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Resumo- História da Arte

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Capítulo 4
A arte egéia
O termo Egeu foi adaptado para designar as civilizações que viviam nas áreas próximas ao Mar Egeu durante o terceiro e o segundo milênio a.C. Antes de a civilização grega se desenvolver, surgiram três civilizações: Minóica, Cíclades e Heládica, que se dividiram em três fases: arcaica, média e final. Os achados e realizações artísticos mais importantes pertencem as duas últimas fases.
Apesar de ter sido encontrada uma grande quantidade de material egeu nas escavações, pouco se sabe sobre a civilização egeia.
A escrita minóica e o linear B
Por volta de 2000 a.C. um sistema de escrita minóica foi desenvolvido em Creta, e até hoje permaneceindecifrada. Uma forma tardia dessa escrita, chamada linear B, utilizada 600 anos depois, foi decifrada há poucotempo; trata-se do grego primitivo e seus textos são, emgrandeparte, inventários de palácios e documentos administrativos. A arte egéia, apesar de ter influência do Egito, do Oriente Próximo e da Grécia, possuem uma beleza original, que continua pouco compreendida.
A Arte Cicládica
Não resta muito das realizaçõesartísticas do povo das ilhas Cíclades. O pouco que se tem, são basicamente os artefatos enterrados junto aos mortos, dentre eles, os mais notáveis são os ídolos de mármore que em sua maioria são representações da deusa-mãe da fertilidade. Esses apresentam características que evocam a escultura primitiva, como qualidades angulosas e abstratas.
Os escultores Cíclades produziram as mais antigas obras de nus femininos, conhecidas atualmente, e foram por muito tempo, os únicos a produzi-las. Evidências disso, são as estatuas de Afrodite encontradas em santuários das ilhas do mar egeu ou da costa da Ásia Menor, onde surgirão os ídolos cicládicos.
A Arte Minóica
O que diferencia a civilização cretense do Egito, do Oriente Próximo, e das civilizações clássicas da Grécia, é a falta de continuidade. Analisando as maiores realizações da arte cretense, não se vê progressões, elas aparecem e desaparecem repentinamente, provável consequência de súbitas mudanças que afetaram bruscamente toda a ilha.
Arquitetura
A primeira dessas mudanças ocorreu por volta de 2000 a.C.Eles criaram um sistema próprio de escrita e uma civilização representada por vários palácios. EmCnosso, Faístos e Malia surgiram três que foram destruídos cerca de 1700 a.C.
Esses novos palácios tornaram-se a principal fonte de informação sobre a arquitetura cretense.O de Cnossos, chamado de Palácio de Minos, possuía tantos aposentos que nas lendas gregas, ficou conhecido por labirinto do minotauro. Os elementos do palácio eram muito pequenos e os tetos muito baixos. Alguns interiores possuíam paredes ricamente decoradas, e as colunas eram todas e madeira.
Os diversos armazéns, oficinas e escritórios, indicam que o palácio era, além de morada regia, um centro administrativo e comercial.
Escultura
Os minóicos não construíram templos, por isso são poucos os artefatos religiosos de grande porte encontrados, mas os conseguidos são de pouca importância. A estatueta A Deusa das Serpentes, encontrada em Cnossos,deixa evidente em seu estilo, uma forte influênciaestrangeira, como a forma acentuadamente cônica da figura, os olhos enormes e as espessas sobrancelhas arqueadas, que mostram uma certa proximidade com a arte mesopotâmica.
Pintura, cerâmica e baixos-relevos
Quase tudo o que se tem de escultura, arquitetura e pintura minóicas, pertencem a um curto período que vai de 1600 a 1450 a. Depois de um conturbado período para a arte minóica, houve um renascimento da energia criadora. O fator mais significativo disto, foram as grandes realizações no campo da pintura. No período entre 2000 e 1700 a. C.,Creta desenvolveu um tipo de cerâmica com uma técnica e dinamismo surpreendentes, mas as pinturas murais naturalistas dos novos palácios ainda estavam por vir.
A maioria desses afrescos apresentavam cenas da natureza, aves, animais entre uma vegetação exuberante, mas o tema preferido da pintura minóica era a vida marinha, pode-se ver sua influência em tudo, assim como no Afresco do Toureiro, que foi uma criação de tanta originalidade que influenciou toda a arte do período dos nove palácios.
A Arte Micênica
Durante o Período Heládico Final, existiram na costa sudeste da Grécia, núcleos populacionais semelhantes aos da Creta minóica. Os habitantes eram os micênicos, derivado do centro mais importante,Micenas.Eles descendiam das primeiras tribos que habitaram a região, apesar de suas obras de arte terem feições nitidamente minóicas.
Os túmulos e o seu conteúdo
 As sepulturas deste período continham apenas jarros de barro e algumas armas de bronze.Porém, cerca de 1600 a. C.,começou-se a utilizar poços sepulcrais para enterrar os mortos, e mais tarde câmaras cônicas de pedra, chamadas de túmulos em forma de colmeia, o ápice desse estilo de túmulo, foram as construções de paredes formadas por fileiras concêntricas de blocos de pedratalhados.
Ao investigar alguns túmulos micênicos, foram descobertas junto aos cadáveres, máscaras de ouro e prata, que obedeciam à mesma intenção das encontradas nos túmulos faraônicos da Monarquia Média ou da Nova. Também foram encontrados outros objetos, como o vaso de ouro em forma de cabeça de leão, que mostra um estilo expressivo que evidencia uma relação com o Oriente Próximo, No entanto outras peças, já se mostram fortemente minóicas, o que deixa claro que devem ter sido importadas de Creta.
As taças de Vaphio
Também foram encontradas duas ilustres taças de ouro em um túmulo em Vaphio, produzidas por volta de 1500 a. C. Nessas taças, é possível ver a figura de homens capturando animais nas pastagens, tema que aparece na arte micênica e falta na arte minóica. As características das duas taças, indicam que são uma adaptação micênica de formas minóicas.
Micenas, Creta e o Egito 
No século XVI a.C., Micenas apresentava uma mistura de influencias, o influxo egípcio na tradição funerária, e a inspiração artística de Creta. Essainfluência egípcia ainda é ummistério, mas conforme uma teoria recente, os egípcios queriam expulsar os Hicsos que haviam se apossado do Delta; para isso obtiveram ajuda dos micênicos. Os cretenses do Período Minóico,famosos marinheiros, levaram e trouxeram os micênicos, tendo também, assim, um novo contato com o Egito. Depois de estabelecidas, as relações entre Micenas e Creta durariam muito. A questão é que o poder dos micênicosaumentava, à medida em que caia o dos cretenses.
Arquitetura
Os palácios do continente eram fortalezas erguidas sobre colinas e rodeadas de muralhas feitas de enormes blocos de pedra. O mais importantedeles, é o A Porta dos leões, em Micenas. Através dos guardiões da porta, dostensos e musculosos corpos e da simetria do traçado, é possível perceber uma influência do Oriente Antigo.
O centro desse palácio é uma sala de audiência ou mégaron, cuja planta se divide da seguinte maneira: umasala grande e retangular com uma lareira redonda no centro quatro colunas onde assentavam as traves do telhado. Dava-lhe acesso uma antecâmara, precedida pelo pórtico de duas colunas. 
Escultura
Não foram encontrados nenhum resquício de contruçõ4es religiosas micênicas, no entanto eles possuíam capelas em seus palácios. Porémnão se sabe que deus cultuavam, sabe-se simplesmente que esses deuses possuíam um estranho modode se fundir uns aos outros e trocarde identidade, sendoassim, de difícil interpretação, as imagens religiosas de Micenas.
Um exemplo dessas figuras é o conjunto de marfim denominado Três divindades. Essa obra revela uma afeição com tanto calor e eloquência nunca vistos antes, ela explora uma grandeza do sentimento humano que nunca esteva ao alcance do Egito ou da Mesopotâmia.
Capítulo 5
A arte grega
Diferente das obras de arte vistas anteriormente, a arte grega não revela um exotismo, pelo contrário ,suas obras passam a sensação de familiaridade .Porisso, paraquese possa compreender verdadeiramente essa arte, é necessário deixar de lado ac comparações com as construções ouesculturas modernas.
Para o estudo da arte grega, pode-se buscar informações em três fontes distintas, emseus próprios monumento, nas copias dos mesmos, feitas pelos romanos e na literatura.
O estilo geométrico
No período de 776 a. C., surgiu o estilo mais antigo e característico da arte grega, o estilo geométrico conhecido pela cerâmica pintada e pela escultura pequena.
O vaso de Dipylon
Inicialmente, a decoração da cerâmica era de traçado abstrato, mas por volta de 800 a.C. surgiram outras figuras humanas e de animais inseridos no esquema geométrico.O vaso encontrado no cemitério de Dipylon, faz parte de um conjunto de enormes recipientes que serviam de urnas funerárias. Os desenhos do vaso mostram um ritual funerário, no entanto não contém nenhuma indicação de que os gregos acreditavam no pós- vida.
O estilo geométrico foi um ponto departida novo e completamente primitivo; tendo exemplos da cerâmica geométrica além da Grécia, como na Itália e no oriente próximo. Porém, a maior criação do século VIII a. C. não foi a escultura e a pintura, esim, os poemas épicos, a Ilíada e a Odisseia.
Por volta de 700 a. C., houve uma explosão de novas formas e a arte grega entrou em outra fase, conhecida por estilo orientalizante.
O estilo orientalizante
Este estilo denota fortes influência do Egito e do Oriente próximo. Ogrande número de ideias e temas aspirados pela arte grega, provocou na mesma, significativas transformações.
A ânfora de Elêusis
A ânfora de Elêusis pertence a um conjunto chamado proto-ático, antecessor da tradição de pintura de vasos que estava por se desenvolver na Ática. Nele aparecem diversos espirais, bandas entrelaçadas e rosetas, também há um friso de animais lutando que é influencia da arte oriental. Agora as narrativas são o elemento principal, por isso é reservada a elas, as maiores superfícies do vaso.
A pintura narrativa tirou seus temas dos mitos e lendas gregas. Naânfora de Elêusis fica evidente o fascínio dos gregos pelos monstros e outras criaturas misteriosas, que representam os perigos enfrentados pelos heróis das lendas.
