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Aula sobre a Escola de Frankfurt Teoria Crítica: Escola de Frankfurt Década de 30: Horkheimer e Pollock fundam o Instituto de Pesquisa Social (Universidade de Frankfurt); Em 1933 Hitler ascende ao poder pela via eleitoral e pouco tempo depois Horkheimer é destituído do cargo de diretor do Instituto, assim como todos os membros judeus da instituição; Empresários judeus financiavam o Instituto e para garantir sua independência transferem seus fundos para outros países. O conceito de Indústria Cultural Na década de 40, Adorno e Horkheimer criam o conceito de indústria cultural; Indústria Cultural: produção da cultura como mercadoria; O mercado das massas impõe o mesmo esquema de organização e planejamento administrativo das fabricações em série aos produtos imateriais da cultura (simbólicos); Revistas, programas radiofônicos, filmes, música são produzidos pela “indústria cultural” como os demais produtos fabricados em série (automóveis, por exemplo); Como consequência ocorre a serialização e padronização da cultura; A Escola de Frankfurt aponta que a racionalidade técnica encontrada na produção em série significa racionalidade da dominação. Não há fruição, apenas consumo. A cultura perde sua dimensão “transcendental” que a colocava como uma resistência, uma barreira à expansão do processo de racionalização Indústria Cultural e Cultura de Massa como oxímoro Diferença visão antropológica de cultura e visão de Frankfurt de cultura Figura em que se combinam palavras de sentidos opostos. Parecem excluir-se, mas na verdade a oposição reforça uma ideia Exemplo notícias Falta localização Espacial: o espaço real é o aparelho de rádio e a tela de TV, que possuem a capacidade de retirar as peculiaridades. Algo que acontece na China e nos EUA parece igualmente próximo e distante. Falta Localização temporal: notícias tratam de irrupções. Não há passado e nem consequências futuras. Só o presente. Ou seja, mundo real desaparece. Temos apenas fragmentos e a ilusão de que fomos informados. Exemplo filme: November Man Como se não bastasse ter um ex-James Bond como protagonista, a mocinha da história, Alice (Olga Kurylenko), também já foi uma bond girl. Pode-se afirmar, quase sem margem para dúvida, que qualquer semelhança com 007 NÃO é mera coincidência. Aliás, dá para dizer que o filme é um pot-pourri, um apanhadão de plots de filmes de espionagem infelizmente mal amarrados. [...] É uma colcha de retalhos (mal costurada) de filmes de espionagem, repleta dos clichês do gênero. + exemplos... Os produtos culturais são entendidos como produtos feitos para impedir a atividade mental do espectador, portanto, são produtos alienantes, geram uma cultura da alienação; Os produtos da Indústria Cultural prescrevem reações; A mídia produz dominação através de mensagens ideológicas. A possibilidade de controle se vincula à capacidade que o sistema possui de eliminar as diferenças, reduzindo tudo a um mesmo denominador comum, o que garante a previsibilidade das manifestações sociais. "A civilização atual a tudo confere um ar de semelhança" M. Horkheimer e T. Adorno, A Indústria Cultural, 1947 Na sociedade dominada pela I.C., as mercadorias culturais são valorizadas pela perspectiva do lucro e não pelo seu próprio conteúdo. A I.C. se valoriza por meio de sua “técnica”. Porém, essa técnica não se refere às condições artísticas de produção da obra, mas sim à organização e à produção da cultura. É desta “técnica”, exterior à obra de arte, que surge um tipo de experiência cultural que pode ser compreendida como “extra-artística”, da qual resulta o pastiche (Gemisch), uma cultura de imitação. Pensando formulas de sucesso https://vimeo.com/117042096 Para o jornalista Christopher Booker, autor do livro The Seven Basic Plots, há um número limitado de “enredos básicos” no mundo. Dos mitos antigos aos seriados de TV, o autor argumenta que sete temáticas arquetípicas 1) Herói descobre que um grande mal ameaça a Terra e se prepara para destruí-lo. 2) herói descobre um objeto que quer ou precisa desesperadamente encontrar e sai em uma jornada (muitas vezes ao lado de fiéis companheiros) 3)herói parte para uma aventura em terra estranha com