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Química Geral Experimental I e II final

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1 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO 
JEQUITINHONHA E MUCURI 
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
Licenciatura em Química 
 
 
 
 
 
 
 
 
Química Geral Experimental 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Everton Luiz de Paula 
Prof. Dr. Fernando Armini Ruela 
 
 
 
 
 
 
 
Diamantina - MG 
Edição: Fevereiro / 2018 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
AUTORIZAMOS A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, 
POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E 
PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELOS AUTORES. 
 
 
 
de Paula, Everton Luiz; Ruela, Fernando Armini. 
 Química Geral Experimental / Everton Luiz de Paula e 
Fernando Armini Ruela - Diamantina, 2018. 
 i, 71 f. : il. 
 
 Apostila - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e 
Mucuri, Diretoria de Educação Aberta e a Distância, 2018 
 
 
 1. Química Geral 2. Experimentos de química. 3. Curso de 
graduação 4. Roteiros de aula prática. I. Título. II. Diamantina – 
Diretoria de Educação Aberta e a Distância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma 
oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora 
da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer pessoal e para 
proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer” 
 
Albert Einstein 
 
 
 
5 
 
 
 
ÍNDICE 
1. OBJETIVO DA DISCIPLINA .........................................................................................6 
2. CADERNO DE LABORATÓRIO ...................................................................................6 
3. RELATÓRIOS .................................................................................................................7 
4. CONFECÇÃO DE GRÁFICOS ..................................................................................... 13 
5. NORMAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO ................................................... 19 
6. NORMAS E PROCEDIMENTOS NO LABORATÓRIO ............................................ 22 
7. EXPERIMENTOS .......................................................................................................... 23 
EXPERIMENTO 01: SEGURANÇA E MATERIAIS DE LABORATÓRIO............................................23 
EXPERIMENTO 02: MEDIDAS E TRATAMENTO DE DADOS ..............................................28 
EXPERIMENTO 03: MEDIDAS DE VOLUMES ...........................................................................32 
EXPERIMENTO 04: MEDIDA DE DENSIDADE ..........................................................................37 
EXPERIMENTO 05: TESTE DA CHAMA ...................................................................................41 
EXPERIMENTO 06: EVIDÊNCIAS DE REAÇÕES QUÍMICAS .......................................................43 
EXPERIMENTO 07: ESTEQUIOMETRIA – LEI DE PROUST .........................................................45 
EXPERIMENTO 08: PREPARO DE SOLUÇÕES .........................................................................48 
EXPERIMENTO 09: PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES ...............................................................51 
EXPERIMENTO 10: REAÇÕES ÁCIDO-BASE ...........................................................................54 
EXPERIMENTO 11: CINÉTICA QUÍMICA..................................................................................57 
EXPERIMENTO 12: EQUILÍBRIO QUÍMICO ..............................................................................60 
EXPERIMENTO 13: DETERMINAÇÃO DAS CONSTANTES DE EQUILÍBRIO QUÍMICO ......................63 
EXPERIMENTO 14: MEDIDAS DE PH.....................................................................................66 
 
6 
 
 
1. