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Apresentação Feevale (1)

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O trabalho como atividade
O trabalho como atividade
 O trabalho como atividade humana
“A Ergologia conforma um projeto de melhor conhecer e, sobretudo, de melhor intervir sobre as situações de trabalho, para transformá-las. É uma abordagem de apreensão da atividade humana que tem por objetivo a produção de conhecimentos sobre o que vivem as pessoas em situações reais de trabalho. A Ergologia surgiu na França na Universidade de Provence e um de seus fundadores (principal teórico) é o professor Yves Schwartz”.
Fonte: http://www.ergologiabrasil.net/ 
 
 Ergologia e a pluridisciplinariedade
É um método de investigação pluridisciplinar: a atividade humana é complexa de se entender e analisar a partir de uma única disciplina (todas são necessárias, embora nenhuma seja suficiente – dialética). (TRINQUET, 2010).
Contemporaneidade: segue-se a via da especialização e com ela perde-se o global, o geral dos enigmas dos sujeitos abordados.
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Figura1-A pluridisciplinaridade Ergológica
Fonte: Trinquet (2010, p.94)
O trabalho como atividade
Ergologia – salto epistemológico
Na ergologia se considera toda a atividade humana, especificamente, da atividade humana no trabalho, representando um salto epistemológico no domínio da ciência do Homem.
Objetiva-se conhecer mais profundamente a realidade da atividade laboral, analisando sob quais condições ela se realiza, tornando-a mais eficaz e rentável, tanto em seus os aspectos humanos, quanto sociais e humanos. 
Metodologicamente coloca-se em diálogo a pluridisciplinaridade dialética dos saberes eruditos e dos saberes de experiência, ou seja, a prática dos processos socráticos em duplo sentido, entre saberes constituídos e saberes investidos
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O trabalho como atividade
 O que é a atividade de trabalho?
“O trabalho e o Homem estão intimamente ligados. É possível pensar que o trabalho é um ato da natureza humana que engloba e restitui toda a complexidade humana” (TRINQUET, 2010, 96).
A atividade é tomada no sentido da atividade interior. O que se passa na mente e no corpo da pessoa no trabalho, em diálogos com ela mesma, com o seu meio e com os outros. Na ergologia, essa situação chama-se debate e normas e transgressões, o que, regularmente, resulta em renormalizações.
A maioria das pessoas tem interesse pelo trabalho, mas esquecemos de enxergar a atividade propriamente dita. Muitas vezes, o trabalhador apenas descreve seu trabalho prescrito, seu posto de trabalho, considerando-o apenas isso e mais nada.
Distância entre o trabalho prescrito e o trabalho real
 
Há uma distância entre o real e o prescrito. Humanos não são robôs.
 
Atividade de trabalho: uma função ontológica e antropológica
O trabalho humano está em constante evolução. A evolução do trabalho corresponde a uma capacidade especificamente humana, que Yves Schwartz chama de uso de si, também intitulada, por muitos, de auto-organização ou de poder de agir.
O ser humano tem liberdade para agir e faz escolhas a todo tempo. E essas escolhas é que nos diferenciam dos robôs e nos possibilitam a inovação.
Essa particularidade humana está no cerne de um conceito ontológico e antropológico: a evolução do trabalho, desde muito tempo, explica, por um lado, a evolução do Homem e a evolução do Homem explica, por outro lado, a evolução de sua atividade laboriosa. E é essa dialética consiste em um dos principais motores da evolução humana.
Alguns filósofos se interessaram pelas condições de trabalho, pela condição operária, pelo papel histórico da classe operária, mas não se interessaram pela relação entre o Homem e sua atividade de trabalho.
O que caracteriza o trabalho prescrito e o trabalho realizado é o fato de o trabalhado ser, por definição, imprevisível, isso quer dizer que ele não é e não pode ser previsto. Haverá sempre uma distância mínima entre o prescrito e o realizável.
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 Os executantes
Aquele que executam a tarefa: os médicos, os designers, a enfermeira, etc.
São os executantes que são gerir as distâncias entre o prescrito e o real. 
