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Bíblia TEB de Estudo Ecumenica Completa

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4 . O REINO DE 
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PÉRIOS 
ASSÍRIO
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BABILÔNICO 
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PERSA
BÍBLIA
TRADUÇÃO ECUMÊNICA
Edições Loyola
Título original: La tíible - Traduction wcumenique de Ia Bible 
© Les Éditions du Cert et Societé Bibliquc Françaisc. Paris, 1988
Comitê Fundador: t O. Béguin. t J- Bosc, A.-M. Carré. t G. Casalis, P.-Ch. Marccl, F. 
Refoulé, R. Ringenbach
Conselheiros: t P. Benoít, O. Cullmann, t R. dc Vaux, W. Vischer
Comitê de edição: S. Amsler, J.-M. Babut, D. Barrios-Auscher, J.-P. Boyer, A.-M. Carrc,
P. Geoltrain, A. Kniazcff, X. Léon-Dufour. J. Maury, P. Moity
Colaboradores: J. Alexandre, S. Amsler, J.-M. Babut. D. Barthélemy, D. Barrios-Auscher, 
t A. Barucq. G. Becquet, D. Bertrand. t P- Bonnard, t P.--E. Bonnard, P. Bordreuil, C. 
de Bosschère, M. Boutticr, F. Bovon, J. Briend, F. Bron, P. Buis, M. Cambe, H. Capieu, 
A. Caquot, t J. Carmignac, M. Carrez, t G. Casalis, t M. Casalis, H. C azelles.Th. Chary. 
t P. Chazel, M.-A. Chevallier, E. Cothenct, J.-L. De'clais, L. Deiss, A. Deissler, M. Deleor, 
J. Delorme, L.-M. Dcwailly, P. Dornier, F. Dreyfus, A.-M. Dubarle, + J. Duplacy, Th. 
Duprey, A. Duprez, E. Fuchs, P. Geoltrain, + A. Georgc, J. Giblet, P. Grelot. A. Guillaumont. 
P.-A. Harle', E. Haulotte, Ch. Hauret, J.-G. Heinz. E. Jacob, t A. Jaubert, v B. Jay. M. Join- 
Lambcrt, E. Junod, B. Keller, C.-A. Keller, R. Kieffcr, A. Kniazcff, M.-F. Lacan, A. 
Lacocque, F. Langlamet, I. de La Potterie, t C. Larcher, R. Le De'aut, F.-J. Leenhardt, P. 
Le Fort, A. Leiièvre, X. Le'on-Dufour, D. Louys, D. Lys, A. Maillot, P. Mamie, E. Marechal, 
J.-CI. Margot, D. Marion, t H.-l. Marrou, R. Martin-Achard, t F. Michaeli. t D. Mollat. 
L. Monloubou. f Ch. Mugler. C. Perrot, R. Peter, D. Piccard, J. Ponthot, P. Prigent, J. 
Prignaud, A. de Pury, t R. de Pury, L. Ramlot, F. Refoulé, R. Rembry, B. Renaud, I. 
Renncs, P. Reymond, Ph. Reymond, M. Rougier, P. Sandevoir, F. Schmidt, J. Starcky, S. 
Terrien, R. Tournay, t Y,. Tremei, M. Trimaille, E. Trocme', t A. Vanel, J.-M. Van Cangh, 
A. Vanhoye, L. Vesco, F. Vouga, R. Vuilleumier, G. Wagner, C. Wiener
EDIÇÃO EM LÍN GU A PO R TU G U ESA
Colaboradores: L. J . B araúna, G. Belinatto, E. B ettencourt, t A. C harbel, J . I. da S. 
Campos, D. D utra, J . L. Gaio, R. Girola, G. Gorgulho, J . Konings, H. de S. Lim a, J. 
Maraschin, M. Marcionilo, I. J . Nery, M. Oliva, E. Q. de Oliveira, R. P. de Paiva, N. B. 
Pereira, I. O. Preto, t N. Rodrigues, M. Rufíier, J. Salvador, I. L. Stadelm ann, J . E. 
Terra, A. Vanucchi
Consultores: V. C ipriani, C. Grim aldi, W. Gruen, C. Frainer, t W. Rehfeld 
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Home page e vendas: www.loyola.com.br
Editorial: loyola@loyola.com.br
Vendas: vendas@loyola.com.br
ISBN: 85-15-01023-2
Apoio: M inistério de C ultura da França
© EDIÇÕES LOYOLA, São Paulo, B rasil, 1994
RECOMENDAÇÃO
A Bíblia — Tradução Ecumênica bascia-se nos 
textos originais e reproduz fielmente o modelo da 
mundialmente reconhecida Traduction Occu- 
ménique de Ia Bible (TOB — 3a ed.. Paris: Éditions 
du Cerf; Pierrefitte: Société Biblique Française, 
1989). Contém o texto integral do Antigo (ou 
Primeiro) Testamento, com os livros deutero- 
canônicos ou apócrifos, e o do Novo Testamento, 
traduzidos, introduzidos e anotados por ampla equi­
pe de estudiosos de diversas confissões cristãs e 
do judaísmo, representando a harmonia da unida­
de e o respeito da diversidade na leitura fiel do 
livro acolhido como Palavra de Deus.
Recomendamo-la, portanto, aos leitores desejo­
sos de aprofundar o conhecimento da Palavra de 
Deus consignada na Bíblia. Escritura Sagrada do 
Judaísmo e do Cristianismo, patrimônio da huma­
nidade.
A Edição da Bíblia - Tradução Ecumênica 
mereceu o louvor das Instituições Ecumênicas de 
nosso País e a Aprovação da Presidência da CNBB, 
conforme o Cânon 825 §§ I e 2.
Bispo Primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil 
e Presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs
ABREVIATURAS
L IV R O S B ÍB L IC O S
Ab Alxiias J r Jeremias
Ag Ageu Js Josué
Am A mós Jt Jiidite
Ap Apocalipse .1/ Juízos
Al Atos dos Apóstolos I x Evangelho de Lucas
Br Baruc l.ni Lamentações
Cl Epístola aos Colossenscs Lv Levílico
IC o r Ia Epístola aos Corínlios IMc /" Livro dos Macabeus
2C o r 2- Epístola aos Corínlios 2Mc 2“ Livro dos Macabeus
IC r 1 - Livro de Crônicas M c Evangelho de Marcos
2 0 2* Livro de Crônicas Ml Malaquias
Ct Cântico dos Cânticos Mq Miquéias
l)n Daniel Mt Evangelho de Mateus
l)n ou l)n nr. Passagens cm grego de Daniel Na Naum
1)1 Dcuteronômio Ne Neemias
Ecl Eclesiastes (Coelet) Nin Números
Ef Epístola aos Elésios Os Oséias
F.pJr Epístola de Jeremias 1 l‘d I3 Epístola de Pedro
Esd Esdras 2 Pd 2- Epístola de Pedro
Est Ester I*r Provérbios
Est gr Ester (grego) Km Epístola aos Romanos
Ex Êxodo lRs I5 Livro dos Reis
Ez Ezequiel 2Rs 2- Livro dos Reis
El Epístola aos Filipenses Kl Rule
Em Epístola a Filêmon Sb Sabedoria
Gl Epístola aos Gálatas S f Solonias
(>n Gcnesis SI Salmos
Hab Habacuc ISm le Livro de Samuel
llb Epístola aos Hebreus 2Sm 2- Livro de Samuel
Is Isaías Sr Sirádda (Eclesiayicit)
,ld Epístola de Judas Tb Tobil (Tobias) >
J l Joel T g Epístola de T iago,
Jn Jonas lT n i 1- Epístola a Timóteo .
Jo Evangelho de João 2Tm 2- Epístola a Timóteo
ljo I3 Epístola de João IT s 1- Epístola aos Tessalonicenses
2J<> 2- Epístola de João 2Ts 2i Epístola aos Tessalonicenses
3 Jo 3a Epístola de João Tt Epístola a Tilo
Jó Jó Zc Zacarias
M O D O D E C I T A R
Nos paralelos c nas notas, os livros brtilicos são abrevia­
dos segundo as indicações acima. As abreviaturas em 
itálico indicam os livros dcutcrocanônicos. A vírgula se­
para capítulos de versículos. O hífen une versículos. O tra­
vessão une capítulos. O ponto separa versículos. Exemplo: 
Gn 24.25 remete a Gênesis, capítulo 24. versículo 25. 
Gn 24.28-32 remete a Gênesis, capítulo 24. versículos 
28 a 32.
Gn 24.25.32 remete a Gênesis, capítulo 24. versículos 
25 e 32.
Mt 17 .14 par. remete a Mateus, capítulo 17. versículo 14 
c às passagens paralelas de Marcos c Lucas, indicadas 
em Mt 17 .14 .
Gn 29-32 remete aos capítulos 29. 30. 31 e 32 do 
Gênesis.
Is 8.23-9.6 remete a Isaías. desde o versículo 23 do 
capítulo 8 ate' o versículo 6 do capítulo 9.
Ex 19 remete a todo o capítulo 19 do Êxodo.
Ab. F.pJr. Fm. 2-3Jo. Jd não apresentam divisão em ca­
pítulos.
ÍNDICE
R e c o m e n d a ç ã o ..................................................................................................................................... III
A b r e v ia tu r a s .......................................................................................................................................... IV
A p r e s e n ta ç ã o ......................................................................................................................................... IX
A B íb
lia - T ra d u ç ã o E c u m ê n ic a ....................... : .................................................................... X II
N o m e s p r ó p r io s .................................................................................................................................. X I V
A B íb lia - In t r o d u ç ã o .................................................................................................................... I
O rd em d o s L iv r o s d o A n tig o T e s t a m e n t o ......................................................................... 4
A N T IG O T E S T A M E N T O
A n tig o T estam en to - In tro d u ç ã o ............................................................................................. 5
P en tateu co - In tro d u ç ã o ................................................................................................................ 1 5
Gênesis - Introdução ...................................................................................................................... 2 1
G ê n e s is .................................... .................................................... ............................................................ 24
Êxodo - Introdução.......................................................................................................................... 9 7
Ê x o d o ................................................................................................................. ....................................... 10 0
Levitico - Introdução ...................................................................................................................... 1 5 5
L e v ít ic o .................................................................................................................................................... 16 0
Números- Introdução ...................................................................................................................... 2 0 1
N ú m e r o s ............................................................................................................ ..... ................................. 20 4
Deuteronômio — Introdução........................................................................................................ 2 6 3
D eu tkr o n õ m io ........................................................................................................ .............................. 2 6 9
O s L iv r o s P ro fé tic o s - In tr o d u ç ã o ......................................................................................... 3 1 9
Josue' - Introdução........................................................................................................................... 3 2 3
J o s u é ................................................................................................................................ .......................... 3 2 6
Juizes - Introdução .......................................................................................................................... 3 5 9
J u t a s ...................................................... ............ ................................................................. .................... 3 6 2
Livros de Samuel — Introdução ................................................................................................ 4 0 1
P rim eiro L iv r o de S a m u e l ..................... ..................................................................... .............. 4 0 5
S eg u nd o L iv r o d e S a m u e i.................................................... .................... ..... ............................ 4 5 1
Livros dos Reis - Introdução ................................................................................................... 4 9 3
P r im e ir o L iv r o dos R e i s .............................................................................................................. 49 8
S eg u n d o L iv r o dos R e i s ............................................................................................................... 5 4 2
Isaiíis - Introdução .......................................................................................................................... 58 9
Is a í a s ................................................................................... ................................................................... . 6 00
Jeremias - Introdução ................................................................................................................... 7 0 7
J e r e m ia s .................................................................................................................................................... 7 1 3
Ezequiel — Introdução.................................................................................................................... 8 0 3
E zeq u iel .............................................. ............................................................. ....................................... 807
Oseias - Introdução ........................................................................................................................ 8 7 5
O s é i a s ........................................................................................................................................................ 8 80
Joel - Introdução .............................................................................................................................. 895
J o e l ......... .................................................................................................................................................... 898
Amos - Introdução ........................................................................................................................... 9 0 5
A m ó s ........................................................................................................................................................... 908
Abdias - Introdução ......................................................................................................................... 9 2 1
A b d i a s .................................................... ................................................................................................... 9 2 2
Jonas - Introdução........................................................................................................................... 9 2 5
J o n a s .......................................................................................................................................................... 9 2 7
Miqueias - Introdução ................................................................................................................... 9 3 1
M iq u é ia s ................................................................................................................................................... 9 3 3
Naum - Introdução .......................................................................................................................... 9 4 3
N a u m .......................................................................................................................................................... 9 4 5
Habacuc - Introdução.................................................................................................................... 9 5 3
H a b a c u c ...................................................................................................................- .............................. 9 5 5
Sofonias - Introdução .................................................................................................................... 9 6 1
S o f o n ia s ....................................................................................................................................................
9 6 3
Ageu - Introdução ............................................................................................................................. 969
A g e u ........... ............................................................................................................................................... 9 7 0
Zacarias - Introdução .................................................................................................................... 9 7 3
Z a c a r ia s .................................................... ................................................... - ......................................... 9 7 7
Malaquias - Introdução................................................................................................................ 9 9 3
M a l a q u ia s ........................... .................... ................................................... — ....................... 9 9 4
O s E scr ito s - In tro d u ç ã o ............................................................................................................... 999
Salmos - Introdução ....................................................................................................................... 10 0 1
S a l m o s ....................................................................................................................................................... 1 0 1 0
Jo' - Introdução .................................................................................................................................. 1 16 5
J ó .................................................................................... - ......................................................................... 1 1 7 2
Provérbios - Introdução ............................................................................................................... 12 2 7
P r o v é r b io s ............................................................................................................................................... 1 2 3 0
Rute - Introdução.............................................................................................................................. 1 2 8 5
R u t e ........................................................................................ - .....................— .......... - ........................... 12 8 6
Cântico dos Cânticos - Introdução........................................................................................ 1 2 9 3
C ân tico dos C â n t ic o s ..................................................................................................................... 12 9 5
Eclesiastes - Introdução ............................................................................................................... 13 0 9
E c l e s ia s t e s :............................................................................................................................................. 1 3 1 1
Lamentações - Introdução ........................................................................................................... 1 3 2 5
L a m i-n t a ç ò e s .......................................................................................................................................... 1 3 2 7
Ester - Introdução ............................................................................................................................. 1 3 4 3
E s t e r ............................................................... ......................................................................................... 1 3 4 5
Daniel - Introdução ......................................................................................................................... 1 3 5 7
D a n i e l ........................................................................................................ ....... .... ........... ..................... 1 3 6 3
Esdras e Neemias - Introdução .............................................................................................. 13 9 9
E s d r a s .................................................................. ............................................... .. .................................. 14 0 4
N e e m i a s .................................................................................................................................................14 2 0
Crônicas - Introdução ................................................................................................................... 14 3 9
P rim eiro L ivro d a s C r ô n i c a s ................................................................................................... 14 4 4
S egundo L ivro d a s C r ô n i c a s .................. ................................................................................. 1 4 8 5
D eu tcro can ô n ico s - In tro d u ç ã o ................................................................................................. 1 5 3 5
Ester (grego) - Introdução ......................................................................................................... 1 5 3 9
E st e r (g r e g o ) ........................................................................................................................................ 1 5 4 1
Judite - Introdução .......................................................................................................................... 15 5 9
J u d it e .................................... .................................................................. ................................................. 15 6 3
Tobit - Introdução............................................................................................................................. 1 5 8 1
T o b it .................................................................................................................................... ....................... 1 5 8 5
Macabeus - Introdução.................................................................................................................. 16 0 3
P r im eir o L ivro dos M a c a b e u s ................ .................................................................................. 16 0 7
S eg u n d o L iv ro dos M a c a b e u s .................................................................................................. 1 649
Sabedoria - Introdução .................................................................................................................. 16 8 1
S a b e d o r ia ............................. ................................................................................................................... 16 8 5
Sirãcida - Introdução .................................................................................................................... 1 7 1 1
S ir á c id a ...................... ............................................................................................................................. 1 7 1 7
Baruc - Introdução .......................................................................................................................... 1 8 1 5
B a r u c ......................................................................................................................................................... 1 8 1 8
Epístola de Jeremias - Introdução ........................................................................................ 1 8 2 7
E píst o la d e J e r e m ia s .......................................................................... ..................... .. .................... 18 2 9
N O V O T E S T A M E N T O
N o v o T estam en to - In t r o d u ç ã o ................................................................................................ 1 8 3 3
E v a n g e lh o s S in ó t ic o s - In trod u ção ........................................................................................
18 4 5
Evangelho segundo Mateus — Introdução .......................................................................... 1 8 5 1
E v a n g elh o seg u n d o M a t e u s ...................................................................................................... 18 5 6
Evangelho segundo Marcos - Introdução ......................................................................... 1 9 1 9
E v a n g elh o seg u n d o M a r c o s .................................................................... ............. ..................... 19 2 3
Evangelho segundo Lucas - Introdução ............................................................................. 19 6 1
E v a n g elh o seg u n d o L u c a s ............. ............................................ ................... ....... ................... 19 6 6
Evangelho segundo João - Introdução ................................................................................ 2 0 3 7
E v a n g elh o seg u n d o J o ã o .................................................................................... ........................ 2 0 4 4
Atos dos Apostolos - Introdução............................................................................................. 2 0 9 5
A to s dos A p ó s t o l o s ......................................................................................................................... 2 10 2
Epístola aos Romanos — Introdução ..................................................................................... 2 1 6 5
E píst o la ao s R o m a n o s .................................................................................................................... 2 1 7 0
Primeira Epístola aos Corínlios - Introdução ............................................................... 2 2 0 1
P r im e ir a E písto la a o s C o r ín t io s ......................................................... .................................. 2 2 0 6
Segunda Epístola aos Coríntios - Introdução................................................................ 2 2 2 9
S eg u nd a E písto la ao s C o r ín t io s ............................................................................................. 2 2 3 3
Epístola aos Gaiatas - Introdução......................................................................................... 2 2 4 9
E píst o la ao s G ã l a t a s ..................................................................................................................... 2 2 5 3
Epístola aos Efesios - Introdução .......................................................................................... 2 2 6 3
E písto la ao s E fi-s io s ...........................- ...... .....................................- ............................................. 2 2 6 6
Epístola aos Filipenses - Introdução................................................................................... 2 2 7 7
E písto la aos F il ip e n s e s ................................................................................................................... 2 2 8 0
Epístola aos Colossenses - Introdução............................................................................... 2 2 8 9
E písto la aos C o l o s s e n s e s ............................................................................................................. 2 2 9 2
Epístolas aos Tessalonicenses - Introdução.................................................................... 2 3 0 1
P rim e ir a E písto la aos T e s s a l o n ic e n s e s ................................................ - ............................ 2 3 0 6
S eg u nd a E písto la aos T e s s a l o n ic e n s e s ............................................................................... 2 3 1 3
Epístolas Pastorais - Introdução ............................................................................................ 2 3 1 7
P r im eir a E písto la a T im ó t e o ..................................................................................................... 2 3 2 3
S eg u n d a E písto la a T im ó t e o ..................................................................................................... 2 3 3 0
E písto la a T it o ................................................................................................................................... 2 3 3 4
Epístola a Filêmon - Introdução ............................................................................................ 2 3 3 7
E písto la a F il ê m o n ........................................................................................................................... 2 3 3 9
Epístola aos Hebreus — Introdução........................................................................................ 2 3 4 1
E písto la ao s H e b r e u s ..................................................................................................................... 2 3 4 8
Epístola de Tiago - Introdução................................................................................................ 2 3 6 7
E písto la de T ia g o .............................................................................................................................. 2 3 7 0
Primeira Epístola de Pedro - Introdução ....................................................................... 2 3 7 9
P r im eir a E písto la d e P e d r o ........................................................................................................ 2 3 8 4
Segunda Epístola de Pedro - Introdução ....................................................................... 2 3 9 1
S eg u n d a E písto la de P e d r o ................................ ....................................................................... 2 3 9 4
Epístolas de São João - Introdução .................................................................................... 2 3 9 9
P r im eir a E písto la de J o ã o ........................................................................................................... 2 4 0 5
S eg u n d a E písto la de J o ã o ........................................................................................................... 2 4 1 4
T er c e ir a E písto la d e J o ã o .......................................................................................................... 2 4 1 6
Epístola de Judas - Introdução ................................................................................................ 2 4 1 7
E písto la de J u d a s .............................. ..... ......................................................................................... 2 4 1 9
Apocalipse — Introdução ............................................................................................................... 2 4 2 1
A p o c a l ip s e ...................................................................................... ........... - ..................... ..................... 2 4 2 6
Q u ad ro c r o n o ló g ic o .......................................................................................................................... 2 4 5 5
T a b e la d e p e so s e m e d id a s ......................................................................................................... 2 4 6 7
In d ice d a s p rin c ip a is n o t a s ........................................................................................................... 24 6 8
M ap as
APRESENTAÇAO
O projeto de uma tradução francesa da Bíblia 
comum às diversas confissões cristãs não é intei­
ramente novo. Já no século XVII, o teólogo cató­
lico Richard Simon. da Congregação do Oratório, 
e neste século, a Societé Nationale pour une 
Traduction Nouvelle des Livres Saints cn Langue 
Française tinham feito tentativas nesse sentido. 