Existe outra família de vasilhas orientalizantes ,chamado de protocoríntia,pois já revela traços da louça fabricada mais posteriormente em Corinto. Esses vasos possuem fortes ligações com o Oriente próximo, o que fica claro pelos seus marcantes temas animalísticos.
A pintura cerâmica arcaica
A fase orientalizante da arte grega foi um período de testes e de mudança.Os novos elementos orientais foram assimilados,surgindo outro estilo,o arcaico,do final do século VII,te por volta de 480 a. C. Durante o Período Arcaico,houve o desenvolvimento do gênio artístico da Grécia,na pintura da vasos,na arquitetura ,monumental e na escultura.
A arquitetura e a as esculturas monumentais surgiram antes do século Vii,mas eram quase todas de madeira,não sobrando nenhuma hoje em d ia,sendo assim, umas das idéias mais importantes surgidas na Grécia no Período Orientalizante,foi a utilização de pedra,para esculpir e construir obras mais perduráveis.
A pintura arcaica não se limitou aos vasos, ales também fizeram afrescos e painéis.No entanto a pintura mural só ganhou caráter próprio após as Guerras persas,com a descoberta gradual do modelo e da profundidade espacial.A partir daí a pintura de vasos perdeu a qualidade devido a falta de meios técnicos,e começou a decair ao fim do século V.
O estilo de figuras negras
Existe uma diferença de disciplina artística entre a pintura de vasos orientalizantes e a arcaica.No entanto,no final do século VII,essa diferença foi resolvida pelos pintores da Ática,que aderiram ao estilo de “figuras negras”,traçadas em silhueta sobre o barro avermelhado.Os detalhes internos eram riscados com um estilete sobre a tinta,aplicando branco ou roxo sobre o negro para realçar certas áreas.Os efeitos dessa nova técnica são evidentes na taça para beber,feita por Exéquias.Enquanto e elegância dessa obra remete ao estilo da olaria geométrica,a obra de Psiáx,lembra o estilo orientalizante.
O estilo de figuras vermelhas
Psiáx tentou o contrario do procedimento de figuras negras em alguns vasos, pintando por inteiro o fundo de negro e deixando à vista a superfície ocre-avermelhada do barro reservada para as figuras; essa nova técnica substituiu a anterior, por volta de 500 a. C.
Os detalhes de Lápida e Centauro, foram desenhados livremente à pincel,em vez de trabalhosamente gravados,as linhas retas foram exploradas,permitindo escorços e sobreposições de membros,detalhes do traje e curiosas expressões faciais.
A escultura arcaica
Os novos temas que diferenciam o estilo orientalizante do geométrico são lutas de animais,monstros alados,cenas de combate e outros,eles se iniciaram na Grécia através,principalmente,dos relevos de marfim e dos trabalhos de metal importados de fenícia e da síria,onde havia fortes influencia da mesopotâmia e do Egito.
Kouroi e Korai
Essas duas estátuas representam a figura feminina (Koré) e a masculina (Kouros),são duas das mais antigas estátuas gregas.Essas obras mostram varias semelhanças coma s estatuas egípcias anteriores,como o caráter maciço e cúbico,a silhueta delgada de ombros largos,o cabelo que aparenta ser uma cabeleira postiça,entre outros.
Porém as estatuas gregas também apresentam particularidades.Primeiramente são as mais antigas estátuas humanas de vulto redondo,em tamanho natural e de pedra,que foram feitas de pé sem qualquer apoio.Para o escultor grego,era muito importante que toda a pedra da estatua tivesse sentido representativo,num todo orgânico,pelo que deve ser trabalhada para deixar de ser matéria inerte.
As Korai sempre são representadas vestidas,enquanto os Kouroi estão sempre nus.A falta de diferenciação é a principal característica destas figuras.Porém,as Korai são um pouco mais variadas que as Kouroi.A representação artística destas estatuas mostra o mesmo dinamismo interior,que pode ser observado na pintura dos vasos arcaicos,todas as estatuas deste tipo também eram originalmente pintadas,característica que desempenhou um importante papel nestas obras.
A escultura arquitetural
Ao iniciar a construção de seus templos de pedra,os gregos herdaram uma antiga tradição da escultura arquitetural.Desde a Monarquia Antiga,os egípcios recobriam as paredes de seus edifícios religiosos e funerários com baixos-relevos de talhe.O mesmo ocorria com os relevos dos edifícios assírios,babilônicos e persas.No entanto,havia outra espécie de escultura arquitetural no Oriente Próximo Antigo:os grandes monstros guardiões ressaltando dos blocos que emolduravam as portas dos palácios e fortalezas.Isso pode ter inspirado as esculturas da Porta dos leões,em Micenas;no entanto existe uma diferença,a laje onde se esculpiram os relevos é delgada leve,ao construir a porta,o arquiteto deixou um vão triangular sobre o lintel.Surge aí então,um novo gênero de escultura arquitetural,uma obra integrada na construção mas quê e,simultaneamente,uma entidade independente,em vez de ser esculpida na superfície parietal ou num bloco e construção.
Templo de Artemisa,Corfu
No Templo Arcaico de Artemisa.na ilha de Corfu,construído por volta de 600 a. C.,a escultura está limitada á uma área emoldurada por elementos estruturais,mas,estruturalmente vazia:o triângulo localizado entre o teto e as duas vertentes do telhado.É um espaço delimitado pelas molduras do frontão e que é tapado,somente para proteger o travejamento da chuva,por finas placas de pedra,formando o tímpano.Nesta fase inicial,o escultor grego queria afirmar a independência das suas figuras em relação á estrutura arquitetônica.
Na arquitetura jônica,foram suprimidos os tríglifos e o friso tornou-se uma faixa continua de decoração pintada ou esculpida.Os jônios substituíram varias vezes,as colunas dos pórticos por estatuas femininas.
O tesouro de Siphnos, Delfos
Erigido em Delfos, cerca de 525 a. C.,o Tesouro,pequeno templo destinado a guardar oferendas devotivas,apresenta como parte notável de sua decoração arquitetural,o majestoso friso.O detalhe produzidorepresenta parte da batalha dos deuses contra os gigantes.
O relevo trabalhosamente talhado,lembra o frontão de Corfu.O escultor de Siphnos utilizou a borda inferior saliente do friso como um palco onde dispõe as personagens em profundidade.Daí resulta um espaço limitado e concentrado,que permite estabelecer uma relação dramática entre as figuras como nunca se vira antes em baixos-relevos narrativos.Nesse período,a arte arcaica já conquistara uma nova dimensão física e expressiva.
O Templo de Égina
N a escultura dos tímpanos,o baixo-relevo foi completamente abandonado e substituído por estatuas justapostas em complexas sequência dramáticas,compostas de maneira a interagirem no espaço triangular.O mais ambicioso conjunto desta espécie,foi o do tímpano oriental do Templo de Égina,e foi construído por volta de 490 a. C,ele conduz á ultima fase da evolução da escultura arcaica.
A equivalência das atitudes dos combatentes representados nas duas metades do tímpano, atribui equilíbrio e ordem ao traçado,mas gera a visão de que as estatuas são elementos de u conjunto ornamental,e não individuais entre si.
Arquitetura
As ordens e as plantas
Os feitos gregos na área arquitetônica foram identificadas pela criação de três ordens arquitetônicas clássicas:dórica,jônica e coríntia.No entanto,a coríntia é somente uma variação da jônica;já a dórica é considerada a ordem fundamental,por ser a mais antiga e mais nitidamente definida que a jônica.
O repertório da ordem dórica é de formas muito limitadas,ou seja,os elementos que a constituem são constantes em número,características e relações mutuas,por isso pertencem a uma mesma família,facilmente reconhecível.
A ordem dórica
A expressão ordem dórica refere-se a esses elementos constitutivos e á sua disposição no exterior de qualquer templo dórico.Suas linhas gerais podem ser vistas na fachada do templo de Artemisa,em Corfu.No alçado percebem-se três divisões fundamentais:o envasamento ou plataforma escalonada,as colunas e o entablamento.A coluna dórica consta do fuste e d capitel,O entablamento compreende a arquitrave,o friso e a cornija.
O templo foi todo construído com blocos de pedra,justapostos e sobrepostos sem argamassa,se necessário,usavam cavilhas ou gatos de metal para ligá-los.As colunas eram compostas de segmentos chamados tambores,o telhado,de duas águas,era constituído por uma armação de madeira e por uma cobertura de telhas de barro,as traves do teto eram também de madeira.
As plantas dos templos
As plantas dos templos podiam varias de acordo com as dimensões do edifício ou as preferências regionais,mas suas características fundamentais são tão parecidos que podem ser analisados numa planta típica geral.O núcleo é a cella e o pórtico com duas colunas ladeadas por pilastras.Nos templo maiores este corpo central é envolvido por uma colunata chamada peristilo e o edifício diz-se períptero.
Os templos dóricos
Supõe-se que os primeiros construtores de templos de pedra se inspiraram no Egito,em Micenas e na arquitetura grega pré-arcaica de madeira e tijolo cru.A idéia de que os templos deviam ser feitos de pedra e exigiam numerosas colunas veio do Egito.Os gregos também aprenderam com os egípcios,muito de sua técnica de talhar a pedra e a construção de cantaria,juntamente com a ornamentação arquitetural e os conhecimentos de geometria necessários para fazer o traçado dos templos e acertar as suas diferentes partes.Por isso fica evidente que os gregos aprenderam muito mais com os egípcios que com os cretenses ou com os micênicos.
A forma depende da função?
Alguns historiadores da arquitetura tentaram explicar certas características do dórico,principalmente os detalhes do entablamento.Os argumentos eram que,os tríglifos podem ter servido para mascarar as extremidades das traves,e as saliências inferiores denominadas guttae derivaram de cavilhas de madeira.
AS paredes dos edifícios eram feitas de adobe,reforçados por feixes de canas.Os gregos apenas talhavam as caneluras depois de os tambores se encontrarem todos assentados e unidos.Não há duvida de que as caneluras reforçar o caráter expressivo das colunas.