È aí que surge o momento que se expressa a personalidade, a individualidade, a história singular e coletiva daqueles que participam da atividade. Na Ergologia, esses momentos são nomeados de: dramáticas do uso de si. Nesse momento é que são feitas as escolhas do sujeito. Explicações para o suicídio ligados ao trabalho.
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 Saberes constituídos: tudo que remete a todos os tipos de conhecimento pluridisciplinares, que são produzidos junto com esse trabalho a realizar e transcritos sob todas as formas: livros, cursos, máquinas, ferramentas. É o que existe antes da sua realização e que permite elaborar o trabalho prescrito. 
Esse saber, por mais importante e primordial que seja, não é capaz de sozinho explicar o que acontece no trabalho tal como ele é exercido na situação real. Ele é suficiente para explicar o trabalho prescrito, antes de sua realização, mas não para explicá-lo em sua realização efetiva.
Para realização do trabalho, os saberes constituídos, encontram os seres humanos, individuais e coletivos, sempre singulares ( formados por histórias) e, além do mais, o trabalho a realizar jamais encontra o mesmo indivíduo, nem o mesmo coletivo, no tempo e espaço.
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É preciso gerir e adaptar-se às variabilidades do ambiente físico e do meio social: meteorologia, iluminação, composição de equipe, atrasos, planejamentos, relações sociais, etc.
Ergologia defende a singularidade do trabalho. Nossas atividades são sempre parecidas, mas não iguais e jamais perfeitamente iguais aos outros.
 Saberes investidos: questões práticas que derivam da atividade profissional. Os saberes investidos servem de forças de convocação e reconformação. 
Diálogo entre os saberes constituídos e saberes investidos.
É um saber remete á especificidade da competência adquirida na experiência da gestão de toda a atividade de trabalho.
Essa experiência está cravada no intelecto e/ou no corpo, no corpo si (corpo na mente)
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 Exemplos concretos
Carpinteiro que caminha, com segurança e descontração, sobre um telhado inclinado e constituído somente de vigas. Dizemos: é porque ele tem experiência...
Quando se tem um carro velho e um porco danificado, com freios gastos, pedais frouxos, você se adapta , ainda que inconscientemente, para conduzi-lo de modo conveniente. Entretanto, se ele é emprestado, o outro motorista, aí, haverá problemas.
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 A batalha do saber investido
Será que o saber investido pode ser omitido quando se deseja agir seriamente para melhorar o sistema produtivo e as condições de trabalho?
Afinal, como proceder pra fazer emergir e utilizar o saber investido dos assalariados? Visando suprir essa demanda, na Ergologia, criou-se o Dispositivo Dinâmico de Três Polos.
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 Figura 2 -Os três polos de saberes
Polo de exigências egológicas: éticas , conceitos e meios
Polo dos saberes investidos e das forças de convocação e reconvocação.
Lugar dos processos socráticos com duplo sentido: conhecimento e soluções
Polos dos saberes constituídos , em convocação e enriquecimento mútuo.
Fonte: Trinquet (2010, p.94)
 
O polo de saberes constituídos: refere-se a todos os conceitos, competências e conhecimentos disciplinares acadêmicos e ou profissionais. Todos os saberes que são necessários, mas exteriores e anteriores à situação de trabalho estudadas. São esses saberes que, essencialmente, permitem elaborar o trabalho prescrito.
O polo dos saberes investidos na atividade: refere-se à experiência prática e, permanentemente, recriadora de saberes, através dos debates de normas que, no instante em que são conhecidos, jamais podem ser apreciados e controlados pelos saberes instituídos. Esses
saberes estão muito mais situados no tempo e espaço, resultado de uma história singular por serem elaborados em tempo real.
Exemplo: especialista para instalação de uma rede elétrica.
Ambos saberes são essenciais e complementares para uma análise de uma situação de comunicação.
Os diálogos ente os dois saberes remetem, ao mesmo tempo, a uma exigência ética e, sem dúvida, de respeito em relação aos assalariados. Trata-se de uma exigência epistemológica, que deixa a análise incompleta quando não se respeita o espaço de compreensão da atividade real.
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O processos socráticos de duplo sentido: terceiro polo.
Para controlar as condições necessárias para fazer o terceiro polo funcionar, uma formação em ergologia se mostra, na prática, frequentemente, indispensável, a fim de que todos os participantes estejam sintonizados em relação ao problema a ser resolvido, estando apoiados em uma mesma base conceitual elementar.
Todos os participantes, já referidos, implicados ao longo do processo, pois todos podem ter, a qualquer momento, sugestões de melhorias a propor.
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Grupos de Encontro de Trabalho (GRT’s)
Prática metodológica de DD3P (Dispositivo Dinâmico de Três Polos), visando responder a uma demanda precisa de busca de soluções a um problema idêntico e definido por um conjunto de indivíduos.
O objetivo não é colocar todos os protagonistas de acordo em relação a tudo, mas chegar a um acordo em relação às soluções práticas de um problema em que todos são implicados.
Ex: problemas de pesquisa e/ou de estudos, de formação, de gestão, de prevenção de riscos do trabalho, de busca de eficiência/eficácia, melhorias de condições de trabalho.
O DD3P não é uma receita de bolo ou algo pronto. Não há solução milagrosa, pois todas as situações diante das quais somos colocados são, por definição ergológica, específicas e singulares. Caber ao polo de exigências ergológicas estudar tudo isso e propor soluções realizáveis e apropriadas.
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 Princípios básicos na Ergologia
É preciso colocar no centro de nossas preocupações a atividade real do trabalho e não somente a atividade prescrita.
Trabalhar não é simplesmente, aplicar, mas se adaptar sempre às variabilidades organizacionais, materiais , ambientais e humanas, em tempo real. Trabalhar é gerir, sustenta Schwartz.
O que interessa para a Ergologia não conhecer as generalidades, e sim saber de que forma eles próprios devem fazer para trabalhar com segurança. 
Os sujeitos estão acostumados a consumir o saber, aquele do formador. O que a Ergologia propõe não somente consumir, mas também produzir um saber e as suas ações resultantes.
É importante que eles não se sintam enganados ou mesmo manipulados: o que exige o estabelecimento de uma relação franca e se coloca como um requisito ético na relação de pesquisa.
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Nome da Apresentação
 2) É precisos colocar em prática uma estrutura que favoreça a expressão e a produção de conhecimentos novos.
Busca-se a produção de saberes e não apenas discussões.
O objetivo do formador não é recolher informações que irá organizar depois, mas levar os sujeitos a adquirirem um saber novo, sobre sua própria atividade e os conhecimentos, para agirem com segurança.
Procura-se criar condições para que as questões se entrelacem, tanto da parte do formador, buscando respostas apropriadas, o que nomeamos de “processo socrático de duplo sentido.
 3) É preciso ir, se possível, ao campo, aos locais de trabalho.
Conversar com as pessoas em seus locais de trabalho contribui para que seja um diálogo mais descontraído e a vontade, demonstrando os seus gestos e atitudes no trabalho, além de demonstrarem mais confiança em apresentar o seu espaço real e tudo que lhe é solicitado.
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 Paulo Freire e a Ergologia
È preciso transformar ao sistema de educação bancária graças a uma pedagogia dialógica: segundo ele, somente o diálogo é capaz de quebrar a cultura do silêncio no qual os trabalhadores se atrofiam. Reencontramos essa prioridade, concedida ao diálogo, na abordagem egológica. (Echternacht & Veríssimo, 2009. 1999).
Para a ergologia: educar é compartilhar. Para Freire: “ninguém educa o outro, ninguém se educa sozinho, os homens se educam conjuntamente por intermédio do mundo”. 
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 Ergogestão ou ergoadministração
Pede-se ao gestor para gerir, do exterior, as pessoas , para normatizá-los, enquadrá-los à atividade de trabalho a fim de poder alcançar objetivos que lhe são fixados. 
