil e, também, da avaliação nessa faixa etária, respeitando o tempo e espaço dos alunos.
A obra de BECCHI E BANDIOLI (2003), a publicação do livro, “Avaliando a pré-escola: uma trajetória de formação de professoras” foi importante para que todos conheçam uma maneira diferente de pensar a educação infantil e a avaliação. A obra coloca à disposição do professor, alternativas para acompanhar o desenvolvimento das crianças, permitindo olhar para a avaliação como um processo de formação e não como um resultado pontual e classificatório. As autoras apresentam a avaliação como um processo voltado para a promoção de sujeitos autônomos e em permanente desenvolvimento, afirmando que
Avaliar é promover no coletivo a permanente reflexão sobre os processos e seus resultados, em função de objetivos a serem superados. Avaliar supõe em algum grau e de alguma forma, medir. Mas medir, certamente, não é avaliar, de acordo com BECCHI E BANDIOLI (2003), a avaliação é uma ocorrência do processo de ensino aprendizagem – permanente em seu decorrer, portanto, não pode ser separada dele como acontece com as avaliações classificatórias. Afinal, compreendem que a avaliação não é um processo rápido ou singelo, pois demandam avanços e retrocessos, olhar e olhar novamente o mesmo objeto – ou sujeito no trato com o objeto do conhecimento. Com isso, as autoras insistem, durante o livro, que a marca do trabalho da avaliação deve ser, com efeito, de “[...] dar – receber – retornar – comentar – mudar – relatar nos contextos pedagógicos em que se atua” (p. XII).
Outro ponto importante apresentado pelas autoras é a dimensão emancipadora dos processos avaliativos, por procurarem incluir os professores e as crianças em seu tempo e espaço, dotando-os de capacidade crítica e criativa para organizar-se novos tempos e espaços.
 BECCHI E BANDIOLI (2003) entendem, portanto, que a avaliação da aprendizagem deve contribuir para a constituição de pessoas capazes de situarem-se e atuarem em seu próprio tempo, compreendendo-o, dele se apropriando e nele agindo para transformá-lo.
Nessa mesma perspectiva, Jussara Hoffmann, em seu livro “O jogo do contrário em avaliação”, editado pela primeira vez em 2005, apresenta a avaliação como uma ação ampla, a abarcar o cotidiano do processo pedagógico. Longe de ser pontual, ela é uma constante e as informações que oferece contribuem para o planejamento e replanejamento da ação docente. 
 O Ensino e aprendizagem realimentam-se e reconfiguram-se com a efetivação de uma avaliação comprometida com a evolução, a superação e o desenvolvimento. Desse modo, para a autora avaliar é: Hoffmann (2005) baseia-se em dois princípios de processo avaliativo mediador. O primeiro é o princípio formativo, fundamentado na intenção do educador de desenvolver estratégias desafiadoras para as crianças a partir da observação e reflexão das ações individuais de ensino e aprendizagem. 
O segundo é o princípio ético, focado em cuidar mais de quem precisa mais, e que propugna, portanto, a efetivação de uma avaliação a serviço do aluno, uma avaliação que o beneficie, incluindo-o e permitindo-lhe superar dificuldades e apropriar-se do saber. Formativa e ética são compromissos da avaliação mediadora, pois traduzem a preocupação em reconhecer e valorizar as diferenças, em preservar a liberdade e favorecer as potencialidades da criança em desenvolvimento. 
Com isso, a autora posiciona-se frontalmente contra as ações avaliativas centradas na classificação dos alunos, afirmando que pretender organizar a avaliação da aprendizagem em um processo normativo e padronizado é: [...] deturpá-la em seu significado essencial – de humanidade. A relação educador/educando exige o processo avaliativo mediador, que por sua vez só sobrevive por meio do resgate à sensibilidade, do respeito ao outro, da convivência e de procedimentos dialógicos e significativos (HOFFMANN, 2005, p.15).
Outro ponto que Hoffmann (2005) apresenta com bastante ênfase em seu livro é a necessidade de uma relação individual com o aluno, quando afirma que “a avaliação da aprendizagem, mais especificamente, envolve e diz respeito diretamente a dois elementos do processo: educador/avaliador e educando/avaliando. Alguém (educando) que é avaliado por alguém (educador)” (p.13). Mesmo que o professor trabalhe com muitos alunos, sua relação, no processo avaliativo, deve acontecer de forma diferente com cada um, pois, cada aluno irá apresentar maiores ou menores vínculos afetivos e intelectuais com ele, originando atitudes e respostas diferenciadas. 
