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Resumo de físico química Sistema, estado e vizinhança: o sistema é a parte do universo que interessa; o seu estado é descrito usando variáveis macroscópicas como pressão, volume, temperatura e número de mols. A vizinhança são todo o res- tante (exemplo, um sistema pode ser o refrigerador e a vizinhança pode ser o restante da casa). Vapor: se refere à matéria do estado gasoso em equilíbrio com o seu líquido ou sólido correspondente. Para voltar a ser líquido é necessário apenas diminuir sua temperatura ou então aumentar a sua pressão. Um desses dois fatores separadamente pode causar o efeito desejado [o vapor se liquefaz mais facilmente que um gás]. Gás: é o estado fluído da matéria. Para que ele seja liquefeito é necessário que simultaneamente se diminua a temperatura e a aumente a pressão. Temperatura: é uma medida da quantidade de energia cinética contida nas partículas de um sistema. #Quanto mais alta a temperatura, mais energia cinética têm o sistema. #A temperatura não é uma forma de energia, é um parâmetro para comparar quantidades de energia de di- ferentes sistemas. #Ta = Tb [dizemos que o sistema está em equilíbrio térmico; quando Ta > tb [observa-se que ocorrerá trans- ferência de energia de um sistema para outro, até que eles se encontrem em equilíbrio térmico. [A energia transferida de um sistema para outro é chamada de calor]. Pressão: razão de uma força aplicada perpendicularmente sobre uma superfície e a área da superfície. #Quando a pressão é menor, mais facilmente ocorrerá a transição de uma substância do seu estado líquido para o de vapor, pois a força aplicada perpendicularmente sobre dada superfície é menor. Temperatura crítica: temperatura acima da qual a substância só pode existir na forma de gás. Acima desta temperatura a substância gasosa não pode ser condensada por compreensão isotérmica (mantendo a tempe- ratura igual a pressão) [é impossível mudar seu estado gasoso para o estado líquido mudando apensas a pres- são]. A lei zero da termodinâmica: se dois sistemas (de qualquer tamanho) estão em equilíbrio térmico entre si e um terceiro sistema está em equilíbrio com um dos dois, então ele está em equilíbrio térmico com o outro também. Estados de matéria (sólido, líq., gás): diferem em seus estados de agregação e forças de coesão. Características dos gases: Altamente compreensíveis e ocupam o volume total de seu recipiente; São moléculas pequenas -10-7 A distância entre as moléculas é grande em relação a seus tamanhos. As partículas constituintes do gás encontram-se em constante movimento desordenado. O gás tem um certo volume, uma certa pressão, uma determinada temperatura, um número definido de átomos e moléculas, uma reatividade química específica, e assim por diante. Se pudermos medir, ou mesmo impor, os valores, saberemos tudo o que é necessário sobre as propriedades do sistema. Podemos então dizer que conhecemos o estado do sistema. #O estado de um sistema é determinado pelo que as variáveis do sistema são, e não por como o sis- tema chegou a elas. #O estado físico de um gás ideal (aquele gás hipotético que obedece rigorosamente às leis dos gases ideais) é definido por propriedades físicas: volume, número de mols, pressão e temperatura. Modelo físico dos gases ideais: (1) O gás é formado por um grande número de partículas; (2) as dimensões das partículas são muito pe- quenas; (3) as partículas não exercem entre si foras apreciáveis; (4) as colisões entre as partículas ou entre as partículas e as paredes do sistema são choques perfeitamente elásticos. Propriedades empíricas de um gás: a) Lei de Boyle: em um sistema fechado em que a temperatura é mantida constante, verifica-se que determinada massa de gás ocupa um volume inversamente proporcional a sua pressão. [Isso significa que se dobrarmos a pressão exercida por um gás em um sistema fechado, o volume irá diminuir pela metade; o contrário também ocorre]. #Esse tipo de transformação é denominada isotérmica (“calor constante”). Se representarmos as transformações isotérmicas por meio de um gráfico, veremos que para a mesma massa do gás, o pro- duto das variáveis de pressão e volume sempre originará uma hipérbole. [Diferentes temperaturas originam diferentes hipérboles, que são chamadas isotermas – quanto maior a temperatura, mais a hipérbole se afasta da origem]. b) Lei de Charles: com a pressão sendo mantida constante, a massa de determinado gás ocupa um vo- lume diretamente proporcional à sua temperatura termodinâmica. [Isso quer dizer que, se aumentar- mos a temperatura do sistema, o volume ocupado pelo gás também aumentará, ou seja, ele vai se expandir, aumentando seu volume; por outro lado, com a diminuição da temperatura, o gás vai se comprimir]. #Esse tipo de transformação é chamada de isobárica (“pressão constante”). Se representarmos as transformações isobáricas por meio de um gráfico, o produto das variáveis temperatura e volume originará uma reta. [Diferentes pressões originam diferentes retas]. c) Lei de Charles e Gay-Lussac: com o volume sendo mantido constante, a pressão exercida pela massa de determinado gás é diretamente proporcional à sua temperatura termodinâmica. [Isso quer dizer que, se aumentarmos a temperatura do sistema, a pressão exercida pelo gás também aumentará e vice-versa]. #Esse tipo de transformação é chamada de isocórica (“volume constante”). Se representarmos as transformações isocóricas num gráfico, o produto das variáveis temperatura e pressão originará uma reta. [Diferentes volumes, originam diferentes retas]. d) Lei de Avogadro: volumes iguais, de quaisquer gases, nas mesmas condições de temperatura e pres- são, apresentam a mesma quantidade de matéria em mol ou moléculas. [Isso significa que, por exem- plo, 1 mol de gás hidrogênio ocupa 22 L e 1 mol de gás cloro também, mesmo que a massa do gás hidrogênio seja muito menor, pois é de 2 g (H2), enquanto que a massa de cloro é 71g (Cl2)]. [Foi determinado que um mol de qualquer gás contém 6,02.1023 moléculas (constante de Avogadro). #Assim, se um 1 mol de qualquer gás contém a mesma quantidade de moléculas, o volume ocupado também será o mesmo, desde que esteja nas mesmas condições de temperatura e pressão. #Como pode caber, em um mesmo volume, o mesmo número de moléculas, sendo que existem gases com moléculas maiores e outras menores? Resp: no estado gasoso, as moléculas estão a uma distân- cia tão grande uma das outras que o tamanho delas é desprezível. Gás ideal: seria o gás que obedece, rigorosamente, às leis físicas dos gases; em quaisquer condições de pressão e temperatura e também deveria encaixar-se perfeitamente no modelo descrito pela teoria cinética. Gás real: que não seguem exatamente a lei do gás ideal, podem se aproximar do comportamento ideal se forem mantidos a temperatura elevada e a pressão baixa (gás perfeito – aquele que tem características pró- ximas ao gás ideal). Equação da lei dos gases ideais: como p, V, T e n são as únicas quatro variáveis de estado independentes para um gás, a fórmula de proporcionalidade da equação pode ser transformada em uma igualdade usando uma constante de proporcionalidade. 𝑉 = 𝑅 × 𝑛×𝑇 𝑝 e 𝑝 ∗ 𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 #A equação prevê como um gás irá se comportar [essas equações são mais válidas quando a pressão tende a zero, pois se a pressão for mais alta as moléculas serão mais comprimidas no sistema (volume diminui), au- mentando a probabilidade de colisões entre as partículas]. [No modelo do gás ideal as partículas não se inte- ragem]. #R é a constante que é determinada experimentalmente, depende das unidades p, V, T e n. 𝑅 = 𝑝 × 𝑉 𝑛 × 𝑇 #(p x T) corresponde à energia média para variarem 1K, a temperatura de 1 mol de moléculas de um gás ideal. Propriedades extensivas: são aquelas que dependem da quantidade de matéria (n e V). Propriedades intensivas: não dependem da quantidade de matéria (p e T). São medidas em qualquer ponto do sistema. #Sempre quando se divide uma variável extensiva por outra extensiva (ex: v/n), torna-se uma variável inten- siva. Aplicações: densidade e massa molar: 𝑃 ∗ 𝑉 = 𝑛 ∗ 𝑅 ∗ 𝑇 𝑃𝑉 = 𝑚𝑅𝑇 𝑀𝑀 𝑃 = 𝑚∗𝑅∗𝑇 𝑉∗𝑀𝑀 𝑛 = 𝑚 𝑀𝑀 𝑑 = 𝑚 𝑉 𝑉𝑚 = 𝑅∗𝑇 𝑝 Combinação das leis: Transformação isotérmica P1*V1 = P2*V2 Transformação isocórica 𝑃1 𝑇1 = 𝑃2 𝑇2 Transformação isobárica 𝑉1 𝑇1 = 𝑉2 𝑇2 Quando P, V, n e T variam 𝑃1∗𝑉1 𝑇1 = 𝑃2∗𝑉2 𝑇2 quando n1 = n2 Mistura de gases: Dalton observou que a pressão medida de uma mistura de gases é a soma das pressões que os gases exerceriam se cada um estivesse sozinho. 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃𝑔á𝑠1 + ⋯ + 𝑃𝑔á𝑠𝑥 #Cada gás se comporta como se o outro não existisse; a pressão individual de cada gás ñ muda. Gráfico de pressão total #As diagonais representam a pressão variando com a quantidade de maté- ria. Exemplo: a diagonal do canto superior esquerdo para o canto inferior direito diz respeito ao gás A, onde em 0 do eixo x, representa 100% da pres- são de A; em 1 do eixo x, representa 0%. Gráfico do gás CO2: #O gráfico tem quatro isotermas (50; 40; 31,04; e 20°C). A temperatura crí- tica do CO2 é de 31°C. #É possível observar desvios no gráfico, ou seja, fogem da idealidade quando se tem pressões elevadas ou temperaturas baixas. #Abaixo da isoterma de 31,04°C o gás para de se comportar como um gás ideal pois ele começa a se liquefazer (estado gasoso para estado líquido em E, D e C). E, quando a pressão é elevada, aumenta a probabilidade de coli- sões entre as partículas; fugindo assim da idealidade. #O gráfico representa o comportamento do gás real. Gases reais: interações moleculares #Se por um lado as moléculas dos gases ideais em condições de baixa pressão mantém uma grande distância uma das outras, a ponto das interações moleculares serem desprezíveis, em condições de alta pressão essa condição começa a mudar para os gases reais, pois, com pressão maior ocorre a diminuição do volume, por- tanto, o espaço entre as moléculas também diminui, com uma maior aproximação das moléculas a interação entre elas começa a ser significativa. #Mesmo em altas pressões, quanto maior a temperatura, maior será a energia cinética dos gases, ou seja, as moléculas se movimentam com maior velocidade, com isso, a força de interação molecular tende a ser menos efetiva que a velocidade do movimento, isto faz com que um gás real se aproxime da condição do gás ideal. #Se o espaço entre as moléculas é grande ocorre pouca interação entre elas, numa distância intermediária predomina as forças atrativas (tende diminuir o volume) e em distâncias pequenas predomina as forças de repulsão (tende aumentar o volume). #As forças atrativas e repulsivas dependem do sinal das cargas. É atrativa se as cargas tiverem sinais opostos; repulsivas, se as cargas tiverem os mesmos sinais. #Em baixas pressões as interações são desprezíveis (gás tende a ter um comportamento de gás ideal), em pressões intermediárias as forças de atração predominam sobre as repulsivas (gás mais compressível que um gás ideal) e em altas pressões, predominam as forças repulsivas sobre as atrativas (menos compressível que um gás ideal). Dependência das forças intermoleculares em relação a distância #Gráfico de Z (fator de compressibilidade) contra a pressão. #O gás ideal em quaisquer condições tem Z = 1. #Quando diminui a pressão o Z fica mais próximo de 1, altera-se o vo- lume molar da espécie, já que: 𝑍 = 𝑉𝑚 (𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑔á𝑠 𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙) 𝑉°𝑚 (𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑚𝑜𝑙𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑔á𝑠) #Perto de Z1 o gás comporta-se como gás ideal porque não vai existir co- lisões entre as partículas. #O gás tem comportamento de gás real quando (a) as partículas dos ga- ses reais têm volume não negligenciável; (b) as forças atrativas e repulsi- vas existem e influenciam nos valores de V e P; (c) os gases reais podem mudar de estado físico para uma fase condensada. #Em pressões muito baixas, quando a pressão tende a zero todos os gases tem Z=1 (gás ideal; em pressões elevadas, todos os gases têm Z>1, o que evidencia um maior volume em relação ao gás perfeito (as forças repulsivas são