regras malucas e consegue superar a loucura e voltar para casa muito mais maduro do que quando partiu 4) garoto conhece garota e, apesar de estarem destinados a ficarem juntos, uma força maior – que eventualmente será superada, impede o romance. Essa sujeição da técnica artística à técnica instrumental faz com que as artes corram o risco de perder três de suas principais características: 1. de expressivas, tornarem-se reprodutivas e repetitivas; 2. de trabalho da criação, tornarem-se eventos para consumo; 3. de experimentação do novo, tornarem-se consagração do consagrado pela moda e pelo consumo. A indústria cultural vende cultura. Para fazê-lo, tem de torná-la atraente, seduzindo e agradando o consumidor. Então, não pode chocar, provocar, fazer pensar, trazer informações novas... Bem ao contrário disso: precisa, sempre, repetir o mesmo. Nesse cenário, a cultura passa a ser vista como lazer. Serve para “espairecer”, para romper o cotidiano do trabalho. Na verdade, se produz uma divisão entre a esfera mental da reflexão, crítica e sensibilidade e a esfera do entretenimento, diversão e distração. Essas duas esferas não são, naturalmente, separadas. Porém, assim se tornam à medida em que a humanidade afunda nas relações de produção do capitalismo. Enquanto a primeira esfera “não vende” (reflexão), a segunda se associa ao mundo dos negócios (lazer): é o capitalismo que separa essas duas esferas. A indústria cultural vulgariza as artes e os conhecimentos, banaliza e massifica-os, e a condição disso é gerar uma fadiga e um preconceito quanto a tudo o que permanece pertencendo à esfera da cultura. O que é a I.C. hoje? 8% do produto global bruto (2010). Em 2020 esse percentual poderá ser de 10%. A I.C. é um dos setores mais dinâmicos da economia e do comércio mundial. Domínio sobre a Sociedade Para atingir seus objetivos a indústria cultural utiliza estereótipos, levando as pessoas a acreditarem que aquilo é o melhor modelo de vida. Muitas vezes a sociedade nem percebe que está sendo manipulada neste sentido. Indústria Cultural, ao criar a padronização, anula toda a individualidade e qualquer idéia de resistência por parte da audiência; impõe padrões estéticos com objetivo de garantir público para seus produtos culturais, garantindo o lucro para suas empresas. Walter Benjamin, Marcuse e Habermas são outros expoentes da Teoria; Walter Benjamin: não diferenciava a arte erudita como boa e a popular como ruim. Via na arte diferentes possibilidades; (potência do cinema) A aura e reprodutibilidade Para Benjamin: Novas percepções // mecanismo de politização Para Adorno: perda do referencial histórico e capacidade crítica “Fazer as coisas ficarem mais pró-ximas é uma preocupação apaixonada das massas modernas como sua tendência a superar o caráter único de todos os fatos através de sua reprodutibilidade. Cada dia fica mais irresistível a necessidade de possuir o objeto, de tão perto quanto possível, na imagem, ou antes, na sua cópia, na sua reprodução”. SÍNTESE DA TEORIA: - critica um mundo onde a instrumentalização das coisas torna-se a instrumentalização dos indivíduos. Influências da Escola de Frankfurt concepção da mídia como indústria que manipula, aliena e engana; Os meios de comunicação de massa são instrumentos de controle e manipulação do pensamento coletivo. Entretanto A mídia não representa apenas uma ideologia dominante (TV Cultura, FUTURA, alguns canais de TV a cabo); Existem espectadores que não absorvem a mensagem de forma passiva, existe alguma resistência. Na prática Observe as figuras e analise o comportamento das pessoas de acordo com os princípiosda Indústria Cultural. Faça uma lista (individual) de suas preferências: (músicas, filmes, alimentos, bebidas, objetos, roupas, programas de TV, sites. Compare com a lista do colega e veja se algum elemento enumerado bate. analise se, dentre sua escolhas, há alguma que sofreu influência da Indústria Cultural. Como? Por que? Caso: Indústria Cultural: a morte da cultura? A I.C domina o sujeito, sua capacidade crítica e de escolhas? A reprodutibilidade técnica e meios de comunicação de massa aniquilam a arte? Só há reconhecimento e entretenimento?
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