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1964 - 1985 Ditadura Militar no Brasil Ana Paula de Araujo Tozi Resumo da Ditadura no Brasil Imagens: Disponíveis em: https://br.pinterest.com/pin/494903446540409427/?lp=tr ue Acesso em: 12 de março de 2018. Fatos Importantes Ocorridos Durante a Ditadura Tirados do site: Memórias da Ditadura. Disponível em: http://memoriasdaditadura.org.br/periodos-da- ditadura/index.html Acesso em : 12 de março de 2018. Costa e Silva proclama-se “Comandante do Exército Nacional” e líder do “Comando Supremo da Revolução”, ampliando a revolta civil-militar contra o Presidente da República. Na madrugada do dia 2, o Presidente do Congresso, senador Auro de Moura Andrade, agindo conforme o plano dos golpistas, declara “vaga” a Presidência da República, apesar de Jango estar em território nacional 01/04/1964 - O Golpe Eleito pelo Congresso Nacional, depurado de dezenas de parlamentares cassados, com apoio da UDN e de parte do PSD (Partido Social Democrático), o General Castelo Branco toma posse, prometendo um governo tampão para “sanear” o Brasil e manter as eleições. 15 /04/ 1964- Castello Branco assume a Presidência A fim de afirmar seu poder e institucionalizar a tomada do Estado, o “Comando Supremo da Revolução” baixa o primeiro Ato Institucional (AI -1), que confere ao presidente da República poderes para cassar mandatos eletivos e suspender direitos políticos. 09 /04/1964- As primeiras cassações de direitos políticos e mandatos eletivos O governo militar cria o Serviço Nacional de Informações (SNI) para espionar os cidadãos e manter o Presidente informado sobre a conjuntura política nacional e internacional. Embora não realizasse operações policiais, o SNI se torna o símbolo do sistema repressivo que se instala no Estado brasileiro. 25 /09/1964 – Criação do SNI O Congresso Nacional aprova a extinção da UNE, considerada uma entidade “subversiva”. O regime militar aumentava o cerco sobre o movimento estudantil, visando despolitizar os jovens universitários e secundaristas. Apesar de ilegal e reprimida, a UNE continua ativa como entidade máxima do Movimento Estudantil. 27 /10/1964 - Extinta a União Nacional dos Estudantes (UNE) O poder do Presidente é ainda mais fortalecido, os partidos são dissolvidos, a eleição presidencial passa a ser indireta e a Justiça Militar pode processar civis acusados de crimes políticos. O Ato começa com uma frase que acaba com as ilusões dos que achavam que o governo militar era transitório: “Não se disse que a Revolução foi, mas que é e continuará…” 27 /10/1965 - Promulgado o AI-2 Os governos dos estados e os prefeitos passam a ser eleitos indiretamente. O Poder Executivo ganha força a cada novo ato baixado. 05 /02/1966 – AI- 3 O general Artur da Costa e Silva é eleito indiretamente pelo Congresso, prometendo retomar o crescimento econômico e ampliar o diálogo entre governo e sociedade. Mas os acontecimentos ao longo do governo Costa e Silva tomaram outros rumos. 15 /03/1967 - Costa e Silva é o novo presidente O PC do B envia os primeiros militantes para a região do Rio Araguaia, no Norte do país, para a estruturação da que ficaria conhecida como Guerrilha do Araguaia. Desde 1967, várias organizações de esquerda preparavam-se para a luta armada contra o regime. A maior parte atuaria nas cidades realizando ações de “propaganda armada”, ao contrário do PC do B que conseguiu manter suas bases no campo sigilosas até 1971. 03 /01/ 1968 - Militantes do PC do B no Araguaia O ano de 1968 também marcaria a volta da classe operária à cena social e política, protagonizando duas greves que ficaram famosas, em Contagem (MG) e Osasco (SP). Para a esquerda, era o início de uma grande revolta popular contra o arrocho salarial e a repressão policial do regime. 16 /03/ 1968 - Greve dos trabalhadores da Cobrasma em Osasco (SP) A luta armada contra a ditadura cresce e se organiza. Tornam-se públicas e notórias as ações da ALN (Ação Libertadora Nacional) e da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária). A primeira era uma dissidência do Partido Comunista Brasileiro, que não apoiava a luta armada contra o regime, enquanto a segunda era resultado da fusão de grupos socialistas com militares nacionalistas expulsos das Forças Armadas. 03 /05/ 1968 - A luta armada ganha o noticiário Em dois anos, os grupos de esquerda somam 50 ações armadas. A maior parte era de assaltos a bancos, as chamadas “expropriações” para coletar fundos, mas também houve atentados a bomba contra alvos políticos e militares e algumas escaramuças contra as forças de segurança do regime. A partir de 1969, o repertório de ações incluiria sequestros de embaixadores para serem trocados por prisioneiros políticos. 