No inicio,os arquitetos dóricos imitaram certas características dos templos de madeira,em suas construções.Porém,quando passaram esses elementos para a ordem dórica as formas de madeira haviam se transformado tão radicalmente que se tornaram parte orgânica da estrutura de pedra.
Paestum
O templo dórico La Basílica,em Paestum,na Itália,e seu vizinho,o Templo de Poseidon ,também dórico,apresentam diferenças consideráveis de proporções.A Basílica parece baixa a achaparrada enquanto oi Templo de Poseidon é alto e compacto.
As colunas da Basílica parecem mais oprimidas pela carga que suportam que as do templo de Poseidon.O encurvamento,chamado entasis ,é uma característica essencial da coluna dórica.Os alçados interiores de dois andares também tornaram-se necessários nas altas celas dos grandes templos dóricos do século V a. C.
O Templo de Poseidon é um dos santuários dóricos mais bem conservados;iniciado cerca de 475 a. C.e terminado em quinze anos,evoca a planta do Templo de Égina.
Atenas e o Partenon
Acrópole teve seus templos destruídos pelos persas em 480 a. C.A reconstrução da Acrópole foi o mais ambicioso empreendimento de toda a arquitetura grega e seu zênite artístico.Considerados individualmente ou em conjunto,esses edifícios representam a fase clássica da arte grega em plena maturidade.
O maior desses templos e o único a ser acabado antes da Guerra do Peloponeso é o Partenon.Foi construído pelos arquitetos Ictinos e Calícrates de 448 a 432 a. C.,e é considerado o modelo mais perfeito da arquitetura dórica clássica,formando um contraste elucidativo com o Templo de Poseidon,de Paestum.Na construção deste templo houve,também, o reajustamento das proporções,o entabelamento baixou em relação à largura e á altura das colunas.Estas se tornaram mais finas e a entasis menos pronunciada.Os capitéis diminuíram de TAM,anho,e cornija ficou menos saliente e o entrecolúnio foi alargado,Sendo assim,o peso sobre as colunas diminuiu,proporcionando a elas uma maior facilidade para desempenhar a sua função.
Requintes
Essas modificações são própria do estilo dórico clássico e se realizam perfeitamente no Partenon.Essas alterações sutis deste templo devem-se a uma intenção estética,são elementos para serem notados.
Os Propileus
A entrada monumental da Acrópole, chamada de Propileus, foi encomendada por Péricles, assim que se findou a construção do Partenon. Iniciou-se a construção em 437 a. C., sob a direção do arquiteto Mnesicles, que, que ergueu a parte principal em cinco anos; no entanto, a obra nunca foi concluída devido a Guerra do Peloponeso. Propileus também é feita de mármore, e foi construída em um terreno desigual e íngreme. Possui dos pórticos; ao longo do caminho que atravessa a entrada, há duas filas de colunas que se parecem mais jônicas, evidencia-se nesse templo, uma tendência na arquitetura ateniense para acrescentar elementos jônicos em construções dóricas.
Os templos jônicos
Os melhores monumentos subsistentes da ordem jônica encontram-se na Acrópole. Dos grandiosos templos jônicos erguidos em Samos e Éfeso restam apenas as plantas, que mostram fortes influências do Oriente Próximo. O seu principal traço é a coluna, que se mostra menos solida e mais esbelta, ao contrário da coluna dórica. Acredita-se que a coluna jônica tenha origem egípcia.
Na época pré-clássica as únicas construções jônicas da Grécia continental foram os pequenos tesouros erigidos em Delfos, no estilo regional das cidades gregas da Ásia.
O Erectéion
Outro templo de maiores proporções é o Erectéion, localizado em frente ao Partenon. Foi construído de 421 a 405 a. C. Tinha caráter religioso, ligado a fundação mítica de Atenas. 
O Erectéion possui dois pórticos ligados aos lados, um deles é o Pórtico da Cariátides, cujo telhado assenta seis estatuas de mulher sobre um parapeito. Os tímpanos ficaram nus, provavelmente devido à falta de fundos,no fim da Guerra do Peloponeso. Os relevos ornamentais das bases e capitéis das colunas e das molduras das portas e janelas são ricos e delicados.
O capitel coríntio
A ornamentação era parte de grande importância no final do século V a. C.Então inventou-se o capitel coríntio, substituto mais trabalhado do jônico. Tem a forma de um sino invertido, coberto de rebentos e folhas de acanto, e era utilizado, a princípio, somente na decoração de interiores.
O planejamento urbano e os teatros
Três séculos após a guerra do Peloponeso, a arquitetura grega se mantinha estática. Foi dada uma nova importância aos planos urbanísticos de planta enxadrezada, assim como aos pórticos municipais. As moradias também tornavam-se maiores e majestosas. No entanto a técnica e a estética arquiteturais gregas continuavam idênticas as dos templos do fim do século V a. C.
A única mudança, foi que o teatro ao ar livre ganhou forma regular e bem definida. A vertente do auditório era escavada em hemiciclo e dotada de filas concêntricas de bancadas e de coxias, com intervalos regulares, como pode ser visto no Teatro de Epidauro.
As limitações
A arquitetura grega sofreu algumas limitações que impediram seu progresso, como o interesse pelos exteriores monumentais prejudicando o espaço interior, o empenho com templos de um só tipo, a falta de interesse por sistemas estruturais mais adiantados que o trilítico.Até o final do século Todos esses fatores eram fundamentais para a realização das grandes obras-primas da cidade de Péricles.Porém,após a Guerra do Peloponeso, a arquitetura grega necessitava de renovação, de um novo interesse por outros materiais de construção, pelo lançamento de abóbodas e pela ordenação dos espaços interiores. Essa estatização pode ter sido consequência da rigidez das ordens que impediram os arquitetos de se emanciparem das normas estabelecidas.
A escultura clássica
O Efebo de Kritios
Foi encontrado no entulho da Acrópole, um Kouros, esculpido antes de 480 a. C, por um ateniense chamado Kritios, daí o nome, Efebo de Kritios. Esta é a primeira estatua que está realmente de pé, imóvel, por melhor dizer. Outra diferença entre esta e os demais Kouroi arcaicos, é que o Efebo de Kritios apresenta uma assimetria calculada; o joelho esquerdo está mais alto que o direito, o quadril direito projeta-se para baixo e para dentro, inverso do esquerdo. Estes sutis desvios da simetria indicam que o peso do corpo repousa principalmente na perna esquerda e que a direita assegura o equilíbrio do corpo.
Capítulo 6
A arte etrusca
No século III a. C., antes de os gregos começarem a estabelecer-se nas costas do sul e na Sicília, ocorreu, segundoHeródoto, outramigração, os etruscos se estabeleceram na região entre Roma e Florença, chamada hoje de Toscana. Os etruscos formaram seu alfabeto a partir do alfabeto grego, porém sua língua difere de qualquer outra já conhecida.
Possuem ligações culturais e artísticas com a Ásia Menor e com o Oriente Próximo Antigo, mas também apresentam certas particularidades. O surgimento brusco da civilização etrusca, a partir de cerca de 700 a. Pode ter resultado da junção de um povo italiano pré-histórico com pequenos grupos invasores vindos da Líbia, no decurso do século VIII a. C.
Por volta de 700 a. C.,as sepulturas etruscas começaram a imitar, empedra, os interiores das casas de habitação, e a serem cobertas com grandes montes cônicos de terra; o teto podia ser abobadado ou de falsa cúpula.
Nos séculos VII e VI a. C.,os etruscos estavam no auge de seu poder. Até Roma foi governada por reis etruscos durante cerca de um século. Esses reis ergueram a primeira muralha defensiva em volta das “sete colinas”, drenaram os lameiros pantanosos do fórum e ergueram o primeiro templo na colina do Capitólio.
No entanto, os etruscos nunca construíram uma nação unificada, somente formaram confederações i9nstaveis de cidades-estados. Durante os séculos V e IV a. C.,as cidadesetruscas foram tombadas uma por uma pelos romanos; ao chegar ao final do século III a. C.,todas elas já haviam perdido sua independência.
Os túmulos e sua decoração 
Durante o período arcaicogrego, especialmente, nos fins do século VI e princípios de V a. C.,a arte etrusca alcançou o auge. A influência grega arcaica afastou as tendências orientalizantes, muitos vasos gregos foram encontrados em sepulturas etruscas desse tempo, porém os artistas etruscos não imitaram, simplesmente, os seus modelos helênicos. As sepulturas e os seus interiores eram, agora, cada vez mais esmerados; os pintores e escultores já conseguiam representar defuntos em tamanho natural sobre os sarcófagos. Os etruscos também tinham preferência pela modelação em materiais mais leves.
Crenças funerárias primitivas
 Efigies como a do Sarcófago de Cerveteri, mostram que os etruscos viam o sepulcro como uma morada para o corpo e para a alma, mas também podem significar que eles acreditavam que decorando o jazigo com imagens de bailes, banquetes, jogos e outros, convenceriam as almas a permanecerem na cidade dos mortos e não perturbarem o reino dos vivos.
O Túmulo da Caça e da Pesca
A pintura mural mais incrível da arte etrusca é a do Túmulo da Caça e da Pesca,de 520 a. C.,em Tarquínia.Ela apresenta uma grande extensão de água e céu em que os pescadores e o caçador com s sua fisga possuem o papel de enfeite.A representação do movimento com as aves e golfinhos evoca a pintura minóica.
Crenças funerárias tardias
Agora os demônios da morte eram representados de formas mais aterrorizantes,como pode-se ver no centro de uma câmara funerária em Cerveteri.Ricamente decorada com relevos de estuque,é toda talhada na rocha viva e imita fielmente o interior de uma casa,incluído as traves do teto.Os robustos pilares e a superfície das paredes entre os nichos,estão cobertos de reproduções exatas de armas,armaduras,utensílios, pequenos animais domésticos e bustos do falecido.
Os templos e sua decoração
Os templos etruscos eram feitos de madeira,por isso,restam apenas os alicerces de pedra.Eles apresentavam semelhanças com os templos gregos,mas possuíam características próprias.Todo o santuário assenta num alto envasamento cm degraus apenas do lado sul,que conduzem a um pórtico profundo,sustentado por duas filas de quatro colunas cada,e á cella.O templo etrusco tinha forma quadrangular,atarracada e mais próxima da arquitetura domestica.
