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Anotações Penal teoria das Penas 2018

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TÍTULO V – DAS PENAS 
 
CONCEITO: é a retribuição imposta pelo Estado em razão da prática de um ilícito 
penal e consiste na privação de bens jurídicos determinados pela lei, que visa à 
readaptação do criminoso ao convívio social e à prevenção em relação à prática de novas 
transgressões. 
 
FINALIDADE: 
 
1) Teorias absolutas advogam a tese de retribuição(castigo, reparação, reação), sendo que as 
teorias relativas apregoam a prevenção(utilitarismo=pena enquanto meio para a realização 
do fim utilitário da prevenção de futuros delitos). 
A teoria relativa se fundamenta no critério da prevenção, que se biparte em: 
a) Prevenção geral – negativa e positiva: 
 
 Prevenção geral negativa = prevenção por intimidação(indivíduo deve ver 
pena e se demover da ideia de praticar delito) 
 Prevenção geral positiva = prevenção integradora (infundir na consciência 
geral, a necessidade de respeito a determinados valores, exercitando sua 
fidelidade ao direito; promovendo a integração social). 
b) Prevenção especial – negativa e positiva: 
 
 Prevenção especial negativa = neutralização daquele que cometeu o 
ilícito(pena privativa de liberdade ocorre com a segregação no cárcere). 
 Prevenção especial positiva = inibir o autor do delito de cometer crimes 
futuros= RESSOCIALIZAÇÃO. 
 
2) Finalidade da pena: artigo 59, CP = 
reprovação e prevenção do crime = TEORIA 
MISTA OU UNIFICADORA DA PENA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
aspecto de retribuição ou de castigo pelo mal praticado e de prevenção (geral: visa 
ao desestímulo de todos da prática de crime; especial: visa à recuperação do 
condenado, procurando fazer com que não volte a delinqüir). 
Art. 59 - O juiz, atendendo à 
culpabilidade, aos antecedentes, à 
conduta social, à personalidade do 
agente, aos motivos, às circunstâncias e 
conseqüências do crime, bem como ao 
comportamento da vítima, estabelecerá, 
conforme seja necessário e suficiente 
para reprovação e prevenção do crime: 
 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem 
pena sem prévia cominação legal; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, 
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do 
perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, 
entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos 
do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos 
distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o 
sexo do apenado; 
 
 
PRINCÍPIOS 
CONSTITUCIONAIS: 
 
- da legalidade – não há 
pena sem prévia 
cominação legal (art. 5°, 
XXXIX, CF); significa 
que a pena deve estar 
prevista em lei vigente à 
época da prática do 
delito. 
 
- da individualização da 
pena – a lei deve regular 
a individualização da 
pena de acordo com a 
culpabilidade e os 
méritos pessoais do 
acusado (art. 5°, XLVI, 
CF). 
 
- da pessoalidade – a 
pena não pode passar da 
pessoa do condenado, 
podendo a obrigação de 
reparar o dano e a decretação de perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendida aos sucessores e contra eles executadas até o limite do valor do 
patrimônio transferido (art. 5°, XLV). 
 
- da vedação da pena de morte, penas cruéis, de caráter perpétuo ou de trabalhos 
forçados (art. 5°, XLV). = princípio da humanidade das penas 
 
- da proporcionalidade – a pena deve ser proporcional ao crime cometido (art. 5°, 
XLVI e XLVII). 
 
Características: legalidade, personalidade, proporcionalidade e inderrogabilidade. 
 
Sistema penitenciário adotado no Brasil: progressivo. 
Século XVIII = pena privativa de liberdade, como pena principal, foi avanço na história. 
Origem = na Idade Média com a prisão de clérigos faltosos, para arrependimento dos 
pecados. 
Sistemas penitenciários: 
a) Pensilvânico(ou de Filadélfia) = isolamento celular; preso não trabalha e não recebe 
visitas. Origem em 1790. Preso era estimulado ao arrependimento pela leitura da Bíblia. 
b) Auburniano (Auburn, em NY, em 1818)=isolamento noturno, preso podia trabalhar, 
passava a estar em grupos, silêncio absoluto era imposto. 
c) Progressivo ( século XIX, Inglaterra, degredação de presos para a Austrália, Capital 
Alexander Maconochie, da Marinha Real, cria um sistema progressivo, a ser realizado em 
3 estágios, no 1º. Estágio havia as regras do sistema pensilvânico, após progressão ao 
sistema auburniano e após livramento condicional). 
ESPÉCIES DE PENAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação pelo CP: 
 
Doutrina nos remete a penas corporais ou pecuniárias. 
 
 
 
 
COMINAÇÃO DAS PENAS 
 
Cominação isolada 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 
 
Cominação cumulativa = ex. art. 155, CP 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
 
Cominação alternativa = ex. art. 147, CP 
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, 
de causar-lhe mal injusto e grave: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 32, CP - As penas são: 
 
I - privativas de liberdade; 
II - restritivas de direitos; 
III - de multa. 
 
 
PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE: 
ART. 1º, LICP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ART. 33, caput, CP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESPÉCIES DE PENA: RECLUSÃO, DETENÇÃO E PRISÃO SIMPLES 
 
 RECLUSÃO: A pena de reclusão pode começar a ser cumprida em REGIME 
FECHADO. 
 Crimes 
 
 Detenção: Não pode começar a ser cumprida (pode vir a ser) em REGIME 
FECHADO. 
 
 
 Contravenção = PRISÃO SIMPLES: Esta só é aplicada as CONTRAVENÇÕES PENAIS e NUNCA 
pode ser cumprida em REGIME FECHADO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art 1º: Considera-se crime a infração penal que a 
lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer 
isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente 
com a pena de multa; contravenção, a infração 
penal a que a lei comina, isoladamente, pena de 
prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa 
ou cumulativamente. 
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em 
regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de 
detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo 
necessidade de transferência a regime fechado 
REGIMES DE CUMPRIMENTO DE PENA: FECHADO , ABERTO E SEMI ABERTO, RDD 
 
§ 1º - Considera-se: 
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou 
média; 
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar; 
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento 
adequado. 
 
Regras do regime fechado 
Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame 
criminológico de classificação para individualização da execução. 
 § 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o 
repouso noturno. 
 § 2º - O trabalho será em comumdentro do estabelecimento, na conformidade das 
aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a execução da 
pena. 
§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas. 
Regras do regime semi-aberto 
Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o 
cumprimento da pena em regime semi-aberto. 
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em 
colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. 
§ 2º - O trabalho externo é admissível, bem como a freqüência a cursos supletivos 
profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior. 
 Regras do regime aberto 
Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do 
condenado. 
§ 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, 
freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o 
período noturno e nos dias de folga. 
§ 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como crime 
doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa cumulativamente 
aplicada. 
 
 ARTIGOS 33(Critério Objetivo) E 59 (Critério Subjetivo), CP 
 
FECHADO SEMIABERTO ABERTO ESPECIAL 
Penitenciária de: 
 Segurança máxima 
 Vigilância máxima 
 
Colônia agrícola ou industrial 
 
Cumprido em casa de albergado ou 
Estabelecimento similar 
Fechado, 
semiaberto ou 
aberto 
Trabalho comum diurno 
Isolamento noturno 
 
 
OBS.: É permitido o trabalho 
externo em serviços ou obras 
públicas ou entidades privadas 
com a devida vigilância. 
Trabalho comum diurno 
 
 
OBS.: 
São admitidas saídas 
temporárias para visitas à 
família, freqüência de cursos e 
outras atividades de re- 
socialização. 
Trabalho livre e desvigiado. 
 
Recolhimento nos períodos de folga 
 
OBS.: A LEI só permite o cumprimento 
do PAD (Prisão em albergue domiciliar) 
em 04 casos, 117, LEP: 
a) Condenada gestante 
b) Mãe de filho menor ou deficiente 
c) maior de 70 anos 
d) portador de enfermidade grave. 
 
A JURISPRUDÊNCIA admite o 
cumprimento em domicílio nos lugares 
em que não há casa de albergados. 
 Art. 37 - 
As mulheres 
cumprem pena 
em 
estabelecimento 
próprio, 
observando-se 
os deveres e 
direitos 
inerentes à sua 
condição 
pessoal, bem 
como, no que 
couber, o 
disposto neste 
Capítulo. 
 
 
 
FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL DO CUMPRIMENTO DA PENA: 
 
Súmula 719, STF – A imposição de regime mais severa do que o permitido segundo a pena aplicada 
exige motivação idônea. 
 
Súmula 718, STF – A mera opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não é motivação 
idônea para a imposição de regime, mais severo do que permitido pela pena aplicada (este fato concreto 
foi excepcionalmente grave). Para aplicar regime mais severo. 
 
Súmula 269, STJ - É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a 
pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais. 
 
 Critério objetivo 
Pena > 8 anos – REGIME FECHADO 
 4< P< 8 REGIME SEMI-ABERTO réu primário 
 P < 4 ABERTO 
 
Pena > 8 anos – REGIME FECHADO réu REINCIDENTE 
 4< P< 8 REGIME FECHADO NÃO PODE INICIAR 
 P < 4 REGIME SEMI-ABERTO EM REGIME ABERTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEI 8072/90 (LEI DOS CRIMES HEDIONDOS) = FIXAÇÃO DO REGIME FECHADO PARA 
INÍCIO DO CUMPRIMENTO DA PENA. 
 
Habeas corpus. Penal. Tráfico de entorpecentes. Crime praticado durante a vigência da Lei nº 11.464/07. 
Pena inferior a 8 anos de reclusão. Obrigatoriedade de imposição do regime inicial fechado. Declaração 
incidental de inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90. Ofensa à garantia constitucional 
da individualização da pena (inciso XLVI do art. 5º da CF/88) . Fundamentação necessária (CP, art. 33, § 
3º, c/c o art. 59). Possibilidade de fixação, no caso em exame, do regime semiaberto para o início de 
cumprimento da pena privativa de liberdade. Ordem concedida. 27/06/2012 PLENÁRIO HABEAS 
CORPUS 111.840 ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI. 
 
Tema 972 - Decisão pela existência de repercussão geral, com reafirmação de jurisprudência. Tese fixada: 
“É inconstitucional a fixação ex lege, com base no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/1990, do regime inicial 
fechado, devendo o julgador, quando da condenação, ater-se aos parâmetros previstos no artigo 33 do 
Código Penal” (RE 1.052.700, Relator Ministro Edson Fachin, julgamento finalizado no Plenário Virtual 
em 3.11.2017). ARE 1.052.700 
 
 
 
REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO – RDD 
 É chamado de regime, mas não é regime. É uma punição disciplinar. 
 
 
Das Sanções e das Recompensas 
Art. 53. Constituem sanções disciplinares: 
I - advertência verbal; 
II - repreensão; 
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único); 
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam 
alojamento coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei. 
V - inclusão no regime disciplinar diferenciado. 
 
 
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione 
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da 
sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características 
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta 
grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada 
II - recolhimento em cela individual; 
III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; 
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. 
§ 1
o
 O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, 
nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal 
ou da sociedade. 
§ 2
o
 Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o 
condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em 
organizações criminosas, quadrilha ou bando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reincidência: é provada através de certidão judicial da sentença condenatória transitada em julgado; a 
sentença que concede o perdão judicial não induz à “reincidência”, ou seja, se, após a concessão do 
perdão, o agente comete novo crime, será considerado primário. 
 
