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Genética do embrião XX ou XY e hermafroditismo

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Genética do embrião XX ou XY
*Conceitos_e_definições básicas:
Lembrar que em uma linhagem de células somáticas podemos ter:
 -Espermatozoides: X, X, X, Y é esse cromossomo Y que vai determinar a formação do sexo masculino (em condições normais);
 -Oócitos: X, X, X e X (em condições normais); 
 As fases da diferenciação sexual: 
 Determinação do sexo cromossômico, que é estabelecida na fertilização;
 diferenciação das gônadas em testículos ou em ovários; a diferenciação dos genitais internos e externos masculinos ou femininos a partir de estruturas indiferenciadas presentes no embrião, que é dependente da presença ou ausência de testículos; 
 diferenciação sexual secundária, que é a resposta de vários tecidos aos hormônios produzidos pelas gônadas para completar o fenótipo sexual.
 O gente determinante do sexo: em 1990, a apartir de testes laboratoriais, descobriu-se que no braço Q do cromossomo Y, na região não pseudoautossômica ( é aquela no cromossmo Y que sofre recombinação por meio do crossing-over na meiose), a presença de um gene, chamado de SRY que condicionava a formação de testículos no desenvolvimento embrionário durante a 6° semana de gestação.
 
 ausência de pareamento e recombinação fora dos limites das regiões pseudoautossômicas dos cromossomos sexuais provavelmente é essencial para preservar o papel da região diferencial do Y na determinação do sexo;
 Processo de diferenciação e formação de um tecido embrionário: 
 Fator de transcrição PROLIFERAÇÃO CELULAR MIGRAÇÃO INDUÇÃO ( sofrem estímulos_justácrinos)_diferenciação segmentação apoptoses (se houver necessidade) 
 Diferenças importantes:
 -Genitália interna: são as estruturas internas presentes no corpo que condicionam a formação da genitália externa;
 -Genitália externa: é o que conseguimos ver externamente. Toda estrutura presente na parte fanerógama do indivíduo foi condicionada as gônodas formadas; 
*Descrição do processo de diferenciação sexual com a presença do cromossomo Y:
 Formação da genitália interna bipotencial: durante a organogênese, por volta da 6° semana, células germinativas, localizadas na vesícula vitelínica oriundas do eipiblasto, migram para a região onde a gônoda indiferenciada se forma a partir do mesoderma. Assim, havendo uma indução, forma-se uma gônoda, onde na região meldula temos o cordões sexuais primitos, que pode gerar os dois tipos presentes na espécie humana: ovário ou testículos, que compõe a genitália interna. Nessa estrutura das cristas gonodais indiferenciadas temos a presença de ductos (Müller e Wolf) que dependendo do estímulo celular ocorre a regressão de um e outro se especializa dando origem à gônoda e estruturas da genitáilia externa;
 Diferenciação para testículos: por volta da 7° semana de desenvolvimento, as células das gônodas em estágio bipotencial sofrem indução por meio da cascata de genes promovidas pelo SRY. Tudo começa com o ‘’start’’ dado por esse gene, onde genes como o SOX9 atuam na formação de células de Sertoli e Leyding nos cordões sexuais primitivos presentes nas gônodas, os quais se tornam cordões testiculares que darão origem aos túbulos seminíferos na puberdade. Logo, temos a formação de células de sustentação e produtoras de testosterona (intersticiais), cuja influência hormonal é de extrema importância para a regressão dos ductos müllerianos por meio da produção do hormônio anti-mülleriano (MIF) pelas células de Sertoli e da di-hidrotestosterona, produzida pelas células de Leyding, que atuam na formação da genitália externa e diferenciação dos ductos wolfianos em canais eferentes. No caso da genitália externa ela oriunda do mesoderma, pois é ele que sofrerá estímulos parácrinos para haver essa especialização;
 IMPORTANTE LEMBRAR: os testículos migram para a bolça escrotal apenas no final do desenvolvimento embrionário. Logo, a formação da genitália interna se completa no período embrionário. Já a genitália externa e o lúmen dos túbulos seminíferos só se completam durante a puberdade. Por isso que a espermatogênese só ocorre por volta dos 12 anos nos meninos. 
Testículo embrionário e maduro
 
