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1 1- INTRODUÇÃO Os túneis e as obras subterrâneas têm adquirido uma importância crescente no planejamento e gestão do espaço, tanto em áreas urbanas como no atravessamento de zonas montanhosas. As inúmeras vantagens da utilização do espaço subterrâneo são apenas ensombradas pelos seus custos associados, dado tratar-se de estruturas complexas executadas por técnicos e empresas altamente especializados. Os túneis têm como objetivos permitir uma passagem direta através de certos obstáculos, que podem ser elevações, rios, canais, áreas densamente povoadas, etc. São elementos de transporte, com exceção daqueles usados em mineração. São exemplos os túneis ferroviários, rodoviários, de metrôs, de transporte de fluidos (água). No transporte de água, a finalidade pode ser tanto para a obtenção de energia, como de abastecimento de populações. Os túneis são também freqüentemente usados em barragens como obras auxiliares, através das quais as águas do rio são desviadas, a fim de permitirem a construção das estruturas da barragem no leito do rio. Porem, para se construir um túnel vários fatores devem ser analisados, como as características do material geológico que a construção vai atravessar. Túneis em solo moles ou em rochas usam técnicas diferentes, requerendo assim, um estudo minucioso para cada etapa do processo de escavação. 1.1 Tipos de Túneis Muitos túneis são considerados obras de arte tecnológicas, envolvendo um planejamento minucioso que levam em consideração ações como: custo, qualidade, limitações, impactos e transtornos à sociedade, qualidade das condições de trabalho, equipamentos e produtividade. Os túneis são divididos em três classes: •Túneis de mineração; •Túneis de serviços públicos; e •Túneis de transporte. Além dessas três classes, ainda existem os túneis submersos, que podem servir tanto para transporte, quanto para serviços públicos. Os túneis de serviços públicos servem para o transporte de água, esgoto ou gás através de grandes distâncias. Os primeiros túneis eram usados para levar água e retirar esgoto de regiões densamente povoadas. Os engenheiros romanos usavam uma extensa rede de túneis para ajudar a transportar água das fontes, nas montanhas, para cidades e vilas. 1.2 – Influências dos fatores geológicos e Critérios de Projeto A exploração cuidadosa das condições geológicas é a fase mais importante dos trabalhos preliminares para túneis. A escolha do alinhamento básico de um túnel é governada primeiramente pelos interesses de trafego e transporte. A locação exata é controlada pelos fatores geológicos e hidrológicos particulares da área do túnel. A tendência para a implantação de um alinhamento de túnel é mantê-lo o mais reto possível, não só por seu percurso menor, custos inferiores, melhor visibilidade, mais também TÚNEIS – TIPOS E MÉTODOS DE ESCAVAÇÃO. Laerte SOUSA DE BRITO IESPLAN, Brasília, Brasil. RESUMO: Diante da crescente ocupação dos ambientes urbanos e das demandas por infraestrutura, a ocupação do espaço subterrâneo mostra-se uma opção. Para este fim, os túneis são a principal alternativa, seja para a implantação de redes de utilidades, para transporte rodoviário, para transporte metroviário ou para sistemas de saneamento. Assim, este artigo apresenta alguns conceitos e técnicas empregadas para se construir um túnel, como, também, as características do material geológico que a construção do mesmo vai atravessar e os diferentes métodos e tecnologias utilizadas nas escavações dos vários tipos de túneis. 2 pela simplificação da construção e de sua locação topográfica. A locação geral de um túnel, apesar de administrada pelos interesses econômicos e de trafego, somente é definida quando são definidas as condições geológicas A locação de um túnel, quando possível, deve ser acima do nível da água, caso contrário, deve ser esperada a entrada d’água através do teto e das paredes laterais. Em certas condições, pode ser necessária a aplicação de métodos especiais à construção, como o da couraça, ou a aplicação de rebaixamento do nível d’água, etc. O estudo do perfil geológico é o primeiro passo para a elaboração do projeto, originando a conceituação geológica através de estudos, que compreendem: - pesquisa bibliográfica e mapeamento geológico-geotécnico da área de implantação do