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Mediação e Arbitragem simplificada

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PARTE I
Introdução 
Formas adequadas para resolução de conflitos nasce na década de 70, na teoria econômica. 
Alcançar a pacificação social 
Métodos alternativos de resolução de conflitos, dar acesso à justiça para as partes. 
Juizado especial vem com um cunho voltado para resolução de conflito, em 1995 que no Brasil teve essa mudança de comportamento, de pensamento. 
Na década de 90, existia uma grande defasagem no judiciário, pois eram considerados incompetentes, e o judiciário precisava de instrumentos para efetividade ao processo judicial, e o método alternativa para resolução de conflitos, pois iria mudar a efetividade na resolução de conflitos.
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO
	Art. 334.  Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.
§ 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.
§ 3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
§ 4o A audiência não será realizada:
I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§ 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser manifestado por todos os litisconsortes.
§ 7o A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos da lei.
§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
§ 9o As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.
§ 10.  A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir.
§ 11.  A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.
§ 12.  A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
Da Produção Antecipada da Prova
	Art. 381.  A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
I - haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação;
II - a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito;
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
§ 1o O arrolamento de bens observará o disposto nesta Seção quando tiver por finalidade apenas a realização de documentação e não a prática de atos de apreensão.
§ 2o A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu.
§ 3o A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
§ 4o O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal.
§ 5o Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum fato ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que exporá, em petição circunstanciada, a sua intenção.
Art. 382.  Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair.
§ 1o O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter contencioso.
§ 2o O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas consequências jurídicas.
§ 3o Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo procedimento, desde que relacionada ao mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta acarretar excessiva demora.
§ 4o Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
Art. 383.  Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias e certidões pelos interessados.
Parágrafo único.  Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da medida.
	
Tipos de resolução alternativos de conflito 
Processo de tomada de decisão, que são duas:
Processos não vinculantes de tomada de decisão: é aquele processo onde o resultado da decisão cabe as próprias partes, são elas responsáveis na tomada de decisão.
Essas três formas de resolução de conflitos, não vinculantes, entre as partes. 
Negociação - mais simples 
Mediação - mais complexos 
Conciliação - mais complexos 
Características: tem maior sigilo nos processos (não cria precedente, para uma futura impugnação).
Maior propensão no cumprimento da obrigação estabelecida 
Flexibilidade procedimental maior (flexibilidade de procedimento) 
Se prestam para humanização na resolução de conflitos 
Celeridade maior: quando estiver acordado, as partes irão cumprir com o acordo. 
Custo de acesso a justiça menor. 
A linguagem mais coloquial, mais acessível (igualdade entre as partes), (linguagem corporal, linguística), neurolinguística.
Processos vinculantes: são os processos onde a tomada de decisão é feita por um terceiro não envolvido no litigio, a parte não é responsável na tomada de decisão. 
Decisões extrajudiciais, não produzidas em um processo jurisdicional: 
Ex. Arbitragem (as partes elegem uma pessoa que vai julgar/decidir o processo). 
Decisões da administração pública: Ex. JADI (recurso para multa de trânsito). 
Regra é a publicidade  
OBS: a arbitragem é sigilosa. 
Maior propensão da execução forçada, cumprimento forçado. 
A possibilidade de poder recorrer, traz uma demora maior no processo. 
Custos maiores, judicial é mais caro. 
Estado/Juiz que está muito acima das partes que vai impor seu entendimento (domínio da linguagem jurídica exerce uma forma de imposição de poder, afasta as partes).
Decisão judicial (judiciário): as partes transferem a tomada de decisão para um juiz (poder judiciário).
Maior rigor nas regras procedimentais (não tem flexibilização), não sendo seguido pode gerar uma nulidade no processo.
Negócio jurídico processual: Novo CPC autoriza que as partes negociem qualquer coisa (não só direito material), mas também direito processual, (flexibilizar com um acordo as regras processuais, mas as partes em comum acordo devem optar).
Conceito e Características
Resolução adequada de conflito precisamos 
Métodos adequados de resolução de conflito necessidade da comunicação. 
Comunicação - É toda relação que existe que uma pessoa emite uma mensagem, um receptor recebe essa mensagem, e o canal de utilização na sala de aula é verbal. Ex. Fala, Gestos, Facebook. Existem vários meios/formas de comunicação.
As formas auto compositivas utiliza bastante a comunicação entre as partes, e é essencial. E é em todos os meios de auto compositiva (partes auto compõem um acordo, com ou sem o auxílio de uma pessoa) heterocompositiva (terceiro dar fim ao conflito).Existem erros de processo de comunicação. É necessário ter um bom processo de comunicação.
PPP - Como nasce um conflito? 
Preciso de um bem para necessidade humana (é tudo aquilo que o ser humano precisa). 
Quando uma pessoa acha que o seu interesse é maior do que o do outro, isso será uma pretensão. 
Para o litigio nascer é necessário uma pretensão e resistência. 
Conflito de interesse é diferente do litigio 
Solucionar o conflito de interesse não é a mesma coisa de litigio. 
 
