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petição usocapião

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ ª VARA CIVEL DA COMARCA DE PORTO SEGURO
Paulo Flavio Moisés, Brasileiro, solteiro, porteiro, portador da cédula de identidade R.G. nº xxxxxx e CPF/MF nº xxxxxxx, residente e domiciliado na Rua das Pedras, nº 17, Bairro dos Amores, Porto Seguro, Bahia, por seu advogado e bastante procurador que esta subscreve, procuração em anexo com escritório profissional situado na Rua Mata das Flores, nº 98 , Porto Seguro, Bahia,onde de acordo com o artigo 39, inciso I, do Código de Processo Civil receberá as intimações, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigos 941 a 945, do Código de Processo Civil, e artigo 1.238 do Código Civil, propor a presente
AÇÃO DE USUCAPIÃO
do imóvel urbano, pelos motivos de fato e de direito que a seguir passa a expor:
DOS FATOS
A localização do imóvel usucapiendo fica na Rua das Pedras nº 17 Bairro dos Amores , Porto Seguro, Bahia, sendo que o mesmo é composto de terreno e respectiva construção , com área de 250 m², confronta-se a esquerda com a propriedade de Jovino Silva de endereço Rua das Pedras nº 16, confronta -se a direita pela propriedade de João Sales , e ao fundo com a propriedade de Josefa Fernandes de endereço, Rua das Pedras nº 14
O imóvel esta inscrito no 12 º Cartório de Registro de Imóveis de Porto Seguro em nome de Aparecida Firmina de Deus , Brasileira, solteira, aposentada, portadora da cédula de identidade R.G. nº xxxxxx e CPF/MF nº XXXXXX residente e domiciliada na Rua dos Palmares, nº 27 Porto Seguro, Bahia , não constanto transcrição alguma, conforme comprova a certidão negativa em anexo (Doc).
O Requerente possui mansa e pacificamente o imóvel por mais de 10 anos, pelo lapso temporal, sem que houvesse interrupção, nem oposição.
Contudo o requerente não possui título de domínio do mesmo, e quer através da presente ação de usucapião, respeitando-se os termos do artigo 1.238 do Código Civil pátrio.
O requerente e possuidor do imóvel vem zelando e cuidando do mesmo como se fosse próprio desde a sua entrada no mesmo, o que se caracteriza ''animus domini'', nunca sofreu nenhuma objeção de ninguém , acreditando que esse imóvel seria seu.
DO DIREITO
O douto professor Dilvanir José da Silva , em sua obra Usucapião: Doutrina e Jurisprudência ensina que:
Depois da posse e do tempo, o grande requisito do usucapião vem a ser o qualificativo da posse, que se designa em doutrina como posse animo domini, que se traduz literalmente “com animo ou intenção de dono” e tecnicamente “com pretensão de dono”. Em nosso Código Civil e na Constituição, esse requisito vem com a expressão“possuir como seu”. 
A Jurisprudência em nossos tribunais também é pacifica:
TJ-RS - Apelação Cível AC 70064654478 RS (TJ-RS)
Data de publicação: 20/07/2015
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. USUCAPIÃO (BENS IMÓVEIS). AÇÃO DE USUCAPIÃO ESPECIAL URBANA. REQUISITOS PRESENTES. O pedido de usucapião, por constituir forma originária de aquisição de propriedade, deve vir acompanhado de todos os requisitos legais autorizadores. Para tanto, há que estar presente a prova da posse, elemento essencial ao reconhecimento do direito pleiteado, de forma ininterrupta e com ânimo de dono. Caso em que a prova produzida é suficiente a propiciar julgamento favorável à autora, ante a comprovação dos requisitos legais para aquisição originária da propriedade. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. IMPROCEDÊNCIA. CONSECTÁRIO LÓGICO DO JULGAMENTO DE PROCEDÊNCIA DA AÇÃO DE USUCAPIÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MAJORAÇÃO. ERRO MATERIAL NA SENTENÇA. CORREÇÃO. DERAM PROVIMENTO AO RECURSO DE JOCELAINE, NEGARAM PROVIMENTO AO APELO DA TRANSCONTINENTAL E CORRIGIRAM, DE OFÍCIO, ERRO MATERIAL DA SENTENÇA. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70064654478, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Pedro Celso Dal Pra, Julgado em 16/07/2015).
DO PEDIDO
Diante do Exposto requer:
a) a citação de Aparecida Firmina de Deus, bem como dos confinantes e, por edital, dos eventuais interessados, sendo observado o prazo do artigo 232, inciso IV do Código de Processo Civil.
b) Seja intimado, as autoridades competentes da fazenda pública da União, Estado, e Município, para que manifestem-se.
c) Seja intimado o Ministério Público, para que intervenha nos atos do processo.
d) A procedência da presente ação, com a finalidade de ser declarada na sentença, o domínio do requerente sobre a área do imóvel, condenando-se a parte que contestar ao pagamento dos honorários advogatícios, custas e despesas processuais.
DO VALOR DA CAUSA
Para os efeito s legas e fiscais, dá-se à presente causa o valor de R$ 230.000.00 
Nestes termos
Pede deferimento
Porto Seguro, 03 de junho de 2016
Advogado
OAB

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