Essa preocupação com um atendimento individualizado durante a aprendizagem, bem como com uma atenção particularizada em relação aos processos avaliativos, apresentada por Hoffmann (2005), apresenta-se também fortemente nas obras de Barbosa e Horn (2008) e KRECHEVSKY (2001). 
De acordo com Barbosa e Horn (2008), em seulivro “Projetos Pedagógicos na Educação Infantil”, para poder trabalhar com crianças é preciso aprender sobre cada uma, como são, quais suas culturas, como vivem em seu cotidiano, do que brincam que livros leem e como realizam sua aprendizagem. A partir disso, é preciso entender o que a criança é capaz de fazer “[...] sem procurar continuamente classificá-la em uma estrutura predeterminada de expectativas ou normas” (p. 103). 
Ainda, as autoras afirmam ser preciso ouvir essas crianças, observá-las, conversar com elas, estar junto a elas para poder, a partir de quem são, do que fazem e do que sabem ampliar suas vivências.
 Isso implica, necessariamente, considerar que acompanhá-las enquanto trabalham em atividades complexas e de aprendizagem é indispensável, como forma de avaliação, sendo essencial “[...] elaborar uma avaliação apropriada, autêntica, significativa e dinâmica, baseada no contexto de um grupo de crianças e na experiência real de cada criança particularmente” (BARBOSA; HORN, 2008, p.100).
Desta forma, o processo avaliativo deve sempre ser singular no que diz respeito aos alunos, visto as posturas avaliativas afetarem seriamente os sujeitos educativos. Com isso, é preciso refletir acerca dos métodos adotados como pertinentes, sem esquecer a efetivação do processo avaliativo com a totalidade dos alunos da escola – o que não é pouco. 
Os dados informados nas atividades avaliativas não podem ser analisados ou compreendidos sem a consideração das singularidades dos educandos para que as estratégias pedagógicas ajustem se a cada um. Hoffmann (2005, p.16) acrescenta que é “[...] preciso valorizar as diferenças individuais sem jamais perder de vista o contexto interativo”.
A valorização do acompanhamento individual, pela utilização das fichas de observação e de outros recursos avaliativos é destacada ao longo da obra. Esse projeto oferece uma abordagem alternativa à avaliação, tanto no relativo ao desenvolvimento de currículos para educação infantil, quanto para os primeiros anos da educação fundamental, enfatizando a observação cuidadosa e identificação das áreas de competência das crianças para, em decorrência, utilizar as informações como base para um programa educacional individualizado.
Essa obra de KRECHEVSKY (2001), “Avaliação em educação infantil”, sugere meios apropriados para avaliar o desenvolvimento cognitivo das crianças na sala de aula. O livro oferece uma maneira de aumentar os sentimentos de valor das crianças e de identificar empreendimentos nos quais as crianças podem demonstrar suas competências. A autora posiciona-se favoravelmente à efetivação de uma avaliação mediadora, quando afirma que ao avaliar uma criança “[...] seu desempenho nas atividades deve ser considerado um reflexo da capacidade, do interesse e da experiência em um determinado ambiente e em um determinado momento do tempo” (p.14).
Portanto, para a autora, a avaliação serve para trazer a tona o potencial de cada criança, além de auxiliar os professores a expandirem a gama de atividades disponíveis para os alunos tendo por base o que eles sabem e o que ainda não sabem. Com isso, a avaliação é um meio pelo qual o educador identificará as habilidades de cada criança para poder suplementar as atuais estratégicas de ensino. Essa avaliação tem por objetivo expandir a gama de atividades que podem ser usadas para mostrar e documentar o potencial de cada criança. 
KRECHEVSKY (2001) salienta a importância de preocupar-se com cada aluno individualmente, afirmando ser fundamental ao professor, ao identificar os componentes de uma atividade, prestar atenção não apenas no resultado total, mas, também, na progressão evidenciada para a apropriação de cada um dos saberes, considerados essenciais os conhecimentos, habilidades e/ou atitudes pela criança.
Enquanto respaldo para tal preocupação, a igualdade de resultados não traduz ou revela igualdade de percursos, afinal, o alcance de um mesmo resultado total não significa a apropriação de um mesmo conhecimento – quer quanto ao conteúdo, quer quanto à forma – ou a aquisição de uma mesma habilidade. Cada aluno tem um percurso de aprendizagem pessoal, individual e, portanto, próprio. Acompanhar este é, na verdade, percorrê-lo juntamente com ele. 