CONDENAÇÃO NOVA INFRAÇÃO PENAL ARTIGO 
contravenção praticada no Brasil Contravenção reincidente (art. 7° da LCP) 
contravenção praticada no exterior Contravenção não reincidente (art. 7° da LCP é 
omisso) 
Contravenção Crime não reincidente (art. 63 do CP é 
omisso) 
crime praticado no Brasil ou no 
exterior 
Crime reincidente (art. 63 do CP) 
crime praticado no Brasil ou no 
exterior 
Contravenção reincidente (art. 7° da LCP) 
 
 
 Artigos 63 e 64, CP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROGRESSÃO DE REGIME 
 O Brasil adota o regime progressivode cumprimento de pena. 
 PROGRESSÃO – é a passagem de um regime de cumprimento de pena + grave para um + 
ameno. 
 Os Tribunais não aceitam a progressão POR SALTO, ou seja, do RF para o RA. 
 A Lei 11.464/07 que passou a permitir progressão em crime hediondo é novatio legis in pejus 
(não retroage) 
 PROGRESSÃO 
 
 
Requisitos 
OBJETIVOS 
1/6 para crime comum = Regra 
2/5 Crime Hediondo=primário 
3/5 Crime Hediondo= reincidente 
TJ-SP - Agravo de Execução Penal 0068118-77.2013.8.26.0000 
Data de publicação: 11/06/2013 
Ementa: Execução Penal. Progressão ao regime semiaberto. Crime equiparado a 
hediondo. Reincidência genérica e não específica. Inteligência do artigo 2o da Lei n. 8.072 
/90, com a redação que foi dada pela Lei n. 11.464 /2007. Ausência do requisito objetivo. 
AGRAVO PROVIDO. 
 
 PROGRESSÃO 
 
SUBJETIVO 
MÉRITO 
(exige a 
comprovação 
do mérito) 
Atualmente o mérito do condenado deve ser avaliado, em regra, pelo comportamento 
carcerário (atestado de conduta Carcerária ou boletim informativo). 
 
Exame criminológico = É faculdade do juiz. Decisão deve ser fundamentada. 
Súmula 439, STJ - Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, 
desde que em decisão motivada. 
 
 
ESPECIAL 
Criado em 
2003 
Crimes contra a administração pública a progressão fica condicionada (exige) a reparação do 
dano 
Art. 33, § 4o , CP - O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão 
de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à 
devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. (Incluído pela Lei nº 
10.763, de 12.11.2003) 
 
STF, EP 22 ProgReg-AgR/DF, rel. Min. Roberto Barroso, 17.12.2014. 
O Colegiado destacou que, na espécie, o sentenciado fora condenado, individualizadamente, 
ao pagamento de R$ 536.440,55. Apesar da existência de corréus — devedores solidários —, 
o valor integral da dívida poderia ser exigido de cada um, nada a impedir que, 
eventualmente, rateassem entre eles o pagamento devido. Embora se devesse lamentar a não 
instauração da execução pela Fazenda, ocorre que, sendo do sentenciado o interesse de 
quitar a dívida para o fim de progressão de regime, caberia a ele, espontaneamente, tomar as 
providências nesse sentido. A este propósito, e como regra, decisões judiciais deveriam ser 
cumpridas voluntariamente, sem necessidade de se aguardar a execução coercitiva. Não 
haveria impedimento, contudo, a que o agravante firmasse com a União acordo de 
parcelamento, nos moldes adotados para outros devedores, aplicando-se, por analogia, o art. 
50 do CP. A celebração do acordo e o pagamento regular das parcelas ajustadas 
importariam em satisfação da exigência de reparação do dano. Eventual descumprimento de 
ajuste sujeitaria o sentenciado à regressão ao regime anterior. O Ministro Dias Toffoli, ao 
assentar a constitucionalidade do art. 33, § 4°, do CP, ressalvou seu entendimento quanto à 
admissão da possibilidade de progressão de regime, desde que aquele que pleiteasse o 
benefício viesse efetivamente a comprovar a total impossibilidade de reparação do dano, 
numa leitura conjugada do dispositivo em análise com o inciso IV do art. 83 do CP. No ponto, 
foi acompanhado pelos Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski 
(Presidente). Vencido o Ministro Marco Aurélio, que assentava a inconstitucionalidade do 
art. 33, § 4°, do CP. Ressaltava não ser possível condicionar a progressão no regime de 
cumprimento da pena à questão alusiva à reparação do dano, isso porque seria impróprio 
mesclar a pena — que envolveria a liberdade de ir e vir —, com a reparação do dado — que 
envolveria o patrimônio. 
 
 
 
 
 
 Para fins de progressão considera-se a pena total e não a pena unificada, ou seja, 30 anos, 
conforme artigo 75, CP.Súmula 715, STF - A pena unificada para atender ao limite de trinta 
anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a 
concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de 
execução. 
 
 
 Súmula 716, STF – É permitida a progressão de regime e a aplicação de regime menos severo 
mesmo antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória. 
 
 
STF: PROGRESSÃO DE REGIME E TRÂNSITO EM JULGADO. A progressão no regime de cumprimento de 
pena independe do trânsito em julgado da condenação. Com base nessa jurisprudência, a Turma proveu 
recurso ordinário em habeas corpus para que o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais providencie a 
expedição da Guia de Recolhimento Provisório e a remeta imediatamente ao Juízo da Execução Criminal 
competente, a fim de que este decida, como entender de direito, se o recorrente preenche os requisitos objetivos e 
subjetivos para a concessão do benefício. Ressaltou-se, de início, que o recorrente não se limitara a solicitar ao STJ 
a progressão de regime. Formulara, também, pedido subsidiário que, não examinado, resultara no presente recurso 
para que fossem providenciadas as medidas administrativas necessárias à execução provisória da pena. Invocara, 
no ponto, a Resolução 19/2006 do Conselho Nacional de Justiça - CNJ. Entendeu-se que, embora o STJ não 
tivesse se manifestado sobre a matéria, inexistiria empecilho para que o Supremo o fizesse, uma vez que a omissão 
sobre um fundamento posto seria, em si mesmo, uma coação, e o tribunal superior, reputando evidenciado o 
constrangimento ilegal, poderia cessá-lo de imediato e não devolver o tema ao tribunal omisso. Assim, considerou-
se que o TJ-MG, ao afastar o óbice à progressão, deveria ter tomado, de ofício, as providências para que a 
execução fosse processada, permitindo ao recorrente a formulação das benesses eventualmente cabíveis. Aduziu-
se que, admitida a execução provisória, não se poderia impedir, por questões administrativas, que o recorrente 
obtivesse benefícios a que teria direito, se fosse o caso de execução definitiva. Ademais, afirmou-se ser a Lei de 
Execução Penal - LEP aplicável ao preso provisório (art. 2º, parágrafo único). Alguns precedentes citados: HC 
85237/DF (DJU de 29.4.2005); HC 90893/SP (DJU de 23.11.2007); HC 87801/SP (DJU de 12.5.2006). RHC 
92872/MG, rel. Min. Cármen Lúcia, 27.11.2007 
 