túnel; - elaboração de modelo geológico: ênfase em compreensão estrutural e geomorfológica; e - elaboração do plano de investigação por meio de sondagens mecânicas e/ou geofísicas, bem como caracterização das amostras das sondagens e elaboração da classificação geomecânica do maciço. Para minimizar a possibilidade de colapsos é necessário profundo conhecimento do terreno, pois durante a escavação do túnel isto possibilitará que sejam adotadas medidas preventivas. De acordo com Mello (1998), o levantamento topográfico deve ser preciso e realizado em toda a área a ser atravessada pelo túnel, com traçado das curvas de nível a cada metro. Devem constar da planta topográfica todas as características da superfície do terreno, tais como afloramentos de rocha, tipo de vegetação, erosões, bacias com água, deslizamentos, falhas, rastejamento de encostas, etc. Na área dos emboques a escala da planta deve ser preferencialmente 1:500, e curvas de nível traçadas a cada metro, permitindo a elaboração do projeto de terraplenagem. O reconhecimento geológico é feito através de investigações superficiais, complementadas com sondagens espaçadas adequadamente as quais fornecem as informações para o anteprojeto preliminar. 2 - ESCAVAÇÕES EM MATERIAIS MOLES (SOLOS) 2.1 - Método de Construção a Céu Aberto – “cut-and-cover” No método a céu aberto, o túnel propriamente dito tem uma secção transversal retangular para duas ou mais vias, estando sua base geralmente 10 m a 20 m abaixo da superfície e tendo em conseqüência um reaterro de 4 m a 14 m de altura. Os diversos métodos de construção a céu aberto se distinguem principalmente pelo tipo de parede de escoramento. Os principais trabalhos que acompanham esse método, sem levar em conta a desapropriação do terreno, são: a) Remoção das interferências Sob as ruas das grandes cidades, encontra-se grande número de linhas, cabos e sistemas de distribuição de todos os tipos. Nos lugares onde não é possível sustentar essas linhas sem comprometer o bom andamento da obra, elas devem ser relocadas. Canais comuns para todas as linhas de distribuição só são feitos raramente, devido ao custo elevado e a problemas administrativos e técnicos. b) Escoramento de prédios Para determinar o traçado da construção a céu aberto, o engenheiro deve seguir o traçado das ruas, o que muitas vezes não corresponde a um traçado ideal. Ainda assim, não é possível evitar totalmente que sejam atingidos prédios. O escoramento ou a demolição dos prédios não pode ser determinado unicamente por cálculos econômicos. c) Medidas para o remanejamento do tráfego Um dos principais problemas durante a construção do túnel é o remanejamento do tráfego de veículos. Muitas vezes, necessitam-se medidas bastante delicadas, como mudança de linhas de tráfego, colocação de sinais e semáforos novos, etc. Todas essas medidas devem ser tomadas antes de iniciar-se a escavação. 2.1.1 - Métodos de construção Os métodos de construção a céu aberto propriamente ditos são os seguintes: a) com taludes inclinados; b) com paredes de escoramento de diversos tipos: métodos de Berlim e de Hamburgo; c) com paredes que farão parte da estrutura da obra: método de Milão ou de paredes- diafragma; e, d) métodos especiais. A Figura 01 mostra a sequência construtiva de um túnel de seçãoquadrada, executado a 3 partir de escavação a céu aberto, sendo as paredes laterais do tipo “paredes diafragmas”. Figura 01 –Túnel executado a partir de escavação a céu aberto, através de concretagem de paredes diafragmas. Fonte: Google.com 2.2 - Método da Couraça – “shields” O método de construção de túneis com couraça é um dos mais modernos, e é o que traz menores problemas, tanto para o tráfego superficial como para a remoção de interferências. Foi utilizado pela primeira vez no começo deste século por Brunel, para um túnel rodoviário sob o Rio Tamisa, em Londres. Ele é aplicável em quase todos os tipos de solo, nos moles como nos muito rígidos, acima ou abaixo do lençol freático. Ele se adapta muito bem às mais variadas condições. Para um funcionamento seguro, é necessária a existência de uma altura mínima de terra acima do túnel. De resto, sua profundidade só é limitada quando se trabalha com ar comprimido, abaixo do lençol freático. Mesmo trechos em declive ou em curvas, quando necessários para estradas ou metrôs, não apresentam