Contudo, ainda não havia condições
paru que uma 
iniciativa desse porte fosse bem-sucedida. Hoje, 
graças a Deus, depois da publicação do Novo 
Testamento em 1972 e do Antigo Testamento, em 
1975, damos a público, num só volume, a 
Traduction Oecuménique de Ia Bible (TOB). com 
notas integrais, em sua versão revisada.
Três fatores históricos princi[Kiis levaram-nos a 
concretizar o nosso projeto:
Primeiro, o espetacular desenvolvimento das 
ciências bíblicas, uma idêntica utilização das dis­
ciplinas da análise filológica, literária e histórica, 
os contatos e intercâmbios pessoais durante con­
gressos internacionais e interconfessionais permi­
tiram aos especialistas estudiosos da Bíblia mútua 
aproximação quanto aos métodos de trabalho e às 
concepções gerais. A experiência de traduções em 
comum impôs-se, então, de modo natural. Ao 
mesmo tempo, um público cada vez mais amplo 
passou a sentir a necessidade de edições que res­
pondessem às exigências cientificas atuais, tais 
como se vêem. por exemplo, na versão protestante 
da Bible du Ccntcnaire (1917-I94S) e na versão 
católica da Sainte Bible traduite em français sous 
Ia direction de 1'École Biblique de Je'rusalem 
(1947-1955; 3a ed. revista: 1973).
Em segundo lugar, o progresso do movimento 
ecumênico sob múltiplas formas criou nas Igrejas 
um clima favorável ao diálogo, por meio de uma 
referência comum à Escritura. De onde o interesse 
e a urgência de um esforço que oferecesse aos 
cristãos ainda divididos uma versão nova. verda­
deiramente ecumênica, do texto da Escritura. Ob­
viamente, a presente tradução não pretende ter 
chegado ao termo da pesquisa ixira uma melhor 
compreensão textual nas diversas confissões e me­
nti* ainda elimiiuir as traduções hoje em uso. Não
significa que se tenha chegado ao termo das diver­
gências doutrinais que separam as Igrejas. Ela 
pretende apenas atestar que hoje já é possível apre­
sentar uma Bíblia traduzida e anotada em comum.
Terceiro, a evangeüzução e a missão não podem 
alcançar sua dimensão verdadeira sem a difusão e 
a leitura efetiva das Escrituras. Esta verdade, evi­
denciada no século passado pelo movimento mis­
sionário protestante, foi ressaltada, no âmbito ca­
tólico, pelos decretos do Concilio Vaticano II, nos 
quais a colaboração ecumênica nesse domínio é 
igualmente mencionada. Quem diz “tradução ecu­
mênica" diz também perspectiva missionária. Mui­
tos, no mundo inteiro, não lêem a Bíblia, porque 
ela lhes é apresentada em versões divergentes por 
Igrejas separadas. Quem sabe se uma versão ecu­
mênica da Escritura não será um sinal de que as 
divisões dos cristãos não aprisionam a Palavra de 
Deus e de que o Espírito Santo, que guiou os au­
tores bíblicos, nos guia ainda hoje para um teste­
munho comum'.'
*
As Editions du Cerf e as Societe's Bibliques, son­
dadas em 1963 pelos promotores do projeto da 
Tradução Ecumênica da Bíblia, deram seu apoio 
e se comprometeram com a publicação. Av Editions 
du Cerf já tinham a experiência da Bíblia de Je­
rusalém, cuja apresentação deveria servir de 
modelo à nova tradução. Por sua vez, as Socieda­
des Bíblicas, federadas na Aliança Bíblica Uni­
versal. estavam sendo convidadas, em diversas 
regiões do mundo, a participar da realização de 
projetos de tradução ecumênica. Não obstante as 
consideráveis diferenças nos hábitos e princípios, 
os dois editores chegaram a um acordo completo, 
assegurando o equilíbrio administrativo e finan­
ceiro do empreendimento.
Esta nova versão se apresenta sob duas formas:
A Aliança Bíblica Universal, em co-edição com 
Éditions du Cerf, publica esta tradução ecumênica 
numa apresentação que comporta um mínimo de 
indicações indispensáveis a todo leitor da Bíblia 
(breves introduções, referências paralelas, notas ex­
plicativas sobre as opções de tradução, de história.
g e o g r a f i a e d e p a r t i c u l a r i d a d e s c u l t u r a i s ) . E s s a 
a p r e s e n t a ç ã o e s t á e m c o n f o r m i d a d e c o m o a c o r ­
d o c o n c l u í d o e m 1 9 6 8 e n t r e a A l i a n ç a B í b l i c a U n i ­
v e r s a l e o S e c r e t a r i a d o R o m a n o p a r a a U n i d a d e 
d o s C r i s t ã o s .
P o r o u t r o l a d o , a s E d i t i o n s d u C e r f c a t ó l i c a , 
e m c o - e d i ç ã o c o m a S o c i e d a d e B í b l i c a F r a n c e s a , 
p r o t e s t a n t e , a s s u m e a r e s p o n s a b i l i d a d e d e p u b l i ­
c a r e s t a m e s m a v e r s ã o n u m a a p r e s e n t a ç ã o q u e 
c o m p o r t a i n t r o d u ç õ e s m a i s e l a b o r a d a s e u n i a p a ­
r a t o d e n o t a s m a i s a b u n d a n t e . E s t e c o n t r i b u i c o m 
i n f o r m a ç õ e s s o b r e o e s t a d o a t u a l d o d i á l o g o e c u ­
m ê n i c o e m m a t é r i a d e h i s t ó r i a , e x e g e s e e t e o l o - 
g i a s b í b l i c a s ; i n d i c a a s d i v e r s a s o p ç õ e s p o s s í v e i s 
d e t r a d u ç ã o e d e i n t e r p r e t a ç ã o d e d e t e r m i n a d o 
t e x t o .