Métodos adequados de resolução de conflitos
Negociação
Autonomia da vontade das partes. É o método mais livre de todos, a lei não estabelece nenhum controle ou norma, e não tem nenhuma interferência. Liberdade das partes é muito grande. 
Conceito: A uma comunicação voltada a persuasão onde as partes possuem, como regra o controle sobre o processo e seu resultado. Mais direta da autocomposição (solução de conflitos). As próprias partes se comunicam entre si para resolver aquela situação/problema, não existe intervenção de um terceiro. 
Características: 
As partes escolhem o local e o momento da negociação. 
As partes é que escolhe a forma de discussão das questões, a pauta da discussão. 
São as partes que escolhem quando iniciar, continuar, suspender, abandonar ou retomar/recomeçar as negociações. 
São as partes que escolhem os protocolos de negociação (formas de negociação). 
São as próprias partes que tem o controle da negociação, podendo ou não chegar a um fim. 
Mediação 
Conceito: É definida como uma negociação facilitada por um terceiro, onde as partes em conflito de interesses são auxiliadas por um terceiro imparcial (mediador). Negociação facilitada, ajudada por um terceiro. 
Características: 
O terceiro (mediador) poderá iniciar a resolução do conflito. 
As partes podem continuar, suspender, abandonar ou retomar/recomeçar as negociações. 
Comunicação direta entre as partes (estimula a comunicação), estimulada pelo mediador. 
O mediador pode instigar tudo que estiver ligado à parte, para resolver os outros conflitos, (aproximar as partes). 
As partes não precisam chegar a um fim na presença do mediador, mas pode sim ocorrer a resolução em outro momento. 
Mediação Familiar 
Mediação Sanitária (fornecimento de medicamento) 
Mediação na Relação de Consumo (resolução de conflito) 
Conciliação 
Conceito: É definida como processo auto compositivo, breve no qual as partes são auxiliadas por um terceiro imparcial (capacidade, com conhecimento técnico) para assisti-las por meio de técnicas adequadas, para chegar a uma solução ou um acordo que ponha fim a um litigio. O objetivo é pôr fim a um litigio, e é um pouco mais direto em relação aquele litigio. Acordo e Autocomposição, e a finalidade é o acordo. 
Características: 
Dupla finalidade acordo e harmonização entre as partes (se busca o acordo). 
Restauração as relações sociais entre as partes 
Utilização de técnicas especificas de persuasão 
Tempo razoável 
Humanização do processo jurisdicional (antes não existia o momento de aproximação das partes, hoje existe esse momento). 
Preservação de confidencialidade das partes. Confidencialidade. 
Tem a finalidade de fazer que as partes sejam ouvidas no processo.
Arbitragem 
Conceito: É definida como um processo eminentemente privado, no qual as partes buscam um auxílio de um terceiro neutro ao conflito ou imparcial, para que após o devido procedimento (rigor técnico formal maior do que na conciliação e mediação, por efeito do art. 5, LV da CF - garantias constitucionais), seja prolatada uma decisão (sentença arbitral) visando por fim/encerrar a disputa.
É uma forma heterocompositiva - terceiro que resolve o conflito. 
 
Características vantajosas - funcionalidade 
Antes do conflito, ou seja, na contratação (faz a escolha da câmara arbitral). 
Totalmente sigiloso, ou seja, não abre precedentes. 
Grau de especialização da pessoa que será árbitro. 
Agilidade
Processo híbrido - ele começa com a negociação, depois vai para conciliação, caso não dê certo se transforma em arbitragem (árbitro). 
 