01 / 12/ 1968 - Luta armada soma 50 ações É criado o AI-5, que iniciou o momento mais duro do regime, dando ainda mais poder aos militares, para punir arbitrariamente os que fossem considerados inimigos. Até os liberais, que haviam apoiado o golpe, admitem que o regime se tornara, efetivamente, uma ditadura militar, sem maiores sutilezas. 13 / 12 / 1968 - O AI-5 Indústria responde aos investimentos e cresce. PIB fecha o ano com 9% de crescimento e a inflação fica em 25%. 31 / 12 / 1968 - Começa o “milagre econômico” Com o AI-10, centenas de professores são aposentados em todo o país. A repressão avança sobre o meio intelectual e cultural. A cisão entre o regime e o meio intelectual e artístico aumenta ainda mais. 01 / 02 / 1969 - Professores universitários perseguidos pelo regime A Oban, operativo policial militar de combate à luta armada, sistematiza os métodos ilegais de repressão: sequestro, tortura e execução dos opositores. 01 /07 / 1969 - Surge a Operação Bandeirante (Oban) Depois de sofrer uma trombose cerebral, o general Costa e Silva é afastado da Presidência. O seu vice- presidente civil, Pedro Aleixo, é impedido de tomar posse. A Junta Militar é composta pelos ministros Aurélio Lyra Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Souza Mello (Aeronáutica). 29/ 08/69 - 01/ 09 /69: Costa e Silva fica doente e o Brasil passa a ser governado por uma Junta Militar O general Emílio Garrastazu Médici é eleito presidente da República pelo Congresso, depois de ser escolhido pela alta oficialidade das Forças Armadas. 25/ 10 / 1969 - Médici, mais um general-presidente Carlos Marighella é morto numa emboscada policial no bairro dos Jardins, em São Paulo, depois de uma operação da repressão que envolveu até tortura a frades dominicanos. 04/ 11 / 1969 - Morre Carlos Marighella, o inimigo público número 1 do regime militar Médici anuncia o Programa de Integração Nacional, que prevê a construção da rodovia Transamazônica, um dos símbolos da nova era de desenvolvimento sob os militares. 16/06/1970 - Transamazônica Localizada na rua Tutoia, no bairro do Paraíso, em São Paulo, a temida delegacia policial passa a ser parte central da estrutura da repressão, integrando-se ao comando do II Exército. Outros destacamentos similares surgirão em outros estados brasileiros, como no Rio de Janeiro. 25/09/1970 - A Oban é transformada em DOI-Codi Edificada sob forte endividamento externo, a economia alcança o pleno emprego, inflação de 19,3% e crescimento de 10,4% do PIB. É o “milagre brasileiro”. O ministro Delfim Neto é o principal condutor da politica econômica sob o governo Médici.31/12/1970 - O “milagre” se consolida A guerrilha do Araguaia, organizada pelo PC do B, foi descoberta pelos militares na região de Xambioá, no Pará. No mês seguinte, 3 mil homens chegaram à região e iniciaram a primeira campanha. Poucos meses depois, a segunda campanha contaria com 10 mil homens, que exterminaram com os integrantes da guerrilha. 25/03/ 1972 - A guerrilha é descoberta Anistia Internacional investiga e divulga em relatório uma relação com 472 nomes de torturadores e 1.081 torturados no Brasil. Militares proíbem a imprensa de divulgar as notícias da Anistia Internacional sobre as torturas praticadas pelo regime. 02/08/72 – 02/09/72 - Anistia Internacional denuncia torturadores e é vetada pela censura O general Ernesto Geisel é o escolhido por Médici para ser o novo presidente 15/01/1974 - O escolhido é Geisel A censura prévia a rádios, jornais e TVs continua intensa. O novo presidente escolhido, Ernesto Geisel, sinaliza a oposição com “distensão” política. 22/01/1974 - Censura prévia Sob intensa tortura, Vladimir Herzog é assassinado nas dependências do DOI-Codi paulista. Na tentativa de esconder o crime, os agentes da polícia simulam um suicídio por enforcamento do jornalista 25/10/1975 - Herzog é assassinado Uma bomba explode na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio. Outra que falhou é encontrada na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ambas as ações são reivindicadas pela organização de direita Aliança Anticomunista Brasileira. 19/08/1976 - Explosão na ABI Em ato de protesto contra a prisão de estudantes e operários, cerca de 7 mil pessoas saem às ruas em São Paulo. A PM, comandada pelo coronel Erasmo Dias, reprimem duramente os estudantes. Depois de nove anos, voltam as passeatas estudantis. 05/05/1977 - O protesto volta às ruas É fundado o Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA) do Rio de Janeiro. Ao longo do ano, a Campanha pela Anistia “ampla, geral e irrestrita” toma as ruas. 15/01/1978 - Comitê Brasileiro pela Anistia O general João Baptista Figueiredo é eleito, indiretamente é claro, o novo presidente da República, prometendo continuar a política da “abertura”. 