O m é t o d o d e t r a b a l h o , a d o t a d o d e s d e o p r i n c í p i o , 
l e v o u e m c o n t a d u a s e x i g ê n c i a s f u n d a m e n t a i s : o 
r i g o r c i e n t í f i c o d e u m a t r a d u ç ã o n o v a , b a s e a d a n a s 
m e l h o r e s e d i ç õ e s c r í t i c a s d o s t e x t o s o r i g i n a i s ( p a r a 
o A n t i g o T e s t a m e n t o h e b r a i c o e a r a m a i c o , a B í b l i a 
h e b r a i c a , e d i t a t l a p o r R . K i t t e l e m 1 9 3 7 ; p a r a o 
A n t i g o T e s t a m e n t o g r e g o , a S e p t u a g i n t a , e d i t a d a 
p o r A . R a h l f s e m 1 9 3 5 ; p a r a o N o v o T e s t a m e n t o , o 
t e x t o d e N e s t l e - A l a n d , 2 5 “ e d i ç ã o , 1 9 6 2 , o u d a s 
S o c i e d a d e s B í b l i c a s , c o n h e c i d o c o m o G N T , 1 9 6 6 ) 
e a n e c e s s i d a d e d e u m t r a b a l h o v e r d a d e i r a m e n t e 
c o m u m p a r a c a d a u m d o s l i v r o s b í b l i c o s . C a d a t e x t o 
f o i t r a d u z i d o p o r u m a e q u i p e e c u m ê n i c a , q u e s e 
e s f o r ç a v a p o r a l c a n ç a r o m á x i m o d e e x a t i d ã o e 
c l a r e z a . A s d i f e r e n t e s e q u i p e s f o r a m s u p e r v i s i o n a ­
d a s p o r q u a t r o c o o r d e n a d o r e s , p r o t e s t a n t e s e c a t ó ­
l i c o s — d o i s p a r u o A n t i g o , d o i s p u r a o N o v o T e s ­
t a m e n t o . A p r i m e i r a t r a d u ç ã o f o i s u b m e t i d a a d o i s 
b i b l i s t a s o r t o d o x o s d e l í n g u a f r a n c e s a , d e p o i s a 
t o d o s o s t r a d u t o r e s d a T O B e a n u m e r o s o s l e i t o r e s , 
t e ó l o g o s e s p e c i a l i s t a s o u n ã o , d a E u r o p a e d e a l é m - 
- m a r , a r e v i s o r e s l i t e r á r i o s e l i t ú r g i c o s , a o s m e m ­
b r o s d o s C o m i t ê s d e C o o r d e n a ç ã o d o N o v o e d o 
A n t i g o T e s t a m e n t o , b e m c o m o a o s d i r i g e n t e s d a 
A l i a n ç a B í b l i c a U n i v e r s a l e d o S e c r e t a r i a d o F r a n ­
c ê s p a r a a U n i d a d e d o s C r i s t ã o s . A o t o d o , o t e x t o 
f o i s u b m e t i d o a m a i s d e u m a c e n t e n a d e c r í t i c o s . A 
v e r s ã o d e f i n i t i v a f o i f i n a l m e n t e e s t a b e l e c i d a p e l o s 
t r a d u t o r e s d e c a d a l i v r o , l e v a n d o e m c o n s i d e r a ç ã o 
a s e m e n d a s r e c e b i d a s e a o p i n i ã o d o s c o o r ­
d e n a d o
r e s .
*
N o q u e c o n c e r n e a o A n t i g o T e s t a m e n t o , é p r e ­
c i s o r e s s a l t a r a q u i d o i s t r a ç o s c a r a c t e r í s t i c o s d a 
n o s s a T r a d u ç ã o :
1. P a r a o s l i v r o s c o n s i d e r a d o s c a n ô n i c o s p o r 
t o d a s a s I g r e j a s c r i s t ã s , a T O B s e g u e a o r d e m d a s 
B í b l i a s h e b r a i c a s a t u a i s , m e s m o q u e a n o v a d i s p o ­
s i ç ã o m u d e o s h á b i t o s d e l e i t o r e s p r o t e s t a n t e s , c a ­
t ó l i c o s o u o r t o d o x o s . E m s e g u i d a f o r a m p o s t o s o s 
l i v r o s q u e o s c a t ó l i c o s e o s o r t o d o x o s c l a s s i f i c a m 
d e " d e u t e r o c a n õ n i c o s " e o s p r o t e s t a n t e s , d e “a p ó c r i ­
f o s ” . A l i á s , e l e s f i g u r a r u m e m t o d a s a s t r a d u ç õ e s 
p r o t e s t a n t e s a t é o s é c u l o X I X , a p e s a r d e a s I g r e j a s 
n a s c i d a s d a R e f o r m a n ã o l h e s r e c o n h e c e r e m v a l o r 
n o r m a t i v o . A c o n j i s s ã o d e f é c o n h e c i d a p o r ‘‘d e I a 
R o c h e l l e " d e c l a r a : " . . . a i n d u q u e s e j a m ú t e i s , s o ­
b r e e l e s n ã o s e /x > d e f u n d a r n e n h u m a r t i g o d e f é ” .
E s t a o p ç ã o l e v o u o s e d i t o r e s a a p r e s e n t a r u m a 
d u p l a t r a d u ç ã o d o l i v r o d e E s t e r , u m a c a l c a d a n o 
h e b r a i c o , o u t r a n o g r e g o , i n o v a ç ã o q u e p e r m i t i r á 
a o s l e i t o r e s a v i s u a l i z a ç ã o d a s m a i s n o t á v e i s d i ­
f e r e n ç a s e n t r e o s d o i s t e x t o s . P o r o u t r o l a d o , a s 
a d i ç õ e s g r e g a s a o l i v r o d e D a n i e l ( i m p r e s s a s e m 
i t á l i c o ) f o r a m i n s e r i d a s n o c o r p o d o t e x t o n o s 
l u g a r e s e m q u e e l a s s e e n q u a d r a m n o r m a l m e n t e : 
s e p a r á - l a s d i f i c u l t a r i a a s u a c o m p r e e n s ã o .
2 . O A n t i g o T e s t a m e n t o f o i t r a d u z i d o c o m b a s e 
n o t e x t o m a s o r é t i c o , o t e x t o h e b r a i c o d a t r a d i ç ã o 
j u d a i c a . E s s e t e x t o é o t e r m o d e u m a l o n g a t r a d i ­
ç ã o , c u j a t r a n s m i s s ã o , e m b o r a e x t r e m a m e n t e f i e l 
n o c o n j u n t o , n e m s e m p r e c o n s e r v o u i n t a c t a s a s 
f o r m a s o r i g i n a i s ; o u t r o s m a n u s c r i t o s h e b r a i c o s 
( Q u m r a n ) e o u t r a s v e r s õ e s p r i m i t i v a s ( g r e g a s , l a ­
t i n a s , s i r í a c a s , a r u m a i c a s ) a p r e s e n t a m v a r i a n t e s 
d i g n a s d e a t e n ç ã o . C o n t u d o , n o e s t á g i o p r e s e n t e 
d a c r í t i c a t e x t u a l , o t e x t o m a s o r é t i c o f o i a d o t a d o 
c o m o b a s e d e t r a l w l h o , s a l v o q u a n d o s e i n d i c a m 
e m n o t a a s v a r i a n t e s i m p o r t a n t e s d e o u t r o s m a ­
n u s c r i t o s , e m p a r t i c u l a r a s d a v e r s ã o g r e g a 
( S e p t u a g i n t a ) . . O s c a s o s — r e l a t i v a m e n t e r a r o s — 
e m q u e n o s a f a s t a m o s d o t e x t o m a s o r é t i c o s ã o 
a s s i n a l a d o s e m n o t a . A d e c i s ã o d e s e g u i r o t e x t o 
m a s o r é t i c o f o i t o m a d a t a n t o p o r r a z õ e s c i e n t í f i ­
c a s , c o m o p o r u m e s p í r i t o d e a b e r t u r a a o j u d a í s ­
m o , c o m o p e d r a a n g u l a r p a r a u m a t r a d u ç ã o d o 
A n t i g o T e s t a m e n t o q u e p o s s a s e r e m p r e e n d i d a 
c o n j u n t a m e n t e p o r e s p e c i a l i s t a s c r i s t ã o s e j u d e u s .
P a r a a t r a n s c r i ç ã o d o s n o m e s p r ó p r i o s , l e v o u - 
s e e m c o n s i d e r a ç ã o — o m a i s p o s s í v e l — a p r o ­
n ú n c i a d o h e b r a i c o a t u a l , s a l v o p a r a o s p e r s o n a ­
g e n s m u i t o c o n h e c i d o s , p a r a o s q u a i s s e m a n t e v e 
a g r a f i a o u a p r o n ú n c i a t r a d i c i o n a i s .
*
D e f i n i d o a s s i m o s e u p e r f i l , e s t a T r a d u ç ã o é p u ­
b l i c a d a , a o m e s m o t e m p o , c o m o a m e n o s o r i g i n a l
e a m a i s a t u a l e n t r e t o d a s a s o u t r a s , a n t i g a s o u 
c o n t e m p o r â n e a s . M e n o s o r i g i n a l , p o r q u e o s r i s c o s 
d o p r o j e t o e o c a r á t e r c o l e t i v o d o t r a b a l h o e x c l u í ­
r a m d e s d e o i n í c i o c e r t a s o p ç õ e s p e s s o a i s e l i b e r d a ­
d e s n a t r a d u ç ã o q u e c o n s t i t u e m o a t r a t i v o d e o u ­
t r a s v e r s õ e s . M a i s a t u a l , p o r q u e a s r e v i s õ e s i m p i e d o ­
s a s a q u e f o r a m s u b m e t i d a s a s d i v e r s a s t r a d u ç õ e s 
s u s c i t a r a m e x i g ê n c i a s e a p e r f e i ç o a m e n t o s c o m p l e - 
m e n t a r e s q u e f r e q ü e n t e m e n t e t r a n s p a r e c e m n o t e x t o .
H o j e , t o d o s o s q u e f i z e r a m a T O B s e a l e g r a m a o 
c o n s t a t a r o s u c e s s o d o p r o j e t o . A e x p e r i ê n c i a p r o ­
v o u q u e d o r a v a n t e é p o s s í v e l e s t a b e l e c e r e m c o ­
m u m u m t e x t o e n o t a s , s e m q u e s e m a n i f e s t e m o s 
s i n a i s d e d i v i s ã o e d e d e s a c o r d o s c o n f e s s i o n a i s 
q u e a l g u n s p r e n u n c i a v a m e m u i t o s t e m i a m .