Por isso, Barbosa e Horn (2008, p.100) afirmam ser o acompanhamento constante, observação sistematizada e cotidiana – a melhor alternativa para avaliar, pois, “[...] cada sujeito tem um percurso pessoal, e o acompanhamento das aprendizagens é a única forma de valorizarmos não apenas o resultado, mas todo o percurso construído pelo grupo e pelo sujeito em seu processo de aprendizagem”. Barbosa e Horn (2008), desse modo, destacam a importância da documentação como forma de avaliação durante o processo de ensino aprendizagem. A documentação possibilita a descrição e o registro de como e quanto o ensino se faz efetivo e a aprendizagem ganha forma e consistência em cada uma das crianças.
O acompanhamento das aprendizagens precisa ser realizado constante e sistematicamente, conforme registram reiteradamente as autoras. Para isso, é preciso utilizar diferentes tipos de instrumentos, pois “[...] a multiplicidade de instrumentos de registro ajuda no processo de detalhamento e na criação de pontos de vista diferenciados” (BARBOSA; HORN, 2008, p.103).
 Segundo KRECHEVSKY (2001), quando se segue um roteiro de observação, o rigor na sua utilização depende das razões pelas quais as atividades são realizadas. Assim, os procedimentos avaliativos devem ser consistentes para todas as crianças e traduzir os objetivos que orientaram a proposição da atividade, bem como, precisam ampliar as condições para registrar fatos e situações inesperados, realizações que se revelem aquém ou além do estabelecido.
 A preocupação com o acompanhamento constante dos percursos de aprendizagem, bem como com a diversificação do instrumental avaliativo, para ampliar as informações acerca do como e quanto está se efetivando a apropriação
do conhecimento, Hoffmann (2005, p.34) afirma que: 
Acompanhar a aprendizagem dos alunos não se restringe ao uso de instrumentos formais em tempos predeterminados, mas se efetiva na vitalidade intelectual da sala de aula, abrangendo as situações previstas e as inesperadas – ação mediadora que só ocorre se o professor estiver atento à evolução do aluno, analisando o conjunto
das atividades escolares, observando o seu convívio com os outros e ajustando as propostas pedagógicas continuamente.
 Todo processo avaliativo realizado pelo professor tem por intenção observar o educando, analisar e compreender suas estratégias de aprendizagem, pretendendo a obtenção de indicadores pertinentes e suficientes para orientar decisões pedagógicas favoráveis à continuidade do processo de ensino e aprendizagem. Portanto, o papel do professor avaliador não é meramente classificar e hierarquizar as crianças, separando-as em grupos rotulados em “dos bons”, “dos normais”, dos com dificuldade. 
 Na verdade, cumpre ao professor avaliador valer-se de alternativas diversas para compreender o que, quanto e como o aluno aprende, para colocar-se ao seu lado e auxiliá-lo na edificação de outras aprendizagens. Hoffmann (2005, p.14) salienta que o objetivo de ‘promover melhores condições de aprendizagem’ resulta em mudanças essenciais das práticas avaliativas e das relações com os educandos, uma vez que toda observação o ‘exigência’ do professor passa a vir acompanhada de apoios tanto intelectuais quanto afetivos, que possibilitam aos alunos superar qualquer desafio.
 Para BECCHI e BANDIOLI (2003) é fundamental não só voltar os olhos para as crianças, mas também para o professor, avaliando seu trabalho educativo e as circunstâncias nas quais esse trabalho se desenvolveu, não como julgamento, mas como reflexão. Esta reflexão permitira ao educador infantil repensar suas ações, reconhecendo o que é mais importante, se a memorização ou a compreensão, a informação ouo conhecimento, o interesse ou o cumprimento dos programas previamente estabelecidos, avaliar ou verificar as aprendizagens.
Portanto, o ofício docente não se resume apenas em ensinar, mas, amplia-se na promoção da aprendizagem quando propõe situações relevantes e significativas que permitam ao aluno envolver-se e enredar-se nos novos saberes. 
 Deste modo, “[...] despertando o desejo de aprender dos alunos, é compromisso do educador torná-los ativos, criando o cenário educativo provido de recursos e conteúdos do saber” (HOFFMANN, 2001, p.138). Por fim, de acordo Hoffmann (2005), para que o processo avaliativo tenha sentido, as propostas educativas precisam estar articuladas em termos de graduação e complexidade. O objetivo é apresentar desafios superáveis aos alunos, de modo que as respostas de cada um provoquem o professor a fazer outras perguntas, em outras dimensões, referentemente a outros assuntos.
