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TCC TRANSMISSÃO(1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO
UNIJORGE – AV. LUIS VIANA, 6775 – PARALELA – CEP: 41745-130 – SALVADOR – BA
ATIVIDADE AVALIATIVA (2ª PARTE)
Motor de Indução Trifásico 
CLÁUDIO LIVIO LEÃO CARREGOSA
SALVADOR
2017
CLÁUDIO LIVIO LEÃO CARREGOSA
ATIVIDADE AVALIATIVA 2
Trabalho realizado para a disciplina: Maquinas Elétricas sob a orientação do professor. Djalma Tavares dos Santos
SALVADOR
2017
1. INTRODUÇÃO
	O advento do motor elétrico no final do século XIX trouxe ao mundo facilidades que até então não eram sequer sonhadas, como exemplo simples tarefas, como a fabricação de materiais ou o transporte de uma grande carga a uma pequena distância exigiam, por parte de seus realizadores, a aplicação de força de muitos homens, a utilização de animais ou, mais tarde, o uso de máquinas ainda não tão desenvolvidas. Esta invenção acelerou a industrialização mundial e transformou radicalmente o modo de vida das pessoas.
 O desenvolvimento de condutores esmaltados, dos papeis, filmes isolantes sintéticos, chapas magnéticas, ligas de alumínio e dos materiais plásticos contribuíram notoriamente para a redução da relação peso x potência dos motores elétricos. Observando-se o peso de um motor de mesma potência no decorrer do tempo, podemos verificar que o motor atual tem apenas 8% do peso de seus antecessores.
 Esta evolução se caracteriza pelo desenvolvimento de novos materiais isolantes, que são mais resistentes e suportam temperaturas mais elevadas. Nos dias de hoje os motores elétricos estão presentes em praticamente todas as instalações industriais, comerciais e residenciais
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVOS GERAIS
	
Mostrar de forma objetiva, do que é composto sistema das usinas hidrelétricas, como funcionam, e quais são os impactos na construção de uma hidrelétrica.
3. USINAS HIDRELÉTRICAS DO BRASIL
Figura 1. Usinas hidrelétricas do Brasil
	Devido ao seu potencial hídrico, o Brasil também se destaca por ter varias usinas hidrelétricas, onde algumas estão entre as maiores do mundo na produção de energia, se destacando a usina de Itaipu, que havia perdido o seu primeiro lugar no período por conta do cenário de seca por grande parte do país para a China (Três Gargantas) , que tem uma capacidade instalada de 22.500 MW, enquanto que Itaipu tem 14.000 MW ( que a usina consegue gerar de uma única vez ). Porem a usina de Itaipu recuperou seu primeiro lugar no ranking, quebrando o recorde mundial de geração de energia elétrica ao ultrapassar os 98,8 milhões de megawatts-hora (MWh) produzidos pela Usina Três Gargantas, , em 2014. 
 
4. RANKING USINAS HIDRÉLETRICAS QUE MAIS PRODUZEM NO MUNDO DE ACORDO COM SUA CAPACIDADE
10º Usina La Grande 2 – Canadá (5.328 MW)
A Usina La Grande 2 foi construída na região de Quebec, no Canadá, em 1992, em um projeto denominado “James Bay”, que envolveu a construção de uma série de barragens ao longo do rio La Grande. Caso o projeto original seja continuado e todas as barragens construídas ao longo do rio La Grande sejam concluídas, incluindo o projeto “James Bay II”, a usina de La Grande 2 produziria um total de 27.000MW e se tornaria a maior do mundo.
9º Churchill Falls – Canadá (5.428 MW)
Foi construída no início dos anos 1970 e é a maior do Canadá. Está localizada na barragem do Rio Churchill Falls, na região de Terra Nova e Labrador. Trata-se da maior hidrelétrica subterrânea do mundo.
8º Krasnoyarsk – Rússia (6.000MW)
A Rússia, sendo o país com o maior potencial hidrelétrico do planeta, não poderia estar de fora lista. A Usina de Krasnoyarsk é a segunda maior do país. Chama a atenção o tempo de espera para a conclusão dessa usina: suas obras se iniciaram em 1956 e foram concluídas em 1972. Sua utilização principal é abastecer as centrais produtoras de alumínio.