É e v i d e n t e q u e d i v e r g ê n c i a s i n d i v i d u a i s n ã o 
d e i x a r a m d e s e m a n i f e s t a r , m a s f o r a m t o d a s r e ­
s o l v i d a s n u m a c o n f r o n t a ç ã o h o n e s t a e f r a t e r n a , 
q u e n ã o é u m d o s m e n o r e s b e n e f í c i o s d e s s e e m ­
p r e e n d i m e n t o c o m u m . Q u a n t o à s d i v e r g ê n c i a s 
c l á s s i c a s e n t r e a s I g r e j a s c u j o s m e m b r o s p a r t i c i ­
p a r a m d e s t e t r a b a l h o — s e n d o a p r i n c i p a l a c o n ­
c e p ç ã o d i f e r e n t e n o c a t o l i c i s m o , n a o r t o d o x i a 1 e 
n o p r o t e s t a n t i s m o a r e s p e i t o d a s r e l a ç õ e s e n t r e 
E s c r i t u r a . T r a d i ç ã o e I g r e j a — , n ã o c o n s t i t u í r a m 
u m o b s t á c u l o i n t r a n s p o n í v e l . A l i á s , g e r a l m e n t e 
e l a s n ã o t ê m a s u a o r i g e m n a m a n e i r a d e t r a d u z i r 
o u d e i n t e r p r e t a r e s s e o u a q u e l e v e r s í c u l o , m a s n a 
m a n e i r a d e a p r e s e n t a r u m a s í n t e s e d o u t r i n a i a 
p a r t i r d o s t e x t o s r e l a t i v o s a d e t e r m i n a d o a s s u n t o . 
D o r a v a n t e , e l a s n ã o i m p e d e m n e m d e t r a d u z i r , 
n e m d e a n o t a r a E s c r i t u r a e m c o m u m .
A 2" [ e 3 aj e d i ç ã o f r a n c e s a , r e v i s a d a , é u m a 
p r o v a t a n g í v e l d o i n t e r e s s e q u e a T O B s u s c i t o u 
e n t r e o s l e i t o r e s . N u m e r o s o s f o r a m o s q u e e s c r e ­
v e r a m p a r a a s s i n a l a r f a l h a s q u
e e s c a p a r a m à s 
r e v i s õ e s t i p o g r á f i c a s o u p a r a d i s c u t i r a r a z ã o d a 
t r a d u ç ã o d e c e r t o t e r m o o u d a e l a b o r a ç ã o d e t a l 
n o t a . N e m t o d a s a s s u g e s t õ e s p u d e r a m s e r i n c o r ­
p o r a d a s t a i s q u a i s , m a s t o d a s a s o b s e r v a ç õ e s f o ­
r a m e x a m i n a d a s c o m o m a i o r c u i d a d o . M u i t a s 
d e l a s p r o v o c a r a m e m e n d a s m u i t o i m p o r t a n t e s . É 
p r e c i s o d i z e r a i n d a q u e m u i t o s d o s t r a d u t o r e s r e ­
t o m a r a m e s p o n t a n e a m e n t e t r e c h o s d o p r i m e i r o t r a ­
b a l h o , e v á r i o s c o l a b o r a d o r e s d a T O B s e r e u n i ­
r a m v o l u n t a r i a m e n t e e m e q u i p e s p a r a c o n t r o l a r a 
f o r m u l a ç ã o d o s p a s s o s p u r a l e l o s ( s o b r e t u d o d o 
A T ) , u n i f o r m i z a r u t r a d u ç ã o d e c e r t o s t e r m o s , 
v e r i f i c a r e c o m p l e t a r o s i s t e m a d e p o n t e s e s t a b e ­
l e c i d a s e n t r e o A n t i g o e o N o v o T e s t a m e n t o .
*
C o n c l u í d a a o b r a , n o s e n t i m e n t o d e s e r m o s d e l a 
o s b e n e f i c i á r i o s p r i m e i r o s , o s e d i t o r e s e t r a d u t o ­
r e s e s p e r a m q u e e l a s i r v a p a r a d a r a c o n h e c e r e 
a m a r a s E s c r i t u r a s p o r m e i o d a s q u a i s o p o v o d e 
D e u s o u v e a P a l a v r a d e s e u S e n h o r e p e l a s q u a i s 
t o d o s o s h o m e n s s ã o c h a m a d o s a e n c o n t r a r o 
s e n t i d o d a p r ó p r i a v i d a . E s t a m o s c o n v i c t o s d e q u e , 
c o m e s t a e d i ç ã o , u m a n o v a e t a p a s e a b r e s o b a 
o r i e n t a ç ã o d o E s p í r i t o S a n t o n a l o n g a e , p o r v e ­
z e s , d o l o r o s a c a m i n h a d a d o s c r i s t ã o s r u m o a u m 
t e s t e m u n h o c o m u m n a u n i d a d e d e s e j a d a p e l o 
C r i s t o .
I. Como resultado de um cncontro cm 24 de maio de 1971 entre as autoridades eclesiásticas católicas, ortodoxas e protestantes 
na França, os secretários da TOB e alguns especialistas, o trabalho foi examinado por uma Comissão de Teólogos Ortodoxos, para 
definir a posição ortodoxa ante a obra realizada. Especificou-se que uma tradução c edição da Bibiia acompanhadas de um aparato 
crftico que comportasse introduções e notas não comprometeria as Igrejas, mas apenas os responsáveis implicados.
De inicio, as autoridades eclesiásticas católicas, ortodoxas e protestantes tinham apoiado uma edição comum de uma nova 
tradução feita em colaboração por exegetas de diferentes Igrejas. Mas uma vez acabado, o trabalho teve de ser submetido a uma 
nova avaliação do conteúdo concreto.
A Comissão Teológica Ortodoxa, buscando ser fiel aos princípios de uma leitura eclesiat da Bíblia no espírito da Tradição 
apostólica, expôs as seguintes conclusões: a) A colaboração ortodoxa é efetiva no que concerne ao Antigo Testamento, para o qual 
os problemas exegéticos não parecem suscitar dificuldades análogas às que surgem quando se trata do Novo Testamento, b) A 
tradução do Novo Testamento enquanto tal. elaborada pela TOB graças à colaboração ecumênica de elevado nível científico, rccebe 
da Comissão Ortodoxa uma aprovação legitima, c) Os redatores da TOB indicaram lealmente, tanto nas introduções como nas notas, 
a diversidade de posições cxcgeticas; diversidades existentes, aliás, entre os exegetas de cada uma das Igrejas. Mas era difícil num 
trabalho como este evitar certas opções. E se algumas dentre elas se referem apenas a detalhes, outras implicam uma visão geral, 
notadamente no que concerne à questão da autenticidade desse ou daquele escrito do Novo Testamento. E d precisamente nessas 
opções de alcance global que se situam as tomadas de posição que a Comissão Teológica Ortodoxa acredita não poder aceitar em 
uma apresentação comum, d) Por fim, e isso nos parecc o mais importante, a Comissão Teológica Ortodoxa assume a finalidade 
da TOB; louva a significação do trabalho levado a cabo. no qual pressente um evento ecumênico marcante, que permitirá progredir 
para uma leitura e escuta comuns da Bíblia. A Comissão Teológica Ortodoxa deseja que esse evento constitua para os teólogos e 
exegetas ortodoxos, em todos os lugares do mundo, a ocasião para definir suas posições hermenêuticas e exegéticas por meio de 
urra pesquisa comum com seus irmãos católicos e protestantes.
A BÍBLIA - TRADUÇÃO ECUMÊNICA
Entregam os ao leitor a edição cm língua por­
tuguesa da T r i u l u c t i o n O e c u m é n i q u e d e I a R i - 
M e (T O B ). Um a versão do N o vo T estam ento 
( I a ed.) foi publicada por E d içõ es L o y o la cm 
19 8 7 . Podem os leitores felicitar-se agora com a 
obra integral, apresentada em um unico volum e e 
atualizada com base na 3 a edição francesa (Paris. 
1989).
Ressaltam os algum as qualidades desta obra, que 
nos parecem particularmente relevantes.
T ra d u ç ã o ecum ênica . A equipe que traduziu os 
textos originais hebraicos, aram aieos e gregos para 
o francês era com posta de biblistas das diversas 
confissões cristãs e da religião ju d aica . Elaborada 
de m aneira pluralista, e cada colaborador repre­
sentando sua tradição confessional, esta B íb lia não 
e' um m eio termo entre ju deu s, cató licos e protes­
tantes, antes mostra o que as va'rias confissões po­
dem subscrever de com um acordo, realçando os 
acenlos cspeciTicos de cada um a.
B íb lia de estudo d c p a d rã o in tern ac io n a l. A pre­
sente tradução não persegue a literal idade absolu­
ta, que induz o leitor a erro. pois a relação entre 
o s vocábulos c a realidade esta' cm continua mu­
dança. razão pela qual sempre se precisa dc novas 
traduções. Tam pouco procura a sim plificação de 
uma tradução popular. Procura, antes de mais nada. 
cuidadosa fidelidade sem ântica, ou se ja , expres­
sar. cm língua moderna e levando em considera­
ção a cultura atual, a realidade com unicada pelas 
palavras antigas.
O bjetivo desta tradução não e' a literalidade ser­
v il. mas a fam iliarização do leitor com os cam pos 
sem ânticos nos quais o texto se m ove. M uitas ve­
zes, a tradução gram atical e lexicalm ente fiel foi 
suficiente para a lcan çar esse o b je tiv o . O utras, 
porém , foi preciso recorrer a exp ressões equiva­
lentes ou, conservando a exp ressão original por 
causa de seu uso consagrado ou íntima conexão 
com o contexto, explica'-la em nota. A s abundan­
tes notas trazem , além d isso , riquíssim as inform a­
ções dc ordem litera'ria, histórica. geograTica. so- 
ciocultural e religiosa.