 Nesse sentido, os diferentes saberes dos alunos, cooperando entre si e debatendo os assuntos, é um fator favorecedor da melhoria das aprendizagens. Formular novas questões a partir de outras, a fim de apresentar e edificar novos conhecimentos, é um dos objetivos principais do Projeto Spectrum, apresentado na obra de KRECHEVSKY (2001). Ainda, outras preocupações ou pontos balizadores fazem-se presentes: compromisso com o oferecimento de oportunidades diversas para o desenvolvimento infantil nos vários domínios, obrigação de mapeamento das capacidades em formação, encargo de valorização dos saberes trazidos pela criança para ajustar as propostas de trabalho às suas características e necessidades, dever de promoção da auto estima e auto confiança da criança pela valorização de sua bagagem cultural e experiências de vida. 
 As autoras das obras investigadas apresentam conceitos que diferem quanto à forma, mas não quanto à essência das ideias. Não basta aquilatar resultados. Faz-se essencial acompanhar e desvelar o percurso para – propondo e promovendo intervenções adequadas e pertinentes – assegurar o produto, viabilizando a aprendizagem e o desenvolvimento. Todavia, tal somente é possível quando o professor compreende a necessidade de diversificação do instrumental avaliativo, para poder coletar dados diversos e reveladores dos procedimentos empreendidos pela criança para apropriar-se dos novos saberes.
 Diz-se que a função da escola na sociedade é proporcionar ensino de qualidade para todos os estudantes, indistintamente (FREITAS, 2003). Apesar disso, nos dias atuais, e desde muito tempo atrás, ouve-se toda a população criticar, governo após governo, a péssima educação dos jovens. Só criticar e não buscar nem porquês destes fracassos dos programas educacionais e nem soluções para eles, nunca levará a nenhuma melhora ou avanço dos mesmos. Nos dias de hoje, nota-se uma maior atenção pela compreensão dos alunos, e não somente para o ensinar, (PERRONE, 2009).
 Para entender a educação de baixa qualidade, dada hoje por grande parte das escolas, e como melhorá-la, tem-se que procurar indícios, criar suposições e estudar as atuais práticas educacionais, procurando assim, os principais erros cometidos por estas. 
Macedo (2002) E PECHLIYE & TRIVELATO (2005) concordam que a prática reflexiva do professor supõe voltar-se para dentro de si mesmo ou do sistema de qual faz parte, ou seja, analisar sua aula e seus atos nesta aula segundo sua própria concepção de Ciência, podendo ser, esta prática reflexiva, um móvel de transformação. Refletindo sobre sua prática em sala de aula, o professor pode realizar mudanças nas mesmas ou até em suas concepções do ensino de Ciências, e essas mudanças dependem tanto da influência dos alunos, dos professores e da escola, quanto das experiências de vida de cada um.
Os professores utilizam diversos instrumentos de avaliação em suas salas de aula, mas as formas de avaliação que aparecem com mais frequência nas escolas são: a prova escrita, os trabalhos em grupo e a avaliação que alguns professores convidam seus alunos a fazer sobre o seu próprio desempenho. Observando este fato e, também, reprovações e fracassos escolares comumente atribuídos aos alunos, vemos que é preciso parar e refletir sobre a forma de avaliação que está sendo empregada, se esta avaliação está servindo apenas para aprovar ou reprovar o aluno, punir ou controlar, sem levar em conta uma construção de conhecimento e uma real melhoria na aprendizagem.
A avaliação, já há algum tempo, tem assumido uma função seletiva, uma função de exclusão daqueles que costumam ser rotulados “menos capazes”, com problemas familiares, de aprendizagem, ou sem vontade de estudar e sem assistência familiar. Assim, as formas de avaliação empregadas no País têm tomado rumos desastrosos nas escolas e promovido uma assustadora evasão escolar.
Se retomarmos suas funções mais pedagógicas, a avaliação deve existir para contribuir na formação do indivíduo, respeitando suas diferenças e individualidades e tornando-o capaz de resolver conflitos do seu dia-a-dia, exercendo também, sua própria cidadania. Seu objetivo principal é ajudar o aluno a auto avaliar, percebendo suas falhas e acertos, é também fazer com que ele se auto conheça e busque novos caminhos para a sua realização.
 A avaliação tanto pode auxiliar o aluno a aprender (PERRENOUD, 2007) como proporcionar um melhor conhecimento do aluno pelo seu professor, afim de que este último possa auxiliar seu educando, durante todo o processo de ensino, em seu percurso singular de construção de conhecimentos. A avaliação deve contribuir para o sucesso do aluno, para sua construção de saberes e competências (HADJI, 2001), mas não pode estar centrada apenas no final do processo ensino aprendizagem, deve portanto, estar envolvida em todo seu desenvolvimento (BASSANI & BEHAR, 2009). 