problemas. Atualmente existem três tipos de couraças: a) couraça manual; Esse tipo é o mais seguro para resolver todos os problemas, dentro das mais variadas condições. Relativamente ao escoramento do solo na frente de trabalho, usam-se dois sistemas: As plataformas de trabalho são dispostas de modo a permitir que as pessoas trabalhem de pé. A escavação do solo e o escoramento são feitos de cima para baixo, sendo que a plataforma de trabalho avança empurrada hidraulicamente. O escoramento também é feito com auxílio de macacos hidráulicos. Quando a couraça avança, as plataformas de trabalho e o escoramento ficam parados, isto é, retrocedem relativamente à couraça, regulando-se a compressão do solo por um comando de pressão dos macacos hidráulicos. Isto significa, admitindo-se um trabalho muito cuidadoso, que o solo na frente de trabalho está completamente escorado a qualquer momento e em qualquer fase de trabalho. Esse método clássico, de grande adaptabilidade, pode ser empregado tanto acima como abaixo do nível do lençol freático (com ar comprimido). Figura 02 - Exemplo de avanço da perfuração com couraças com escavação manual. Fonte: Google.com b) couraça semi-mecanizada; A respeito do escoramento do solo na frente de trabalho, as couraças semi-mecanizadas não diferem das de escavação manual. Tenta-se simplesmente racionalizar e acelerar alguns serviços manuais por máquinas adequadas. Contudo, as máquinas são operadas individualmente. Isso pode ser feito tanto no carregamento como na escavação, que é a parte mais importante. O solo na frente de trabalho, a qualquer momento, pode ser escorado total ou parcialmente por chapas de aço, usando-se as pás mecânicas para colocá-las ou retirá-las. O escoramento propriamente dito é feito por macacos hidráulicos e pode ser regulado exatamente conforme as condições. 4 Figura 03 - Exemplo de avanço da perfuração com couraças semi-mecanizada. Fonte: Google.com c) couraça totalmente mecanizada. Nas couraças mecanizadas conhecidas, o solo é escavado, na frente de trabalho, por placas rotativas, sendo levantado mecanicamente e conduzido por correias transportadoras ou vagonetes. Todas as instalações auxiliares são instaladas na couraça ou em um "reboque". A colocação dos segmentos dos anéis e a injeção de argamassa são feitas como nos outros tipos de couraça. Devem-se distinguir couraças com a frente de trabalho escorada ou não, isto é, se a escavação e feita por um disco fechado ou aberto. Figura 04 - Exemplo de avanço da perfuração com couraças totalmente mecanizada. Fonte: Google.com 2.3 - NEW AUSTRIAN TUNNELING METHOD ( NATM) As primeiras publicações sobre o NATM surgiram em três artigos pela Revista Water Power escritos por Rabcewicz em 1964 e 1965. Segundo Ferrari (1993), caracteriza-se como um processo de escavação subterrânea que, utilizando o concreto projetado como revestimento, busca a estabilização das deformações do terreno através do alívio controlado das tensões atuantes, exigindo para isso instrumentação de campo adequada e a monitoração constante das condições de escavação, para que sejam alcançados os resultados esperados. A principal característica no NATM é o uso de uma camada delgada de chumbadores que é aplicada a uma superfície da rocha adjacente. Segundo Mello (1998), para viabilizar a escavação de um túnel pelo NATM, é importante que o terreno tenha capacidade autoportante, por isso torna-se necessária a estabilização do maciço, durante o tempo mínimo de instalação do suporte. Percebendo a importância do conhecimento do comportamento do maciço, Terzaghi (1950) apresentou uma classificação de solo baseada na reação do maciço submetido à escavação e no tempo decorrido entre o início das escavações e o início da instabilização do maciço, denominada “classificação do tuneleiro”. Segundo este critério, o solo é classificado em seis categorias que consideram o modo como o maciço se degrada em conseqüência da escavação do túnel. A classificação cuja característica representa maior parcela do tipo do solo estudado é a do solo desplacante. Esta classificação descreve o maciço que se instabiliza através de placas ou blocos de solo que se destacam após a sua exposição. Se o processo não for interrompido os desplacamentos podem ocorrer progressivamente, formando cavidades ou capelas que podem atingir a superfície. Os