Ergologia mostra que é impossível impor, do exterior, normas imperativas e rígidas para os seres humanos, visto que, sempre há a necessidade de se adaptar à esses encontros singulares
A ideia é de levar a normatização das atividades coletivas dos outros apenas até certo grau , pois ela conduz a limites, sendo a sua rigidez impossível e mesmo patogênica no próprio sentido do tempo, por se tratar de algo desumano e contra a natureza. 
Deve-se levar em conta os imperativos de toda a atividade humana e essa contradição entre o que ele quer fazer e o que lhe é pedido para fazer e o que ele, enfim, pode fazer, considerando as situações sempre singulares. A gestão uma arte e não uma técnica.
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 Conclusões
Estudar o trabalho é reconhecer que a atividade de trabalho é sempre uma expressão da relação social. Que ela é condicionada por essa relação social e, sobretudo, pelo estado de forças sociais presentes. 
Atualmente, ao nível mundial, essa relação é muito vertical, muito hierarquizada e muito orientada conforme finalidades puramente econômicas (as crises financeiras demonstram essa fragilidade), para permitir responder eficazmente, tanto no plano social quanto no econômico, a complexidade intrínseca do trabalho humano.
É no quadro de uma redefinição dessa relação social que é preciso conceber toda a problemática, caso se pretenda orientar em direção a soluções confiáveis que contemplem a maior parte das pessoas.
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 A ergologia pode ajudar a redefinir uma relação social que responderia melhor às exigências sociais e econômicas de cada país. E, sobretudo, que permitiria ao trabalho humano encontrar a verdadeira razão de ser, fundamental e ontológica, que é favorecer o desenvolvimento de cada indivíduo, tanto no plano humano quanto econômico e social. Deve-se colocar o ser humano no centro de todas as preocupações.
O trabalho, enquanto atividade, é uma necessidade para o homem. È uma necessidade análoga ao ato de beber e comer. Alguns psiquiatras chegam a afirmar tratar-se de um desejo, ainda que na prática, seja frequente vivenciar o trabalho enquanto sofrimento, obrigação e mesmo uma maldição divina.
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 Na contemporaneidade, o trabalho, na maioria dos casos, é embrutecedor, alienante, ás vezes, mortífero. 
Todavia, não é o trabalho, em sua função fundamental e ontológica, que acarreta essas perversões,e sim as condições de trabalho que são impostas.
Portanto, as condições de trabalho consistem em uma questão concernente a todos, sejam brasileiros, franceses ou de qualquer outro país. O futuro do trabalho e do ser humano depende da postura assumida pelos próprios indivíduos, sejam eles, dirigentes, trabalhadores ou pesquisadores.
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Possibilidades de estudos
Debates sobre o debate de normas. Um novo olhar sobre a temática da cultura organizacional. Cultura ou culturas?
Questões sobre o uso de si. Termos: “recursos humanos”, “ativos humanos” (sujeitos passivos de instrumentalização). Todos o sujeito no trabalho quer ser gestor de suas normas e atividades.
-Reflexões sobre o comportamento gerencial, supostamente devendo ser gerenciado; “modelos mentais” que definem como os sujeitos processam as informações recebidas no trabalho e da atividade em que estão envolvidos.
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-Debates a respeito de competências (ora entendidas
como qualificações ou características subjacentes à pessoa e que lhe permitem realizar determinado trabalho ou lidar com dada situação; ora associada não a um conjunto de atributos da pessoa, mas sim às suas realizações em determinado contexto, isto é, àquilo que o indivíduo produz ou realiza no trabalho. É um equívoco abordar a questão da competência supondo elementos separados que comporiam um agir individual. Os autores relacionam competência a situações de trabalho, que são situações de vida e, portanto, listar competências necessárias para o trabalho equivaleria a listar competências necessárias para viver.
-Lançar olhares sobre a Qualidade de Vida, tradicionalmente abordada do ponto de vista de medidas a serem adotadas pelas organizações no intuito de amenizar a tríade trabalho-sofrimento-adoecimento.
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-O principal impacto da Ergologia para as práticas administrativas consiste em evidenciar algo notório a que Schwartz (2000b) chama atenção: a necessidade de se pensar o trabalho não por meio de “grades”, “modelos”, “comportamentos”, “lógicas sociais” e outros signos socialmente denotados e conotados.