STJ: PROGRESSÃO. REGIME PRISIONAL. REQUISITOS OBJETIVO E SUBJETIVO. Para a concessão de 
progressão de regime prisional, basta a satisfação dos requisitos objetivo (temporal) e subjetivo (atestado de bom 
comportamento carcerário firmado pelo diretor do estabelecimento prisional). A Lei n. 10.792/2003 afastou a 
exigência de o condenado se submeter a exame criminológico para progressão de regime. Assim, na espécie, 
atendendo ao requisito temporal e havendo atestado de bom comportamento carcerário, a Turma concedeu a ordem 
e assegurou a transferência do paciente 
para o regime semi-aberto. Precedente citado: HC 61.790-SP, e HC 45.268-SP, DJ 4/9/2006. HC 76.298-SP, Rel. 
Min. Nilson Naves, julgado em 14/8/2007. 
 
 
Regressão: é a transferência do condenado para qualquer dos regimes mais rigorosos quando o 
agente praticar fato definido como crime doloso (não é necessária à condenação transitada em julgado, 
basta à prática do delito) ou falta grave (fuga, participação em rebelião, posse de instrumento capaz de 
lesionar pessoas, descumprimento das obrigações e outras descritas no art. 50 da LEP); sofrer nova 
condenação, cuja soma com a pena anterior torna incabível o regime; além disso, se o sentenciado 
estiver no regime aberto, dar-se-á a regressão se ele frustrar os fins da execução (parar de trabalhar, não 
comparecer à prisão-albergue etc.) ou se, podendo, não pagar a pena de multa cumulativamente imposta. 
 
 
REGRESSÃO (Hipóteses de) - Entendimento STF e STJ Passagem de um regime +mais ameno para um regime mais grave. 
o A condenação a uma pena que somada a anterior acarreta um regime mais severo. 
 
 A regressão pode ser por SALTO. 
 
 Quando o réu pratica falta grave, cometer crime dolos(não é necessário o trânsito em julgado) 
ou tiver uma nova condenação que torne incompatível o regime de regressão 
DETRAÇÃO = ARTIGO 42, CP E 387, PARAGRAFO 2º., CPP 
é o cômputo, na PPL e na medida de segurança, do tempo da prisão provisória cumprida no Brasil ou no 
estrangeiro, de prisão administrativa ou de internação em hospital de custódia ou tratamento psiquiátrico; 
aplica-se a qualquer que tenha sido o regime de cumprimento fixado na sentença (fechado, semi-aberto ou 
aberto); também se aplica a algumas PRD (prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, 
interdição temporária de direitos e limitação de fim de semana) porque estas substituem a PPL pelo 
mesmo tempo aplicado na sentença; não se aplica a detração na pena de multa; em relação ao “sursis” 
também é incabível porque se trata de pena substitutiva que não guarda proporção com a PPL aplicada na 
sentença, mas se ele for revogado, a conseqüência será o cumprimento da pena originariamente imposta 
na sentença, sendo assim, será cabível a detração. 
 
 É a contagem do tempo de Prisão Processual (são 05 espécies) no tempo da pena a cumprir. É 
o desconto na pena privativa de liberdade ou na medida de segurança do tempo de prisão 
provisória ou de internação provisória. 
 
 STF e STJ: A jurisprudência ADMITE a detração em processos distintos, desde que o crime em 
que pleiteia a detração tenha sido anterior a prisão ou, desde que a prisão “injusta” tenha 
sido posterior ao crime. O objetivo é impedir a “conta poupança” de pena. 
 
 
 
 
 
 
PRISÃO ESPECIAL = 295, CPP. 
Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, 
quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva: 
I - os ministros de Estado; 
II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus 
respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; 
III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembléias 
Legislativas dos Estados; 
IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito"; 
 
V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Territórios; 
VI - os magistrados; 
VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República; 
VIII - os ministros de confissão religiosa; 
IX - os ministros do Tribunal de Contas; 
X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos 
da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função; 
XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos. 
§ 1
o
 A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste exclusivamente no 
recolhimento em local distinto da prisão comum. 
§ 2
o
 Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em cela 
distinta do mesmo estabelecimento. 
§ 3
o
 A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de salubridade 
do ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequados à 
existência humana. 
§ 4
o
 O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum. 
§ 5
o
 Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso comum. 
 
 
 
 
REMIÇÃO : o art. 126 da LEP trata desse instituto estabelecendo que o condenado que cumpre pena no 
regime fechado ou semi-aberto pode descontar, para cada 3 dias trabalhados, 1 dia do restante da pena; a 
remição deve ser declarada pelo juiz, ouvido o MP; se o condenado, posteriormente, for punido com falta 
grave, perderá o direito ao tempo remido (art. 127); a remição se aplica para efeito de progressão de 
regime e concessão de livramento condicional; somente são computados os dias em que o preso 
desempenha a jornada completa de trabalho, excluindo-se os feriados e fins de semana; a autoridade 
administrativa (do presídio) deve encaminhar mensalmente ao Juízo das Execuções relatório descrevendo 
os dias trabalhados pelos condenados. 
 
 
Código Penal 
 Direitos do preso 
 Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as 
autoridades o respeito à sua integridade física e moral. 
 Trabalho do preso 
 Art. 39 - O trabalho do preso será sempre remunerado, sendo-lhe garantidos os benefícios da Previdência 
Social. 
 