Hadji (2001) complementa que os professores devem colocar a avaliação a serviço das aprendizagens, com isso, uma prática (avaliar) deve auxiliar a outra (aprender). Entretanto, esta avaliação deve ser: contínua, formativa e individualizada, sendo assim, mais um elemento do processo de ensino aprendizagem, o qual permite ao professor, conhecer o resultado de suas ações didáticas, podendo assim, melhorá-las.
Vianna (2000, p. 22) enfatiza que “a avaliação surgiu com o próprio homem”, isto significa que, desde o início da civilização sempre existiu alguma forma de avaliação, vendo que o ser humano observa, julga e avalia tudo e a todos.
 Esta avaliação sofreu mudanças com o passar do tempo, gerando novas abordagens e tornando-se uma atividade complexa. Ampliou seu interesse, passando a observar, por exemplo, grupos de indivíduos (como alunos e professores), projetos, instituições e sistemas educacionais (VIANNA, 2000). 
Este autor complementa que, para que toda essa transformação tenha ocorrido, foi necessária uma série de fatores, dentre os quais se destacam a tomada de consciência dos professores diante da complexidade que é o ato de avaliar e da necessidade de definir e avaliar, como prioridade, problemas como a educação de 17 crianças e jovens e a extensão da educação à populações carentes. Tudo isso exigiu novas metodologias e diferentes formas de avaliar.
 Ainda segundo Vianna (2000), essa transformação da avaliação, que ocorreu a partir da primeira década do século XX, sofreu uma aceleração, o que acabou gerando currículos obsoletos e incompatíveis com o mundo moderno. Isso acabou refletindo nas práticas de ensino dos professores e nos materiais pedagógicos, que acabaram se tornando inúteis para um ensino de qualidade.
 Na década de 40, durante certo período de tempo, o termo avaliação foi utilizado com o sentido de medir. Isso ocorreu, segundo Haydt (2004, p. 8), “devido ao aperfeiçoamento dos instrumentos de medida em educação, incluindo o grande impulso dado à elaboração e aplicação de testes”. Mas a identificação da avaliação como medida logo mostrou ser um problema, já que não podemos medir todos os aspectos daeducação.
 Por isso, a partir de 1960, com a organização de grupos de estudos, nos Estados Unidos, que visavam elaborar e avaliar programas educacionais, o termo “avaliar” voltou a se destacar na literatura, mas com novas dimensões; de início na avaliação de currículo, e posteriormente, nas demais áreas como na avaliação do processo de ensino e aprendizagem (HAYDT, 2004).
Porém, atualmente, apesar de toda essa transformação da avaliação, ainda existe uma confusão entre avaliar e medir (VIANNA, 2000). 
Para HAYDT (2004, p. 9), “medir significa determinar a quantidade, extensão ou grau de alguma coisa, tendo por base um sistema de unidades convencionais”. Os resultados de medidas são sempre números, sendo, dessa forma, objetivos e exatos. A medida sempre se refere ao aspecto quantitativo de algo.
Durante todo o ensino fundamental, médio e até mesmo superior, assim como durante as observações feitas através de estágios em sala de aula, sempre percebi, com muita clareza, que a maioria dos professores, mesmo considerando a avaliação essencial, aplicava-a como forma de controlar o comportamento de seus alunos e classificá-los como os “melhores” alunos, alunos medianos ou alunos “problema”, dessa forma, pode notar que a maior parte das práticas avaliativas empregadas pelos professores acaba não contribuindo para a construção do conhecimento dos educandos, criando verdadeiros problemas de aprendizagem. 
Os processos de avaliação, entretanto, não são desenvolvidos apenas em um plano formal, por meio de atividades, provas e trabalhos. Muitas decisões importantes, e que incidirão sobre as notas dos alunos inclusive, são originadas de um plano informal de avaliação, que, nos dizeres de Freitas (2003), é constituído pelos “juízos de valor”, que acabam influenciando os resultados das avaliações.
É notável a grande importância da avaliação para o processo de ensino e aprendizagem, por isso, ao avaliar o aluno é preciso definir os objetivos que este deve alcançar e levar em consideração um ensino diferenciado, para que o professor possa reconhecer se aquilo que é comumente associado às dificuldades de aprendizagem dos alunos não é, na verdade, fruto de problemas no ensino, os quais, pela avaliação, talvez possam ser superados. Quando os objetivos não são alcançados, o professor deve voltar e criar novas estratégias para que a construção do conhecimento do aluno seja concreto.