O s liv ro s do A n tigo T estam e n to na o rd em o r i­
g in a l. C om o a versão francesa, também a nossa 
tradução traz os livros do A ntigo Testam ento na 
ordem tradicional da B íb lia hebraica, a T A N A K
— abreviatura das três categorias que a com põem : 
T o r ú (L e i) . N e b i i m (Profetas) e K e t u b i m (E scri­
tos). E sta ordem , exp licad a em nota anteposta à 
Introdução ao A ntigo Testam ento (p. 4 ). corres­
ponde à recepção original desses livros na com u­
nidade de Israel. Sabe-se que a ordem adotada nas 
bíb lias cristãs (cató licas, ortodoxas c protestantes) 
tem sua origem na antiga tradução grega cham ada 
a S e p t u a g i n t a , usada pelos prim eiros cristãos. O s 
livros que não foram acolhidos na B íb lia hebraica, 
m as constam da Septuaginta — os assim cham a­
dos livros d e u t e r o c a n ô n i c o s ou a p ó c r i f o s d o A n ­
t i g o T e s t a m e n t o — encontram -se,
na B í b l i a — 
T r a d u ç ã o E c u m ê n i c a , numa seção específica, mar­
cando por assim dizer a transição da "P rim eira” 
(Antiga) à “ N ova” A liança, o que corresponde exa­
tamente ao momento e contexto de sua origem . 
Lem bram os que estes liv ro s, hoje ausentes da 
m aioria das bíb lias protestantes, eram incluídos 
com o apêndice nas prim eiras traduções bíblicas 
das Igre jas da R eform a. A d isposição por nós 
adotada volta a essa pratica, pondo fim à principal 
d iferença entre as bíblias cató licas c protestantes.
Lem bram os ainda que não existe nenhuma d ife ­
rença entre as b íb lias cató licas e protestantes, 
quanto ao N ovo Testam ento.
A p resen te ed ição . A versão em língua portugue­
sa segue a edição francesa, não só nas Introduções 
e N otas, m as também no texto b íb lico propria­
mente. Contudo, por ter sido cuidadosam ente c o ­
tejada com os originais hebraicos, aram aieos c gre­
g o s, nossa tradução pode ser considerada “ tradu­
ção dos originais” . N os casos em que as equiva- 
lências sem ânticas ex ig id as pela língua e cultura 
francesas não se adequavam ao nosso público, 
afastam o-nos da idioma'tica francesa, não porém 
das opções interpretativas da T O B .
O s nom es p ró p rio s . Quanto aos nomes próprios 
que ocorrem na B íb lia , seguim os as opções da
TOB. Adotamos a forma tradicionalmente usada 
entre nos para as personagens e lugares comu- 
mente conhecidos, e introduzimos, na Bíblia 
hebraica, uma forma mais condizente com a pro­
nuncia hebraica, para aqueles nomes que não per­
tencem ao acervo popular. Incluímos uma L i s t a 
c ie E q u i v a l ê n c i u s para os nomes que conservamos 
na forma aportuguesada (adiante, p. X V , encon­
tram-se mais detalhes a respeito).
A preparação da versão em língua portuguesa 
nos convenceu da premente necessidade de maior 
colaboração ecumênica no campo bíblico, no nos­
so âmbito lingüístico. Fazemos votos de que esta 
edição contribua para que se reencontrem em tor­
no à palavra da Bíblia todos aqueles que a consi­
deram como seu patrimônio: os cristãos de diver­
sos credos, os judeus, e. de certo modo. todas as 
pessoas de boa vontade.
Resta-nos exprimir nossa gratidão aos colabora­
dores desta versão em língua portuguesa acima 
elencados (imprenta). Cumpriram tarefa a'rdua, por­
que condicionada pela exigência da "tripla fideli­
dade" aos originais, à versão francesa e à língua e 
cultura dos destinata'rios, enquanto as versões para 
outras línguas se contentaram em adaptar as Intro­
duções e Notas a traduções já existentes. A eles. 
nosso agradecimento para esta primeira verdadei­
ra "versão integral” da TOB para outro idioma.
G a b r if .l C. G a la c h e , SJ 
Diretor das Ediçiies Loyola
JOHAN KoNINGS, SJ 
Supervisor Científico 
Professor de Exegese Bíblica na Faculdade de 
Teologia do Centro de Estudos Superiores da 
Companhia de Jesus
NOMES PROPRIOS
N O M E S P R Ó P R I O S D A B Í B L I C A H E B R A I C A
As transcrições corriqueiras dos nomes bíblicos 
cm português afastam-se muito da forma original. 
Em vista do caráter científico da presente obra, 
adotamos na Bíblia hebraica uma grafia “ hebrai­
zante” . Na Bíblia grega (= deuterocanônicos e 
Novo Testamento), usamos as tradicionalmente co­
nhecidas formas “grecizantes", que deram origem, 
via traduções latinas, às formas em voga entre nós.
— Acentuação: o acento tônico segue os textos
originais e c' indicado conforme as regras da orto­
grafia portuguesa.
— Sinais inusitados:
h (het) (pronunciar como o ch alemão ou o r 
inicial nordestino)
k (kaf) (duro ou aspirado, conforme o caso) 
sh (shin) (mais brando que o ch português)5 (fade) (pronunciar como ts) 
q diante de e e / não adota o u "latino".
O N O M E D E D E U S
Conforme o costume judaico, o nome pró­
prio de Deus no A T , YH W H , não é pronun­
ciado. Substituimo-lo por (o) S enhor , onde o ju­
daísmo pronuncia A donai (= “ o Senhor” em 
hebraico).
O nome dc Deus e' expresso dc diversas manei­
ras, traduzidas como segue:
YHWH = O S enhor
Elohim = Deus
Adonai = o Senhor
Adonai YHWH = o Senhor D eus
YHWH Elohim = o S enhor Deus
Yhwh Sabaot = o S f.nhor de todo poder
Shadai = o Poderoso
E Q U I V A L Ê N C I A S
As equivalcncias aqui listadas concernem a: I) nomes de pessoas ou lugares muito conhecidos, para 
os quais adotamos, mesmo na Bíblia hebraica, a forma grecizada: 2) nomes que ocorrem na Bíblia 
hebraica em grafia hebraizante e na Bíblia grega cm forma grecizada (Deuterocanônicos e NT). 
Obs.: I) A lista não pretende ser exaustiva.
2) Muitas vezes ocorre na Bíblia hebraica a forma grecizada (para pessoas ou lugares de 
renome) ao lado da forma hebraizante (para os menos conhecidos).
Aarão = Aharon
Abel = He'bel (irmão de Caim)
Abr(a)ão = Abr(ah)âm
Absalão = Abshalom
Acab = Ahab
Acaron = Eqron
Acaz = Ahaz
Acazia.s = Ahaziá (rei, tb. Ocozias) 
Aco = Akô 
Adão = Adãm 
Adonias = Adonia'(hu)
Aicar = Ahicar 
Amasias = Amasiá 
Amorreu = Emorita 
Asaradon = Êsar-Hadon 
Aser = Asher
Asor = Ha$or
Assur, Assíria = Ashur (império)
Azarias = Azariá
Azoto = Ashdod
Abiatar = Ebiatar
Babilônia = Babel
Balaão = Bilcam
Barac = Barak
Baruc = Baruk
Belcm = Bet-Lehem
Benjamin = Biniamin
Betsan = Bet-Shean
Caim = Qáin (irmão de Abel)
Canaã = Kenáan
Canaanita. cananeu = kcnaanita
Carmelo = Karmel
Cedron = Qidron
Core = Qôrah ou Qorê
Dafne = Tahpanhês. Tahpenês
Efraitn = Efraim
Egito = Misráim
Elias = Elia'hu
Eliseu = Elisha'
Elisabete [Isabel] = Elishcba 
Esatí = Esav 
Esdras = Ezra'
Esdrelon. cf. Jezreel 
Eva = Havá 
Ezequias = Hizqiálui 
Ezequiel = lehzeqel 
Faraó = Parô 
Farés = Pcres 
Ferezeu = Perizita 
Fúgor = Pe‘or 
Galaad = Guilead 
Gari/.im = Gucrizim 
Gaza = cAza'
Gedeão = Guideon 
Gergeseu = Guirgashita 
Godolias = Guedalia'hu 
Helcias = Hilqiá(hu)
Hcliopolis = On 
Henoc = Hanok (patriarca)
Heteu = Hctita 
Heveu = Hivita 
Isaac = liijhaq 
Isaías = leshaiáhu 
Ismael = lishmacl 
Ispel = lisracl 
Isíacar = lissakar 
J aboc = lahoq 
Jaço' = laaqob 
Jafa = lafó 
Jarmuc = larmuq
Jeconias = (le)koniá(hu); I(eh)oiakini
Jclte' = liltah
Jeremias = Iirmia'hu
Jcrico= lerehó
Jcroboão = larobcam
Jcrusale'm = lerushalaim
Jesse' = lishai
Jesus = le(ho)shua
Jczabel = lze'bcl
Jesus = lc(ho)shua
Jezreel = Iizreel
Jdi = lob
Joacaz = KehKiahaz 
Joaquim = lehoiaqim 
Juás = loash (rei)
Jonas = Ioná 
Júnatan = l(eh)onatan 
Jordào = iarden
Josafat = lehoshafat 
Jose' - losef 
Josias = loshiáhu 
Josuc = l(eh)oshua. leshua 
Judá = lehudá 
Macpela = Macpela'
Mádaba = Medeba'
Madiã = Midian 
Malaquias = Malaki 
Manasse's = Menashe'
Mardoqueu = Mordekai 
Maria = Miriâm 
Masfa = Mispa'
Meguido = Meguidò 
Mclquisedec = Malki-Se'deq 
Mênfis = Nof 
Miguel = Mikacl 
Mique'ias = Mikáiehu 
Moise's = Moshe'
Naason = Nahshon
Nabucodonosor = Nebukadnesar
Naum = Nahum
Neemias = Nehemiá
Neltali = Naftali
Noe' = Nôah
Ose'ias = Hoshea
Ozias = Uzia'(hu)
Queneu = Qenita 
Raab = Rahab 
Raquel = Rahel 
Rchcca = Ribka'
Roboão = Rehaheâm 
Rúben = Re uben 
Salmanasar = Shalmane'ser 
Salomão = Shelomô 
Samaria = Shomrom 
Samuel = Shemuel 
Sansão = Shimshon 
Sara = Sara'
Saul = Shaul 
Sedecias = SidqiaTiu 
Senaquerib = Sanherib 
Sião = Sion 
Sídon = Sidon 
Simeào = Shimeon 
Silcx; = Shilôah 
Sique'm = Sheke'm 
Sofonias = Sefania'hu 
Susa = Shushan 
Tânis = Sôan 
Tehas = Nô 
Tecua = Teqoa 
Tiro = Sor 
Zabulon = Zebulun 
Zacarias = Zekaria'(hu) 
Zorobabel = Zerubabel
T E R M O S D A C R ÍT IC A T E X T U A L E L I T E R Á R IA
Á quila
le itu ra
p a ra le lo
S ep tu ag in ta
S ím aco
T a rg u m
T eodocião
tes tem u n h a 
“ tex to e sc rito ”
antiga versão grega da Bíblia 
hebraica
forma cm que o texto foi 
lido pelos antigos copistas
texto sem elhante em outro 
lugar da Bíblia (quer 110 
m esm o livro, quer alhures)
a mais antiga versão grega 
da Bíblia hebraica
am iga versão grega da Bíblia 
hebraica
paraTrase aram aica do AT
am iga versão grega da Bíblia 
hebraica
docum ento ou citação que 
atesta determ inada leitura do 
texto
texto que se encontra no
docum ento, mas que c' lido de 
m odo diferente 
“ texto lido” texto conform e se lê na sinagoga
tex to m asorético texto da bílilia hebraica
adotado e transm itido pelos
prim eiros se'cu!os d.C . e em 
voga ate' hoje 
form a do lexto (leituras) 
adotada pelas edições bíblicas 
de uso com um ou oficial
leitura diferente da adotada 
no texto bíblico ou tradução 
publicada
tradução bíblica antiga
nom e coletivo das antigas 
versões da Bíblia para o latim
tradução latina da Bíblia feita 
por S . Jerônim o no sc'c. V
“ tex to receb id o ’
v a ria n te
versão
V ctus L a tin a
V ulgata
A B R E V I A T U R A S U S A D A S N E S T E L IV R O
a .C . antes de C risto
A q. tradução grega de Aquila
a ra m . (texto) aram aico
A T Antigo T estam ento
c. cerca de
cap ., eaps . capúulo(s) 
cf. confira
d .C . depois de C risto
fr . texto francês da TOB
g r. (texto) grego
h e b r . (texto) hebraico
In tro d . introdução (do livro cm questão)
la t. (texto) latim
lit. literalm ente
LXX Septuaginta (Setenta), trad. grega
do AT
m aso r. m asorá. texio m asorctieo
m s., n iss. m anuscrito(s)
N T Novo T estam ento
p a r ., p. textos paralelos
Q u m ra n texto descoberto nas grutas do
m ar M orto, em Qum ran
sa in . (texto) sam aritano
séc. scculo
S ím . Iradução grega de Símaco
s ir . (texio) siríaco
T a rg . Targum
TKB T radução Ecum ênica da Bíblia
(versão em [fngua portuguesa)
T eo d . tradução grega de Teodocião
T O B T raduction Oecum e'nique de Ia
Bible (versão francesa)
tr a d . tradução
v., vv. vcr.siculo(.s)
V et. L at. antigas traduções latinas antes da
Vulgata
V ulg . Vulgata (irad. latina de S.
Jerônim o)
A BIBLIA
INTRODUÇÃO
Que e' a Bíblia? Um simples olhar lançado sobre 
o índice basta para ver que ela é uma “ biblioteca", 
uma coleção de livros muito diversos. Quando se 
consultam as introduções a esses livros, a primei­
ra impressão se confirma: distribuindo-se por mais 
de dez séculos, os livros provêm de dezenas de 
autores diferentes; uns estão escritos em hebraico 
(com certas passagens em aramaico), outros em 
grego: apresentam gêneros literários tão diversos 
quanto a narrativa histórica, o código de leis. a 
pregação, a oração, a poesia, a carta, o romance.
O nome desta coleção, "os livros" (em grego, to 
b i h l i a ) , tornou-se um singular, "a Bíblia" (em gre­
go, h è b i h l i a ) . “ Os livros" chegaram a ser consi­
derados como um único livro e até mesmo o Livro 
por excelência. Por quê?
I)c quem provém a Bíblia? Todos estes livros 
provêm de homens com uma convicção comum: 
Deus os destinou a formar um povo que toma lugar 
na história com legislação própria e normas de 
vida pessoal e coletiva. Foram todos testemunhas 
daquilo que Deus fez por esse povo c com ele. Re­
latam os apelos de Deus e as reações dos homens 
(indagações, queixas, louvor, ações de graça).
Este povo posto a caminho por Deus foi primei­
ramente Israel, que apareceu na história por volta 
de 1200 a.C.. envolvido — como todos os povos 
vizinhos — nos movimentos que agitaram o Orien­
te Próximo até os inícios da nossa era. No entanto, 
sua religião o tomava um povo à parte. Isrqel co­
nhecia um único Deus. invisível e transcendente: o 
S e n h o r 1. Exprimia a relação que o unia ao seu Deus 
com um termo jurídico: a Aliança. Submetia toda a 
existência à Aliança e à Lei que dela decorria, c seu 
modo de vida se tomava cada vez mais contrastante 
com o das outras nações. Toda a parte hebraica da 
Bíblia se refere à Aliança, tal como foi vivida c 
pensada por Israel até o século II a.C.
O antigo povo judaico, cuja dispersão se acele­
rou com a destruição de seu centro religioso, Je­
rusalém, em 70 e 135 d.C.. prolonga-se na comu­
nidade judaica, cuja história movimentada c fre­
qüentemente trágica se desenvolve na maior parte 
do tempo em terra de exílio. As diversas tendên­
cias que o animam, todas têm por fundamento a 
Escritura e notadamente a Lei, venerada como a 
própria palavra do Senhor. Os judeus a lêem e 
sobre ela fundamentam sua pnítica no quadro de 
tradições que. lançando raízes na vida do antigo 
Israel, foram redigidas após a ruína da nação c 
inseridas na literatura rabínica.
Ao mesmo tempo que viu a desaparição da na­
ção judaica, o século I assistiu ao nascimento da 
comunidade cristã, que se afastou progressiva­
mente do judaísmo. Para os cristãos, a história 
do povo de Deus tinha encontrado cumprimento 
cm Jesus de Nazaré; foi por ele que Deus reuniu 
as pessoas de todas as origens para formar um 
povo regido por uma nova Aliança, um novo Tes­
tamento2. Era uma Aliança definitiva; em contra­
partida, fazia da Aliança que regia Israel uma 
etapa que, embora indispensável, estava destina­
da a ser superada. Os cristãos denominaram-na 
de antiga Aliança e deram ao conjunto dos livros 
bíblicos recebidos de Israel o nome de Antigo 
Testamento (cf. 2Cor 3,14 ), enquanto os livros 
que falavam da pessoa e da mensagem de Jesus 
formaram o Novo Testamento.
Os discípulos de Jesus c seus sucessores imedia­
tos que redigiram o Novo Testamento viam em 
Jesus aquele que concretizaria a esperança de Is­
rael e responderia à expectativa universal tal qual 
expressa no seio desse próprio povo. Com toda 
naturalidade, utilizaram a linguagem dos livros 
santos de Israel com toda a sua densidade históri­
ca e experiência religiosa acumulada no decorrer 
dos séculos. Conseqüentemente, a comunidade 
cristã reconheceu no Antigo Testamento a palavra 
de Deus. As Escrituras judaicas vieram a ser, então, 
a primeira Bíblia dos cristãos. Mas. iluminado pela 
fé em Jesus Cristo, o Antigo Testamento tomou
1. É assim que nesta Bíblia .será traduzido o nome prtíprio do Deus de Israel (cf. Ex 3,14-15).
2. Aliança e Testamento são dua> intduçòes da mesma palavra hebraica (cf. Hb 9.15 nota).
um sentido novo para eles, tornou-se como que 
um novo livro1.
Assim, judeus e cristãos se vinculam à Bíblia, 
mas não a lêem com os mesmos olhos. Não obstan­
te. ela continua a convidar os homens e mulheres 
dc todos os países e de todos os tempos a ingressar 
no povo dos que buscam a Deus no seguimento dos 
patriarcas, dos profetas, dc Jesus e dc seus discípu­
los. Livro do povo de Deus, a Bíblia e' o livro dc 
um povo ainda a caminho.
L cr a Bíblia. Os livros da Bíblia são a obra de 
autores ou de redatores reconhecidos como porta­
dores da palavra de Deus no meio de seu povo. 