7º Sayano-Shushenskaya – Rússia (6.400MW)
Sayano-Shushenskaya é a maior usina hidrelétrica da Rússia. Sua construção aconteceu entre 1963 e 1985, na região do Yenisei, a sudeste da Região da Cacássia. Em termos de rendimento, é umas das principais usinas do mundo, pois apenas com 10 turbinas produz 6.400MW.
6º Grand Coulee – Estados Unidos (6.494MW)
A Usina Hidrelétrica de Grand Coulee é uma das usinas hidrelétricas mais famosas do mundo, em razão do seu tamanho e envergadura: sua barragem possui 1,6km de largura e o dobro da altura das Cataratas do Niágara. Quando concluída a sua construção, em 1974, liderou o ranking das maiores hidrelétricas do planeta.
5º Tucuruí I e II – Brasil (8.370 MW).
Localizada ao longo do Rio Tocantins, na cidade de Tucuruí, ao sul de Belém do Pará, a Hidrelétrica de Tucuruí é maior usina 100% brasileira (pelo menos até a conclusão da usina de Belo Monte) e apresenta o segundo maior vertedouro do mundo. A sua construção se deu entre os anos de 1974 e 1984.
Em 2008, a usina de Tucuruí passou por reformas que dobraram a sua capacidade, alcançando os 8.370 MW atuais. Apesar disso, a Usina pode passar por uma nova ampliação na produção de energia, com a construção de uma terceira casa de força. Caso isso ocorra, a produção poderá ultrapassar os 10.500MW, pulando para a quarta posição deste ranking.
4º Guri – Venezuela (10.200 MW).
A Hidrelétrica de Guri, também denominada por Central Hidrelétrica Simón Bolívar, está localizada no Rio Caroni e sua construção foi concluída em 1986. Essa usina garante o abastecimento de toda a Venezuela e ainda exporta parte de sua energia para o Brasil, mais especificamente o Estado de Roraima.
3º Belo Monte – Brasil (11.233MW)
A Usina de Belo Monte é a única da lista que ainda se encontra em fase de construção. Com a sua conclusão, ela se tornará a maior usina hidrelétrica totalmente brasileira e a segunda maior da América Latina. Foi projetada para ter uma potência instalada de 11.233MW, mas deve operar apenas com 4.500MW, em razão do reservatório reduzido de que irá dispor. A previsão de sua conclusão é para o ano de 2015, com um custo estimado em R$26 bilhões de reais.
A usina de Belo Monte vem chamando atenção também pelas polêmicas em torno de sua construção e pelos seguidos protestos de grupos, militantes e organizações ambientalistas que lutam pela paralização de suas obras. Entre as principais críticas estão argumentações de que a área da barragem no leito do Rio Xingu, que desalojará índios e populações ribeirinhas. Além disso, existe uma preocupação com relação aos impactos ambientais que serão causados.
2º Usina de Itaipu – Brasil (14.000MW).
Até 2012, essa era a maior usina hidrelétrica do mundo. A sua mais notória característica é o fato de ser uma hidrelétrica binacional, sendo utilizada por Paraguai e Brasil, uma vez que se encontra na fronteira entre esses dois países, no Rio Paraná. Suas obras foram iniciadas em 1975 e concluídas em 1982, sua construção contou com uma cooperação mútua entre os dois países.
Conforme acordado entre as duas partes, cada país utilizaria metade do total produzido pela hidrelétrica. Dessa forma, como o Paraguai não utiliza totalmente a sua metade, vende o restante para o Brasil. A Usina Hidrelétrica de Itaipu é responsável por abastecer 19% da produção de energia brasileira.
1º Usina de Três Gargantas – China (18.200).
A Usina de Três Gargantas, localizada no Rio Yang Tsé, além de ser a maior hidrelétrica do planeta, exerce outras duas importantes funções: primeiramente, ela ajuda no controle de enchentes causadas pela dinâmica fluvial da região e, em segundo lugar, colabora para a facilitação do transporte hidroviário ao longo do Yang Tsé. O início de suas obras ocorreu em 1993 e sua conclusão aconteceu em 2012, com um custo estimado em US$25 bilhões.
5. TRANSITÓRIOS ELETROMAGNÉTICOS
Os transitórios eletromagnéticos são caracterizados por respostas elétricas súbitas que podem ser locais ou nas proximidades
de uma determinada região de uma linha de transmissão, e que são geralmente provocadas por alterações momentâneas do sistema elétrico. O sistema de energia elétrica está vulnerável a inúmeros fenômenos transitórios que podem resultar em oscilações eletromecânicas com baixas frequências ou rápidas variações de tensão e corrente causadas na maioria das vezes por chaveamentos ou mudanças bruscas de estado.