princípios básicos do NATM podem ser mais bem ilustrados comparando-se a mecânica das rochas de túneis, escorados com esse método e com os antigos. Ao passo que todos os métodos mais antigos de escoramento temporário, sem exceção causam vazios e o afrouxamento através da plastificação de diversos elementos da estrutura de escoramento, uma camada delgada de concreto projetado, às vezes, junto de um adequado sistema de chumbador de rocha, aplicando à superfície da rocha imediatamente após a detonação, evita o afrouxamento e reduz de certo modo a descompressão da massa de rocha adjacente. Embora basicamente o NATM pareça ser bastante simples, essa técnica de execução de túneis é bastante delicada em sua aplicação, 5 especialmente em rocha fraca e saturada. A aplicação correta e bem sucedida desse método requer bastante experiência prática e a íntima colaboração de um geólogo – engenheiro. Para que sejam aproveitadas ao máximo as possibilidades desse método de execução de túneis, é necessário não somente ter a experiência prática de execução de túneis, mas também é preciso ter um conhecimento profundo das propriedades e do comportamento da rocha. 3 - MÉTODO DE ESCAVAÇÃO EM MATERIAIS DUROS (ROCHAS) 3.1 - Método Tradicional Túneis desenvolvidos em rochas podem apresentar diferentes métodos de avanço, como a Escavação Total onde toda a frente é perfurada e dinamitada; Escavação por Galeria Frontal e Bancada que envolve o avanço da parte superior do túnel, sempre adiante da parte inferior; e, Escavação com Galerias podendo ser central, lateral, de fundo e de teto. Em túneis bastante largos, pode ser vantajoso desenvolver um túnel menor, chamado galeria, antes da escavação total da frente. 3.2 - Método Mecânico Esse método é antigo e suas vantagens comparadas com as do método tradicional, são evidentes no que tange segurança, pois suas aberturas de paredes arredondadas são mais resistentes e perigo da queda de blocosé menor; menor número de trabalhadores; e, avanço rápido. Porém, existem algumas desvantagens, como o alto investimento inicial requerido pelo equipamento, o que elimina sua aplicação em túneis curtos. O sistema de ventilação necessita ser mais largo e/ou mais complexo para proporcionar o controle da poeira do calor. Deve ser efetuado cuidadoso controle na direção e no “grade” do túnel, para evitar possíveis desvios, de difícil correção. O projeto básico do equipamento é quase sempre definido com a seleção das condições geotécnicas do local e do diâmetro do túnel. A seleção do tipo apropriado dos elementos cortantes é feita em função das características das formações rochosas a serem atravessadas. 3.2.1 - Máquina Tuneladora (Tatuzão ou TBM). Conhecida popularmente no Brasil por “Tatuzão” e internacionalmente por TBM (Tunneling Boring Machine), os TBMs são máquinas metálicas e com seção transversal idêntica àquela que será escavada (Moreira, 2006). Em definição mais exata tecnicamente, o tatuzão (Figura 05) é um sistema composto de um corpo principal e outros elementos de apoio, constituído por mecanismos de corte e impulso. Figura 05 – Máquina Tuneladora (Tatuzão). Fonte: Google.com Bastos (1998) destaca a existência de diversos tipos de máquinas tuneladoras algumas delas possuindo couraças – também nomeados escudos ou shields – para auxílio à escavação em rochas brandas, solos saturados ou outras condições que requeiram colocação imediata de estrutura de suporte. Muitas são fabricadas unicamente para uma obra, às vezes podem ser usadas em outra escavação, mas raramente isso acontece. Os tipos de tuneladoras e sua classificação são em função do solo a ser escavado, conforme a Figura 06. Figura 06 - Classificação das máquinas tuneladoras. Fonte: Google.com 6 Sobre a utilização de máquinas tuneladoras, Da Silva (2007) ressalta que importantes condicionantes do método são a variabilidade geológica possível de ser encontrada ao longo de um túnel e a baixa flexibilidade com relação a mudanças na geometria do túnel. Moreira (2006) confirma estas informações e acrescenta que um acentuado problema do método construtivo é a sobrescavação (overbreak - escavação para além do limite útil ou do limite geométrico previsto em projeto), decorrente da geometria circular das tuneladoras. É a situação que ocorre para se conseguir uma largura maior a partir de uma máquina circular, o que acaba gerando um aumento desnecessário na altura da cavidade e, por consequência, no custo do projeto. Dentre as vantagens da escavação com tuneladoras, Da Silva (2007) cita: maiores condições de segurança da obra, favorecimento de atividades laborais, maior regularidade e qualidade da superfície escavada, maior velocidade de escavação e menor indução de vibrações no maciço escavado. Alguns consideram esta técnica de escavação viável apenas na ocorrência de seções transversais geometricamente uniformes e formações geológicas também uniformes. 