No campo educativo, a avaliação pode assumir diversas funcionalidades, levando os professores a repensarem suas técnicas avaliativas utilizadas na prática da sala de aula, para que seus alunos sejam transformados em construtores e participantes ativos do processo de ensino/aprendizagem, no lugar de seres passivos, apenas receptores do conhecimento pronto e engessado.
Ao falar-se sobre avaliação é necessário que se ressalte as funções contidas nesse ato. E pode-se entender por funções avaliativas, as estratégias utilizadas no processo, sendo estas importantes componentes que integram a prática pedagógica.
HAYDT (2008) afirma que a identificação das dificuldades de aprendizagem, a constatação de que os objetivos propostos anteriormente foram alcançados ou não, o redirecionamento e aperfeiçoamento do processo de ensino/aprendizagem, como também a promoção dos alunos.
Já LIBÂNEO (1998) ressalta que a avaliação possui exclusivamente a função da pedagógica didática de controlar o processo de aquisição de conhecimentos, diagnosticando se os ensinamentos feitos pelo professor têm sido absorvidos pelo aluno, bem como identificar as dificuldades que este possui diante de determinado conteúdo.
A avaliação tanto pode auxiliar o aluno a aprender (PERRENOUD, 2007) como proporcionar um melhor conhecimento do aluno pelo seu professor, afim de que este último possa auxiliar seu educando, durante todo o processo de ensino, em seu percurso singular de construção de conhecimentos. A avaliação deve contribuir para o sucesso do aluno, para sua construção de saberes e competências (HADJI, 2001), mas não pode estar centrada apenas no final do processo ensino aprendizagem, devem estar envolvida em todo seu desenvolvimento (BASSANI & BEHAR, 2009).
Hadji (2001) complementa que os professores devem colocar a avaliação a serviço das aprendizagens, com isso, uma prática (avaliar) deve auxiliar a outra (aprender). Entretanto, esta avaliação deve ser: contínua, formativa e individualizada, sendo assim, mais um elemento do processo de ensino aprendizagem, o qual permite ao professor, conhecer o resultado de suas ações didáticas, podendo assim, melhorá-las.
Os métodos de avaliação devem ter relevância em todo momento da prática pedagógica, não podendo se restringir apenas ao ato formal da atribuição de notas como critério para avanço ou retenção nas disciplinas.
Dessa forma, a avaliação, de acordo com alguns pesquisadores, divide suas funções em três tipos, que podem ser escolhidos, de acordo com o alunado, para a obtenção dos resultados estipulados: A avaliação diagnóstica, formativa ou somativa.
Silva e Perez (2012) definem a avaliação diagnóstica como “toda avaliação que afere os processos já percorridos pelos alunos no decurso da aprendizagem” (p. 89), sendo esse tipo o meio pelo qual o professor consegue responder o questionamento de quais são as competências que o aluno possui diante de determinado conteúdo.
Albuquerque e Oliveira (2012) afirmam que Cipriano LUCKESI (1996) criou o termo “avaliação diagnóstica” para nomear sua teoria sobre avaliação da aprendizagem, que teve grande repercussão na literatura pedagógica brasileira, especialmente na área de didática e formação de educadores.
Independente do método avaliativo escolhido, as funções da avaliação tem por objetivo exclusivo a averiguação da qualidade do rendimento escolar dos alunos dando atenção específica às seus sucessos e fracassos, solucionando, assim, as dificuldades existentes, para posteriormente auxiliá-los na construção do senso crítico, autonomia e cidadania necessária para vivência em sociedade.
	Embora a avaliação tenha evoluído historicamente, nas escolas, as práticas avaliativas ainda restringem-se à busca de notas, processo esse, que trata apenas da contabilização de resultados sendo incapaz de demonstrar fielmente o nível de aprendizado obtido pelos alunos.
	Quando se fala em aprendizagem, observa-se que para que esse processo de aquisição de conhecimentos seja realizado da maneira correta, o professor deve ter aliado à sua prática pedagógica instrumentos que o auxiliem no momento do ensino.
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
3.1 Tema e linha de pesquisa: 
“A Avaliação na Educação Infantil” que busca refletir e problematizar as teorias e práticas pedagógicas vivenciadas nos contextos educativos, tendo como eixo temático: Processos avaliativos que investigam a contribuição dos processos avaliativos para o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas em nível de sala de aula.