Valores que fundamenta a política pública de acesso a informação.
	Processos autocompositivos (judicial) 
Prospectivos 
Foco em soluções 
Disputa deve ser resolutiva 
Enfoque pluralista (relação processual é múltipla) 
Uso pragmático do Direito 
Formalismo definido pelo usuário 
Linguagem e regras simplificadas 
Participação atuva das partes 
Advogados direcionados a contribuir com soluções negociadas 
Foco em interesses 
Processo humanizado 
	Processos Heterocompositivos (solução do litigio) 
Retrospectivos 
Foco em culpa 
Disputa deve ser vencida 
Enfoque monista 
Uso dogmático do Direito 
Formalismo definido pelo prestador 
Linguagem e regras tradicionais 
Participação ativa dos operadores do direito 
Advogados direcionados a atuação no processo de vencer 
Foco em direitos e fatos 
Processo positivado
Política Pública (Saúde, Segurança, Social, Esporte)
Ex. campanha de vacinação; não usar o celular quando estiver dirigindo; casamento coletivo. 
O poder público funciona para garantir os direitos sociais (não são iguais aos direitos individuais). 
Atividade proativa do poder público. 
A função da jurisdição é resolver os conflitos e trazer a paz social, com acesso à justiça, com acesso a resolução adequada de conflito (atingir a paz social). "Política Pública Judiciaria" 
Resolução 125 do CNJ. Acesso à justiça fator.
Questões para fixação da matéria.
	O que é conflito de interesse e qual a diferença de uma lide? Explique. 
R: A situação gerada pelo confronto entre interesses públicos e privados, que possa comprometer o interesse coletivo ou influenciar, de maneira imprópria, o desempenho da função pública, ou seja, quando uma pessoa acha que o seu interesse é maior do que o do outro, o que caracterizará uma pretensão. Já na lide não apenas necessário haver uma pretensão, é preciso também uma resistência. 
O que são processos não vinculantes e processos vinculantes de tomada de decisão? 
R: É aquele processo onde o resultado da decisão cabe as próprias partes, são elas responsáveis na tomada de decisão. Ex.: Negociação - mais simples; Mediação - mais complexos; Conciliação - mais complexos. São os processos onde a tomada de decisão é feita por um terceiro não envolvido no litigio, a parte não é responsável na tomada de decisão. Ex. Arbitragem.
O que é autocomposição e heterocomposição? 
R: Autocomposição: É uma técnica de resolução de conflitos onde o principal fundamento é a vontade das partes, ou seja, as partes são auxiliadas por um terceiro imparcial para assisti-las por meio de técnicas adequadas, para chegar a uma solução ou um acordo que ponha fim a um litigio. Ex.: Conciliação. 
Heterocomposição: É uma técnica pela qual as partes elegem um terceiro para julgar com as mesmas prerrogativas do judiciário. Um terceiro que resolve o conflito. Ex.: Arbitragem. 
Quais são as formas adequadas de resolução de conflito, explique brevemente cada uma delas.
R: Formas imparciais (por ato de um terceiro, alheio ao litígio):
Arbitragem: A solução do conflito é entregue a terceira pessoa desinteressada do objeto da disputa. Historicamente a arbitragem deu-se de duas formas:
Arbitragem facultativa: através de um árbitro nomeado pelas partes (sacerdotes, anciãos).
Arbitragem obrigatória: através de um árbitro nomeado pelo Estado (direito romano).
Jurisdição: A jurisdição se exerce através do processo, que, no momento, pode-se conceituar como sendo o instrumento por meio do qual os órgãos jurisdicionais atuam para pacificar as pessoas conflitantes, eliminando os conflitos e fazendo cumprir o preceito jurídico pertinente a cada caso que lhes é apresentado em busca de solução.
O acesso à justiça, que se dá pela jurisdição, tem então, como meios alternativos: a autotutela ou autodefesa, a autocomposição (incluindo a negociação e a mediação) e os meios heterocompositivos pela arbitragem e a jurisdição (processo).
Tratando-se de acesso à justiçaexplique como se dá a política pública que envolve a resolução adequada de conflitos? 
R: O poder público funciona para garantir os direitos sociais (não são iguais aos direitos individuais). A função da jurisdição é resolver os conflitos e trazer a paz social, com acesso à justiça, com acesso a resolução adequada de conflito para assim atingir a paz social "Política Pública Judiciaria".  Ex.: Saúde, uma campanha de vacinação.
Negociação
Se as partes sabem e conhecem o que negociação, terão, portanto, uma boa mediação e/ou a conciliação. 
Se as técnicas de negociação precisam ser usadas na conciliação e a mediação. 
A negociação é a base de tudo para um bom acordo. 
Separar as pessoas dos problemas para que tais problemas sejam resolvidos. 
Aqui se foca no problema, e não na pessoa. 
Na negociação são as partes que negociam. 
Primeira coisa a se fazer é saber: Qual o problema que eu vou resolver? 
Basear a negociação nos interesses das pessoas (partes), o que elas querem. Não se foca na posição das partes (probabilidade de quem vai ganhar). Posição mais objetiva. 
Deve se usar critérios objetivos de negociação. (ex.: qual a obrigação que nasce o conflito, e a forma de cumprimento da obrigação). 
Advogado - tem que tentar a melhor proposta para seu cliente. 
MAANA (Melhor alternativa para negociação de um acordo) - melhor proposta que beneficie ambas as partes - Visão do conciliador. 
Tipos de negociação:
Negociação distributiva: É aquela onde as partes estão determinadas a obterem uma vantagem máxima do objeto em conflito, onde inevitavelmente o ganho máximo de uma parte implica na perda da outra parte. Distribuição do objeto do litigio, distribuir o dinheiro, valor da indenização. Uma das partes vai ter uma vantagem maior, ou busca essa vantagem maior. Tem como o objetivo de uma parte ganhar mais do que a outra. Não nasce da fixação de valor. 
Negociação integrativa: É aquela onde se busca o real interesse das partes para uma posterior criação de opções que atendam a demanda de ambas as partes. O que as partes querem/pretendem. Visa distribuir o objeto da demanda para satisfazer ambas as partes.  
Negociação distributiva por ancoragem: É aquela onde o negociador fixa um valor, e a negociação se inicia pelo esse valor fixado. Ex.: Compra e venda do carro. Quando o vendedor arbitra o valor será então por ancoragem. Pagamento à vista pode quebrar o valor por ancoragem. Valor mínimo de acordo, está antecipando e objetivando a negociação. Interessante para o conciliador conseguir quebrar o valor de ancoragem (presença do conciliador). 
Negociação por contra ancoragem: Uma parte já apresentou um valor ancoragem, e a outra parte apresentou a outra proposta de contra ancoragem. EX.: Parcelamento do valor por ancoragem. Proposta irredutível de um (pagar 20 mil) pela proposta irredutível do outro (pagar parcelado o valor). 
Negociação temporal: O fator tempo faz com que a proposta se concretize. 
Negociação por concessão mútua: Se parte de um valor, ponto médio de um valor (estou disposto a pagar tanto, o outro eu quero tanto). Ceder um valor para cumprimento do acordo.
Ex.:
	Compra e Venda do carro
Vendedor:
Tabela FIPE - 20.000,00
Valor mínimo = valor de reserva: para venda do carro - 17.000,00
Valor desejado: 22.000,00 (acessórios agregam mais valor).
Comprador:
Valor máximo que pode gastar no veículo - 21.000,00
Valor desejado - 15.000,00
	Zona de possível acordo - é o local onde as propostas possam se encontrar. Negociação distributiva. Forma de começar a negociação.
 