dominantes); em pressões intermediárias Z<1, indica que as forças atrativas estão reduzindo o volume molar em comparação ao gás ideal. Temperatura de Boyle: onde o gás se comporta como um gás perfeito por uma ampla faixa de pressão (tem Z=1). Relação de temperatura e pressão: Em altas temperaturas e baixas pressões, maior a distância entre as mo- léculas, alta energia cinética, ou seja, menor a probabilidade das moléculas se colidirem. Em baixas tempera- turas e altas pressões, baixa energia cinética, maior a probabilidade das moléculas se colidirem. Modelo de gases reais de Van der Walls: as interações entre as moléculas do gás são levadas em considera- ção – cada molécula se comporta como uma esfera hígida e impenetrável, ou seja, ocupam um certo volume e ao se interagirem afetam a pressão. 𝑃 = 𝑛𝑅𝑇 𝑉𝑚 − 𝑛𝑏 − 𝑎 ( 𝑛 𝑉 ) 2 #O parâmetro “a” corrige a pressão ideal para a pressão real e está relacionada as forças atrativas do gás; o parâmetro “b” corrige o volume molar e relaciona-se com o tamanho destas partículas. #A velocidade de uma partícula se colidir com outra é diminuída pelas forças atrativas. Logo, a pressão de um gás real é menor quanto maior a atração entre suas partículas. Modelo cinético dos gases: procura descrever o comportamento dos gases através do comportamento mi- croscópico da matéria, e as propriedades que apresenta à escala macroscópica. Um modelo usado na teroai cinética dos gases pode ser descrito em três hipóteses. 1) ~Todos os gases são constituídos por um grande número de moléculas, esféricas, pequenas quando comparada com as dimensões do recipiente de volume V onde estão contidas e com grandes distân- cias percorridas entre colisões sucessivas. 2) As moléculas estão em movimento contínuo e aleatório, deslocando-se em todas direções em traje- tórias retilíneas; 3) As moléculas são independentes umas das outras e só interagem durante colisões elásticas de curta duração. #Além dessas hipóteses, impõe-se a condição de que, em qualquer colisão, a energia cinética total das molé- culas é a mesma antes e depois da colisão. Este tipo de colisão é chamada de colisão elástica. #Se o gás consiste de um grande número de partículas que se movimentam, então o movimento das partículas deve ser completamente ao acaso ou caótico. As partículas movem-se em todas as direções com diversas velocidades, umas mais rapidamente e outras mais devagar. Se o movimento fosse ordenado (digamos que todas as partículas numa caixa retangular se movimentassem em trajetórias perfeitamente paralelas), tal con- dição não poderia existir, pois qualquer irregularidade na parede da caixa tiraria alguma partícula de sua tra- jetória; a colisão desta com outra tiraria uma segunda partícula, e assim por diante. Evidentemente, em pouco tempo o movimento seria caótico. Combinando pressão e a lei dos gases ideias: 2 3 𝑁𝐴𝐸𝑘 = 𝑅𝑇 #Quanto maior a temperatura, maior a energia cinética das moléculas. A distribuição de velocidade de Maxwell: descreve a distribuição da velocidade de partículas em um gás ideal. Elapossui um papel importante no entendimento da energia cinética de elétrons e íons assim como em ca- racterizar uma substância gasosa em particular. Na física clássica, pensava-se que as moléculas de gases ideias colidiam ao redor com velocidades arbitrárias nunca interagindo uma com a outra. Entretanto, cientistas mais tarde descobriram que um gás ideal é melhor modelado levando em conta essas considerações. A distribuição de Maxwell é uma função de densidade de probabilidade para a velocidade v de moléculas com massa m em gás a temperatura absoluta T. É dada pela seguinte equação: 𝑓(𝑣) = 4𝜋 ( 𝑀 2𝜋𝑅𝑇 ) 3 2 𝑣2𝑒− 𝑚𝑣2 2𝑅𝑇 *Outras fórmulas: Velocidade médias das moléculas ∁ = ( 8𝑅𝑇 𝜋𝑀 ) 1 2 Velocidade média relativa ∁ = ( 8𝑘𝑇 𝜋𝜇 ) 1 2 Massa reduzida 𝜇 = 𝑀𝐴𝑀𝐵 𝑀𝐴+𝑀𝐵 #Maxwell observou que uma descrição completa de como cada molécula se move não era necessária. O que era necessário era alguma compreensão de como este modelo microscópico estava conectado com as propri- edades microscópicas, que representam as médias de um número enorme