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Farmacologia dos anestésicos locais Anestésicos locais • Utilizados para o controle da dor • Deixam de exercer efeito clínico quando são absorvidos • Do local de administração para a circulação • Outras Drogas ou Substâncias utilizadas na odontologia • Precisam entrar no sistema circulatório em concentrações suficientemente altas • Atingem níveis sanguíneos terapêuticos no órgão ou órgãos-alvo • Para poder começar a exercer uma ação clínica Farmacocinética dos anestésico locais • Absorção • Quando injetados nos tecidos moles • Os anestésicos locais exercem uma ação farmacológica sobre os vasos sanguíneos • Todos os anestésicos locais apresentam algum grau de vasoatividade • A maioria deles produzindo a dilatação do leito vascular no qual são depositados • O grau de vasodilatação pode variar • Alguns AL podem produzir vasoconstrição Farmacocinética dos anestésico locais • Absorção • Anestésicos locais do tipo éster • Potentes substâncias vasodilatadoras • Procaína - vasodilatador mais potente entre os anestésicos locais • Muitas vezes utilizada clinicamente para induzir vasodilatação • Nos casos em que o fluxo sanguíneo periférico foi comprometido • Exemplo - injeção (acidental) intra-arterial de uma substância (Tiopental) • Exemplo – injeção (acidental) de adrenalina em extremidades Farmacocinética dos anestésico locais • Absorção • Cocaína - único anestésico local que produz vasoconstrição consistente • A ação inicial da cocaína é de vasodilatação • Seguida por vasoconstrição intensa e prolongada • Produzida pela inibição da absorção de catecolaminas para os tecidos • Especialmente a noradrenalina • Resulta em excesso de noradrenalina livre • Ocasionando um estado de intensa e prolongada vasoconstrição Farmacocinética dos anestésico locais • Efeito clínico significativo da vasodilatação • Aumento da velocidade de absorção do anestésico local para a corrente sanguínea • Diminuição da duração e da qualidade do controle da dor • Aumento da concentração sanguínea (ou plasmática) do anestésico • Potencial de superdosagem (reação tóxica) • Absorção dos anestésico locais • As velocidades em que os anestésicos locais são absorvidos • Para a corrente sanguínea e alcançam seu nível sanguíneo máximo • Variam de acordo com a via de administração Farmacocinética dos anestésico locais • Via Oral • Os AL são absorvidos pelo trato gastrointestinal de maneira insuficiente • Muitos anestésicos locais (especialmente a lidocaína) • Sofrem um significativo efeito da primeira passagem hepática • Aproximadamente 72% da dose são biotransformados em metabólitos inativos • Análogo da lidocaína • Cloridrato de tocainida (A) • Eficaz por via oral • Substância antiarrítmica oral Farmacocinética dos anestésico locais • Via Tópica • Os AL são absorvidos em diferentes velocidades apos sua aplicação sobre as mucosas • Mucosa traqueal • Absorção quase tão rápida quanto a administração intravenosa • Empregada em algumas situações emergenciais • Mucosa faríngea • Absorção mais lenta • Mucosa esofágica ou vesical • Absorção ainda mais lenta do que na faringe Farmacocinética dos anestésico locais • Via Tópica • Em qualquer local onde não haja uma camada de pele intacta • Os anestésicos locais podem produzir um efeito anestésico após a aplicação tópica • Tratamento de queimaduras de sol • Geralmente contem lidocaína, benzocaína ou outros anestésicos na forma de pomada • Não apresentam ação anestésica quando aplicados sobre a pele íntegra • EMLA • Mistura eutética dos anestésicos locais lidocaína e prilocaína • Desenvolvida para proporcionar anestesia na superfície da pele integra Farmacocinética dos anestésico locais • Injeção • A velocidade de absorção dos AL após a administração parenteral • Subcutânea, intramuscular ou IV • Está relacionada tanto com a vascularização do local da injeção quanto com a vasoatividade da substância • Administração IV de anestésicos locais • Fornece a elevação mais rápida dos níveis sanguíneos • Utilizada clinicamente no tratamento primário das arritmias ventriculares Farmacocinética dos anestésico locais • Distribuição • Depois de absorvidos pela corrente sanguínea • Os anestésicos locais são distribuídos para todos os tecidos do corpo • Os órgãos (e áreas) altamente perfundidos • Apresentam inicialmente níveis sanguíneos mais elevados do anestésico • Cérebro, cabeça, fígado, rins, pulmões e baco • O músculo esquelético, embora não seja tão profundido • Contém maior percentagem de anestésico local do que qualquer tecido ou órgão • Constitui a maior massa tecidual do corpo Farmacocinética dos anestésico locais • Distribuição • A concentração plasmática de um AL em certos órgãos-alvo • Tem um impacto significativo sobre a toxicidade potencial da substância • O nível sanguíneo do AL é influenciado