Veios
O Templo de Apolo,em Veios,centro escultórico do fim do século VI A. c,é um edifício comum,possuía quatro estatuas de terracota,em tamanho natural,no espigão do telhado.A figura mais conservada,o Apolo,é considerada a obra-prima da escultura etrusca arcaica.
O retrato e o trabalho do metal
Foi apenas por volta de 300 a. C.,sob a influencia grega,que a semelhança individual começou a aparecer na escultura etrusca.AS melhores peças são cabeças de estátuas de bronze.
A excelente qualidade da fundição e do acabamento corrobora a antiga fama dos etruscos como artífices magistrais do metal.A partir do século VI a. C.,produziram grandes quantidades de estatuetas de bronze,espelhos e outros.
As cidades
De acordo com os escritores romanos,os etruscos foram mestres na engenharia arquitetônica,no urbanismo e na topografia.Eles também passaram muito conhecimento aos romanos.
Os templos romanos conservam traços etruscos,e o atrium,o pátio da casa romana,também se originou na Etrúria.Quando os etruscos colonizaram as terras ao sul de Roma,no século VI a. C.,traçaram as suas novas cidades segundo a rede viária que tinha por centro a interseção de duas ruas principais.
Os etruscos também ensinaram os romanos a construir fortificações,pontes,sistemas de drenagem e aquedutos.O único monumento realmente importante que se conservou, é a Porta Augusta,de Perúgia,entrada fortificada do século II a. C. Encaixada entre duas torres maciças,é uma legitima fachada arquitetural;um arco emoldurado fecha o alto vão;acima fica uma balaustrada que suporta um segundo arco ladeado por duas pilastras.
O arco
Os arcossão construídos de blocos talhados em cunha,apontando para o centro da abertura semicircular.O arco legitimo e a sua extensão,a abóboda de berço,já haviam sido descobertas pelos egípcios,porém,eles não utilizavam-nos nos templos.Na mesopotâmia,o arco verdadeiro foi usado nas portas das cidades.Assim,dá-se a importância da Porta Augusta,ela é o primeiro caso em que o arco aparece integrado no vocabulário da ordens gregas.
Capítulo 7
Arte romana
Os romanos deixaram um ampla legado literário,desde a poesia e a filosofia ás simples inscrições onde registraram acontecimentos do seu dia-a-dia.Também deixaram um esplendoroso conjunto de monumentos espalhados por todo o seu impérios,da Inglaterra ao Golfo Pérsico,da Espanha á Romênia.
Contudo,a arte romana é extremamente difícil de classificar,talvez,por causa de sua admiração pela arte grega de todas as épocas e estilos.Desde cedo importaram originais arcaicos,clássicos e helenísticos,copiando-os em quantidades imensas.Também,sabe-se pouco sobre seus artistas,mas os maiores nomes,como Policleto,Fídias,Prexíteles,Lósipo e outros,eram exaltados com a mesma intensidade.
Conclui-se que os próprios romanos consideravam a arte do seu tempo como decadente,se comparada com a do grande passado grego.Sendo assim,não existe um estilo romano,apenas temas romanos.
Desde o principio,a sociedade romana mostrou-se espantosamente tolerante com as tradições alheias,se elas não ameaçassem a segurança do Estado.A civilização e a arte romanas receberam influencias gregas etruscas egípcias e do Oriente Próximo.Isso acabou por criar uma sociedade complexa, aberta,homogênea e diversificada.
Arquitetura
O desenvolvimento da arquitetura romana exprime um modo de vida pública e particular especificamente romano.Sua ligação com o passado ficam evidente nos templos edificados no final do Período Republicano,a idade heróica da expansão romana.
Arquitetura religiosa
O templo da Fortuna Virilis
O pequeno Templo da Fortuna de Virilis,construído durante os últimos anos dos séculos II a. C.,mostra uma vaga influencia helênica em sua coluna jônicas e no seu entablamento.Também apresenta elementos etruscos,como o alto podium,o profundo pórtico e a larga cella onde estão adossadas as colunas de peristilo.Esse templo apresenta,portanto,um novo tipo de edifício religioso.
O Templo da Sibila
O Templo da Sibila,erguido na época republicana,em Tivoli,foi resultado da fusão de duas tradições diferente.O seu antecessor originário foi um edifício no centro de Roma,e mais tarde ele foi reprojetado,já em pedra,sob a influencia do Tholos grego.
Ao observar a cella,percebe-se que as vergas,as ombreiras,as soleiras e peitoris das portas e janelas são de pedra talhada,mas as pedras foram construídas segundo uma técnica nunca vista antes.São feitas de concreto,amálgama de argamassa,saibro,cascalho e de restos de tijolo e de telha,neste caso são recobertas de placas de pedra.As são a resistência, a economia e a flexibilidade.Para melhorar o aspecto ás superfícies de concreto,revestiam-nas de tijolos,de placas de calcário ou de mármore,ou e estuque.
O Santuário da Fortuna Primigênia
Esse é o monumento mais antigo em que se encontram plenamente essas qualidades.Localizado em Palestrina,data dos princípios do século I a. C.;sua massa e estrutura estavam ocultas quase por completo sob a cidade medieval que fora construída sobre elas.Uma serie de rampas e terraços levava a um grande pátio ladeado de pórticos,do qual,se sobe,por uma escadaria disposta como as bancadas de um teatro grego.Os arcos das aberturas,enquadradas por colunas adossadas e entablamentos,realizam um importante papel no alçado,assim como as êxedras ou recessos em semicírculo.
Os fóruns
O Fórum Júlio,de responsabilidade de Julio Cesar,foi edificado em Roma e apresenta a fusão do culto religiosos com a gloria pessoal.Este fórum inspirou todos os outros da época imperial,interligados por um grande eixo comum,formando o mais notável e magnífico conjunto arquitetural romano.
A arquitetura secular
O arco e a abobada eram elementos fundamentais da arquitetura monumental romana e serviam também para projetos de construção como esgotos,pontes e aquedutos.O aqueduto Pont Du gard,em Nimes,na Provença,possui austeras e linhas tão bem proporcionadas fazem dele um símbolo da alta qualidade da engenharia romana.
O Coliseu
O Coliseu é um enorme anfiteatro dedicado as lutas de gladiadores e é localizado no centro de Roma.Terminado em 80 d. C.,é um dos maiores edifícios do mundo,capaz de abrigar mais de 50.000 espectadores.A estrutura de concreto,com kilômetros de escadaria e corredores abobadados,é uma obra-prima de engenharia pela eficácia no escoamento da enorme corrente humana que afluía aos espetáculos.Há um perfeito equilíbrio entre os elementos horizontais e verticais na armação de colunas adossadas e entablamentos que enquadra os três andares de arcadas.
O Panteão
O Panteão de Roma é um grande templo redondo do inicio do século II d. C.O exterior de sua cella é um tambor cilíndrico sem decoração,fechado por uma cúpula suavemente encurvada.Os nichos são fechados ao fundo,mas como têm colunas á frente dão o efeito de aberturas para as outras salas.As colunas,o revestimento parietal de mármore colorido e o pavimento permanecem como eram nos tempos romanos.
Os traços essenciais do Panteão são uma cúpula hemisférica, uma relação proporcional entre altura e a largura, e a abertura circular ao centro.
As basílicas
As basílicas são longas salas para variados usos cívicos e são fruto de um entendimento crescido na Grécia helenística.Os romanos tornaram-nas edifícios obrigatórios em todas as cidades importantes.Os telhados eram de armação de madeira,em vez de abobadas de alvenaria.
A basílica de Constantino do primeiro quarto do século IV d. C. difere das outras basílicas.A nave central é coberta por três abóbadas de aresta,e suas paredes são cheias de largas janelas que deixam o interior da Basílica iluminado e arejado.Essa Basílica é uma tentativa de criar um tipo abobadado,mas isso não foi bem aceito e não teve sequência.
As basílicas cristãs foram construídas segundo os modelo antigo de telhado com madeiramento.Apenas setecentos anos depois as basílicas abobadadas viriam a ser correntes a Europa Ocidental.
A arquitetura civil
A arquitetura é marcada pela variedade de residências particulares,desde os palácios imperiais até as habitações dos bairros populares das cidades.Existem dois tipos fundamentais de arquitetura domestica romana.A domus é uma casa independente,para uma única família,sua planta obedece à antiga tradição itálica.O seu traço peculiar é o atrium,sala central quadrada ou oblonga,iluminada por uma abertura no telhado,aos lados da qual se dispões os vários aposentos.
O outro tipo é a insula ou bloco habitacional,que se mostra a antepassada do prédio de apartamentos.É um grande edifício de concreto e tijolo,onde existem diversas lojas e outros estabelecimentos comerciais no térreo, abertos para a rua.A intimidade do domus era exclusiva da minoria mais favorecida.
A arquitetura tardia romana
Ao estudar as novas formas derivadas da utilização do arco,da abobada e da cúpula,percebe-se o constante respeito dos arquitetos romanos pelas ordens clássicas gregas.A coluna,o enquitrave e o frontão podiam ser meramente aplicados sobre a estrutura de concreto e tijolo,mas suas formas e suas relações eram sempre determinadas pela gramática das ordens.
Essa atitude ortodoxa e reverente perante o repertorio arquitetural dos gregos manteve-se desde a conquista da Grécia até o fim do século I d. C.A partir daí,surgiram varias correntes contrarias a essas idéias.No fim do século III d. C,essa correntes eram tantas que a tradicional gramática da ordens gregas entrou em dissolução.
O Templo de Vênus,em Baalbek,apresenta uma cella cuja a curva convexa é convenientemente compensada pelos nichos côncavos e pelo encurvamento da base e do entablamento,introduzindo um novo jogo de forças nos elementos convencionais dotemplo redondo.No peristilo do Palácio de Diocleciano,aparece outro elemento ainda mais revolucionário,uma serie de arcos repousando diretamente sobre colunas.
Escultura
Existem vario gêneros de esculturas romanas,que devem ser classificados como ecos de criações gregas,privadas dos eu significado original e reduzidas á condição de requintados trabalhos artesanais.Alguns desses gêneros representam a tradição escultórica em contradição com a corrente antiquário-decorativo.