3.2 Justificativa
A razão de se pesquisar a avaliação escolar, é a de poder examinar quais as concepções de avaliação, os métodos utilizados na aprendizagem escolar, e quais os outros caminhos para uma avaliação coerente aos alunos. O professor tem de conhecer seu aluno, e fazer um processo de ensino aprendizagem para constatar o que aquele aluno aprendeu, e não usar a avaliação como um medidor de aprendizagem, pois a avaliação serve para o aluno mesmo se avaliar, esse autoconhecer, ir em busca de caminhos seguros para uma aprendizagem e mostrar que é errado atestar que tais notas ou conceitos possam por isso explicar o rendimento do aluno e justificar uma decisão de aprovação ou reprovação, sem que seja analisado o processo de ensino-aprendizagem. Desse modo o processo de avaliação tem de ser contínuo, ou seja, é indispensável que o professor avalie outros aspectos dos educandos. É necessário esclarecer qual é a concepção de avaliação para o professor.
3.3 Problematização
O contexto avaliação é muitoabrangente, por isso pode-se delimitar o seu processo, analisando somente esta etapa do aprendizado em ambiente escolar. Esclarecer que a prova não pode decidir a aprovação ou reprovação do respectivo aluno, analisar outras formas de avaliação, como por exemplo, trabalhos em grupo, seminários, tarefas de casa, observação de cadernos e mostrar que a média obtida no final do bimestre não mostra a quantidade e qualidade de aprendizado que aquele aluno adquiriu. Nessa perspectiva busco respostas a seguinte questão de pesquisa: De que forma o professor utiliza a prova para avaliar seu aluno? 
 A avaliação é uma forma complexa de colocar no papel o resultado da aprendizagem de cada aluno. No decorrer do curso e nos estágios entendi que buscar estratégias de avaliação para atuar em uma escola é um desafio que tem que ser superado a cada ano pois cada aluno tem sua particularidade
3.4 Objetivos
Investigar a concepção de avaliação dos professores e verificar se a prova é um contribuinte ou é o único instrumento de avaliação da aprendizagem.
Investigar a importância da avaliação escolar. Examinando se a prova é um instrumento diagnóstico ou classificatório no processo aprendizagem dos alunos Analisar como os professores se utilizam das provas
3.5 Conteúdos
A análise dos dados será feita através da observação em sala, analisando diversos momentos em que o professor faz qualquer tipo de avaliação com os alunos. Observando seus atos, quais atividades desenvolvem em sala e qual o método de avaliação do professor. Visando também a relação aluno-professor, por quais situações eles passam, qual é a participação dos alunos dentro de uma atividade que engloba a sala. Quais as experiências avaliativas por quais passam os alunos, qual é o comportamento deste aluno diante de uma prática avaliativa. É necessário descrever estes e outros procedimentos para obter dados para a análise deste projeto de pesquisa. 
3.6 Processo de desenvolvimento
Os instrumentos avaliativos, que serão utilizados e, as competências avaliadas deverão ser esclarecidas aos alunos, antes de serem aplicados. As correções dos instrumentos avaliativos devem analisar as estratégias cognitivas e meta cognitivas, utilizadas pelos alunos. Na elaboração desses instrumentos, os professores devem fazer um intercâmbio, analisando o que foi elaborado e fazendo observações para contribuir com a elaboração. Um instrumento importante e que não pode deixar de estar presente, em uma avaliação formativa, é a auto avaliação.
A avaliação formativa é fundamentada no paradigma construtivista. Na perspectiva construtivista, as pessoas desenvolvem construções por meio dos significados e dos sentidos que atribuem aos fenômenos, que as rodeiam, nos contextos em que vivem, havendo múltiplas realidades resultantes dessas construções. É uma perspectiva relativista, pois se destina à compreensão dos processos cognitivos dos alunos e os de ensino, não havendo a possibilidade de avaliar, em sua totalidade, os saberes dos alunos, a subjetividade, são inerentes à avaliação.
A avaliação das aprendizagens ocorre como um elemento do processo de ensino-aprendizagem; há uma integração entre avaliação, ensino e aprendizagem, fazendo desses três elementos parte de todo um processo que só tem sentido, se desenvolvido de maneira integral. Para o desenvolvimento de uma avaliação coerente é necessária uma diversidade de instrumentos, que realmente, façam o levantamento das aprendizagens construídas. A avaliação formativa possibilita aos professores acompanhar as aprendizagens dos alunos, ajudando-os no seu percurso escolar. É uma modalidade de avaliação fundamentada no diálogo, que possui como objetivo, o reajuste constante do processo de ensino. Exige muito envolvimento por parte do professor; exige-lhe uma disponibilidade de tempo, que vai além do dispensado no momento das aulas, pois entre suas atividades, passa a ser necessária, a construção de um registro sobre cada aluno e a atualização desse registro, sempre que novos dados surgirem. É fundamental planejar, diariamente, as atividades que serão desenvolvidas pelos alunos e elaborar estratégias individualizadas.