Lei de Execuções Penais 
 
Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade 
educativa e produtiva. 
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à segurança e à higiene. 
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho. 
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três 
quartos) do salário mínimo. 
§ 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender: 
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por 
outros meios; 
b) à assistência à família; 
c) a pequenas despesas pessoais; 
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser 
fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras anteriores. 
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em 
Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando posto em liberdade. 
Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas. 
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e 
capacidade. 
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser executado no interior 
do estabelecimento. 
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição pessoal e as 
necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo mercado. 
§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões de 
turismo. 
§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade. 
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropriadas ao seu estado. 
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com 
descanso nos domingos e feriados. 
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos designados para os serviços 
de conservação e manutenção do estabelecimento penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Da Remição 
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por 
trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. 
§ 1
o
 A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de: 
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino 
fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - 
divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; 
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. 
 § 2
o
 As atividades de estudo a que se refere o § 1
o
 deste artigopoderão ser desenvolvidas de 
forma presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades 
educacionais competentes dos cursos frequentados. 
 § 3
o
 Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão 
definidas de forma a se compatibilizarem. 
§ 4
o
 O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a 
beneficiar-se com a remição. 
 § 5
o
 O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de 
conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que 
certificada pelo órgão competente do sistema de educação. 
§ 6
o
 O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade 
condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte 
do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1
o
 deste 
artigo. 
§ 7
o
 O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar. 
§ 8
o
 A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa. 
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, 
observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. 
 Art. 128. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS (penas alternativas) 
 
Espécies: 
a) Prestação de serviços a comunidade – Consiste na prestação gratuita de serviços em Ente Público ou 
Conveniado, na razão de 1hora de serviço para cada dia de cumprimento de pena. 
 
Requisitos – Só pode se a pena for superior a 6 meses (P>6). 
 P< 1 ano→ o réu pode dobrar a jornada e cumprir a pena na metade (1/2) 
do tempo. Ex. Pena de 3 anos, presta serviços de 01 hora... se cumprir 2 
horas cumprirá a pena em 1 ½ . 
 
 A PSC não pode ferir a dignidade da pessoa humana, assim deverá ser 
adequada a vocação do próprio sujeito. (No Br só dão prestação 
desagradável) 
 
b) Limitação de Final de semana – Durante feriado e finais de semana o sujeito teria que passar 5 horas 
de cada dia em Casa de Albergado ou similar... ouvindo palestras, fazendo cursos. 
 
c) Interdição temporária de direitos – Alguns direitos do sujeito serão suspensos. 
 Mandato, cargo ou função.. 
 Profissão que exija autorização (ex. advogado; médico) 
 Dirigir 
 Freqüentar determinados lugares. 
 
Nestes 03 casos tem que haver vinculação entre o crime e a pena, ou seja, só pode ficar suspenso no cargo 
se exercer a função. 
 
 
d) Perda de bens e valores 
 É a decretação da perda de bens e valores do condenado no limite do prejuízo ou lucro 
alcançado com o crime. Prevalece que a perda deve recari sobre os bens LÍCITOS do 
condenado. 
 
e) Prestação Pecuniária 
 Consiste no pagamento de 1 a 360 salários mínimos para a VÍTIMA ou para entidade 
beneficente conveniada. Se o pagamento for para vítima o valor será descontado em eventual 
futura indenização civil. 
 
 
SUBSTITUIÇÃO DAS PENAS 
 As PRD-penas restritivas de direitos são em regra substitutivas das PPL-penas privativas de 
liberdade, previstas na Lei Penal. 
 
 Exceções: Lei de Drogas 
 Código de Trânsito Brasileiro 
 
 Requisitos para a substituição das penas: PPL → PRD 
A. PPL ≤ 4 anos – a pena privativa de liberdade que não supere 4 anos se o crime 
for doloso; se culposo não há limite. 
B. Não pode haver violência ou grave ameaça à pessoa; 
C. Não pode ser reincidente no mesmo crime doloso 
D. Circunstâncias subjetivas favoráveis 
 
Obs.: É necessário preencher os 04 requisitos para a substituição: PPL → PRD 
 
 
 
 
 Hipóteses de conversão PRD → PPL 
 São 02 hipóteses para converter (voltar) a ser pena privativa de direitos 
A. Descumprimento injustificado da restrição (PRD) imposta. Abre-se para o 
contraditório. 
B. Superveniência de condenação a uma PPL-pena privativa de liberdade, que 
torne impossível o cumprimento da restrição. 
 
 Ex.: “X” cumpre 02 anos de prestação de serviços a comunidade, porém posteriormente foi 
condenado há 10 anos em regime fechado, o que tornará impossível o cumprimento da 
restrição. 
 
Conversão 
 
 
PPL para PRD = Art. 180. A pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser 
convertida em restritiva de direitos, desde que: 
I - o condenado a esteja cumprindo em regime aberto; 
II - tenha sido cumprido pelo menos 1/4 (um quarto) da pena; 
III - os antecedentes e a personalidade do condenado indiquem ser a conversão recomendável. 
 
PRD para PPL = Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade 
nas hipóteses e na forma do artigo 45 e seus incisos do Código Penal. 
§ 1º A pena de prestação de serviços à comunidade será convertida quando o condenado: 
a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não sabido, ou desatender a intimação por edital; 
b) não comparecer, injustificadamente, à entidade ou programa em que deva prestar serviço; 
c) recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço que lhe foi imposto; 
d) praticar falta grave; 
e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja execução não tenha sido 
suspensa. 
§ 2º A pena de limitação de fim de semana será convertida quando o condenado não comparecer ao 
estabelecimento designado para o cumprimento da pena, recusar-se a exercer a atividade determinada 
pelo Juiz ou se ocorrer qualquer das hipóteses das letras "a", "d" e "e" do parágrafo anterior. 
§ 3º A pena de interdição temporária de direitos será convertida quando o condenado exercer, 
injustificadamente, o direito interditado ou se ocorrer qualquer das hipóteses das letras "a" e "e", do § 1º, 
deste artigo. 
Art. 182. (Revogado pela Lei nº 9.268, de 1996) 
Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental 
ou perturbação da saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da Defensoria 
Pública ou da autoridade administrativa, poderá determinar a substituição da pena por medida de 
segurança. 
Art. 184. O tratamento ambulatorial poderá ser convertido em internação se o agente revelar 
incompatibilidade com a medida. 
Parágrafo único. Nesta hipótese, o prazo mínimo de internação será de 1 (um) ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MULTA – pode ser cominada como pena única, como pena cumulativa (e multa), como pena alternativa 
(ou multa), e também em caráter substitutivo; a pena de multa não pode ser convertida em PPL, no caso 
do seu não pagamento pelo condenado solvente, por ser considerada dívida de valor, com aplicação das 
normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública; a sua cobrança deve ser feita pela 
Fazenda Pública; caso o sentenciado, notificado, não efetuar o pagamento, ela deve ser remetida a 
Fazenda Estadual. 
Cálculo do valor da multa: 
 