O período republicano
Desde o inicio do Período Republicano tem-se o costume de colocar estatuas de chefes políticos e militares proeminentes em lugares publico.
Os retratos
A criação de um estilo de retrato monumental romano apenas foi alcançado no tempo de Sila,quando também a arquitetura romana atingiu a maioridade.Enquanto a cabeça helenística nos impressiona pela sutil captação da psicologia do modelo,a cabeça romana,á primeira vista,só chama atenção por não parecer mais que a transcrição detalhada de uma topografia facial.
Reflete-se aqui,um antiqüíssimo costume romano de reproduzir,em cera,o rosto dos chefes de família falecidos,e conservar a imagem num tipo de relicário ou altar de culto doméstico.É evidente que se tratava mais de reproduções pro memória,que de produções artísticas,por isso havia a preferência por materiais mais duráveis como o mármore,mas isso não foi realizado de inicio.
O período imperial
Os retratos
Á medida que aproxima-se do reinado de Augusto,encontra-se uma nova tendência na arte do retrato,que culminaria nas estatuas do próprio imperador.Alexandre Magno fez o mesmo,assim como seu sucessores.
O relevo narrativo
Os imperadores também comemoraram seus feitos mais notáveis com baixos-relevos narrativos em altares monumentais,arcos de triunfo e colunas.Durante os últimos anos da Republica,estas representações foram ganhando forma duradoura e monumental,esculpidas,,em vez de pintadas,e incorporadas em construções capazes de desafiar o tempo.
A Coluna de Trajano
A Coluna de Trajano, foi erigida de 106 a 113 d. C,para celebrar as campanhas vitoriosas do Imperador sobre os Dácios.Ela distingue-se pela sua grande altura de 37,5 metros,e pela faixa continua,em espiral,de baixos-relevos que lhe reveste toda a superfície,e que narra com dimensão épica,a historia das guerras Dácias.A faixa de relevo desenrolada teria cerca de 200 metros de comprimento.
Capitulo 8
A arte paleocristã e a arte bizantina
Em 323 d. C., Constantino,o grande,decidiu mudar a capital do Império Romano para Bizâncio,cidade grega que passou a se chamar Constantinopla e hoje é Istambul.A nova capital simbolizava a nova base cristã do Estado romano,porque se localizava no centros das regiões mais cristianizadas.
A mudança da sede do poder imperial causou a cisão do Estado.As províncias do Império do Ocidente,sob o domínio de imperadores romanos ocidentais,foram invadidas por tribos germânicas;então no fim dos éculo VI,o poder centralizado já havia sumido.Já o Império Bizantino sobreviveu a estas invasões.
A divisão do Império Romano levou a um cisma religioso.O catolicismo romanos e manteve independente do poder imperial.No entanto,os imperadores bizantinos mantiveram um papel importante,como chefes reconhecidos e absolutos da Igreja e do Estado,e essa tradição continuou após a queda de Constantinopla.Os czares da Rússia exigiram o manto dos imperadores bizantinos;Moscou tornou-se a terceira Roma e a Igreja Ortodoxa Russa ficou ligada ao Estado.
O “paleocristão” e o “bizantino”
O termo paleocristão compreende qualquer obra de arte produzida por ou para cristãos durante a época que precedeu o cisma da igreja Ortodoxa. Já a Arte bizantina se refere a arte do Império Romano do Oriente,e um tipo diferente de estilo.
A Arte Paleocristã
As decorações pintadas das catacumbas romanas e os cemitérios subterrâneos dos cristãos formam o único conjunto importante de obras desta época.
Existiam comunidades cristãs nas grandes cidades do norte da África e do Oriente Próximo como Alexandria e Antioquia, que provavelmente desenvolveram suas próprias tradições artísticas.As magníficas pinturas murais de Dura-Europos fazem crer que outras pinturas orientalizantes decoraram as paredes dos locais de culto na Síria e na Palestina.Alexandria pode ter produzido no século I ou II,representações picturais do Antigo testamento,num estilo semelhante ao da pinturas de Pompéia.
As catacumbas
O ritual funerário e a proteção da sepulturas eram muito importantes para os cristãos primitivos.A iconografia das catacumbas,mostra claramente essa perspectiva ultraterrena,mesmo que as formas continuassem a ser as mesmas da decoração parietal pré-cristã.
A divisão do teto em compartimentos é um reflexo tardio e simplificado dos motivos arquitetônicos em trompe-i’oeil da pintura pompeiana ;o modelado das figuras e os fundos paisagísticos revelam a mesma linguagem romana.
A arquitetura
Ao conceder liberdade de culto aos cristão,Constantino provocou também,a necessidade de criar um novo sistema arquitetural para celebrar a fé cristã.Então,em pouco tempo foi erguido um assombroso número de grandes igrejas em Roma,Terra Santa,Constantinopla e em outros lugares.
A basílica
As basílicas constituíam um novo tipo de edifícios,que hoje são denominadas de basílica paleocristã e que se tornaram o modelo inspirador para a elaboração da arquitetura sacra da Europa Ocidental.A maior das igrejas constantinianas,é a Basílica de S.Pedro de Roma.
A basílica cristã primitiva é uma mistura de sala de audiência,de templo e de casa particular.A basílica pagã era o modelo ideal para as igrejas constantinianas porque possuíam um interior espaçoso,necessário para o culto cristão.
Para manifestar a função de casa de Deus,o traçado da basílica pagã foi ajustado a um novo pinto de convergência,o altar,colocado á frente da abside,do Aldo oriental da nave,ficando as portas na fachada ocidental,e o edifício orientado segundo o eixo longitudinal.A igreja era precedida de um grande pátio ladeado de pórticos.O ritmo uniforme das arcadas da nave conduzia ao grande arco do fundo que servia de moldura para a abside e para o altar.Outra característica marcante da arquitetura cristã primitiva é que,o exterior das basílicas eram muito simples enquanto o interior era incrivelmente luxuoso.
Os edifícios de planta centrada e cúpula
Os edifícios de planta redonda e cúpula enriqueceram a tradição arquitetônica cristã,ainda do tempo de Constantino.No século IV surgiram os primeiros batistérios e as capelas funerais ligadas a igrejas basílicas,de planta centrada.O melhor exemplo restante é o mausoléu da filha de Constantino,Constantia.percebe-se aí,uma clara articulação do espaço interior num núcleo cilíndrico,fechado por uma cúpula e iluminado por janelas,e num deambulatório anelar coberto por uma abobada de berço.
A pintura e o mosaico
O rápido crescimento da arquitetura cristã monumental exerceu um efeito quase revolucionário no desenvolvimento da pintura cristã primitiva.Agora,vastas superfícies murais tinham que ser cobertas de imagens.Grandes ciclos picturais estendiam-se sobre a paredes da nave,o arco triunfal e a abside.Esses ciclos eram resultado de uma ampla coletânea de elementos da pintura greco-romana.
Os mosaicos parietais
O mosaico parietal paleocristão substituiu a técnica da pintura mural.Os mosaicos são compostos por pequenas peças de materiais coloridos justapostas e assentadas em gesso.Os gregos helenísticos e os romanos,empregando pequenos cubos de mármore chamados tesserae,aperfeiçoaram a técnica até o ponto de poderem reproduzir pinturas,como na Batalha de Issus.
Depois começou-se a empregar um novo material,as tesselas de pasta de vidro colorido.As faces resplandecentes das tesselas atuavam como minúsculos refletores.Todas essas qualidades fizeram o mosaico de vidro o complemento ideal da nova estética arquitetônica.
A nova arquitetura cristã é estranhamente inexpressiva,ou ate antimonumental.A estrutura tangível,material,está gora subordinada à criaçãoe definição do espaço imaterial;paredes e abobadas tem a qualidade de conchas imponderáveis,cuja espessura e solidez verdadeiras são escondidas em vez de realçadas como antes.
O mosaico paleocristão também negou a superfície rasa,plana,das paredes,mas com o intuito de realizar uma ilusão de irrealidade.
Santa Maria-Maggiore
Longas sequências bíblicas ornavam as paredes da nave das basílicas paleocristãs.O papel do artista que delineou o painel era condensar ações complexas numa forma visual que permita a sua leitura á distancia.Os mosaicos de Santa Maria Maggiore contam a historia da redenção.O artista não precisa representar os detalhes concretos da narrativa histórica.A composição simétrica,cindida a meio,torna evidente a significação simbólica desta despedida:O caminho de Abraão,que é o da retidão,da promessa divina,contrario ao de Lot,votado ao castigo divino.
Os rolos,os livros e as iluminuras
Os desenhistas desses ciclos narrativos de mosaicos,também encontraram modelos inspiradores entre as pinturas das catacumbas,mas os seus protótipos mais importantes foram os manuscritos ilustrados,principalmente os do velho Testamento.A igreja primitiva fomentou a reprodução do texto sagrado numa vasta escala.
As primeiras ilustrações dos manuscritos bíblicos foram realizados no Egito,quando fabricou-se um tipo de papel ,mais quebradiço,feito de papiro;os livros de papiro tinham forma de rolo.Só na época helenística final se obteve o pergaminho,pele fina curtida e esbranquiçada,mais duradoura que o papiro e suficientemente forte para ser dobados em quebrar,o que possibilitou o gênero do livro em brochura ou encadernado.
Entre os séculos I e IV d. C.,o códice de pergaminho substituiu gradualmente o rolo de papiro.Essa mudança exerceu um importante papel no desenvolvimento da ilustração do livro.Apenas o códice de pergaminho permitia o emprego de cores ricas,incluindo o ouro,que deviam fazer da ilustração do livro,chamado de iluminura.A obra mais importante deste ripo é o Gênesis de Viena.
A escultura
A escultura teve um papel secundário na arte paleocristã.Para evitar o labéu da idolatria,a escultura religiosa pôs de lado a representação da figura humana em tamanho natural.Então,logo de início desenvolveu-se num sentido antimonumental,afastando-se da profundidade espacial e das grandes dimensões da escultura greco-romana,para concentrar-se nas formas de pouco relevo e de escala reduzida.bem como na decoração à maneira de renda das superfícies.Um importante exemplo é o Sarcófago de Junius Bassus,um prefeito de Roma,falecido em 359.