4 - DEFINIÇÃO E ESCOLHA DO MÉTODO CONSTRUTIVO As escolhas dos métodos de execução de uma obra dependem das condicionantes gerais de cada empreendimento. Daí decorre a necessidade de se conhecer estas condicionantes antes do processo decisório. Esta afirmação é apoiada por Moreira (2006), que declara o julgamento ponderado dos condicionantes que intervêm no processo como premissa para a seleção do método construtivo mais apropriado. Feita a exposição das metodologias construtivas até o momento consagradas – incluindo suas limitações, vantagens, desvantagens e potencialidades – alguns fatores intervenientes na escolha do método construtivo de túneis podem ser apontados como de maior relevância: finalidade, características do solo, cobertura do maciço sobre o túnel, ocupação da superfície, seção transversal, extensão, taxas de avanço requeridas e modalidade contratual. O conjunto destes fatores forma o contexto no qual um túnel estará inserido durante e após sua construção. Contudo, a regra geral é que este contexto apresente mudanças à medida que cada componente varie. Assim, a variação do solo existente no traçado de um longo túnel ou a variação da cobertura sobre ele devido ao relevo do ambiente constitui um exemplo de contexto mutável. Diante disso é possível e comum que mais de um método construtivo seja utilizado para o mesmo túnel, fazendo com que trechos distintos da obra sejam construídos com diferentes tecnologias. 5 – CONCLUSÃO Como visto ao longo deste trabalho, os túneis possuem diversas finalidades tais como: vias de comunicação (estradas, caminhos de ferro, passagens pedonais); vias de condução hidráulica (adutores de água, de gás, aproveitamentos hidroelétricos); minas; acessos a instalações subterrâneas militares; depósitos de carburantes; armazenamento de resíduos; etc. É, assim, bastante vasto o campo de aplicação destas obras geotécnicas, possuindo particularidades específicas que se prendem com o fim a que se destinam e com as condições naturais existentes no local de construção. Após se estudar o terreno e suas condicionantes, escolho-se o melhor método construtivo avaliando inúmeros fatores: fluxo de caixa, prazos, valores, meio ambiente, e, principalmente, questões sociais acerca dos transtornos que podem ser minimizados ou até mesmo evitados. Pelo que foi dito, é fácil de entender que a construção de um túnel ou de uma obra subterrânea envolve equipes multidisciplinares especializadas, onde a Geotecnia tem uma intervenção preponderante em praticamente todas as etapas. BIBLIOGRAFIA De Mello, V.; Boscov, P. & Campanhã C. Túneis em Terrenos Pouco Consistentes. Manual Técnico. São Paulo: CBPO, 1998 Ferrari, O.A. O NATM como Alternativa Versátil de Método Construtivo. Revista do Instituto de Engenharia, São Paulo, v.1, n.494, p. 58-59, mar.1993. Terzaghi, K. Geologic aspects of soft-ground tunneling. In: TRASK,P.D. Applied sedimentation. New York: Wiley, 1950. Cap.11, p.193-209. Moreira, Carlos Manuel da Cruz. Túneis: uma herança ancestral rumo ao futuro. A obra nasce: revista de Arquitectura da Universidade Fernando Pessoa. Porto, Portugal, n. 3, p. 92-115, jan. 2006. Bastos, Mário José N. A Geotecnia na concepção, projeto e execução de túneis em maciços rochosos. 1998. 166 7 f. Dissertação de Mestrado. Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa, Portugal, 1998. Da Silva, Carlos Antônio R. Perfil geológico-geotécnico do subsolo ao longo do traçado do Metrô de Goiânia. 2007. 227 f. Dissertação de Mestrado. Departamento de Engenharia Civil, UnB, Brasília, DF, 2007. ENGENHARIA CIVIL.COM – ENGENHARIA NA INTERNET. Máquina Tuneladora http://www.videos.engenhariacivil.com/como- funciona-uma-tuneladora. Acesso em 02 nov. 2016.
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