O tempo de atuação de um fenômeno transitório pode assumir um tempo muito pequeno, mas sua ocorrência de forma instantânea é suficiente para provocar uma instabilidade significante no sistema elétrico, uma vez que os diversos equipamentos e cargas que estão instalados no circuito serão submetidas a grandes solicitações de tensão e corrente elétrica.
Os fenômenos transientes podem ser classificados em dois grupos, os chamados transientes impulsivos e oscilatórios, ambos caracterizados pelo seu comportamento dentro de um período muito pequeno de tempo. Essa classificação leva em conta o tempo de crescimento e decaimento.
5.1 TRANSITÓRIOS IMPULSIVOS 
Os transitórios impulsivos são exclusivamente provocados pela incidência de descargas atmosféricas com frequências bastante diferentes da rede elétrica. Apesar das altas frequências existente nesse fenômeno, estas são rapidamente amortecidas pela resistência dos componentes contidos no sistema e por esse motivo seus efeitos não são propagados em grandes distancias. 
Esses transitórios são normalmente caracterizados pelo tempo de aumento e decaimento, por exemplo, um transitório impulsivo 1,3μs x 35μs com 1500 V nominalmente aumenta de zero até seu valor de pico de 2.000 V em 1,3μs e decai a um valor médio do seu pico em 35μs. Uma descarga diretamente na fase geralmente causa descargas disruptivas na linha próxima ao ponto de incidência e pode gerar não somente um transitório impulsivo, mas também uma falta acompanhada de afundamentos de curta duração e interrupções. 
Como já foi citado anteriormente, a ação das descargas elétricas em linhas de transmissão podem provocar mudanças no comportamento da tensão e corrente elétrica. No gráfico da figura 1, é possível observar como a corrente elétrica se comporta dentro de um período de transitório.
Figura 2. Transitório Impulsivo
5.2 TRANSITÓRIOS OSCILATÓRIOS
Diferente do transitórios impulsivos, o oscilatório pode ser provocado por inúmeras causas, como energização do sistema, seccionamento de cargas indutivas e eliminação de faltas. No entanto a principal causa é a energização de banco de capacitores que recebe o nome de chaveamento. 
Assim como no transitório impulsivo, o oscilatório também é caracterizado por uma alteração súbita e indesejável na condição de regime permanente de tensão ou corrente. Esse tipo de transitório é classificado de acordo com sua frequência de oscilações, sendo assim os chamados de oscilatórios de baixa, média ou alta frequência.
Figura 3. Transitório Oscilatório
5.2.1 TRANSITÓRIOS OSCILATÓRIOS DE BAIXA FREQUÊNCIA 
Um transitório caracterizado por uma componente com frequência primaria inferior a 5kHz, a uma duração de 0,3 ms a 50 ms, é considerado de baixa frequência. Essa classe de transitório geralmente são encontrados em sistemas de subtransmissão e distribuição das concessionárias e geralmente são causados por diversos eventos em que o mais comum é a energização de bancos de capacitores, causando os chamados transitórios de chaveamento. 
5.2.2 TRANSITÓRIOS OSCILATÓRIOS DE MÉDIA FREQUÊNCIA 
O transitório com média frequência, possui valores entre 5 a 500 kHz e pode durar até dezenas de microssegundos. Este tipo de transitório são geralmente causados por chaveamento de disjuntores, na atuação contra eliminação de faltas e podem também ser resultados da ocorrência de transitórios impulsivos, que podem ser causados também pela inserção de cargas e energização de linhas de transmissão.
 
5.2.3 TRANSITÓRIOS OSCILATÓRIOS DE ALTA FREQUÊNCIA 
Esta classe de transitório possui frequência com valores maiores que 500 kHz e com uma duração na escala de microssegundos. Este transiente é uma resposta a um transitório impulsivo, geralmente provocado pela energização de cargas indutivas, uma vez que a energização de cargas dessa natureza pode gerar impulsos de alta frequência.
6. DESLIGAMENTOS DEVIDO A DESCARGAS ATMOSFÉRICAS 
Ocorrências provocadas por causas externas são aquelas ocasionadas por problemas externos ao sistema elétrico, como por exemplo: descargas atmosféricas, sistemas de irrigação, objetos jogados pelo vento, balões, etc. Desligamentos dessa natureza são normalmente transitórios e as ações para mitigar a causa irão depender do contexto e da região caso haja reincidência. Mas, dentre as causas externas, têm destaque absoluto as descargas atmosféricas, que por esse motivo merecem um tratamento dedicado.