Importante: Utilizar o tempo, o valor/custo, posição das partes (fatos comprovados) do processo (fatores processuais) como moeda de negociação.
Conciliação
Não tem uma lei especial que regulamentem (não como mediação e arbitragem). 
E regida pelo CPC. Antes do novo CPC, a lei do juizado especial (9099/95) previa a conciliação. A audiência de conciliação no antigo CPC era facultativa não causava nenhuma consequência para as partes. Na lei 9099/95 o não comparecimento do réu na audiência, ele será considerado revel. 
Art. 3, §3º do CPC - Estimulo a política pública judiciaria. 
Conceitos - Art. 165: 
§2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. 
§3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. 
 
Princípios - Art. 166: 
Da independência: decorrência da imparcialidade. Os conciliadores têm independência de escolher a melhor opção de acordo para as partes. Não pode sofrer pressões externas para influenciar uma ou outra parte. 
Da imparcialidade: É um terceiro imparcial, as proposições dele não podem pender para nenhuma das partes. 
Da autonomia da vontade: As partes têm liberdades de escolherem o que é melhor para elas mesmo, a melhor proposta de finalização para cada parte. Não tem limitação de acordar sobre a autonomia da vontade das partes. Ex. direitos indisponíveis (não tem vigência da autonomia das partes). 
Da confidencialidade: Art. 166 (não absoluta) 
A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes. 
Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador, assim como os membros de suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação. 
Da oralidade: É oral. Não por escrito via de regra. É oral para privilegiar a agilidade na tomada de decisão na aceitação dos acordos. 
Da informalidade: A audiência de conciliação não tem regras. Se formalizar uma audiência de conciliação as partes não estarão em posição de fechar um acordo. Muito benéfico para as audiências de conciliação. 
Da decisão informada: Sempre que for realizar um acordo as partes devem ter ciência de todos os termos, e conhecem e entenderam os termos do acordo, e as consequências que pode gerar o acordo. 
CEJUSC (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania). - Art. 165.
Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição.
Parte geral de métodos de resolução de conflitos 
Negociação 
Conciliação (tem no CPC).
Exercício para fixação do conteúdo:
	Qual o conceito legal de conciliação? Qual o Artigo? 
Quais as diferenças entre negociação e conciliação? 
Princípios informadores da conciliação? Onde eles estão? 
Explique o princípio da independência e da decisão informada! 
Onde nasce historicamente a audiência de conciliação obrigatória? O que é obrigatoriedade da audiência de conciliação tanto no rito do juizado especial estadual quanto no rito comum, indique os artigos?

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