3.7 Tempo para a realização do projeto
Através dela, ao longo dos bimestres, vai se construindo um “espelho” do desempenho e aproveitamento do aluno, bem como se evidenciando o seu processo de evolução. Permitindo ainda que se estabeleça entre aluno, professor e pais uma parceria para viabilizar as decisões necessárias em direção ao melhor desempenho possível, por parte do aluno.
3.8 Recursos humanos e materiais
A coleta de dados será feita através do formulário, pois caberá a ele propiciar certo conhecimento da área no qual está focado o tema, assim analisando com mais ênfase quando se necessita recolher informações das mais variáveis áreas, já que a avaliação escolar vai abranger um leque de pessoas, como alunos e professores, podendo capturar um grande nível de repostas, assim preenchendo melhor as lacunas no projeto.
3.9 Avaliação
 A avaliação será feita por registros feitos auxiliando a resgatar uma memória significativa do processo, permitindo uma análise abrangente do desenvolvimento do aluno, de forma contínua.
4 Considerações finais
A finalidade deste projeto foi compreender as modalidades dos processos de avaliação na educação infantil e como são desenvolvidos, e os instrumentos utilizados para a mediação do ensino-aprendizagem.
Deste modo, a avaliação na Educação Infantil dispõe de várias modalidades e instrumentos capazes orientar o professor nesta etapa, cabendo ao mesmo decidir qual melhor se aplicará aos educandos.
As observações realizadas no cotidiano da educação infantil são importantes para o desenvolvimento de cada criança, pois a partir dos registros em caderno de campo, o educador poderá recorrer a outros tipos de atividades, a fim de ajudar aquelas crianças que ainda tem dificuldades. Portanto, o professor torna-se o principal mediador nessa aprendizagem, uma vez que a avaliação é necessária porque o auxilia em sua prática educativa.
A avaliação na educação infantil deve acontecer diariamente, pois é condição necessária para a condução e revisão da prática educativa, tendo a finalidade, de comunicar aos gestores, pais e familiares, o desenvolvimento apresentado pelas crianças.
Foi possível entender que para a aprendizagem tornar-se efetiva é necessário integrara avaliação a todo o processo de ensino-aprendizagem e não a um momento isolado, pois desta forma o aluno é avaliado por tudo o que produziu e o que aprendeu.
A sociedade apresenta ainda muita resistência em relação a mudanças na avaliação, visto que para muitos somente por meio da nota é que se torna possível perceber se o aluno aprendeu ou não; avaliar vai além de atribuir uma nota ou um valor é necessário que se quebrem as barreiras e que haja esclarecimentos dentro da própria escola para pais e alunos compreenderem de forma coerente as novas formas de avaliação.
Para finalizar é possível concluir que avaliar não é um ato estático, e sim algo que está sempre se modificando e o professor deve modificar suas práticas a cada avaliação. Levando em conta a realidade cultural e social que seus alunos estão inseridos, é possível avaliar sem fazer julgamento e compreender que cada aprendizagem tem seu momento e seu tempo.
REFERÊNCIAS
CASTRO, Amélia Domingues de; CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Ensinar a ensinar: didática para a escola fundamental e média. São Paulo, Pioneira. 2005.
HAYDT, Regina CAZAUX. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. 6ª Edição. São Paulo: Editora Ática, 2008.
 
Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96. Brasília: MEC, 1996
ALBUQUERQUE, TARGÉLIA de Souza; OLIVEIRA, ELOIZA da Silva Gomes de. Avaliação da Educação e da Aprendizagem. Curitiba: IESDE Brasil S. A., 2012.
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus Professor, Adeus Professora. Novas Exigências 
Educacionaise Profissão Docente. São Paulo: Cortez, 1998.
MORALES, Pedro SJ. Avaliação Escolar: o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
SCRIVEN, M. e STUFFEBEAN, D. Avaliação educacional II: perspectivas, procedimentos e alternativas. Petrópolis: Vozes, 1978.
CORTELLA, M. S. Humanidade, cultura e conhecimento. In: A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e políticos. São Paulo: Cortez, p.21- 53, 2006.
FREITAS, L.C. Ciclos, seriação e avaliação: confronto de lógicas. São Paulo: Moderna, 2003, 96 p.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia
karla nunes de azevedo
a avaliação na educação infantil:
Um Instrumento na Aprendizagem
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