Muitos dentre eles quedaram no anonimato. Dc 
qualquer modo. não estavam isolados: eram con­
duzidos pelo povo cujas vidas, preocupações, es­
peranças partilhavam, mesmo quando se erguiam 
contra ele. Boa parte dc sua obra se inspira nas 
tradições da comunidade. Antes de receber forma 
definitiva, estes livros circularam durante muito 
tempo entre o publico e apresentam os vestígios 
das reações suscitadas em seus leitores, sob a for­
ma de retoques, anotações e ate de reformulações 
mais ou menos importantes4.Os livros mais recen­
tes são por vezes reinterpretação e atualização de 
livros mais antigos (como, por exemplo, as Crô­
nicas, com relação a Samuel c Reis).
A Bíblia esta' profundamente marcada pela cultu­
ra de Israel, povo que teve, como todos os outros, 
um modo próprio dc compreender a existência, o 
mundo que o circundava, a condição humana. 
Exprime sua concepção do mundo, não numa filo­
sofia sistemática, mas em costumes e instituições,
em reações espontâneas dos indivíduos e do povo, 
através das características originais de sua língua. 
A cultura hebraica evoluiu no decorrer dos séculos, 
conservando, porém, determinadas constantes.
A civilização dc Israel tem muitos pontos em 
comum com as civilizações dos outros povos do 
antigo Oriente. Apesar disso, o antigo Oriente não 
explica tudo na Bíblia; a linguagem dos livros foi 
modelada pela história própria de Israel, única cm 
seu gênero. Muitas das palavras da Bíblia — par­
ticularmente no Novo Testamento — estão carre­
gadas dc uma experiência religiosa milenar. Para
detectar toda sua riqueza, e' preciso levar em con­
sideração o contexto de toda a Bíblia c da vida 
das comunidades que prolongam a existência do 
antigo Israel.
Isto explica por que, muitas vezes, e' difícil para 
o homem de hoje compreender plenamente a Bí­
blia. Entre ela e ele se interpõe uma distância 
considerável: o afastamento no tempo, a diferença 
de cultura e, mais profundamente, a distância que 
um texto escrito sempre introduz entre a mensa­
gem original c o leitor.
Para reduzir a distância, recorre-se à exegese, 
isto e', a uma explicação do texto. Cada e'poca teve 
seus me'todos. De dois ou três se'culos para cá, o 
Ocidente viu desenvolver-se uma exegese históri­
ca, à qual a civilização técnica forneceu instru­
mentos (especialmente a arqueologia científica). 
Sua intenção c estabelecer com exatidão o texto 
bíblico, compreender exatamente o sentido das pa­
lavras. situar o texto em seu ambiente original. É 
o resultado deste vasto trabalho que as introdu­
ções e as notas de A Bihlia — Tradução Ecumê­
nica resumem.
A Bíblia, Palavra de Deus. O leitor constata que 
a Bíblia não constitui simplesmente um antigo 
tesouro literário ou uma mina de documentação 
sobre a história das ide'ias morais e religiosas de 
um povo. A Bíblia não é somente um livro no 
qual se fala dc Deus; ela se apresenta como um 
livro no qual Deus fala ao homem, como atestam 
os autores bíblicos:
Não se trata de uma palavra sem importância 
para vós: é vossa vida (Dt 32,47). Estes sinais 
foram escritos neste livro para que creiais que 
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, 
crendo, tenhais a vida em seu nome (Jo 20 ,30 -31).
Nenhuma leitura poderá desconhecer essa fun­
ção do texto bíblico, essa interpelação constante, 
essa vontade de transmitir uma mensagem vital e 
de atrair a adesão do leitor. O leitor é livre para 
resistir e pode apreciar a Bíblia apenas como um 
literato ou um apreciador da história antiga. Mas 
se ele aceitar entrar em diálogo com os autores 
que dão testemunho da própria fé e suscitam a 
necessidade de uma decisão, a questão fundamen-
3. Para evitar qualquer mal-entendido, seria melhor falar do Primeiro c do Segundo Testamento, sendo um imprescindível à 
compreensão do outro.
4. Ver. por exemplo, as introduções a Isaía^e a Ezequiel.
tal, o sentido da vida, não deixará de ser enfren­
tada por ele. Pois a Bíblia e a fé — à qual ela 
convida de modo tão premente —, embora este­
jam profundamente enraizadas numa história par­
ticular e bastante longa, ultrapassam a história. Os 
autores bíblicos querem ser os porta-vozes de uma 
Palavra que se dirige a todo homem, em todo tem­
po e lugar.
Através dos séculos, as comunidades cristãs de 
todas as línguas e de todas as culturas encontra­
ram e encontram alimento neste livro, cuja men­
sagem meditam e atualizam. Não é sem razão que 
nos cultos ou ofícios se lêem ou se cantam os
Salmos, o Antigo Testamento, as Epístolas, com o 
Evangelho; sua unidade é a unidade da fé. Funda­
da nesse testemunho da Bíblia, a fé não deixa de 
encontrar ali vida e força. O leitor (mesmo não- 
-crente) sabe que esta fé existe hoje, que ela é — 
nas comunidades e algumas vezes fora delas — 
um certo modo de o homem viver a relação com 
os outros homens e de agir no meio deles, uma 
modalidade particular dc existir que é fermento da 
história humana.
Assim, a Bíblia sempre rem ete o leitor à fé 
vivcnciada, como também a vivência da fé sem­
pre remete à Bíblia, na qual a fé lança suas raizes.
ORDEM DOS LIVROS 
DO ANTIGO TESTAMENTO
O leitor da Bíblia pode se surpreender 
ao constatar que nem todas as edições 
publicam os livros na mesma ordem. O 
que se segue pretende mostrar a origem 
dessas divergências.
1 . As edições protestantes correntes apre­
sentam a seguinte ordem (p. ex., J. F. de 
Almeida):
— o Pentateuco, Gn. Ex, L v , Nm. Dt
— os Livros históricos: Js, Jz, Rt, 1 e 
2Sm. I e 2Rs, 1 e 2Cr, Esd. Ne. Est
— os Livros poéticos: Jó, SI, Pr, Ecl, Ct
— os Profetas: Is, Jr, Lm, Ez. Dn, os 
Doze.
As edições católicas (p. ex., a Bíblia de 
Jerusalém) seguem a mesma ordem, mas 
inserem:
Tb e Jt após Ne; / e 2Mc depois de 
Est; Sb c Sr depois de Ct; Br depois de 
Lm.
Esta classificação apareceu no Concilio 
de Florença (1442), com a diferença de 
que o Concilio situa / e 2Mc no fim do 
Antigo Testamento.
2. As edições da Bíblia hebraica agru­
pam os livros sob três títulos: A "L e i", os 
“ Profetas” , os "Escritos” . Esse uso é ante­
rior à era cristã (cf. Sr prólogo) c é bastan­
te esta'vcl; algumas listas e manuscritos 
apresentam divergências no modo de agru­
par os livros no interior da seção “ Profe­
tas" (p. ex. Isaías pode vir depois de Jere­
mias e Ezequiel). ou da seção “ Escritos",
mas um livro nunca passa de uma seção 
para outra.
3. As listas gregas (grandes manuscritos 
dos séculos IV e V. fornecidas pelos Padres 
e Concilios) apresentam grande diversida­
de. O Pentateuco está sempre no começo; 
mas os outros livros são classificados con­
forme critérios variáveis, levando em con­
sideração o gênero literário, o conteúdo, o 
autor suposto ou os costumes locais.
Esta variedade se explica, aliás, pela for­
ma dos livros na antiguidade. Antes da 
aparição da forma códex (= páginas enca­
dernadas em seqüência como nos livros 
atuais), os livros eram rolos; sendo necessá­
rios uns vinte rolos para escrever todo o 
Antigo Testamento. Os bibliotecários os or­
denavam cm cofres, para protegê-los e 
classificá-los. O caráter eminentemente sa­
grado do Pentateuco vetava guardar outra 
coisa no cofre que lhe era reservado, mas 
quanto à disposição dos outros rolos não 
havia nenhuma ordem rigorosa.
A TEB optou por apresentar em seqüên­
cia os livros transmitidos em hebraico (ou 
aramaico). depois os transmitidos em gre­
go (deuterocanfinicos na tradição católica, 
apócrifos segundo a denominação protes­
tante). Os primeiros estão classificados 
segundo a ordem adotada pelo manuscrito 
B 19A , de Leningrado. que forneceu o 
texto-basc e foi reproduzido na Bíblia 
Hebraica Stuttgartensia.
ANTIGO TESTAMENTO
INTRODUÇÃO
0 Antigo Testamento e' uma coletânea de es- anteriores de Antigo Testamento, ou seja, a Anti- 
eritos que os judeus chamam “ a Lei, os Profetas e ga Aliança.
os Escritos" (abreviado conforme o hebraico, a A presente Introdução quer apresentar o ambi- 
T a n a k ) , ou simplesmente “ a Escritura". Quando ente geográfico e histórico no qual nasceu o 
os cristãos consideraram que suas próprias escri- Antigo Testamento, explicar como foram reuni- 
turas "apostólicas” expressavam as disposições de dos os livros que o constituem, como nos foram 
uma “ Nova Aliança" (ou "Novo Testamento") transmitidos e qual seu significado para o crente 
entre Deus e seu povo, denominaram as escrituras dc hoje.
A ) A T E R R A D A B ÍB L I A
1. O “ Crescente Fértil” . A terra de Israel, cha­
mada na Bíblia terra dc Canaã e pelos geógrafos 
antigos e modernos. "Palestina" (isto é, "terra dos 
filisteus” ), e' um pequeno setor de um vasto con­
junto geográfico em forma de meia-lua denomina­
do o “ Crescente Fcrtil"1. Essa região tem, de fato. 
a forma de um arco cujo centro se situaria no 
deserto da Síria e ao norte do deserto

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