15/10/1978 - João Baptista Figueiredo Em discurso, o novo presidente promete “a mão estendida em conciliação”, jurando fazer “deste país uma democracia”. A sociedade civil se afirma cada vez mais critica ao regime, estimulada pela crise econômica cada vez mais grave. 15/03/1979 - Posse de Figueiredo Depois de ser votada pelas lideranças do Congresso, que praticamente mantém o projeto do governo, a lei é sancionada. Segundo o Superior Tribunal Militar, a lei beneficia 4.650 pessoas, mas desagrada os movimentos pelos direitos humanos e familiares de desaparecidos e mortos, pois “perdoa” os torturadores, ao mesmo tempo que deixa de fora os guerrilheiros que cometeram “crimes de sangue”. 28/08/1979 - Sancionada a Lei de Anistia Congresso aprova emenda que extingue o MDB e a Arena e permite a criação de novos partidos. A oposição se fragmenta e o partido oficial permanece unido. Mas é o PMDB que se destaca como grande partido de oposição moderada, ao lado do Partido dos Trabalhadores, nascido no seio dos movimentos sindicais e sociais. Brizola cria o Partido Democrático Trabalhista, na tradição do velho PTB getulista. 21/11/1979 - O fim do bipartidarismo É aprovada a criação do Partido dos Trabalhadores, grande novidade no sistema partidário brasileiro. É o primeiro partido “vindo de baixo”, criado por sindicalistas, movimentos de bairro. Intelectuais e militantes de várias organizações de esquerda também apoiam o PT. 10/02/1980 - Criado o PT Mais de 300 mil metalúrgicos do ABC e de outras 15 cidades de São Paulo entram em greve. Lula, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, e mais dez dirigentes sindicais são presos pelo Dops. 01/04/180 - 19/04/1980: Grande Greve e Prisão de Lula Mais um atentado a bomba organizado por grupos contrários à abertura política, desta vez na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entidade que desde meados dos anos 1970 se destacava na questão dos direitos humanos. Depois, uma bomba explode dentro do carro quando era preparada por dois militares do DOI-CODI, no estacionamento do Rio Centro. Dentro do pavilhão, cerca de 20 mil pessoas assistiam a um show de MPB em homenagem ao Dia do Trabalhador. O atentado fracassado expôs o terror de extrema direita praticado por setores militares. 27/08/1980 – 30/04/1981 :Bombas na OAB e no Riocentro Apresentação da emenda que estabelecia as eleições diretas para presidente pelo deputado Dante de Oliveira (PMDB). André Franco Montoro (PMDB) e Reynaldo de Barros (PDS), candidatos ao governo do Estado de São Paulo, marcam o retorno dos debates políticos nas redes de TV. As eleições para governadores estavam marcadas para o final do ano de 1982. 02/03/1982 – 22/03/1982 : No Caminho das Diretas e a Volta do Debate na TV Os governadores do Rio e de São Paulo, Brizola e Franco Montoro, se juntam a Lula para criar uma frente suprapartidária pela volta das eleições diretas. 12/03/1983 – Continua o caminho das diretas Em comício com 60 mil pessoas, é lançada a campanha pelas “Diretas já” em Curitiba, com apoio do PMDB e demais partidos de oposição. 12/01/1984 - Diretas já! Para organizar a luta por Reforma Agrária que vinha sendo retomada desde o fim da década de 1970, é fundado o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. 24/01/1984 - MST é criado Um milhão de pessoas se reúnem na Candelária, no Rio, pelas Diretas já. Seis dias depois, o mesmo número vai ao Vale do Anhangabaú, em São Paulo, com o mesmo objetivo. 10/04/1984 - Milhões de pessoas vão às ruas pelas Diretas já Colégio Eleitoral elege Tancredo Neves, do PMDB, como presidente do Brasil. Seu adversário era Paulo Maluf. Tancredo foi eleito presidente para um mandato de seis anos, com 480 votos (72,4%) contra 180 dados a Maluf (27,3%). Porém , na véspera de tomar posse, o presidente Tancredo Neves é internado por causa de uma infecção no intestino. 25/01/1985 - Tancredo é o novo presidente Depois da morte de Tancredo, seu vice, José Sarney, aliado do regime até 1983, assume a Presidência. Seu governo, apesar de tutelado pelos militares, garante a realização da Assembleia Constituinte. 15/04/1985 - Sarney, ex-Arena, é o novo presidente do Brasil Congresso aprova emenda constitucional estabelecendo eleições diretas para a presidência da República e prefeituras. Legaliza os partidos comunistas, além de estender os votos aos analfabetos. 08/05/1985 - Aprovada emenda das eleições diretas Imagem dos slides 3 e 4 : Disponíveis em: https://br.pinterest.com/pin/494903446540409427/?lp=true Acesso em: 12 de mar de 2018. Memórias da Ditadura. Disponível em: http://memoriasdaditadura.org.br/periodos-da- ditadura/index.html Acesso em : 12 de mar de 2018. Observador do Brasil. Documentário: Memórias da Ditadura Militar no BRASIL. You Tube, 06 de set de 2016. 53’55. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_CPYTAkrpMQ Acesso em : 12 de mar de 2018. REFERÊNCIAS:
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