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PSICOPATOLOGIA TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE PROFA. Yzy Câmara GRUPO A (DSM – IV) Transtornos Excêntricos ou Estranhos GRUPO A (DSM – IV) Transtornos Excêntricos ou Estranhos Os indivíduos deste grupo são percebidos como estranhos, possuidores de hábitos socialmente pouco aceitos, são isolados e mostram-se com distanciamento afetivo que os deixa frios emocionalmente, desconfiados ou inexpressivos. Pode haver a comorbidade com a estrutura psicótica. - Transtorno da Personalidade Esquizóide - Transtorno da Personalidade Esquizotípica - Transtorno da Personalidade Paranóide TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE (TPE) TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE (TPE) ― Neste transtorno, os sujeitos são introspectivos, distanciados emocionalmente de terceiros não conseguindo desenvolver habilidades empáticas assim como não conseguem expressar emoções como raiva ou alegria. - Causam estranheza por serem tidos como sujeitos emocionalmente independentes, porque não fazem questão do convívio social e a solidão é vivenciada como algo prazerozo, geralmente não conseguem ter bons relacionamentos de amizades e a vida afetiva fica muito prejudicada. CONVERSANDO SOBRE O TPE Bleuler criou, em 1908, o termo “esquizóide” ao exagero mórbido mas não- psicótico (esquisofrenia) de sujeitos com tendência à: - Frieza emocional - Distanciamentou ou embotamento emocional - Isolamento social, tendência à dirigir a atenção para a vida interior, instrospecção - Falta de interesse por relacionamento interpessoal OBS : Ao mesmo tempo em que evita vínculo social, vive uma rica e elaborada vida introspectiva. - Exclui-se esquizofrenia (transtorno psicótico), embora seja comum em crises esquizofrênicas PSIQUIATRIA DESCRITIVA E DINÂMICA DESCRITIVA: CID 10 e DSM – IV descrevem comportamentos observáveis e nos sintomas: - insociabilidade, tranquilidade, reserva, seriedade e excentricidade; - timidez, segredo sentimental, sensibilidade, nervosismo, excitabilidade e gosto pela natureza e pelos livros; - docilidade, amabilidade, honestidade, indiferença, silêncio e atitudes emocionais frias. PSIQUIATRIA DINÂMICA: Analisa as causas ocultas e/ou inconscientes da personalidade. Temas centrais: - Necessidade de regular a distancia interpessoal como um foco central de preocupação, necessidade defensiva de auto-preservação - Super-valorização do mundo interior face ao mundo exterior e indiferença ao meio externo. TRATAMENTO Difícil adesão pela forte desconfiança e medo de traição (seja de familiares, conhecidos ou profissionais) e pouca aceitação do diagnóstico e descrença na eficácia e benefícios da terapêutica. Entender que o ciclo de agressividade é parte constituinte da patologia e criar estratégias para quebrá-lo é importante do tratamento. Algumas das partes importantes do tratamento é conseguir estabelecer um vínculo de confiança e intimidade, estimular, praticar e reforçar testes de realidade se baseando em fatos e probabilidades mais realísticas antes de tirar conclusões e - PSICOFÁRMACOS – Antipsícóticos – podem diminuir os sintomas, especialmente nos casos de transtornos agudos - TERAPIAS – Sistêmica, de Grupo, Arte terapia – pode melhorar apenas a sociabilização e não a paranóia - TCC– terapia do esquema, treino de assertividade, desenvolvimento de habilidades sociais, reforçar testes CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM - IV “Padrão invasivo de distanciamento de relacionamentos sociais e uma faixa restrita de expressão emocional em contextos interpessoais, [que] começa no início da idade adulta e se apresenta em variados contextos". - A partir dos sintomas relatados por pacientes e familiares, além de observação clínica do profissional. Critério do DSM-IV Não deseja e nem aprecia relações íntimas, incluindo ser parte de uma família. Quase sempre escolhe atividades solitárias. Tem pouca, se alguma, vontade de ter relações sexuais com outra pessoa. Tem prazer em poucas atividades, se alguma. Falta de amigos íntimos ou confidentes que não sejam parentes de primeiro grau. É indiferente às críticas ou elogios. Mostra frieza emocional, distância ou afetividade limitada. Para o DSM-5, publicado em 2013, foi decidido que o critério de diagnóstico se mantenha idêntico. ESQUIZOTÍPICA Transtorno de personalidade esquizotípica ― Pessoas com as mesmas características ao esquizóide, contudo, estão mais próximas à esquizofrenia. Desconfiados, alguns podem acreditar que têm poderes especiais, outros podem ser