O classicismo
O classicismo destas tendências foi um fenômeno recorrente na escultura paleocristã desde os meados do século IV até romper o século VI.Suas causas foram,por um lado,o fato do paganismo ainda ter nesse período,adeptos importantes que podem ter favorecido o reaparecimento de traços desta natureza como uma espécie de ação de retaguarda;por outro lado,os recém-convertidos conservavam uma forte dedicação aos valores do passado,artísticos ou de outra espécie.Também haviam grandes chefes da Igreja que se mostravam favoráveis a uma reconciliação do cristianismo com o legado da Antiguidade Clássica.
As placas de marfim
As placas de marfim e outros relevos de pequenas dimensões realizadas em materiais preciosos,executados para serem admirados de perto,refletem muitas vezes o gosto de um colecionador,uma requintada sensibilidade estética,que falta às grandes obras oficiais,criada sob patrocínio da igreja ou do Estado.Assim como a placa de marfim Sacerdotisa de Baco
No marfim Arcanjo São Miguel ,feito depois de 500,no Império Romano do Oriente,o classicismo surge como um veiculo eloquênte de conteúdo cristão.
O retrato
Imperadores,cônsules e altos funcionários,mantiveram o costume de mandar erigir estátuas-retratos deles mesmos,em lugares públicos,até o reinado de Justiniano e mesmo depois.As tendências retrospectivas se mantiveram na segunda metade do século IV e começo do V,com o reaparecimento de tipos pré-constantinianos e um renovado interesse pela caracterização individual.Porém,de 450 em diante,a semelhança externa cede lugar à imagem de um ideal espiritual,por vezes intensamente expressivo mas progressivamente mais impessoal.Depois não houve mais nenhum retrato,co sentido greco-romano do termo,durante quase mil anos.
A arte bizantina
O estilo bizantino se afirma ,logo no inicio dos século V,quando se deu a cisão efetiva do Império.Durante reinado de Justiniano,Constantinopla não só reafirmou seu domínio político no Ocidente,como tornou-se a incontestável capital artística.O próprio Justiniano foi um protetor das artes,as obras que patrocinou ou promoveu possuem uma grandeza imperial que justifica plenamente a admiração dos que chamaram a sua época de uma Idade de Ouro.
A primeira idade de ouro
A arquitetura e as artes decorativas
O mais rico conjunto monumental da Primeira Idade de Ouro se encontra na Itália,em Ravena.Esta cidade tornara-se a capital dos imperadores do ocidente em 402 e, ao fim do século,foi de Teodorico,rei dos ostrogodos,cujos gostos se modelaram pelos de Constantinopla.
San Vitale
A principal igreja desse tempo,S,Vitale foi construída entre 526 e 547.O seu tipo deriva,sobretudo,de Constantinopla,embora a planta octogonal,com o corpo central coberto por uma cúpula,derive do mausoléu de Sta.Constanza,em Roma.Abaixo das janelas altas,a parede da nave octogonal abre-se em nichos semicirculares que penetram na colateral,ligando-a ao espaço central de um modo novo e complexo.Abóbadas mais leves favorecem a multiplicação das janelas,que iluminam o interior.O eixo longitudinal das basílicas paleocristãs ficou reduzido à capela-mor ,no lado oposto,há um narthex.
A segunda idade de ouro
A arquitetura e as artes decorativas
As igrejas da Segunda Idade de Ouro e das seguintes,eram de dimensões modestas e de espírito monástico,mais que imperial.Sua planta é geralmente de cruz grega inserida num quadrado,com narthex de um lado e abside do outro.Ao centro ergue-se a cúpula sobre quadrada.Também apresentam algumas características da arquitetura bizantina tardia,como uma tendência para fachadas mais ornamentadas e uma preferência pelas proporções alongadas.
A iconoclastia e a iconofilía
O desenvolvimento da pintura e escultura bizantinas depois da época de Justiniano foi perturbado pela Questão Iconoclastia.Tudo começou com o édito imperial de 726 que proibia as imagens religiosas.Os iconoclastas,chefiados pelo imperador e apoiados pelas províncias orientais,queriam reduzir a arte religiosa a símbolos abstratos e s signos vegetais ou animais.Os seus opositores,os iconófilos,eram dirigidos por monges e concentravam-se nas províncias ocidentais,onde o édito imperial era pouco respeitado.
O édito reduziu consideravelmente a produção das imagens sagradas,mas não conseguiu eliminá-las por completo,tanto é que,rapidamente conseguiu-se uma recuperação,depois da vitoria dos iconófilos,em 843.
A pintura bizantina final
Em 1204,Bizâncio sofreu uma grande derrota,quando os exércitos da Quarta Cruzada assaltaram a cidade de Constantinopla.No entanto,sobreviveu a esse desastre;em 1261 recuperou a soberania,e no século XIV houve o ultimo florescimento da pintura bizantina
Devido ao empobrecimento do Império,a pintura mural tomou muitas vezes o lugar dos mosaicos,como se vê na decoração de uma capela funerária contígua a Kariye Camii.Desse incrível ciclo de pinturas Anastasis apresenta um dinamismo desconhecido na tradição bizantina antiga.Aparecendo no século XIV,demonstra que a arte bizantina ainda conservava sua capacidade criadora oito séculos depois de Justiniano.
Os ícones
Durante a Questão Iconoclastia,um dos principais argumentos a favor das imagens religiosas era a alegação de que o próprio Cristo havia dado permissão a São Lucas para pintar-lo,e que outras efígies d Cristo ou da Virgem tinham aparecido milagrosamente na terra por vontade divina.Essas imagens,ou ícones,tinham que obedecer a estritas regras formais,com padrõesfixos,repetidos incessantemente.Conseqüentemente,a maioria é mais notável pela minúcia artesanal que pela invenção artística.
O esplendor celestial que impregna tudo é uma característica encontrada,primeiramente,nos mosaicos paleocristãos.Os ícones bizantinos mais preciosos são mosaico miniaturais elaboradas sobre tábuas.
A escultura
A estatutária monumental já tendia à desaparecer desde o século V,e em Bizâncio,acabou com os últimos retratos imperiais.A escultura de pedra ficou limitada quase inteiramente à ornamentação arquitetônica,mas os pequenos baixos-relevos,especialmente os de marfim ou de metal,continuaram a ser produzidos durante a Segunda Idade de Ouro e depois dela.
As obras Crucificação de Dafne.Sacrifício de Ifigênia e Tríptico de Harbeville,apesar de não possuírem emoção trágica e serem reduzidas a um nível de jocosa fantasia ornamental constituem uma citação visual coerente da Arte Antiga.
Segunda parte
A IDADE MÉDIA
Introdução
As civilizações do passado são simbolizadas pelos grandes monumentos que marcaram, como as pirâmides do Egito, os zigurates da Babilônia, o Partenon de Atenas, o Coliseu e outros. A Idade Média seria representada pela igreja gótica Notre-Dame de Paris, ou a de Reims ou a de Cantuária.
O fato mais importante da Idade Média foi o deslocamento do centro de gravidade da civilização européia para onde tinham sido as fronteiras setentrionais do mundo romano, os motivos foram a transferência da capital do Império para Constantinopla, a crescente cisão entre as doutrinas católica e ortodoxa, a decadência da metade ocidental do Império Romano sob a pressão das invasões de tribos germânicas. Em 630, quando os exércitos bizantinos reconquistaram aos Sassânidas a Síria, a Palestina e o Egito, a recuperação das províncias ocidentais parecia ainda possível.
O islã
Os árabes,sob o estandarte do islã,associavam as províncias bizantinas do Oriente Próximo e da África.Em 732,um século após a morte de Maomé,tinham se apoderado do norte da África e de quase toda a Espanha.O Império Bizantino,privado das suas bases do Mediterrâneo Ocidental,era obrigado a concentrar seus esforços para deter os maometanos no Oriente.A sua impotência n Ocidente deixou as costas européias do Mediterrâneo,expostas aos invasores mulçumanos do norte da África u da Espanha.A Europa Ocidental foi então,obrigada a desenvolver seus próprios recursos políticos,econômicos e espirituais.
Carlos Magno
Quando o papa fez de Carlos Magno imperador,confirmou a nova ordem política colocando a Santa Sé e toda a Cristandade ocidental sob a proteção do rei doa francos e dos lombardos.Mas a legitimidade do Imperador ficou dependendo do papa.Esse dualismo,interdependente da autoridade espiritual e política da igreja e do Estado,iria distinguir o Ocidente do oriente Ortodoxo e do sul islâmico.
O islã e o Ocidente
A arte,o saber e o artesanato islâmicos tiveram uma grande influencia da Idade Média européia,desde a ornamentação de arabescos á fabricação do papel e os algarismos árabes até a transmissão da filosofia e da ciência gregas através dos escritos dos eruditos muçulmanos.
Capítulo 1
A arte muçulmana
Em duas gerações fé islâmica conquistou um território maior e um maior numero de crentes que o cristianismo, em três séculos.Muitos elementos fundamentais do islã,provêm da tradição judaico-crsitã.Os muçulmanos são submissos a vontade de Alá,e seus ensinamentos incluem os conceitos do Juízo final,do Céu e do inferno,dos anjos e dos demônios.
Os mandamentos étnicos do islã são eessemcialmente parecidoss aos do judaísmo e cristianismo.O chefe religioso do Islã era Maomé,ele deixou uma crença que originou um novo tipo de sociedade.A concentração da autoridade política e religiosa nas mãos de um único chefe,foi um costume que perdurou.A maior característica do Islã,é a fusão de elementos étnicos e universais.
Arquitetura
Na arte,absorveram o estilo paleocristão bizantino,com suas recordações helenísticas e romanas,e também as tradições artísticas da Pérsia.A contribuição da Arábia pré-islâmica limitou-se á escrita ornamental;eles não tinham arquitetura monumental e as imagens esculpidas dos deuses locais foram interditadas por Maomé sob a acusação de idolatria.Durante os cinqüenta anos seguintes à morte de Profeta,utilizava-se como local de oração uma igreja cristã ou até qualquer campo retangular delimitado por uma cerca ou um fosso,mas todas possuíam a marcação da qibla e,esse lado devia ser destacado por uma colunata ou encontrar-se oposto á entrada.