6.1 INCIDÊNCIAS INDIRETAS
É a ocorrência de uma descarga próxima à linha, mas que não a atinge, cada elemento de corrente que compõe o canal da descarga atua como uma fonte de campo eletromagnético, que “ilumina” a linha induzindo uma tensão com intensidade dependente do valor de pico da corrente e tempo de frente de onda da descarga.
Nessas situações as amplitudes das sobretensões induzidas nos condutores podem ter valores máximos da ordem de algumas centenas de quilovolts, o que representa uma preocupação para o desempenho de sistemas elétricos de baixa e média tensão.
Já nas linhas de extra alta tensão possuem tensão máxima de portabilidade ao impulso da ordem de 800 a 2.000 kV ou maior, logo, as tensões induzidas por descargas indiretas não lhes apresentam risco. Como o trabalho tem foco nas linhas com tensão igual ou maior a 230 kV, os efeitos da incidência indireta de descargas não são de muita importância.
6.2 INCIDÊNCIAS DIRETAS
Nas linhas de tensão igual ou maior a 230 kV, a incidência direta de descargas é o fenômeno que, de fato, tem maior probabilidade de provocar desligamento. Há três mecanismos básicos de ruptura por incidência direta de descargas na linha:
Ruptura de isolamento por incidência de descargas atmosféricas diretamente nos cabos condutores ou Flashover;
Figura 4. Ruptura de isolamento por flashover
O flashover é uma disrupção no isolamento de uma linha devido à incidência direta de uma descarga atmosférica nos cabos condutores, seja por ausência de cabos de blindagem ou por falha de blindagem. A corrente da descarga, ao incidir diretamente nos condutores, divide-se em duas ondas de corrente de amplitude aproximadamente iguais, que viajam para cada lado a partir do ponto de incidência. As correntes geram ondas de sobretensões com amplitudes iguais ao seu produto pela impedância de surto da linha. Para ondas impulsivas rápidas, como normalmente são caracterizadas as ondas de descargas, a impedância de onda se aproxima da impedância de surto da linha (Visacro, 2005).
Ao atingir a primeira estrutura aterrada, a cadeia de isoladores ali presentes é submetida à onda de tensão que acompanha a onda de corrente do surto. A amplitude da sobretensão na maioria das vezes é capaz de provocar uma falha de isolamento e estabelecer um curto-circuito entre a fase e a terra se o arco elétrico proveniente da ruptura do isolamento for mantido pela corrente de baixa frequência, sustentada pela tensão de trabalho da própria linha de transmissão.
Os cabos de blindagem, também conhecidos como cabos para-raios, são a prática mais usual de prevenção de flashover e seu uso em linhas de extra-alta tensão, no Brasil, é bastante comum. Todavia, mesmo com sua aplicação, ainda podem ocorrer desligamentos por falha de blindagem, devido à ocorrência de descargas de baixa amplitude de corrente, mas ainda capazes de gerar uma sobretensão suficiente para exceder a suportabilidade do isolamento. 
b) Ruptura de isolamento por incidência de descargas atmosféricas nos cabos de blindagem ou Backflashover;
Backflashover é a disrupção do isolamento de uma linha provocada pela sobretensão
resultante na cadeia de isoladores decorrente da incidência direta de descargas no cabo de blindagem ou na torre.
Figura 5. Ruptura de isolamento por flashover
Os cabos de blindagem são usados na tentativa de evitar a incidência direta nos 
Condutores fase e para conduzir a onda de corrente de eventuais descargas interceptadas até as estruturas aterradas adjacentes. Todavia, quando a corrente da descarga e a sobretensão associada viajam nos cabos de blindagem e encontram a primeira torre aterrada, as ondas se dividem em componentes. Uma parcela é refletida, a outra continua viajando nos cabos de blindagem, a outra desce a estrutura em direção ao solo. Quando a onda de sobretensão associada atinge o solo, ela é submetida a uma reflexão, devido à descontinuidade da impedância de surto da torre com a impedância de aterramento.