Ao nascer a túnica albugínea é muito espessa. Ela é oriunda do córtex das gônodas indiferenciadas. No homem essa região não cresce tanto como a medula.
 Diferenciação para Ovários: no caso da formação dos ovários ocorre quando não há a presença o SRY, logo, em condições normais, devemos ter apenas um par de cromossomos XX, onde um deles é inativado aleatoriamente devido a compensação gênica (hipótese de Lyon). Durante esse processo, o córtex das gônodas bipotenciais se especializam sobtamente, uma vez que não existe o fator de diferenciação, em ovários. Nessa etapa temos os seguintes acontecimento:
 -Aumento da mitose das células do córtex das gônodas;
-Cordões primitivos se tornam cordões corticais;
-Os cordões corticais no 3° mês formam células de grupos 
isolados, os quais circundam o as oogônia primordial formando o folículo primordial. 
-Os ductos de Wolf sofrem regressão estímulo do estradiol produzido pelos ovários (Folículos primordiais)
-Os ductos de Müller formam a genitália interna até o cérvix uterino;
-A endoderme embrionária forma a o canal vaginal e a genitália externa;
Nota: 
Anormalidade no desenvolvimento sexual embrionário e outros
*Conceitos_e_definições básicas:
Conceitos: 
 -Genitália Ambígua: é a região externa genital em que não se sabe diferenciar se temos uma vagina ou pênis;
-Identidade de gênero: é psicologicamente em qual sexo o indivíduo se considera; caso a pessoa seja cromossomicamente 46,XY, mas psicologicamente ela se considera XX, então temos um caso de transgênero;
-Transexual: é um transgênero que deu início ao processo de resignação sexual, seja por procedimentos estéticos quando cirúrgicos; 
-Cariótipo: é o estudo dos 23 pares de cromossomos em uma célula diploide. A partir dele podemos definir se há alguma alteração morfológica ou numérica nessas estruturas fundamentais para os seres vivos; 
-Androgênico= masculino 
 Fatores para a determinação sexual + aspectos psicológicos: de acordo com a antropologia e a ciência mais voltada para a biologia, o indivíduo, ao nascer, sofre influências do meio e também da carga hormonal do seu corpo. Assim, pode-se concluir que a orientação sexual é produto da interação do indivíduo com o meio mais os fatores biológicos inerente a ele.
*Anomalias genéticas: 
 Mutação no SRY: esse gene condiciona a determinação do sexo no embrião. Ele está localizado no braço P do cromossmo Y, próximo à região peseudohomóloga. Assim, durante o crossing-over meiótico, partes desse gene podem acabar se perdendo, logo o complexo de proteínas, caracterizando uma deleção desse gene. Logo, é possível termos os seguintes casos clínicos:
nesse caso podemos observar a ocorrência de deleção+ translocação 
 -Mulheres com o carótipo 46, XY
 Reversão sexual 
 -Homens com o cariótipo 46, XX
 Hermafroditismo: deve-se lembrar, de início, que um indivíduo hermafrodita verdadeiro é aquele que apresenta ambas as gônodas. Logo, elas são chamadas de ovotestes uni ou bilaterais. Geneticamente falando, essa condição é proporcionada pelo cromossomo X oriundo do pai, o qual é mutante, pois possui o gene masculinizante na região pseudoautossômica. O indivíduo que apresenta essa condição possui genitália ambígua, é considerado do sexo feminino, são estéreis.
De posse disso, há também outros tipos de hermafroditismo, os quais são observados na imagem acima. Porém, é importante salientar os aspectos morfológicos de cada um:
1-Pseudo hermafroditismo masculino:
Síndrome da Feminização Testicular (SFT): devido a mutação no locus do cromossomo X em que determina a formação desses receptores, não ocorre o estímulo os hormônios andrógenos nesse indivíduo. Logo, a testosterona não consegue atuar na masculinização, isto é, não desenvolvendo a genitália externa, porém havendo presença de testículos internamente,uma vez que, durante a formação embriológica, a di-hidrotestosterona atua nos cordões sexuais primitivos estimulando a formação da células de Sertoli e Leyding. Junto a isso não temos a diferenciação do ducto de Wolff, assim não tendo a formação dos canais eferentes e glândulas, como a próstata; 
Deficiencia na enzima que ativa a testosterona (REDUTAZE) para a diferenciação das genitálias externas: nesse caso o indivíduo nasce com a genitália ambígua, a qual é caracterizada por possuir Hiposdia pseudovaginal perineoescrotal, isto é, possui o canal vaginal cego, escrotos nos grandes lábios e orifício urinário localizado fora da glande. Na puberdade apresentam masculinização. Essa condição é autossômica recessiva ligada ao X.
Mutação no SOX9: devida essa alteração nessa etapa da cascata de diferenciação, o indivíduo apresenta deficiência na redutaze, assim apresentando genitália externa feminina, porém com testículos internos; 
2-Pseudo hermafroditismo Feminino: está sempre ligado na hiperplasia do córtex das glândulas suprarrenais por mutações no gene CYP21 ou fatos epigenéticos ambientais. Essas mulheres apresentam virilização, baixa estatura, produção errática de cortisol ,amenorreia precoce associada a fibrose capsular dos ovários, porém a genitália externa é feminina mas apresenta alterações, como o tamanho do clitores (clitoremegalia);
Nota: no homem pode também acontecer de ter essa mutação no gene e ocorrer síndrome adrenogenital. Porém, nele só irá ocorrer puberdade precoce e outras características;

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