supersticiosos e cheios de "manias", sendo que geralmente possuem crença excessiva ou fanatismo religioso. Frequentemente participam de seitas excêntricas, ou acabam por se apegar excessivamente a alguma forma de "ocultismo" ou religiosidade, muitas vezes tornam-se fanáticos religiosos que passam a vida a "pregar" seus conceitos de forma exagerada, acreditando serem escolhidos por alguma entidade divina ou, ocasionalmente, acreditam sentir presença ocultas, ouvir vozes e chamados do além, entre outros comportamentos próximos às psicoses. (Não confundir com esquizofrenia.) TRANSTORNO DE PERSONALIDADE PARANÓIDE CONVERSANDO SOBRE TPP DEFINIÇÃO - O TTP é um padrão invasivo e inflexível de desconfiança e suspeitas generalizadas em relação aos outros, interpretando as intenções dos outros como malévolas. - Incidência em 0,5 - 2,5% da população geral, sendo mais comum em indivíduos do sexo masculino e estudos em famílias revelaram estreita relação com Esquizofrenia e Transtornos Delirantes - Possíveis disparadores: excesso de ansiedade, experiências de agressividade frequentes na infância e adolescência (geralmente da família e/ou escola), cultura violenta e fatores genéticos. Se tornam pessoas difíceis de se conviver causando sérios prejuízos a seu desenvolvimento social, acadêmico, profissional e de relacionamentos amorosos saudáveis. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (Início comum no início da vida adulta) DSM - IV(mínimo de quatro dos seguintes critérios) suspeita, sem fundamento suficiente, de estar sendo explorado, maltratado ou enganado por terceiros; preocupa-se com dúvidas infundadas acerca da lealdade ou confiabilidade de amigos ou colegas; reluta em confiar nos outros por um medo infundado de que essas informações possam ser maldosamente usadas contra si; Interpreta significados ocultos, de caráter humilhante ou ameaçador em observações ou acontecimentos benignos; Guarda rancores persistentes, relutando em perdoar insultos, injúrias ou deslizes; Elogios frequentemente são mal interpretados; Percebe ataques a seu caráter ou reputação que não são visíveis pelos outros e reage rapidamente com raiva ou contra-ataque; Tem suspeitas recorrentes, sem justificativa, quanto à fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual. Diagnóstico Diferencial A paranóia, conhecida popularmente como sendo: “mania de perseguição” é comumente encontrada nos transtornos psicóticos, mas não equivale dizer que o TPP seja uma psicose, porque neste caso, o TPP não vem acompanhado de alterções sensoperceptivas. Se houver um quadro psicótico, ele será não a base, mas a comorbidade. DIFICULDADES SOCIAIS Hostilidade, desconfiança e irascíveis imotivadamente: gera dificuldade notrato social e na aproximação de pessoas para formação de vínculos. Ciclo de violência real: são agressivos nas relacões interpessoais e recebem agressividade como reação de terceiros. TRATAMENTO Difícil adesão pela forte desconfiança e medo de traição (seja de familiares, conhecidos ou profissionais) e pouca aceitação do diagnóstico e descrença na eficácia e benefícios da terapêutica. Entender que o ciclo de agressividade é parte constituinte da patologia e criar estratégias para quebrá-lo é importante do tratamento. Importância do tratamento: estabelecer aliança terapêutica de confiança e intimidade, estimular e reforçar testes de realidade se baseando em fatos e probabilidades mais realísticas antes de tirar conclusões - PSICOFÁRMACOS – Antipsícóticos – podem diminuir os sintomas, especialmente nos casos de transtornos agudos - TERAPIAS – Sistêmica, de Grupo, Arte terapia – pode melhorar apenas a sociabilização e não a paranóia - TCC – terapia do esquema, treino de assertividade, desenvolvimento de habilidades sociais, reforçar testes GRUPO B TRANSTORNOS DRAMÁTICOS, IMPREVISÍVEIS OU IRREGULARES Histriônico Narcisista Boderline Antissocial TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA (TPH) TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA (TPH) Padrão invasivo e inflexível de extrema emocionalidade e necessidade de chamar atenção para si mesmo. Para a aceitação de terceiros, valerá-se de comportamentos inapropriados: efusivos e/ou sedutores, dramáticos, flertadores e mesmo pessimistas. Surge normalmente no começo da idade adulta. Podem ser também facilmente influenciados por outros. É possível a convivência social e mesmo sucesso profissional, mas no geral serão manipuladores no trato interpessoal para conseguirem ser o centro das atenções. Existem poucos dados de estudos de prevalência desse transtorno, indicando