Se a impedância de aterramento não for muito reduzida (bem inferior à impedância de surto da torre), a amplitude da onda de sobretensão resultante no topo da torre (resultado da superposição da onda incidente positiva e a onda refletida negativa, já computado o deslocamento associado ao tempo de tráfego na torre), pode ser muito elevada. A sobretensão na cadeia de isoladores dada pela diferença entre a sobretensão no topo e a tensão da fase, pode exceder a suportabilidade do isolamento da linha provocando uma falha no isolamento da estrutura para a fase, caracterizando o fenômeno conhecido como backflashover.
Os gráficos abaixo indicam os níveis robustez e de confiabilidade da rede básica em função dos efeitos transitórios eletromagnéticos em linhas de transmissão. Trata-se de uma análise estatística da evolução do numero de perturbações e dos impactos sobre o atendimento as cargas do Sistema Interligado Nacional. 
Gráfico 1 – Desempenho da rede básica em função de transitórios em LT’s
Gráfico 2 – Indicador de robustez do SIN - %
c)Ruptura a meio de vão 
Apesar desse tipo de evento não ser muito comum na maior parte das configurações de linhas, as rupturas a meio de vão tornam-se mais prováveis de ocorrência em caso de espaçamento reduzido entre condutores fase e de blindagem ou em caso de vãos extensos. Em linhas de transmissão de extra-alta tensão com vãos muito longos, ao incidir no meio do vão no cabo pára-raios, uma descarga tem sua corrente dividida em duas componentes de amplitudes aproximadamente iguais que viajam até as primeiras torres adjacentes aterradas, da mesma forma como ocorre em um backflashover. Todavia, como o vão é muito longo, o tempo de trânsito é maior e a onda de sobretensão refletida na primeira estrutura aterrada sofre um atraso para retornar ao ponto de incidência. Até a chegada da onda refletida, a onda incidente prevalece e a sobretensão resultante pode atingir valores elevados, dependendo do tempo de frente da onda. Se este parâmetro for reduzido, amplitude das sobretensões desenvolvidas no ponto de incidência, em relação a outros pontos ao longo da linha, podem ser consideravelmente mais elevadas, podendo alcançar uma intensidade três vezes maior do que o valor obtido se a descarga incidisse no topo da torre. 
Dadas as particularidades deste evento em relação àquele que ocorre na cadeia de isoladores junto à torre, preferiu-se considerar este mecanismo separadamente.A sobretensão resultante é dada pela diferença das amplitudes das ondas de sobretensão no ponto de incidência e na fase mais próxima,. Neste caso, para haver uma ruptura 
a meio de vão é necessário que o valor de pico da onda de sobretensão no isolamento de ar entre o cabo de blindagem e a fase seja capaz de causar um campo elétrico médio maior do que 623 kV/m
7. TRANSITORIOS DE CHAVEAMENTO
As sobretensões de origem interna quase sempre são devidas às manobras ou chaveamentos no sistema elétrico, sendo uma das mais severas o religamento em alta velocidade de linhas de transmissão trifásicas com carga residual, quando a sobretensão pode atingir até a amplitude de 4 pu. Os surtos de manobra caracterizam-se por possuir tempo de crescimento de algumas centenas de μs e duração de vários milhares de μs, possuindo em geral energia superior ao dos surtos atmosféricos, principalmente em sistemas elétricos cuja tensão de operação é superior a 230 kV. Tais surtos de tensão submetem a esforços dielétricos significativos principalmente a isolação externa de equipamentos de alta tensão, sendo crítico para o dimensionamento dos espaçamentos mínimos em linhas de transmissão e equipamentos elétricos empregados em sistemas de EAT e UAT
Tradicionalmente, as sobretensões transitórias advindas destas manobras são limitadas por métodos convencionais. Estes métodos consistem na aplicação de resistores de pré-inserção nos disjuntores, muitas vezes associados a para-raios de óxido metálico em ambos os terminais da linha. O uso de resistores de pré-inserção, apesar de ser um método efetivo, apresenta uma aceitação de sua tecnologia tendente a diminuir devido ao alto custo de implementação e manutenção. 
 
8. PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATIMOSFÉRICAS
Como já vimos, a rede elétrica de uma forma geral está sujeitas a sobretensões classificada de origem interna, causadas por manobras na operação do sistema elétrico como energização de banco de capacitores e eliminação de faltas ou origem externa, que por sua vez são provenientes principalmente de descargas atmosféricas, as quais geram maior influência e, portanto a mais perigosa podendo gerar falha nos isolamentos dos equipamentos do sistema elétrico com atuação de proteções e consequente perda da continuidade do serviço.