1° - o juiz deve fixar o número de dias-multa (o mínimo é 10 e o máximo é 360), levando em conta o 
critério trifásico descrito no art. 68 (circunstâncias judiciais, agravantes e atenuantes genéricas, e causas 
de aumento ou diminuição de pena). 
 
2° - fixar o valor de cada dia-multa (o mínimo é de 1/30 do salário mínimo mensal vigente no país e 
máximo é de 5 vezes esse salário); na fixação desse valor, o juiz deve atentar à situação econômica do 
réu; em suma, a idéiado dia-multa é punir o agente através do pagamento de uma multa que tenha valor 
equivalente a um dia do seu trabalho. 
 
3° - caso acontecer da situação econômica do réu, de tão avantajada, torne a multa ineficaz, embora 
aplicada no máximo; nesse caso, poderá o juiz triplicar o valor da multa. 
 
 
PENA DE MULTA – PM 
 A PM consiste no pagamento de quantia certa calculada em dias- multa ao Fundo Penitenciário. 
o Dias-multas – Quantos DM? 
 Qual o valor de cada DM? 
 
o Quantos dias-multa alguém pode ser condenado? R.: de 10 a 360DM e seguirá 02 
critérios: a) circunstâncias do crime e b) capacidade econômica do condenado. 
 
o Qual o valor de cada DM? R.: O valor será de 1/30 salário mínimo até a 5 vezes o 
salário mínimo. O critério a ser seguido será somente o da capacidade econômica. 
 
 O não pagamento da PM 
o Se o sujeito não paga os DM, o que acontece? R.: NÃO será PRESO. O inadimplemento 
da PM NÃO resulta em PRISÃO. O VALOR será inscrito na DA-dívida ativa e cobrado BA 
Vara de Fazenda Pública, conforme a lei de Execuções Penais. 
 
o Prescrição – Pena de multa isoladamente prescreve em 2 anos. 
 
 Requisitos para a substituição das penas: PPL → PM 
A. PPL ≤ 1 ano – a pena privativa de liberdade que não supere 1 ano se o crime for 
doloso; se culposo não há limite. 
B. Não pode haver violência ou grave ameaça à pessoa; 
C. Não pode ser reincidente no mesmo crime doloso 
D. Circunstâncias subjetivas favoráveis 
 
Obs.: É necessário preencher os 04 requisitos para a substituição: PPL → PRD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DA PENA 
1º fase: PENA BASE 
 Nesta fase o objetivo é descobrir a pena base, o limite mínimo e máximo será fornecido no 
“caput” do tipo ou pela qualificadora se houver. 
 
 Ainda na 1º fase, dentro dos limites estabelecidos o Juiz fixará a pena de acordo com as 
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS, partindo sempre da pena mínima. A incidência de circunstâncias 
judiciais influencia a pena de acordo com o prudente arbítrio do juiz. 
 
2º fase: MODIFICADORAS GENÉRICAS e ESPECÍFICAS 
 Na 2º fase partindo do resultado da 1º fase, o Juiz aplicará as CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES E 
ATENUANTES, não podendo ultrapassar os limites mínimos e máximos fixados. Também aqui a 
mudança da pena se faz de acordo com o prudente livre arbítrio do Juiz. 
 
3º fase: CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DA PENA 
 Na 3º fase incidem as CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DA PENA, aqui a lei estabelece o 
quanto a pena aumentará ou diminuirá, e ainda permite que a pena ultrapasse os limites 
mínimos e máximos anteriormente fixados. 
 
 Primeiramente são aplicadas as causas de aum e dim da Parte Especial, depois da 
Parte Geral. 
 
 
Fixação da pena: 
 
1ª fase: fixa-se a pena base – circunstâncias judiciais ou inominadas (art. 59) 
 
- não são elencadas taxativamente na lei, constituindo apenas um parâmetro para o magistrado, que, 
diante das características do caso concreto, deverá aplicá-las. 
 
- o juiz jamais poderá sair dos limites legais previstos em abstrato para a infração penal, ou seja, a pena 
não pode ser fixada acima do máximo ou abaixo do mínimo legal. 
 
- a mesma circunstância não pode ser computada duas vezes (“non bis in idem”). 
- culpabilidade – refere-se ao grau de reprovabilidade da conduta, de acordo com as condições pessoais do agente e 
das características do crime. 
 
- antecedentes – são os fatos bons ou maus da vida pregressa do autor do crime; a “reincidência” constitui agravante 
genérica, aplicada na 2ª fase da fixação da pena e deixa de gerar efeitos após 5 anos do término do cumprimento da 
pena, passando tal condenação a ser considerada apenas para fim de reconhecimento de maus antecedentes; a 
doutrina vem entendendo, também, que a existência de várias absolvições por falta de provas ou de inúmeros 
inquéritos policiais arquivados constituem maus antecedentes. 
 
- conduta social – refere-se ao comportamento do agente em relação às suas atividades profissionais, relacionamento 
familiar e social etc.; na prática, as autoridades limitam-se a elaborar um questionário, respondido pelo próprio 
acusado, no qual este informa detalhes acerca de sua vida social, familiar e profissional; tal questionário, entretanto, é 
de pouco valia. 
 
