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Unidade III
INSTITUIÇÕES DE DIREITO
Prof. Flavio Martin
Ética
 Ética é um conjunto de valores morais e princípios que 
norteiam a conduta humana na sociedade.
 Estamos falando de valores históricos e culturais que são 
naturalmente atualizados com o passar do tempo.
Mundo globalizado + imigrações: qual é a sociedade?
 Ética ganha destaque relevante na sociedade e nas empresas.
Ética e moral
 “Ética” vem do grego ethos que significa modo de ser.
 Para Aristóteles, filósofo grego da Antiguidade, ética era:
 a observação do mundo;
 o questionamento e a aceitação das condutas humanas e 
das organizações sociais.
 Assim, no mundo atual, atinge também as empresas e as 
organizações diversas.
 Já a palavra “moral” vem do latim mores que significa 
costumes de um povo ou de uma sociedade.
Ética e moral
 Moral e ética, conceitos filosóficos, possuem 
diferentes significados. 
 Assim, a moral está associada aos costumes e às convenções 
estabelecidas pela sociedade. 
 Já a ética está associada aos valores morais que dão 
orientação ao comportamento humano na sociedade.
Princípios e normas éticas
 Regras, leis, códigos.
 Ditados (de geração em geração) que estabelecem normas 
ou regras.
 Lei elementar e fundamental que serve de base para uma 
ordem de conhecimentos.
 Atitude lógica fundamental sobre a qual se apoia o raciocínio.
Princípios clássicos da ética social
 Dignidade humana, que independe de posses, dos cargos e 
dos títulos.
 Direito de possuir algo: direito das pessoas de possuírem 
bens visando ao atendimento de suas necessidades.
 Acesso ao emprego/trabalho: atividade para sua subsistência 
e seu crescimento como pessoa.
Princípios clássicos da ética social
 Bem comum: conjunto de condições que permite e favorece o 
desenvolvimento dos membros da sociedade.
 Solidariedade: compromisso pelo qual as pessoas se obrigam 
umas às outras desenvolvendo a inclusão social.
Princípios clássicos da ética social
 As normas escritas são de grande importância, mas não 
devem ser substituídas pelas normas naturais, estabelecidas 
pelas pessoas para a formação da sociedade.
 Por exemplo, houve o “Código de Hamurabi”, na Antiguidade, 
um conjunto de leis escritas com 280 artigos. Essas 
normas jurídicas foram importantes na organização do 
Estado Babilônico. 
 Para formular essa lei, o Rei Hamurabi se baseou no princípio 
de uma lei mais antiga, conhecida como “Lei de Talião”.
Ética social, família, empresa, nação e globalização
Órgãos do sistema das Nações Unidas voltados para os temas 
da ética:
 Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
 Comissão de Direitos Humanos.
 Comissão de Desenvolvimento Sustentável.
 Comissão para o Desenvolvimento Social.
Códigos de Ética profissional e empresarial
 Códigos de Ética: padrões ou códigos de conduta 
estabelecidos, formal ou informalmente, por grupos 
sociais que definem o que é permitido, aceito e válido em 
ocasiões distintas. 
 Também conhecidos como códigos de regulação 
ou regimentos.
 Tanto empresas quanto associações em todo o mundo 
adotam Códigos de Ética e de Conduta para orientar e 
disciplinar a atuação e a conduta de seus 
funcionários/associados.
Códigos de Ética profissional e empresarial
 Exemplos de Códigos de Ética: 
 Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
 Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do 
Brasil – OAB. 
 Código de Ética Médica.
 Código de Conduta Empresarial da Nestlé.
 Código de Conduta de Natura Cosméticos.
 Código de Ética de Negócios Coca-Cola.
Códigos de Ética profissional e empresarial
Segundo o IBC (Instituto Brasileiro de Coaching), a ética na 
empresa é composta por padrões éticos da sociedade e normas/ 
regimentos internos das organizações que:
 colaboram com o funcionário no exercício diário e prazeroso 
da honestidade, do comprometimento e da confiabilidade que 
conduzem seu comportamento e tomada de decisões; 
 trazem o reconhecimento como recompensa pelas tarefas no 
dia a dia e também pela conduta exemplar.
Interatividade
Assinale a alternativa verdadeira.
a) A moral sofre a influência dos fatores culturais, tais como: 
costumes, hábitos alimentares, religião, entre outros. 
b) A moral se refere às normas de comportamentos universais.
c) O conceito de moral equivale ao conceito de ética.
d) A moral é um conjunto de normas individuais.
e) A moral é a ciência da conduta humana, segundo o bem 
e o mal, com vistas à felicidade.