Os para-raios que compõem o SPDA, sistema de proteção contra descargas atmosféricas, é o método comumente utilizado e considerado o mais efetivo a proteger e melhorar o desempenho das linhas de transmissões frente aos distúrbios provocados por descargas atmosféricas. 
9. CABO PARA-RAIOS
 Figura 6. Cabos para raios em uma linha de transmissão
Os cabos para-raios são condutores responsáveis pela condução diretamente a terra das correntes de surtos atmosféricos, propiciando uma blindagem aos cabos condutores de energia seja das linhas de transmissão ou barramentos da subestação.
Sua instalação é realizada ao longo do topo das estruturas e a sua resistência de aterramento deverá ser a mínima possível caso contrário a tensão do surto poderá causar descarga entre o condutor fase e o cabo para-raio. Sua efetividade é maior quanto a quantidade de aterramentos e menor ao valor individual das resistência de aterramento. 
Além de proteger os condutores fases das incidências de descargas atmosféricas, são utilizados nos meios de comunicações com modelo de cabo OPGW (Optical Ground Wire). Este é composto por fios metálicos externamente e fibra óptica no centro do condutor que permite transmissões de dados e sinais desempenhando as funções de cabo para-raio e meio comunicador. 
9.1 PARA-RAIOS
Em momentos anteriores, a utilização do dielétrico do ar com centelhadores era a proteção do sistema elétrico, quando a tensão rompia o dielétrico do ar entre as pontas dos destes dispositivos ocorria à passagem de corrente elétrica para a terra. Neste caso havia os inconvenientes da dificuldade de ajuste das distâncias dos centelhadores e as variáveis como umidade, pressão, poeira, geometria do corpo do centelhador e desgaste do material, além do curto-circuito gerado que fatalmente havia atuação do disjuntor e implicava na diminuição da confiabilidade do equipamento.
Devido as desvantagens do anterior surgiram os tipos expulsão, constituídos de dois centelhadores de materiais dielétricos diferentes, que no momento da disrupção, geravam gases que deionizava o arco elétrico e interrompia a corrente. Sua desvantagem era a vida útil e durabilidade do material utilizado para deionização do arco elétrico.
 Então surgiu o Carboneto de Silício logo
substituindo seu antecessor. Composto de elementos de resistores de SiC e centelhadores montados em série com a função de isolar os para-raios sob o regime permanente do sistema elétrico, caso contrário os resistores conduziria a corrente e em poucos ciclos ocasionaria falha do equipamento e extinguir a corrente que flui através dos componentes não lineares quando da sua passagem ou proximidade do zero.
Ainda utilizados no SEP, os para-raios de SiC estão sendo gradativamente substituídos pelo de Óxido de Zinco, devido suas vantagens como a elevada não linearidade em relação tensão x corrente com baixos valores de corrente de operação, associada a sua estabilidade térmica e a não utilização de centelhadores que possibilita ser um projeto menos robusto. Seus resistores de ZnO ligados em série são capazes de operar como possuíssem um gatilho de disparo frente as sobretensões da rede. O para-raios de ZnO pode ser encontrado com invólucro de porcelana ou polimérico.
 
Figura 7. Centelhador tipo chifre
9.2 DESEMPENHOS DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO DEVIDO A ONDAS TRAFEGANTES
O desempenho das linhas de transmissão submetidas ao efeito de uma onda viajante varia significativamente em função das características de projeto das linhas e das condições do solo e ambientais das regiões atravessadas pelas linhas.
O efeito de uma descarga atmosférica sobre uma linha depende de suas características construtivas como impedância de aterramento do local da incidência da descarga, tipo de onda da corrente (valor de pico, duração e crescimento da onda de corrente) e grau de proteção dos cabos para-raio. Tendo em vista que para avaliação do desempenho do comportamento transitório depende do ponto de incidência da descarga, a impedância equivalente para surtos dos cabos pára-raios, o acoplamento eletromagnético entre os cabos pára-raios e os condutores fase, a resposta transitória da torre, o efeito das torres adjacentes além da resposta do sistema de aterramento.
O SPDA é um aliado das concessionárias de energia, pois recebem pela disponibilidade dos ativos. No caso de um desligamento não programado e que ultrapasse o tempo limite do ativo fora de operação, a empresa terá a receita reduzida pelo fato do pagamento da parcela variável. 		
Referências
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/as-maiores-hidreletricas-mundo.htm

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