- personalidade – o juiz deve analisar o temperamento e o caráter do acusado, levando ainda em conta a sua 
periculosidade. 
 
- motivos do crime – os fatores que levaram o agente a cometê-lo; se o motivo do crime constituir qualificadora, 
causa de aumento ou diminuição de pena ou, ainda, agravante ou atenuante genérica, não poderá ser considerado 
como circunstância judicial, para evitar o “bis in idem” (dupla exasperação pela mesma circunstância). 
 
- circunstâncias do crime – refere-se à maior ou menor gravidade do delito em razão do “modus operandi” no que 
diz respeito aos instrumentos do crime, tempo de sua duração, forma de abordagem, objeto material, local da infração 
etc. 
 
- conseqüências do crime – referem-se à maior ou menor intensidade da lesão produzida no bem jurídico em 
decorrência da infração penal - exs.: gravidade da “lesão corporal culposa”; pagamento do resgate na “extorsão 
mediante seqüestro”. 
 
- comportamento da vítima – se fica demonstrado que o comportamento anterior da vítima de alguma forma 
estimulou a prática do crime ou, de alguma outra maneira, influenciou negativamente o agente, a sua pena deverá ser 
abrandada. 
 
 
 
2ª fase: agravantes e atenuantes genéricas – circunstâncias legais (arts. 61, 62 e 65) 
 
- o montante do aumento referente ao reconhecimento de agravante ou atenuante genérica fica a critério 
do juiz, não havendo, portanto, um índice preestabelecido; na prática, o critério mais usual é aquele no 
qual o magistrado aumenta a pena em 1/6 para cada agravante reconhecida na sentença. 
 
- da mesma forma que ocorre com as circunstâncias judiciais, não pode o juiz, ao reconhecer agravante 
ou atenuante genérica, fixar a pena acima ou abaixo do mínimo legal. 
 
- a mesma circunstância não pode ser computada duas vezes (“non bis in idem”). 
 
 
 
 
3ª fase: causas de aumento ou diminuição de pena –circunstâncias legais específicas(parte 
geral e especial) 
 
 
- a diminuição ou o aumento em quantidade expressamente fixada - ex.: redução de 1/3 a 1/6 no 
“homicídio privilegiado” ou a duplicação da pena no “induzimento ao suicídio por motivo egoístico”. 
 
- com o reconhecimento de causa de aumento ou de diminuição de pena, o juiz pode aplicar pena superior 
à máxima ou inferior à mínima previstas em abstrato. 
 
- não pode ser computada duas vezes (“non bis in idem”). 
 
 
fixação do regime inicial do cumprimento da pena, de acordo com as regras do art. 33 
 
 
 
verificação obrigatória da possibilidade de substituição da pena encontrada por alguma 
outra espécie de pena, se cabível (art. 59, IV) 
 
 
 
não sendo cabível a substituição da pena, deve ser analisada a possibilidade de concessão 
de suspensão condicional da pena – “sursis” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIVRAMENTO CONDICIONAL - art. 83, CP 
 
 
 
 PROGRESSÃO LIVRAMENTO 
Sempre depois da progressão 
 
 
 
OBJETIVO 
 
Cumprimento 
1/6 Crime Comum 
2/5 Crime Hediondo primário 
3/5 Crime Hediondo 
reincidente 
Pena > maior ou igual 2 anos cumprimento 
 1/3 – se não reincidente em crime 
comum doloso. 
 ½ - Se for reincidente em crime 
doloso 
 2/3 – Hediondo, SALVO se 
reincidente em Crime hediondo 
(considerado por crime da mesma 
espécie). 
 
 SUBJETIVO 
MÉRITO 
(exige a 
comprovaçãodo 
mérito) 
Não exige (não é mais 
necessário) exame 
criminológico ou parecer do 
conselho penitenciário, mas é 
facultado ao juiz pedir o 
exame de forma excepcional e 
fundamentada. 
 
Bom comportamento 
carcerário 
A) Reparação do dano é condição para livramento. 
 Art. 83, IV - tenha reparado, salvo efetiva 
impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela 
infração. 
B) Exame Criminológico: 
artigo, 83, § único - Para o condenado por crime 
doloso, cometido com violência ou grave ameaça à 
pessoa, a concessão do livramento ficará também 
subordinada à constatação de condições pessoais 
que façam presumir que o liberado não voltará a 
delinquir 
C) Demais requisitos: 
Art. 83, III - comprovado comportamento 
satisfatório durante a execução da pena, bom 
desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e 
aptidão para prover à própria subsistência 
mediante trabalho honesto. 
 
 
 
Revogação do livramento: 
 
Revogação obrigatória Revogação facultativa 
Condenação transitada em julgado por CRIME a 
uma PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE 
 
É a sentença condenatória IRRECORRÍVEL por 
crime na pena privativa de liberdade. 
 
É a sentença condenatória IRRECORRÍVEL POR 
CRIME OU CONTRAVENÇÃO, pena NÃO 
privativa de liberdade. 
 Descumprimento de uma condição imposta. 
 
Conseqüências da revogação 
 STJ – O livramento condicional é revogado, em virtude de crime cometido anterior ao LC, 
computa-se a pena o tempo de liberdade. 
 STJ - Se o livramento é revogado em virtude de crime cometido durante o livramento, não 
se computa na pena o tempo de liberdade e nem se concede em relação a ela novo 
livramento. 
 
 
 
 
 
 
Revogação do livramento 
 
Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a PPL, em sentença irrecorrível: 
 
I - por crime cometido durante a vigência do benefício; 
 
- nesse caso dispõe o art. 88 que o tempo em que o sentenciado permaneceu em liberdade não será contado, devendo, portanto, 
cumprir integralmente a pena que restava por ocasião do início do benefício, somente podendo obter novamente o livramento 
em relação à segunda condenação - ex.: uma pessoa foi condenada a 9 anos de reclusão e já havia cumprido 5 anos quando 
obteve o livramento, restando, assim, 4 anos de pena a cumprir; após 2 anos sofre condenação por crime cometido na vigência 
do benefício; dessa forma, não obstante tenha estado 2 anos em período de prova, a revogação do livramento fará com que 
tenha de cumprir os 4 anos que faltavam quando obteve o livramento; suponha-se que, em relação ao novo crime tenha sido o 
réu condenado a 6 anos de reclusão; terá de cumprir os 4 anos em relação à primeira condenação e, posteriormente, poderá 
obter o livramento em relação à segunda condenação, desde que cumprida metade da pena (3 anos). 
 