na população de cerca de 2-3%. Já em contextos ambulatoriais e de internação em saúde mental, ao utilizar-se de avaliações mais estruturadas, as taxas foram identificadas como cerca de 10 a 15% dos casos. CARACTERÍSTICAS - Egocentrismo, - Desorganização egóica, - Auto-indulgência, -Exagero e dramatização para lidar com dificuldades - Sedutores mas pouco capazes de aprofundamento de relações afetivas - Anseio contínuo por admiração, e comportamento persistente e manipulativo para suprir suas próprias necessidades. Causas: ainda desconhecidas mas eventos fortes como mortes ou doenças na família podem ser disparadores, quando vivenciados na infância, assim como episódios de lutos simbólicos: divórcio dos pais, relacionamento parental autoritário ou distanciado ou muito projetivo, forçando a criança a viver metas pouco ou não reais. Deve-se levar em conta também questões hereditárias. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS CID - 10 CID-10 - lista o transtorno de personalidade histriônica sob o código F60.4, sendo caracterizado por pelo menos três dos seguintes: Dramatização, teatralidade, e expressão exagerada de emoções; Sugestionabilidade, facilmente influenciável por outrem ou ambientes; Afetividade superficial e instável; Busca contínua por excitação e atividades onde o paciente é o centro das atenções; Sedução inapropriada em aparência ou comportamento; Busca de parceiros simultâneos; Desprezo por diagnósticos, críticas e sugestões que não coincidam com seu comportamento; Preocupação excessiva com aparência física, vestimenta e acesssórios. Em casos extremos, pode insinuar-se para depois ser receptiva ao assédio do sexo oposto, mesmo que de pessoas com pouca ou nenhuma intimidade; Inconformismo com o fim de relacionamentos, seguido de TOC -Transtorno Obsessivo Compulsivo com prevalência à obsessão pelo Dejavù na busca de reeditar relacionamentos que já não existem mais. É exigido pela CID-10 que o diagnóstico de quaisquer transtornos de personalidade específicos também satisfaça uma relação de critérios de transtornos de personalidade em geral. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM - IV DSM-IV-TR 301.50 (4ª edição, DSM IV-TR), geralmente utilizado para diagnosticar transtornos mentais, define o transtorno de personalidade histriônica como: Um padrão predominante de emocionalidade em excesso e procura por atenção, a partir do começo da idade adulta e presente em uma variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes: Sente-se desconfortável em situações no qual ele ou ela não é o centro das atenções; Interação com outrem é frequentemente caracterizada por comportamento inapropriadamente sedutor ou provocativo; Demonstra mudanças rápidas e superficiais de emoções e avaliações sobre outrem, principalmente seus críticos; É sugestionável, isto é, facilmente influenciável por outrem ou circunstâncias; Considera os relacionamentos mais íntimos do que realmente o são; Desprezo por diagnósticos e teimosia em julgar-se pessoa sã; CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DSM - IV Busca de parceiros simultâneos; Utiliza consistentemente a aparência física e vestimenta (elegante ou ousada), para chamar atenção para si; Tem um estilo de discurso excessivamente impressionável e deficiente em detalhes; Demonstra dramatização, teatralidade, e expressão exagerada de emoções; Dificuldade de concentração e na leitura de textos longos, tendendo à supeficialidade intelectual. É exigido pelo DSM IV-TR que o diagnóstico de quaisquer transtornos de personalidade específicos também satisfaça uma relação de critérios de transtornos de personalidade em geral. TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL DSM-IV 301.7 Transtorno da Personalidade Anti-Social Critérios Diagnósticos A. Um padrão global de desrespeito e violação dos direitos alheios, que ocorre desde os 15 anos, indicado por, no mínimo, três dos seguintes critérios: (1) incapacidade de adequar-se às normas sociais com relação a comportamentos lícitos, indicada pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção (2) propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer (3) impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro (4) irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões físicas (5) desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia (6) irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistente ou de honrar obrigações financeiras (7) ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado alguém B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade C. Existem evidências de Transtorno da Conduta com início antes dos 15 anos de idade. D. A ocorrência do comportamento anti-social não se dá exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia ou Episódio Maníaco. Transtorno de Personalidade Anti-social (CID 10) Indivíduos que desrespeitam e violam os direitos dos outros, não se conformando com normas. Mentirosos, enganadores e impulsivos, sempre procurando obter vantagens sobre os outros. São irritados, irresponsáveis e com total ausência de remorsos, mesmo que digam que têm, mais uma vez tentando levar vantagens. - Podem estabelecer relacionamentos afetivos superficiais, mas não são capazes de manter vínculos mais profundos e duradouros. - - Ausência de empatia, desvio de caráter quase sempre desde a infância - - Egoístas, manipuladores,desvio considerável pelo desprezo às normas sociais - Epidemiologia – incidência entre 0,5% a 3% da população em geral, aumentando no caso de população presidiária (45 a 66%) - - Histórioco de abusos das mais variadas ordens na infância e negligência de cuidados por parte dos responsáveis. TERAPÊUTICAS PSICOFÁRMACOS – ANTIDEPRESSIVOS E ANSIOLÍTICOS PSICOTERAPIA - investiga-se as causas do medo de ficar sozinho. Treinar assertividade e outras habilidade sociais e ocupacionais úteis. Estimular: Capacidade de assumir compromissos; Prazer na intimidade; Habilidades de trabalhar em equipe, sem necessidade de competir com o líder; Disposição para buscar as opiniões e conselhos dos outros; Capacidade de promover a harmonia nas relações com outros; Consideração pelos outros; e, Vontade de se auto-corrigir em resposta às críticas. Mas é importante estimular a pessoa a expressar melhor sua opinião, desejos e necessidades de modo assertivo e estimular o comportamento de pedir ajuda para evitar que ela sofra violência e abusos. SERIAL KILLER O primeiro tipo é socialmente competente e geralmente casado. Tem bons empregos por parecer confiável e aparenta saber mais do que na realidade sabe. Para esse tipo, o crime é um jogo. “Planejam o crime com cuidado, carregam o material necessário para cumprir suas fantasias, interagem com a vítima e se gratificam com o estupro e a tortura”. O segundo tipo de serial killer: desorganizado, age por impulso e perto de onde mora, usando armas e instrumentos encontrados no local da ação, raramente mantém contato com a vítima e agem com fúria (violação sexual, mutilação, post mortem) Para ser considerado um serial killer, o assassino precisa ter matado duas ou mais pessoas com um intervalo de tempo entre os crimes, seguindo o mesmo modus operandi (mesmo perfil: sexo, faixa etária e afins) e o mesmo ritual e deixando sua assinatura. Os assassinos seriais geralmente começam a agir entre os 20 e os 30 anos de idade e não têm motivo aparente para matar suas vítimas. Elas são escolhidas ao acaso. - 1 a 3% das pessoas são incapazes de demonstrarem voluntariamente empatia, capacidade de seguirem regras sociais e mesmo afeto genuíno Possuem capacidade cognitiva preservada e são plenamente capazes de planejarem qualquer coisa que leve à satisfação de seus desejos De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (APA), 3% dos homens e 1% das mulheres são incapazes de internalizar regras sociais. Maior especialista do assunto: psicólogo canadense Robert Hare ESCALA DE ROBERT HARE Critério de avaliação psiquiátrica é a pontuação de 0 a 2 pontos para cada característica (a partir de 13 em média, já corresponde a um criminoso e a partir de 18 já corresponde à psicopatia). CARACTERÍSTICAS: - Boa articulação verbal (encena histórias mirabolantes) - Narcisista (crê que apenas suas ideias são válidas, é dominador) - Mentira exacerbada e se aproveita da boa fé das pessoas - Quebra de regras (não aceita monotonia e ter sede pela transgressão e perigo: rachas, drogas e só uma minoria é que vai para o crime) -Reação estourada e desproposital a insulto, frustração ou ameaça. É tão sem emoção que nem mesmo consegue guardar rancor Impulsividade – não perde tempo e nem mede esforços para atingir seus objetivos Comportamento antissocial – viola regras para obtenção do prazer próprio, indiferente ao bem- estar do próximo Falta de culpa pelos estragos e corações partidos que deixa no caminho Sentimentos superficiais – não sente emoções verdadeiras, apenas existe a simulação Falta de empatia – pessoas são apenas objetos de posse para obtenção de prazeres pessoais Irresponsabilidade – não assume compromisso, no máximo haverá simulação Má conduta na infância – desde cedo começam a transgredir através de roubo, maldade contra crianças e animais, matam aulas, passam a ter iniciação sexual Transtorno de personalidade Emocionalmente Instável (limítrofe,Borderline) Transtorno de personalidade limítrofe ou Transtorno de personalidade emocionalmente instável na CID – 10 Transtorno de intensidade emocional ou Transtorno de personalidade borderline [TPB]) CARACTERÍSTICAS - Padrão invasivo e mal-adaptativo de vivências pessoais resultando em comportamento marcado por impulsividade e instabilidade nos relacionamentos, nos afetos e na autoimagem. - Padrão inflexível de comportameto intolerante e explosivo. - Início do transtorno – início da vida adulta a partir de uma construção de vivências subjetivas diversas. -Sintomas: marcante sensibilidade à rejeição, intenso medo de abandono, intensas crises de raiva e de irritabilidade, intolerância à frustração, muitoa insegurança em relação à autoimagem, hipersensibilidade nas relações, dificuldade de regular emoções e impulsos e disforia ( emoções extremas, destrutividade ou auto-destrutividade, sentimento de identidade fragmentada ou ausente; e sentimento de vitimização). CARACTERÍSTICAS Dentro destas categorias, um diagnóstico de TPB é fortemente associado com uma combinação de três estados específicos: 1) se sentir traído, 2) sentir vontade de se machucar 3)se sentir fora de controle Uma vez que há uma grande variedade nos tipos de disforia que as pessoas com TPB experimentam, a amplitude do sofrimento é um indicador auxiliar do transtorno de personalidade borderline ENFRENTAMENTOS As emoções são vivenciadas com maior profundidade e tempo que o comumente esperado, podendo demorar muito mais tempo para voltar ao padrão de estabilidade anterior à frustração – experiência emocional intensa (Ex:. Intenso luto ao invés de tristeza, vergonha e humilhação ao invés de leve constrangimento, ódio ao invés de irritação e pânico ao invés de nervosismo). COMPORTAMENTOS - Comportamento autodestrutivos comuns: auto- mutilação (forma de expressar a dor) e suicídio (3% a 10% ao longo da vida e mais incidente em homens) - Comportamentos danosos: abuso de substâncias químicas, sexo de risco, trantorno alimentar, abandono de emprego e comportamentos de risco por impulsos. - O impulso alivia a angústia e dá um prazer inicial. A longo prazo, as pessoas com TPB sofrem de uma crescente vergonha e culpa que seguem esse tipo de ação que se torna cíclica (impulso para aliviar a dor – culpa/vergonha – novo impulso para aliviar nova dor). Conforme o tempo passa, o comportamento impulsivo pode se tornar uma resposta automática diante a dor emocional. - Manipulação psicológica para obtenção de carinho CLASSIFICAÇÃO - CID 10 F60.30 - Tipo Impulsivo Pelo menos três dos seguintes sintomas abaixo devem estar presentes; é obrigatória a presença do sintoma 2 Tendência em agir impulsivamente e sem consideração com as conseqüências; Tendência a ter um comportamento briguento e entrar em conflito com os outros, especialmente quando os atos violentos são contrariados ou criticados; Tendência a explosões de ira e violência, com incapacidade de controlar os resultados subseqüentes; Dificuldade em manter qualquer ação que não ofereça recompensa imediata; Humor instável e caprichoso. CLASSIFICAÇÃO - CID 10 F60.31 – Tipo Borderline Pelo menos três dos sintomas mencionados no Tipo Impulsivo, incluindo o sintoma 2 (F60.30) devem estar presentes. Em adição, pelo menos dois dos sintomas abaixo devem estar presentes: Perturbações e incertezas sobre a autoimagem,metas, preferências internas (incluindo sexualidade); Tendência a se envolver em relações intensas e instáveis, sempre levando a crises emocionais; Esforços excessivos para se evitar abandono; Atos ou ameaças recorrentes de autolesão ou suicídio; Sentimentos crônicos de vazio. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NARCISISTA O narcisismo na teoria psicanalítica é um conceito crucial no sentido de ser estruturante no processo de integração do sujeito e diferenciação do mesmo em relação a terceiros, ultrapassando a relação com a sexualidade auto-erótica. Nesta perspectiva, o narcisismo torna-se um integrador da imagem corporal, possibilitando ao psiquismo a identidade do Eu. Para Freud, o narcisismo era a etapa que se encontra entre o amor auto-erótico e o amor objetal. No aspecto positivo, o narcisismo representa integração do sujeito com a auto-imagem e diferenciação do outro pelo reconhecimento de si a partir da imagem corporal mas, no aspecto negativo, representa uma relação imatura e auto-centrada . TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NARCISISTA Dimensão psicopatológica - o termo narcisismo indica um amor perverso por si mesmo. O narcisismo não é igual a autoerotismo, pois uma unidade comparável ao ego não existe desde o início, ele tem que ser desenvolvido; os instintos autoeróticos se encontram desde o início. O “eu” não é inato como os instintos. Narcisismo tem fundamental importância na constituição e sobrevivência do sujeito que parte primeiramente da relação infantil com o próprio corpo. É energia voltada para si próprio como constituinte psíquico de autopreservação, estruturante do psiquismo normal e mantenedor das relações interpessoais. GRUPO C – DSM IV Transtornos GRUPO C - DSM IV Ansiosos ou Receosos Indivíduos considerados dependentes, fóbicos, frágeis, medrosos e submissos e por fragilidade, não quebram regras, prejudicando muito a si mesmo. Grupo muito propenso aos transtornos de ansiedade. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIVA (OU ANSIOSA) TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIVA (OU ANSIOSA) CID 10 - F60.6 Transtorno da personalidade caracterizado por sentimento de tensão e de apreensão, insegurança e inferioridade. Forte desejo de ser amado, hipersensível à críticas ou repreensões e rejeições, dificuldade de sair da rotina e de manter relacionamento interpessoal, tendência à solidão ou isolamento. Auto-percepção de não ser atraente ou interessante para as pessoas. O contato social é evitado por medo de ser ridicularizado por medo de serem ridicularizadas, humilhadas ou desprezadas. Os pacientes, tipicamente, mostram-se solitários e relatam o sentimento de distanciamento da sociedade. Só se envolve com pessoas quando tem certeza de que gostarão dele.Apresenta certo bloqueio nas relações íntimas por medo de ser envergonhado ou humilhado. Relacionamento interpessoal comprometido por fortes sentimentos de inadequação. ETIOLOGIA E DIAGNÓSTICO O diagnóstico: a partir do discurso do sujeito ou da observação de padrões de comportamento pelos familiares, amigos e colegas de trabalho ou avaliação do profissional psi que precisa ser acurada. Começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos. TRANSTORNOS SEMELHANTES CONFUNDIDO COM: Fobia social (mas existe enorme ansiedade e apreensão ao confrontarem situações socialmente temidas e fazem de tudo para evitá-las. Nesta patologia, o consciente e o bom senso não são suficientes para superar o excesso de timidez, sendo este de caráter orgânico/cognitivo e fora do alcance de uma decisão racional do paciente). Transtorno de personalidade antissocial (mas o isolamento não se deve por inibição e sim, por comportamento agressivo) Transtorno de personalidade esquizóide (mas o isolamento é por vontade própria e é imune à crítica e não por se achar desinteressante e não merecedor, como o esquivo se acha, além de se sentir ferido com críticas) TRANSTORNO DE PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVO (ANANCÁSTICA) O Transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo (anancástica) - constante sentimento de dúvida, de perfeccionismo, preocuração com detalhes e pormenores, preocupação excessiva com verificações em busca de possíveis erros, cuidados excessivos com organização e limpeza, controle mental e interpessoal, propensão à repetição, obstinação, prudência e rigidez excessivas com raizes na infância e que persiste na idade adulta, podendo estar presentes os pensamentos ou de impulsos repetitivos e intrusivos. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVO É diferente do TOC pela estrutura mais inflexível e duradoura mas não tem o impacto forte e grave dos sintomas da neurose obsessivo-compulsiva. Os sujeitos tentam manter um sentimento de controle através de uma atenção extenuante a regras, detalhes triviais, procedimentos, listas, horários ou formalidades, resultando desgaste emocional a si e aos outros. Estas pessoas não percebem o quanto os outros ficam incomodados com os atrasos e inconvenientes que resultam de seu comportamento. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Para ser diagnosticado deve atender a pelo menos 3 dos seguintes critérios: * Sentimentos de dúvida constante e cautela excessiva; *Preocupação com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou programa; * Perfeccionismo que interfere com a conclusão da tarefa; *Excessiva conscienciosidade, escrúpulos e preocupação excessiva com a produtividade a ponto de prejudicar relacionamentos interpessoais; * Pedantismo excessivo e adesão às convenções sociais; * Rigidez e teimosia; *Insistência irracional pelo indivíduo em fazer os outros seguirem exatamente o seu jeito de fazer as coisas ou relutância irracional em permitir que outros façam as coisas do seu próprio jeito; Intrusão de pensamentos repetitivos e intrusivos ou impulsos. ALGUNS RECURSOS TERAPÊUTICOS TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL – terapia do esquema e outras. Uma das questões centrais da terapia é levar o sujeito a analisar o prejuízo que está causando a si mesmo e aos outros com seu comportamento e estabelecer uma percepção mais realista, saudável e racional das punições mais prováveis. O tratamento costuma ser mais longo, cansativo e exige muito do terapeuta e do paciente FARMACOTERAPIA - 60 a 70% dos pacientes respondem bem a inibidor seletivo de recaptação de serotonina TRANSTORNO DE PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVO O QUE AS PSICOTERAPIAS FALAM SOBRE O TPOC TCC Esse transtorno é resultado de um condicionamento predominantemente aversivo em um ambiente coercitivo em que os comportamentos preventivos são constantemente reforçados com uma diminuição na ansiedade (reforço negativo) - Quando a criança cometeu erros ela foi severamente punida por um cuidador ou pelo próprio ambiente, essas punições foram associadas a várias atividades diferentes passando a gerar respostas de ansiedade (alertas de punição) que aumentam enquanto prevenções não tenham sido tomadas e geram alívio quando não ocorre punição. O desgaste causado a si mesmo e aos outros é visto como compensando as possíveis punições aos erros. PSICANÁLISE - Superego exacerbado TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE CARACTERÍSTICAS Característica principal: necessidadeexcessiva de que os outros se ocupem da pessoa, gerando um sentimento de submissão e adesão que impede que ela seja capaz de se desenvolver de forma independente. Pessoas muito passivas. Tendência a deixar os outros cuidarem de si e tomarem suas decisões por temerem muito o abandono e acabam buscando com muito esforço, agradar aos outros. Anteriormente era conhecido como Transtorno de personalidade astênico (do latim = fraqueza) ou como personalidade passiva: excessiva dependência de outros para tomar decisões, baixa auto-estima, medo patológico de ser abandonado(a), submissão passiva às vontades do outro e dificuldade em expressar as próprias vontades e necessidades.1 ALGUMAS CARACTERÍSTICAS Grandes dificuldades para tomarem decisões sozinhas até mesmo para questões básicas. Grande falta de confiança em seu próprio potencial que o dificulta se projetar e o torna passivo diante da vida e se considera incapaz de ter iniciativa ou desenvolver projetos pessoais, necessitando de forma patológica, tanto a aprovação quanto à tomada de decisão desde aspectos básicos até os profissionais e acadêmicos. Evita ficar sozinho para não se sentir desprotegido e inútel. Relações amorosas de dependência, tendendo a procurar parceiros com forte instinto de proteção e cuidado, por medo patológico de abandono e, para que isso não aconteça, se submetem à relações muitas vezes insatisfatórias. Pessimismo. Costumam ser pessoas pessimistas e inseguras, geralmente só tendem a se relacionar com as pessoas das quais dependem. Critérios Diagnósticos para F60.7 Transtorno da Personalidade Dependente Uma necessidade invasiva e excessiva de ser cuidado, que leva a um comportamento submisso e aderente e a temores de separação, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, indicado por pelo menos cinco dos seguintes critérios: (1) dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia sem uma quantidade excessiva de conselhos e reaseguramento da parte de outras pessoas (2) necessidade de que os outros assumam a responsabilidade pelas principais áreas de sua vida (3) dificuldade em expressar discordância de outros, pelo medo de perder o apoio ou aprovação. Nota: Não incluir temores realistas de retaliação (4) dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria (em vista de uma falta de autoconfiança em seu julgamento ou capacidades, não por falta de motivação ou energia) (5) vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto de voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis (6) sente desconforto ou desamparo quando só, em razão de temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si próprio (7) busca urgentemente um novo relacionamento como fonte de carinho e amparo, quando um relacionamento íntimo é rompido (8) preocupação irrealista com temores de ser abandonado à sua própria sorte
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