O Código de Ética empresarial
 Os Códigos de Ética empresariais também são instrumentos 
de comunicação de valores e práticas para clientes, 
fornecedores, parceiros de negócios etc.
 É importante ressaltar que toda empresa tem o dever ético de 
cumprir a lei e os costumes.
Exemplos de posturas éticas para todos os ambientes 
de trabalho
 Educação e respeito.
 Falar e agir com colegas da mesma forma como gostaria 
que fosse consigo mesmo.
 Considerar uma extensão do lar.
 Atitude de cooperação.
 União para o desenvolvimento conjunto.
 Buscar a ascensão na empresa sem prejudicar outros 
colegas na empresa/trabalho.
 Divulgação de conhecimentos que possam melhorar o 
desempenho das atividades realizadas.
Exemplos de posturas éticas para todos os ambientes 
de trabalho
 Respeito à hierarquia.
 Desenvolvimento pessoal sem prejudicar outros colegas.
 Desenvolver-se “sem derrubar o colega”.
 Clima agradável e positivo.
 Realização de tarefas relacionadas ao dia a dia.
 Evitar redes sociais.
 Entender a tarefa e a empresa.
 Respeito às regras e às normas.
 Seguir o Código de Ética da empresa.
A pessoa ética e o profissional ético
Há inúmeras vantagens em uma empresa ser ética, entre elas:
 ter responsabilidade econômica e financeira com os 
fornecedores e clientes;
 cumprir normas éticas nas negociações comerciais;
 exigir que todos os colaboradores (funcionários, prestadores 
de serviços e acionistas) da empresa sigam o Código de 
Ética adotado; 
 desenvolver ações de sustentabilidade e respeito ao 
meio ambiente.
A pessoa ética e o profissional ético
 Assim, adotar a ética dentro de uma empresa é gerir o 
alinhamento do comportamento dos seus colaboradores com 
normas que consideramos indispensáveis e que formam a 
base da cultura desejada para a corporação. 
 O que se procura com essa “Era Ética” é estabelecer de forma 
constante que todos os negócios e as atitudes comerciais 
devem ser honestos, o que será ostentado por acionistas, 
executivos, empregados, parceiros e agentes das 
organizações. 
A responsabilidade social – leis e normas
 A responsabilidade social é um processo constante e 
evolutivo de ações de cidadãos comuns, empresas, 
governos e organizações não governamentais pelos 
direitos fundamentais para a vida, as relações sociais e 
o equilíbrio ambiental. 
 Além de regras de ordem moral, está disciplinada em códigos 
e leis, como o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto da 
Criança e do Adolescente, a Lei Maria da Penha e o Estatuto 
do Idoso; no âmbito internacional, temos a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, a Declaração Universal dos 
Direitos da Criança e outros similares.
Princípio da responsabilidade social
 O princípio da responsabilidade social está apoiado na 
concepção de que as empresas, criadas por membros da 
sociedade, utilizam os recursos dessa mesma sociedade, 
afetando, positiva ou negativamente, a qualidade de vida das 
demais pessoas.
Dificuldades que podem surgir: 
 a poluição ambiental;
 o uso exagerado de recursos não renováveis (água, por 
exemplo).Princípio da responsabilidade social
 Comprometimento permanente dos empresários com 
comportamentos eticamente orientados e com o 
desenvolvimento econômico no intuito de melhorar a 
qualidade de vida dos empregados e de suas famílias, bem 
como da comunidade local e da sociedade como um todo.
 O Instituto Ethos e o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança 
Corporativa) defendem e divulgam esses mesmos princípios 
em toda a sociedade brasileira. 
Princípio da responsabilidade social
Consequências para empresas que adotam a 
responsabilidade social:
 Perenidade/sobrevivência a longo prazo, uma vez que reduz 
desvios de conduta e diminui ações/processos judiciais.
 Aumento da reputação, sobretudo junto aos clientes e às 
comunidades locais em que estão implantadas.
Princípio da responsabilidade social
 Fortalecimento interno, conquistando/retendo talentos e 
mantendo relacionamento com clientes e fornecedores.
 Diferencial como fator inovador para alcançar o 
sucesso empresarial.
Interatividade
O que significa ser profissional para a dinâmica de trabalho de 
nosso tempo?
a) Conquistar os melhores resultados para a empresa, 
independentemente dos modelos éticos e morais 
empregados.
b) Estar sempre ligado às novas tendências e tecnologias.
c) Dominar as técnicas necessárias para colaborar, 
desenvolver determinado serviço e agir eticamente.
d) Agir com educação e respeito por seus pares, sem pensar 
nos resultados.
e) Ser educado e leal à empresa.