-As teorias cognitivo-comportamentais – de grande impacto para as práticas administrativas – estão historicamente ligadas à previsão e ao controle do comportamento com vistas ao desempenho e ao desenvolvimento de instrumentos de controle para a gestão, apresentando-se como capazes de instrumentalizar o gerenciamento dos fatores humanos no trabalho e promover a adaptação do indivíduo aos imperativos do desempenho e da eficiência.
- Nessa perspectiva, coloca-se em foco a necessidade de se questionar ferramentas como as de recrutamento, seleção, avaliação, remuneração e desenvolvimento e os pressupostos com base nos quais se constrói o ato mesmo de “recrutar”, “selecionar”, “avaliar”, “remunerar” e “desenvolver”, uma vez que estes, historicamente, têm como parâmetro e se pautam em categorias pré-definidas, às quais se remete e se busca enquadrar o real.
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A Ergologia, por sua vez, ao focar as singularidades dos usos de si e o constante retrabalho de normas antecedentes, revela a fragilidade das ferramentas generalistas e a potência do trabalho em ato que delas escapa e que se situa na defasagem entre trabalho prescrito e trabalho real. 
A Ergologia desloca o foco do trabalho prescrito (planejado, organizado, dirigido, controlado) para o trabalho real e considera toda a complexidade que aí reside, relativa: a sua dimensão de uso de si por si e pelos outros; aos valores e às normas antecedentes, com base nos quais são tomadas as decisões pelos trabalhadores;
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à pertinência dos coletivos em detrimento dos grupos hierárquicos; aos saberes constituídos no enfrentamento das situações reais; ao trabalho como ambiente de vida, em que a reconfiguração de normas se relaciona à saúde; ao trabalho como ambiente de aprendizagem, em que saberes práticos se constituem e são em grande medida responsáveis por suprir as lacunas deixadas pelos saberes técnicos; ao trabalho como possibilidade de confronto entre saberes práticos e técnicos, numa dialética fecunda; à reformulação sempre inacabada dos conceitos e saberes científicos acumulados; e, em especial, à potencialidade que reside nas singularidades do ato real de trabalho e que escapa às ferramentas e aos modelos enquanto generalizações e prescrições. 
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A ergogestão” ou “ergoadministração”, Trinquet (2010, p. 110) aponta ser necessário reafirmar a “[...] ideia de se levar a normatização das atividades coletivas dos outros apenas até certo grau, pois ela induz a limites, sendo a sua rigidez impossível ou mesmo patogênica, no próprio sentido do termo”. Convém, portanto, a cada gestor, a cada organizador do trabalho, levar em conta os imperativos de toda atividade humana e a contradição entre normas necessárias e renormalizações considerando as situações sempre singulares. Para isso, é preciso adaptar-se a cada situação e, nesse sentido, como bem coloca o autor mencionado (p. 110), “[...] a gestão coloca-se mais como uma arte do que como uma técnica”
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Sobre tudo o que se expôs, não se trata de conjecturar ingenuamente a possibilidade de abrir mão de instrumentos e ferramentas gerenciais. Trata-se, pelo contrário, de seu retrabalho, em um uso sadio, contextualizado e reflexivo, considerando suas limitações ante a complexidade da atividade humana. Tal consideração, quando levada a sério, pode abrir portas para o desenvolvimento e aprimoramento de instrumentos mais contextualizados, adequados e renovados, uma vez que é compromisso da Ergologia conhecer de perto o trabalho e, assim, postular problemas e elucidar soluções e melhoramentos.
Nesse sentido, à concepção de gestão predominante na Administração seria incorporada a noção de renormalização via diálogo com aqueles que, nos discursos organizacionais da contemporaneidade, lhes são caros, os trabalhadores.
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Referências
TRINQUET, Pierre. Trabalho e Educação: o método ergológico. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, número especial, p. 93-113, ago./ 2010.
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 Obrigada
Eliane Davila dos Santos 
eliane.d@feevale.br
Celular: 51 91149956
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