de moléculas. #A informação microscópica relevante não é conhecimento das posições velocidades de cada molécula a cada instante de tempo, mas sua função de distribuição. Isto é o mesmo que dizer que uma certa percentagem de moléculas estão em certa parte do recipiente, e que a percentagem possuem velocidades dentro de certo intervalo, a cada instante de tempo. Gráfico da distribuição de Maxwell: #O ponto da velocidade média indica que um número maior de partículas apresentam a mesma média de velocidade nesse inter- valo. #Tem partículas que apresentam velocidades maiores e outras menores (esquerda e direita da velocidade média). #A velocidade média é influenciada pela massa molar e pela tem- peratura. #Quanto mais leve a partícula, maior é o intervalo de distribuição de Maxwell da velocidade (estará mais para direita do gráfico). Quanto mais pesada, menor é o intervalo da distribuição de velocidades (mais para esquerda). Gráfico de distribuição de Maxweel em diferentes temperaturas: #O gráfico mostra que um aumento na temperatura amplia a dis- tribuição de velocidades. Ou seja, quanto menor a temperatura, menor será o intervalo de distribuição e vice-versa. #O gás A tem menor temperatura em relação ao B, pois tem in- tervalo menor de distribuição. #A distribuição de velocidades também depende da massa da molécula. À mesma temperatura um gás pesado apresenta uma distribuição mais comprimida (menor) que um gás leve. No gráfico, caso A e B estiverem sujeitos a mesma temperatura, o gás A é mais pesado en- quanto B é mais leve. Gráfico: distribuições de densidades de probabilidade da veloci- dade molecular de 4 gases nobres a uma temperatura T. #A existência de velocidades diferentes pode ser entendida como resultado das constantes colisões entre as moléculas (devido as co- lisões uma molécula vai variando a sua velocidade). #Os gases nobres são quase gases ideias sob condições normais. #Para qualquer gás monoatômico, considerado ideal, o valor médio da energia cinética molecular é, para uma dada temperatura, o mesmo. Isso significa que se as moléculas forem mais pesadas mover-se-ão, em média, mais devagar. Efusão: é o movimento espontâneo das partículas de um gás no sentido de atravessar um orifício do recipi- ente onde elas estão contidas. Exemplo e aplicação: a geração de energia nuclear depende da habilidade de separar urânio-235 a partir do urânio 238, mais abundante. Um processo usa uma série de reações para con- verter o urânio em um sólido volátil, hexafluoreto de urânio. O vapor de UF6 experimenta então a efusão através de uma série de barreiras porosas. As moléculas de UF6 contendo urânio-235, que é mais leve que aquelas contendo urânio-238, experimentam a efusão mais rapidamente podendo assim ser separado do resto. Entretanto, a razão entre o tempo que a mesma quantidade de 235UF6 e 238UF6 requerido para efu- são é somente 1,004, assim uma separação muito pequena ocorre. Para melhorar a separação, o vapor é passado através de vários estágios de efusão, consequentemente, a planta deve ser muito grande. #Massas diferentes, velocidades de efusão diferente, Difusão: é o movimento espontâneo das partículas de um gás no sentido de se espalhar uniformemente em um recipiente ou em meio às partículas de um outro gás. Resumidamente, a difusão de um gás é a sua pro- pagação pelo espaço. Lei de Graham: a velocidade de difusão e de efusão de um gás é inversamente proporcional à raíz quadrada de sua densidade. 𝑣1 𝑣2 = √ 𝑀𝑀2 𝑀𝑀1 √ 𝜌2 𝜌1 #v1 e v2 são as velocidades de difusão dos gases 1 e 2. 𝜌 representa as densidades destes gases; MM representa a massa molar. Fluído supercrítico: é qualquer fluído que esteja a uma temperatura acima da sua temperatura crítica e da sua pressão crítica. É importante ressaltar que nenhuma substância é um fluído supercrítico, mas sim que pode ser levada ao estado supercrítico pelo uso de calor e pressão até superar o seu ponto crítico. #Possui características de gás e líquido; densidade alta (apresenta maior poder de solubilização).
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