Direito Industrial
 Direito Industrial é a divisão do Direito Comercial que 
defende/protege os interesses de inventores, designers e 
empresários em relação às invenções, ao modelo de utilidade, 
ao desenho industrial e às marcas.
 Qualquer tipo de inovação, desde que a legislação defina 
como algo que possa ser patenteado, deve ter seu autor e 
sua respectiva invenção defendida da pirataria ou de 
cópias ilegais.
Marcas e patentes
 Marcas e as patentes asseguram os interesses de inventores, 
designers e empresários.
 No Brasil, o INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial, 
que é uma autarquia federal, é o órgão competente para emitir 
a concessão da patente ou do registro de marca competente.
Mas quais são as diferenças entre as invenções, o modelo de 
utilidade, o desenho industrial e as marcas?
Invenção
 A invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para 
um técnico no assunto, não decorra de maneira evidente ou 
óbvia do estado da técnica. 
 É algo novo, decorrente do intelecto humano, passível de 
aplicação industrial, no entanto sem definição na lei.
 Dos bens considerados industriais, a invenção é a única ainda 
não definida pela lei. Essa ausência de definição é proposital, 
nos âmbitos nacional e internacional e é justificável pela 
extrema dificuldade de se conceituar o que é a invenção.
Não são invenções 
 As descobertas e as teorias científicas 
(ex.: Teoria da Relatividade, de Einstein).
 Métodos matemáticos 
(ex.: cálculo infinitesimal, de Isaac Newton).
 Esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, 
contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e 
de fiscalização.
Não são invenções 
 Obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou 
qualquer criação estética e programas de computador 
(tutelados pelo direito autoral).
 Apresentação de informações, regras de jogos, técnicas e 
métodos operatórios ou cirúrgicos, terapêuticos ou de 
diagnóstico, e os seres vivos naturais.
Exemplos de invenção 
 Embalagens Tetra Pak (Rausing).
 Tampa de requeijão em copo de vidro (Rojek).
 Lâmpada elétrica incandescente (Edison).
 Dinamite (Nobel).
Modelo de utilidade 
 Sempre que for inventado um aperfeiçoamento de algo já 
existente (pequena invenção), ele será denominado modelo 
de utilidade.
 A lei define modelo de utilidade como objeto de uso prático, 
ou parte dele, suscetível de aplicação industrial, que 
apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato 
inventivo, que resulte em melhora funcional no seu uso ou em 
sua fabricação.
Modelo de utilidade 
 Os recursos agregados às invenções para ampliar as 
possibilidades de sua utilização são modelos de utilidade. 
 Para ser caracterizado como modelo de utilidade, o 
aperfeiçoamento deve representar um avanço tecnológico que 
técnicos da área reputem engenhoso. 
 Exemplos:
 Melhorias na ergonomia de um automóvel.
 Melhorias na tela de celular.
Desenho industrial
 O desenho industrial − design − é a alteração da forma dos 
objetos que não amplia a sua utilidade, apenas lhes dá um 
aspecto diferente.
 Exemplos: utensílios domésticos, vestimentas, máquinas, 
ambientes, serviços, marcas e também imagens, como em 
peças gráficas, famílias de letras (tipografia), livros e 
interfaces digitais de softwares ou de páginas da internet, 
entre outros.
Marca
 A marca é definida como o sinal distintivo, suscetível de 
percepção visual, que identifica bens/produtos ou serviços.
 A identificação da marca é realizada por meio da visualização 
do sinal no produto, nas embalagens, nos anúncios, nos 
uniformes dos empregados, nos veículos etc.
 Os juristas costumam classificar as marcas em nominativas, 
figurativas ou mistas.
Marca
 Nominativas − se enquadram as marcas compostas 
exclusivamente por palavras, que não apresentam uma 
particular forma de letras. Exemplo: Revista Pequenas 
Empresas Grandes Negócios.
 Figurativas − as marcas consistentes de desenhos ou 
logotipos. Exemplo: os símbolos das montadoras de veículos.
 Mistas – seriam palavras escritas com letras revestidas de 
uma particular forma ou inseridas em logotipos. Exemplos: 
Coca-Cola, NET etc.