No fim do séculoVII,os soberanos islamitas iniciaram a construção de mesquitas e palácios,o traçado e a decoração dos mesmos,mostram que foram criados por artífices do Egito,Síria,Pérsia e Bizâncio.
A arte muçulmana do oriente
A grande mesquita de Damasco
Construída de 706 a 715,suas paredes eram cobertas de mosaicos de vidro,de origem bizantina.Nos resquícios encontrados,estão apenas representadas,paisagens e perspectivas arquiteturais enquadradas por orlas ricamente ornamentadas,sobre um fundo de ouro.
O Palácio de Mshatta
A decoração da fachada foi inspirada em variadas fontes pré-islâmicas.Foi arquitetado por um dos sucessores de Al-Walid,por volta de 743.A decoração rendilhada e o caráter dos motivos vegetais evocam a ornamentação arquitetural bizantina.Há também influencia persa,mas o enquadramento geométrico de zigurates e rosetas,repetido de maneira uniforme em toda a largura da fachada,indica um gosto pela simetria característica da arte islâmica.
A Grande Mesquita de Samarra
Os principais elementos da Grande Mesquita de Samarra são comuns às mesquitas deste período:um retângulo,com eixo principal orientado para Meca,ao sul,cujo centro está marcado por um pequeno nicho,o mihrab;ao lado oposto há o minaret.uma torre de onde os fieis eram convocados á oração.A superfície dessa mesquita ultrapassa 38.000 metros quadrados.O mas espetacular aspecto deste conjunto é o minaret,ligado á mesquita por uma rampa.
A arte Hispano-Mourisca
A Mesquita de Córdova
Sua planta foi inicialmente desenhada como uma versão mais simples do tipo de Samarra,mas com naves apenas do lado da qibla.Meio século depois,a mesquita seria aumentada pelo alongamento dessa naves.,novamente prolongadas entre 961 e 965.
O santuário era coberto por um telhado de madeira,suas bases são colunas curtas e finas,mas capazes de suportar,igualmente,impostas de pedra que servem de apoio a um segundo grupo de arcos.
A arte turco-muçulmana
A partir do século X,os turcos seldjúcidas avançaram gradualmente pelo Oriente Médio,onde se converteram ao islamismo,dominaram grande parte da Pérsia,da Mesopotâmia,da Síria e da Terra Santa,e arremeteram contra o Império Bizantino na Ásia Menor.A crescente preponderância do elemento turco na civilização muçulmana está patete na expansão para o ocidente de um novo tipo de mesquita,a madrasah,criado na Pérsia.
A Madrasah ao sultão Hasan,no Cairo
Essa é uma das mais importantes do tipo.Sua principal característica é um pátio quadrado,com uma fonte ao centro;a cada lado do pátio,abre-se uma sala retangular abobadada;a que está do lado da qibla,a maior que as outras,serve de santuário.A escala monumental destes recintos reflete a arquitetura palaciana da Pérsia Sassânida,enquanto a clareza geométrica do traçado,é uma contribuição turca.
O Taj Mahal,em Agra
Esse é o mais famoso mausoléu da arquitetura islâmica.Erguido três séculos depois,por um dos soberanos muçulmanos da Índia,Shah Jahan,possui paredes de Mamoré branco,quebradas por fundas concavidades como nichos de sobra.
As mesquitas
Os turcos otomanos elaboraram um terceiro tipo de mesquita,por uma junção da madrasah seldjúcida com a igreja bizantina de cúpula.Entre os primeiros e melhores resultados deste processo,encontra-se a cúpula de madeira da mesquita Ulu em Erzurum.A igreja de Justiniano influenciou na construção de várias mesquitas construídas em Istambul e outros lugares,depois de 1453.Sua planta tem um traçado modificado e regularizado,com a cúpula centralescorada por quatro meias-cúpulas,e quatro cúpulas menores próximas as minaretes dos cantos.
Capítulo 2
A arte da alta Idade Média
A idade das trevas
A Idade Média compreende o milênio entre os séculos V e XV,e ficou conhecido como “idade da trevas”,um intervalo vago entre a Antiguidade clássica e sua ressurreição,o Renascimento italiano.A partir daí,muitos passaram a vê-la como a “Idade da Fé”.
A “Idade das Trevas” foi sendo encurtada gradualmente ,de forma que hoje corresponde aos dois séculos entre a morte de Justiniano e o reinado de Carlos Magno;e pode ser mais reduzida,pois entre 65 e 75 o eixo da civilização européia deslocou-se do Mediterrâneo para o norte e os quadros econômico,político e espiritual da época medieval começaram a definir-se num período em que também surgiram grandes feitos artísticas.
O estilo celto-germânico
O estilo animalista
As tribos germânicas penetraram na Europa ocidental,durante os anos de decadência do Império Romano,trouxeram uma tradição artística muito antiga e difundida,o “estilo animalista”,de que os bronzes do Luristão,no Irã,e os adornos citas de ouro são os exemplos mais antigos.Esse estilo,com sua combinação de formas abstratas e orgânicas,de disciplina formal e de liberdade imaginativa,tornou-se um importante elemento da arte celto-germânica da Alta Idade Média.
Os trabalhos de metal,com uma diversidade de materiais e de técnicas,foram a principal condução destas formas.Jóias e artefatos metálicos,duradouros e de pequenas dimensões,eram muito procurados;seu repertorio formal dissemino-se rapidamente e emigrou,num sentido técnico e artístico, para a madeira ou a pedra e até para as iluminuras dos manuscritos.
O estilo hibérnico-saxão
Esta versão germânica pagã do estilo animalista reflete-se nas obras de arte paleocristã,nas regiões ao norte do Alpes.Os irlandeses tiveram um importante papel no processo dessa criação;durante a Idade Média,eles assumiram a direção espiritual e cultural do ocidente.Eles nunca fizeram parte do Império Romano,por isso o cristianismo foi rapidamente aceito por eles,assim,a Irlanda entrou em contato coma civilização mediterrânea sem ter sido romanizada.
O cristianismo irlandês
Os irlandeses preferiram deixar as tentações da cidade e buscar a perfeição em lugares ermos e agrestes.O monasticismo irlandês assumiu a direção da Igreja,no lugar dos bispos,e estes conventos se tornaram centros de cultura e de criação artística.Embora suas fundações conventuais fossem entregues progressivamente aos monges beneditinos,a influencia da Irlanda se faria presente na civilização medieval por vários séculos.
Os manuscritos
Para propagar o Evangelho,tiveram que ser feitas varias cópias da Bíblia e de outros livros cristãos.As oficinas dos copistas,calígrafos e iluminadores se tornaram centros de atividade artística.Os artistas criaram uma tradição independente,em vez de copiarem os modelos paleocristãos;dedicaram grande esforço à estética decorativo.O mais belo desses manuscritos é de estilo hibérnico-saxão,característico dos mosteiros irlandeses da Inglaterra saxônica.
Os artistas tinham quê seguir determinadas regras,dentre elas,era que as formas orgânicas e geométricas ficassem separadas;nos compartimentos de animais todas as linhas deviam ser parte do corpo de um animal,desde o ponto de origem.Já a figura humana estava fora do alcance dos artistas célticos que se mostraram absolutamente incapazes de realizar o corpo humano como uma unidade orgânica.
A lombardia
O escultor germânico que talhou o baixo-relevo do batistério da catedral de Cividale,ficou muito embaraçado com o problema da representação.Os símbolos evangélicos retratados são criaturas estranhas;os quatro aprecem ter patas de aranha e os corpos ficaram reduzidos à cabeça,às asas e,à cauda em espiral.Por outro lado,tinha um sentido de decoração bem desenvolvido,o conjunto de painel,com seu traçado plano e simétrico,é uma bela peça ornamental.
A arte carolíngia
Os textos mais antigos conservados,de grande número de autores latinos clássicos,encontram-se em manuscritos carolíngios que,até pouco tempo eram chamados erroneamente de romanos.O renascimento carolíngio é considerado a primeira fase de uma fusão genuína da mentalidade céltico-germânica com o espírito do mundo do Mediterrâneo.
Arquitetura
A Capela palatina de Aix-la Chapelle
A Capela Palatina de Carlos Magno foi inspirada em S.Vitale,e foi construída em terra setentrional,por isso,as colunas e as grades de bronze foram importadas da Itália.O plano do arquiteto Óton de Metz,trata-se de uma reinterpretação com pilares e abóbadas de caráter maciço romano e uma clareza da unidades espaciais muito diferentes do fluído espaço da igreja de Ravena.
St.-Riquier
Uma frontaria monumental ainda mais trabalhada é a do mosteiro de St.-Riquier.A planta mostra diversas invocações que seriam muito importantes no futuro.A entrada conduz a um narthex abobadado que é um transepto ocidental;o cruzeiro estava coroado por uma torres e o mesmo acontecia no cruzeiro oriental,também com duas torres redondas,de escadas interiores,como as da entrada.A abside está separada do transepto próximo,por um espaço retangular,o coro.
Planta de um mosteiro St.Gall
O mosteiro é um conjunto complexo,autônomo,formando um retângulo de cerca de 152 por 213 metros.A principal via de acesso,a oeste,passa entre os estábulos e uma hospedaria e leva a um portão que dá para um pátio com colunatas e duas torres laterais.existem muitas entradas,duas do lado da abside ocidental,outras nos flancos norte e sul.
 Próximo á igreja,ao sul,está um claustro de arcadas,em torno do qual foram agrupados o dormitório,o refeitório e a adega.Os três grandes edifícios,ao norte da igreja,são uma hospedaria,uma escola e a casa do abade. 
Manuscritos e encadernações
O Evangeliário de Carlos Magno
O antigo tesouro Imperial de Viena possui um evangeliário,supostamente encontrado no sepulcro de Carlos Magno,e que parece ligado á corte de Aix-la Chapelle.O artista que pintou essa figura,mostrou-se muito familiarizado com a tradição pictural romana,até o ornamento de acantos da larga cercadura,que acentua o seu aspecto de janela.O S.Mateus representa a fase mais ortodoxa do Renascimento carolíngio.