pelos seguintes fatores: 1. Velocidade de absorção da substância para o sistema cardiovascular 2. Velocidade de distribuição da substância do compartimento vascular para os tecidos 3. Eliminação da substância por vias metabólicas ou excretoras • Os dois últimos fatores reduzem o nível sanguíneo do anestésico local Farmacocinética dos anestésico locais • Distribuição • Meia-vida de eliminação • Velocidade em que o AL é removido do sangue • Tempo necessário para uma redução de 50% do nível sanguíneo • Uma meia-vida = redução de 50% • Duas meias-vidas = redução de 75% • Três meias-vidas = redução de 87,5% • Quatro meias-vidas = redução de 94% • Cinco meias-vidas = redução de 97% Farmacocinética dos anestésico locais • Distribuição • Todos os anestésicos locais • Atravessam com facilidade a barreira hematoencefálica • Eles também atravessam prontamente a placenta • E entram no sistema circulatório do feto em desenvolvimento Farmacocinética dos anestésico locais • Metabolismo • Biotransformação ou detoxificação • Importante, pois a toxicidade geral da substância depende do equilíbrio • Entre a velocidade de absorção pela corrente sanguínea no local de injeção • E a velocidade em que ela é removida do sangue • Por meio dos processos de absorção tecidual e de metabolismo Farmacocinética dos anestésico locais • Metabolismo • Anestésicos do tipo Éster • Hidrolisados no plasma pela enzima pseudocolinesterase • A velocidade em que ocorre a hidrólise de diferentes ésteres varia consideravelmente Farmacocinética dos anestésico locais • Metabolismo • Anestésicos do tipo Éster • A velocidade de hidrólise possui um impacto na toxicidade potencial do AL • A cloroprocaína, mais rapidamente hidrolisada, é a menos tóxica • A tetracaína, hidrolisada 16 vezes mais lentamente, apresenta maior potencial de toxicidade • A hidrólise transforma a procaína em ácido para-aminobenzoico (PABA) • Que é excretado em sua forma inalterada na urina • E em álcool dietilamino • Que sofre posterior biotransformação antes da excreção Farmacocinética dos anestésico locais • Metabolismo • Anestésicos do tipo Éster • As reações alérgicas que ocorrem em resposta aos anestésicos locais do tipo éster • Geralmente não são relacionadas com a substância original • Exemplo - a procaína • Relacionadas com o PABA • Que é o produto metabólico principal de muitos anestésicos locais do tipo éster Farmacocinética dos anestésico locais • Metabolismo • Anestésicos do tipo Éster • Aproximadamente uma em cada 2.800 pessoas • Tem uma forma atípica de pseudocolinesterase • Causa uma incapacidade de hidrolisar anestésicos locais do tipo éster • E outras substâncias quimicamente relacionadas (p. ex., succinilcolina) • Prolongamento dos níveis sanguíneos elevadosde anestésicos • Aumento do potencial de toxicidade Farmacocinética dos anestésico locais • Metabolismo • Anestésicos do tipo Amida • O local primário da biotransformação dos AL do tipo amida é o fígado • Praticamente todo o processo metabólico ocorre no fígado para: • Lidocaína, mepivacaína, etidocaína e bupivacaína • A prilocaína sofre o metabolismo primário no fígado • Com algum metabolismo ocorrendo também no pulmão • A articaína - molécula hibrida contendo componentes tanto éster quanto amida • Metabolizada tanto no sangue quanto no fígado Farmacocinética dos anestésico locais • Metabolismo • Anestésicos do tipo Amida • A velocidade de biotransformação • Da lidocaína, mepivacaína, etidocaína e bupivacaína é semelhante • Portanto, a função e a perfusão hepáticas influenciam significativamente a velocidade de biotransformação de um AL do tipo amida • Aproximadamente 70% de uma dose de lidocaína injetada • sofre biotransformação em pacientes com função hepática normal Farmacocinética dos anestésico locais • Excreção • Os rins são os órgãos excretores primários • Tanto para os anestésicos locais quanto para seus metabólitos • Uma percentagem da dose do AL e excretada inalterada na urina • Essa percentagem varia de acordo com a substância • Apenas pequenas quantidades dos ésteres • Se apresentam na urina na forma original do composto • Pois são quase totalmente hidrolisados no plasma Farmacocinética dos anestésico locais • Excreção • As amidas são geralmente encontradas na urina • Como o composto primário em uma maior percentagem do que os ésteres • em razão de seu processo de biotransformação mais complexo • Encontrados inalterados na urina • Menos de 3% de lidocaína, 1% de mepivacaína e 1% de etidocaína Farmacocinética dos anestésico locais • Excreção • Os pacientes com insuficiência renal significativa • Podem ser incapazes de eliminar do sangue o AL original ou seus principais metabólitos • Resultando em um ligeiro aumento dos níveis sanguíneos desse composto • Aumento no potencial de toxicidade
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