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Civilizações da antiguidade- RESUMO de SCHERMA REIS: historia do direito 1. CONCEPÇÕES PRIMÁRIAS Na citação de Luís Fernando Scherma Reis: “Podemos afirmar que não há direito fora da sociedade, e não há sociedade fora da historia” é perceptível para ele a concreta e indiscutível relevante influência da história sobre o direito e vice-versa. Logo, o direito já é existente desde o desenvolvimento de uma história em sociedade de maneira primitiva, sem a escrita. Período esse, antes do Greco-romano, que contêm fundamentos do direito. Em busca da compreensão histórica do direito, faz se necessário investigar seus preceitos jurídicos para entender as mudanças sociais. Assim, por ter finalidade e métodos de pesquisa a historia do direito tem como disciplina autonomia. 2. O DIREITO ANTES DO REGISTRO MANUAL Na época do nomadismo, os seres humanos procuraram formar grupos: famílias ou clãs em busca da proteção mutua e do sustento com a divisão de tarefas e comida, ou seja houve o desenvolvimento social para a sobrevivência. A manutenção do equilíbrio social nessas aglomerações se deu pelo desenvolvimento do direito, normas capazes de estabelecer princípios fundamentais e comuns. Cada aglomeração humana tinha seu regramento, pois é independente de outra, e ainda distante fisicamente. Entretanto, a relação do individuo com a religião era a mesma nos grupos, de temor. Esses povos agrafos constituíram as bases para as evoluções jurídicas através de regras abstratas, numerosas, diversificadas, com a presença da religião e de direitos de nascimento. Tudo isso foi transmitido oralmente fundamentado nos costumes, precedentes, provérbios e decisões do chefe de cada grupo. 3. FORMAÇÃO DA ANTIGUIDADE O acaso das sementes caírem no chão e assim descobrir se a agricultura promoveu um novo modelo de vida, o sedentarismo, e estimulou também o aprimoramento dos instrumentos. A fixação humana em um território, possibilitou o desenvolvimento da escrita, por volta de 4000 a.C. No Egito surge os escritos hieróglifos e o cursivo, e mais tarde o demótico. Já na mesopotâmia, com os sumérios foi criada a escrita cuneiforme. 4. DIREITO NO EGITO A civilização egípcia à procura de um cultivo de fácil irrigação, planta nas margens do Nilo, e assim surgem os aldeamentos agrícolas cada um com sua chefia, que leva às disputas por terras. Para mediar esse problema há a união dessas aldeias, o nomos, agora comandado por um monarca. Outra junção que tornou a sociedade egípcia mais complexa foi a do Alto e Baixo Egito, passa a ser regido por uma monarquia centralizada com poder total no farão, ate os monarcas conseguirem desconcentrar. A sociedade se hierarquizou. A legitimidade do poder do farão vinha da religiosidade, logo o direito também validava se da mesma forma, era considerado algo divino com o objetivo de estabelecer a justiça. 5. DIREITO NA MESOPOTÂMIA A civilização mesopotâmica se desenvolveu devido a existência da Crescente fértil. No local surgiram os primeiros códigos: Estela dos Abutres de 2.450 a.C. de Urukagina de Lagash 2.350 a.C. que busca a igualdade jurídica entre cidadãos; de Ur-Nammu 2.040 a.C que é uma compilação das leis sumérias; Leis de Eshnunna que é o primeiro código acadiano, uma mistura de direito penal e civil; De Hamurábi; Na aplicação do código a intensificação da pena depende da classe social a que o cidadão pertencia, seja ela awilum, muskênum ou wardum. E ainda, o regramento não precisava ser seguido pelos juízes. 6. PERORAÇÃO O direito se modifica com as mudanças na civilização. Nota-se no resumo que houve a ruptura da vida dos povos agrafos com a revolução agrícola, a partir dai surgiram graus hierárquicos com seus respectivos papeis sociais, autoridades e privilégios. Não é possível fragmentar a relação entre a historia antropologica e o direito, pois na simples analise não é possível captar os diferentes significados jurídicos ao longo do tempo. Como escreve Sherma Reis: “...a grandeza dos sistemas jurídicos desenvolvidos e surgidos na Mesopotâmia e Egito esta vinculada ao desenvolvimento tecnológico e social daquela época.” REFERÊNCIAS AZEVEDO, Gislane. e SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. 1. ed. São Paulo: Editora Ática. 2007. CASTRO, Flávia Lages de Castro. História do Direito Geral e Brasil. 10. ed. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris. 2013. COTRIM, Gilberto. História Global. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 1999. CLINE, Eric H. e GRAHAM, Mark W. Impérios antigos: da Mesopotâmia à origem do Islã. tradução de Getulio Schanoski Jr 1. ed. 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