II - por crime anterior (antes do benefício), observado o disposto no art. 84 deste Código (soma das 
penas). 
 
- nessa hipótese, o art. 88 permite que seja descontado o período em que o condenado esteve em liberdade, podendo, ainda, ser 
somado o tempo restante à pena referente à segunda condenação para fim de obtenção de novo benefício (conforme o art. 84) -
ex.: uma pessoa foi condenada a 9 anos de reclusão e já havia cumprido 5 anos quando obteve o livramento, restando, assim, 4 
anos de pena a cumprir; após 2 anos sofre condenação por crime cometido antes da obtenção do benefício e, dessa forma, terá 
de cumprir os 2 anos faltantes; suponha-se que, em relação à segunda condenação tenha sido aplicada pena de 6 anos de 
reclusão; as penas serão somadas, atingindo-se um total de 8 anos, tendo o condenado de cumprir metade dessa pena para obter 
novamente o livramento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA – “SURSIS” 
 
- consiste na suspensão da PPL por determinado tempo (período de prova), no qual o condenado deve 
sujeitar-se a algumas condições e, ao término de tal prazo, não tendo havido causa para revogação, será 
declarada extinta a pena. 
 
- simples – pena fixada na sentença não superior a 2 anos; condenado não seja reincidente em 
crime doloso (a condenação anterior à pena de multa, ainda que por crime doloso, não obsta o 
benefício); a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem 
como os motivos e as circunstâncias do crime autorizem a concessão do benefício; não seja 
indicada ou cabível a substituição por PRD (perdeu a razão de existir após o advento da Lei n° 
9.714/98, que passou a permitir a substituição por PRD nas PPL não superiores a 4 anos); o período 
de prova é de 2 a 4 anos, dependendo da gravidade do delito e das condições pessoais do agente - 
nesse período, o condenado deverá sujeitar-se a certas condições: no primeiro ano deverá prestar 
serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48), bem como 
submeter-se a outras condições fixadas pelo juiz (art. 79), desde que adequadas ao fato e à 
situação pessoal do condenado (que não sejam vexatórias, que não ofendam a dignidade e a 
liberdade de crença, filosófica ou política, do agente). 
 
- especial – poderá ser aplicado pelo juiz, se o condenado houver reparado o dano, salvo 
impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 lhe forem inteiramente favoráveis; o 
condenado terá de se submeter a condições menos rigorosas: proibição de freqüentar determinados 
lugares; proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; 
comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas 
atividades. 
 
- etário ou em razão de doença grave – poderá ser aplicado pelo juiz, se o condenado tiver idade 
superior a 70 anos na data da sentença ou tiver sérios problemas de saúde e for condenado a 
pena não superior a 4 anos e, ainda, preencher os demais requisitos do “sursis simples”; nesse 
caso, o período de prova será de 4 a 6 anos. 
 
- audiência admonitória – nos termos do art. 160 da LEP, após o trânsito em julgado da sentença, o 
condenado será intimado para comparecer à audiência admonitória, na qual será cientificado das 
condições impostas e advertido das conseqüências de seu descumprimento; a ausência do condenado, 
intimado pessoalmente ou por edital, implica revogação do benefício (art. 705 do CPP). 
- suspensão condicional da pena (“sursis”): o réu é condenado a PPL e, por estarem presentes os 
requisitos legais, o juiz suspende essa pena, submetendo o sentenciado a um período de prova, no qual o 
mesmo deve observar certas condições; como existe condenação, caso o sujeito venha a cometer novo 
crime, será considerado reincidente. 
 
- suspensão condicional do processo (“sursis processual”): criada pelo art. 89 da Lei n° 9.099/95; o 
agente é acusado da prática de infração penal cuja pena mínima não exceda a um ano e desde que não 
esteja sendo processado, que não tenha condenação anterior por outro crime e que estejam presentes os 
demais requisitos que autorizam o “sursis” (art. 77), deverá o MP fazer uma proposta de suspensão do 
processo, por prazo de 2 a 4 anos, no qual o réu deve submeter-se a algumas condições: reparação do 
dano, salvo impossibilidade de fazê-lo; proibição de freqüentar determinados locais; proibição de 
ausentar-se da comarca onde reside sem autorização do juiz e comparecimento mensal e obrigatório a 
juízo, para informar e justificar suas atividades; assim, após a elaboração da proposta pelo MP, o juiz 
deve intimar o réu para que se manifeste acerca dela (juntamente com seu defensor), e, se ambosa 
aceitarem, será ela submetida à homologação judicial; feita a homologação, entrará o réu em período de 
prova e, ao final, caso não tenha havido revogação, decretará o juiz à extinção da punibilidade do agente; 
dessa forma, decretada a extinção da punibilidade, caso o sujeito venha a cometer novo crime, não será 
considerado reincidente. 
 
 
 
 
 
 
 
REABILITAÇÃO 
 
- tem como finalidade restituir o condenado à condição anterior à condenação, apagando a anotação de 
sua folha de antecedentes e suspendendo alguns efeitos secundários dessa condenação; só pode ser 
concedida pelo próprio juízo da condenação (por onde tramitou o processo de conhecimento) e não pelo 
Juízo das Execuções, uma vez que a reabilitação é concedida após o término da execução da pena; não 
exclui a reincidência, cujos efeitos desaparecem apenas 5 anos após o cumprimento da pena (assim, 
concedida a reabilitação, após 2 anos, o condenado terá direito à obtenção de certidão criminal negativa, 
mas a anotação referente à condenação continuará existindo para fim de pesquisa judiciária, para 
verificação da reincidência).

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