A capa do evangeliário de Lindau
O estilo da Escola de Reims fica evidente nos relevos da capa,trabalhada como uma jóia,do Evangeliário de Lindau.Esta obra-prima de ourivesaria mostra como a tradição céltico-germânica do trabalho do metal adaptou-se ao Renascimento carolíngio.Os engastes das pedras semipreciosas se encontram erguidos sobre as garras ou torrinhas de arcadas,de modo que a luz possa penetrar por baixo delas e dar-lhes brilho.
Arte Otoniana
Em 870,o que sobrou do Império de Carlos Magno eram governados pelos seus dois netos,Carlos,o Calvo,rei franco ocidental,e Luís,o Germânico,rei franco oriental.Contudo,a Europa ficou vulnerável aos ataques dos inimigos exteriores.Os mulçumanos recomeçaram as incursões ao sul,os eslavos e os magiares avançaram do leste,e os vikings da Escandinávia assolavam o norte e o oeste.
Estes normandos,invadiram terras no noroeste da França,que desde então,são chamadas de Normandia.Depois de estabelecidos na região,converteram-se ao cristianismo e adotaram a civilização carolíngia.Durante o século XI,os normandos assumiram um importante papel na estruturação política e cultural da Europa.
No entanto,na Alemanha,depois da morte do ultimo monarca carolíngio,em 911,o centro do poder político deslocou-se para a Saxônia.Os reis saxões restabeleceram um governo central efeito,e Oton I estendeu seu domínio sobre a maior parte da Itália e fez-se coroar imperador pelo papa em 962.Daí em diante,o Sacro Império Romano se tornou uma instituição germânica.
Escultura
Inicialmente os feitos germânicos mostravam muita influência carolíngia,mas depois assumiram traços próprios.
O Crucifixo de Gereão
O Crucifixo de Gereão apresenta uma nova imagem de Cristo crucificado.A obra mostra muito realismo e apresenta de forma impressionantea dor e a agonia do salvador.
Arquitetura
Óton I marcou a cidade de Colônia pelas varias igrejas que erigiu ou reconstruiu.
Bernardo,bispo de Hildesheim
Bernardo,foi um dos professores de Óton III,e foi o mais ambicioso da arquitetura e da arte do período otoniano.A igreja beneditina de S.Miguel foi sua construção mais importante.A nave e as laterais desta igreja são largas em relação ao comprimento,o que pode ter sido feito intencionalmente para dar mais equilíbrio.
Alguns elementos da igreja foram modificados nas reconstruções,mas ela ainda conservava muitas características originais,como em sua superfície parietal e seu clerestório,até ser destruída na Segunda Guerra Mundial.
O trabalho do metal
Bernardo construiu uma cripta na igreja de S.Miguel,e para ela encomendou duas portas de bronze,idéia que teve,provavelmente,ao ver as portas de bronze antigas, romanas ou bizantinas.Também teve muita inspiração em um manuscrito iluminado.
Manuscritos
O Evangeliário de Óton III
A pintura Otoni Ana de manuscritos mistura elementos carolíngios e bizantinos,criando assim,um estilo novo.A sua mais bela obra é o Evangeliário de Óton III.Uma das iluminuras deste evangeliário,mostra Cristo lavando os pés de S.Pedro e, evoca a pintura antiga.
Capítulo 3
A arte românica
Os termos arcaico e clássico fazem alusão à estilos e qualidades das formas.A arte da Antiguidade se desenvolveu rumo a arte grega,esse estilo é chamado de clássico.Já o que veio antes foi chamado de arcaico,enquanto os estilos pós-clássicos não receberam denominação própria por serem considerados apenas uma decadência da arte clássica.
Para os precursores da arte medieval,o estilo soberano era o gótico,e o que ainda não era gótico,eles chamaram de românico. Isso,principalmente,por causa da arquitetura,pois as igreja pré-góticas ,por exemplo,tinham varias características semelhantes com o estilo romano antigo,como os arcos de volta-perfeita,a solidez e o grande peso.O estilo românico faz uma síntese de estilos regionais diversificados,com coisas em comum,mas sem uma fonte principal.
Arquitetura
A arquitetura românica produziu um grande numero de edificações.Agora não só haviam cada vez mais igrejas,como elas também tinham proporções maiores e mais complexas,com características romanas;como suas naves,que agora possuíam abóbadas.AS igrejas românicas também possuíam decoração arquitetônica e esculturas.
Sudoeste da França
St.Sernin
Essa igreja pertence á um conjunto de outras igrejas voltadas para a peregrinação.Sua planta forma uma cruz latina,com centro de gravidade na cabeceira,possui diferentes níveis de telhado e suas colaterais têm abóbadas de aresta;a nave possui altas proporções,a iluminação indireta,e a elaboração arquitetural das paredes é impressionante.A igreja de St.Serin foi projetada,também,para receber um grande numero de fiéis.
A Catedral de Autun
Na Catedral de Autun,substituíram as tribunas por uma arcada cega.A utilização da abóbada de berço quebrado,possibilitou o alçado de três andares.
Normandia e Inglaterra
Na Normandia,houve uma simplificação da fachada;a decoração foi reduzida o Maximo possível,como pode ser visto na Igreja da abadia de St.-Étienne de Caen,fundada por Guilherme,o Conquistador.
A Catedral de Durham
Essa catedral,iniciada em 1093,está entre as maiores igrejas da Europa medieval,por apresentar 122 metros quadrados.Seus colaterais têm abóbadas de aresta,e sua nave é uma das mais bonitas da arquitetura Românica.
lombardia
Na Lombardia tentava-se,também,construir as primeiras abóbadas de aresta nervada.Na arquitetura românica lombarda era cultivada a atrasada um legado arquitetural ininterrupto desde os tempos romanos e paleocristãos.
S.Ambrogio
Isso fica claro no edifício S.Ambrogio,construído em Milão,iniciando do começo do século xi.As fachadas de tijolo evocam a singeleza geométrica da igrejas de Ravena;a frontaria possui profundas arcadas,e mais ao fundo existem dois campanários de construção independente.na Lombardia,a abóbada de aresta nervada continuou dentro dos padrões de costume e não chegou á fase protogótica.
Germânica
A Catedral da Espira
A arquitetura românico-germânica,se mostra conservadora,e reflete,principalmente as tradições Carolino-otonianas.A Catedral da Espira,começada cerca de 1030,é sua construção mais grandiosa.Ela possui ma cabeceira,onde estão a torre-lanterna a abside e duas torres,uma cobertura de madeira,e os detalhes arquitetônicos são originários da Lombardia.
Toscana
A Torre de Pisa
Essa é uma das torres mais conhecidas.A Torre de Pisa é uma torre inclinada,consequência,provavelmente,de um defeito no terreno ou na estrutura.Ela pertence a um conjunto construído em um terreno descampado,do qual fazem parte a Catedral e o Batistério.Esse conjunto é o mais magnífico da arquitetura românica toscana.Na Catedral de Pisa e nos edifícios que a rodeiam,foi realizada a pratica de revestimento com mármore.
O Batistério de Florença
O batistério foi o maior feito do românico toscano em Florença.Suas fachadas tem revestimento de placas de mármore,sua cúpula tem formato de pirâmide,e suas arcadas são cegas e extremamente clássicas nos detalhes e na proporção.
Capítulo 4
A arte gótica
Inicialmente o gótico se fazia presente em uma região bem limitada,mas um século depois já estava pela maior parte da Europa.Por volta de 1450,a área do gótico,diminuiu novamente,e no século XVI,restavam poucos vestígios do estilo gótico.
Emprego do termo
O termo gótico foi criado para a arquitetura,e é nele que é mais fácil de reconhecer esse estilo.O estilo gótico começou pela arquitetura e durante um século,ela se mantinha predominante.Já a escultura se manteve em segundo plano,enquanto que a pintura conseguiu o apogeu entre 1300 e 1350.
Arquitetura
França
ST.-Denis e o abade Suger
O estilo gótico nasceu entre 1137 e 1144,da reedificação,coordenada pelo abade Suger,da abadia real de Saint Denis.A planta da abadia possui elementos conhecidos das cabeceiras das igrejas de peregrinação,capela-mor absidal,com arcadas abertas para um deambulatório e capelas radiantes.No entanto,esses elementos foram agregados de maneira original;as capelas da charola deixaram de ser independentes e fundiram-se constituindo um segundo deambulatório.O conjunto foi coberto por abóbadas de nervuras quebradas.
O que diferencia o interior dessa construção é sua leveza, as formas arquitetônicas são graciosas e as janelas foram aumentadas até ocuparem toda a superfície parietal,para que elas se tornassem paredes translúcidas.
Suger e a arquitetura gótica
O fundamental da arquitetura gótica é encontrado na capela-mor de Suger.No entanto não existem elementos novos,todos já são conhecidos de várias escolas regionais do românico francês e anglo-normando.
Para realizar seu projeto,Suger reuniu artífices de vários lugares,por isso,chega-se a crer que o estilo gótico é um síntese de elementos românicos.Porém,as características de Saint Denis impressionam,como a importância dada ao traçado rigorosamente geométrico e a busca da luminosidade.
Suger e o arquiteto
Para muitos, a arquitetura gótica é o resultado dos progressos da engenharia,que possibilitaram a construção de abóbadas mais eficazes e a concentração dos impulsos em alguns pontos críticos,o que permitiu extinguir as grossa paredes românicas.
A cabeceira de Saint Denis foi projetada com uma racionalidade superior a das construções românicas.Com o arco quebrado,as abóbadas não ficam mais limitadas aos tramos quadrados,elas ganharam uma flexibilidade que lhe spermite cobrir todo tipo de superfícies poligonais.
Suger era muito interessado pela estética da arquitetura,então ele moldou a imagem mental da estrutura que ele queria e influenciou-o na escolha de um mestre de origem normanda como arquiteto principal.Este foi,com certeza,muito receptivo às idéias de Suger,e juntos eles criaram o estilo gótico.
Notre-Dame,Paris
As maiores realizações do estilo gótico,são as igrejas.A mais famosa delas é a Catedral de Notre-Dame,iniciada

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