Interatividade
Assinale a alternativa verdadeira.
a) No Brasil, não existem leis que defendem as patentes e as 
marcas. 
b) São consideradas invenções as descobertas e as teorias 
científicas (ex.: Teoria da Relatividade, de Einstein).
c) Por meio de leis, as marcas e as patentes asseguram os 
interesses de inventores, designers e empresários em 
relação às invenções, ao modelo de utilidade, ao desenho 
industrial e às marcas.
d) Métodos matemáticos (ex.: cálculo infinitesimal, de Isaac 
Newton) são considerados invenções.
e) Obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas 
são consideradas invenções.
Invenções e modelos de utilidade não patenteáveis 
 O que for contrário à moral, aos bons costumes e à 
segurança, à ordem e à saúde públicas.
 Substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de 
qualquer espécie, bem como a modificação de suas 
propriedades físico-químicas e os respectivos processos de 
obtenção ou modificação, quando resultantes de 
transformação do núcleo atômico.
Segredo de empresa 
 Apesar da frágil legislação e proteção sobre o tema, 
o segredo da empresa não está totalmente desamparado 
no Direito brasileiro. 
 Pelo contrário, a lei define como crime de concorrência 
desleal a exploração sem autorização de informações ou 
dados confidenciais, utilizáveis em uma empresa, exceto 
aqueles que sejam de conhecimento público ou que sejam 
evidentes para um técnico no assunto.
Segredo de empresa 
 A usurpação de segredo de empresa gera responsabilidade 
tanto na área penal como na civil. 
 Se o outro que explora economicamente o mesmo 
conhecimento secreto o obteve graças às próprias pesquisas, 
não há lesão ao direito.
Segredo de empresa 
 Nesse exemplo, se nenhum dos dois registrar a patente, não 
haverá concorrência desleal.
 Por outro lado, quando dois ou mais empresários exploram o 
mesmo conhecimento secreto, o primeiro deles que depositeo pedido de patente poderá impedir que os demais continuem 
a explorá-lo.
Desconsideração da personalidade jurídica 
 A distinção entre pessoa jurídica e pessoa natural foi criada 
para proteger bens pessoais de empresários e sócios em caso 
da falência da empresa. 
 Maior segurança em investimentos e é essencial para a 
atividade econômica. 
 Contudo, há casos de empresários que abusam dessa 
proteção para lesar credores. A resposta da Justiça a esse 
fato é a desconsideração da personalidade jurídica, que 
permite não mais separar os bens da empresa e dos seus 
sócios para efeito de determinar obrigações e 
responsabilidades de quem age de má-fé.
Desconsideração da personalidade jurídica 
 Essa técnica jurídica surgiu na Inglaterra e chegou ao Brasil 
no final dos anos 1960. 
 Segundo o STJ, “hoje, ela é incorporada ao nosso 
ordenamento jurídico”, inicialmente pelo Código de Defesa do 
Consumidor (CDC) e no novo Código Civil (CC), e também na 
Lei de Infrações à Ordem Econômica e Lei do Meio Ambiente.
Desconsideração inversa da personalidade jurídica 
 Pessoas naturais também tentam usar pessoas jurídicas para 
escapar de suas obrigações e responsabilidades. Temos 
como exemplo um julgamento em que um devedor se valeu de 
empresa de sua propriedade para evitar execução. 
 O STJ já entendeu que, sendo evidente a confusão 
patrimonial, é aplicável a “desconsideração inversa”. 
Desconsideração da personalidade jurídica 
 Também são suscetíveis de aplicação da desconsideração da 
personalidade jurídica da empresa controladora para poder 
penhorar bens de forma a quitar débitos da sua controlada.
 Se o credor não conseguir encontrar bens penhoráveis da 
devedora (a empresa controlada), a empresa controladora, 
tendo bens para quitar o débito, poderá ser responsabilizada. 
 Exemplo: empresa “A”, que está sofrendo uma penhora de 
bens, passa suas máquinas para a empresa “B”, sendo que a 
empresa “A” detém 60% das ações ou quotas da empresa “B”.
Interatividade
Assinale a alternativa verdadeira:
a) A usurpação de segredo de empresa gera responsabilidade 
tanto na área penal como na civil. 
b) São consideradas invenções as descobertas e as teorias 
científicas (ex.: Teoria da Relatividade, de Einstein).
c) A desconsideração da personalidade jurídica iniciou-se 
nos EUA.
d) No Brasil, ainda não temos o instituto jurídico da 
desconsideração da personalidade jurídica.
e) A desconsideração inversa da personalidade jurídica 
somente se aplica às empresas familiares.
ATÉ A PRÓXIMA!

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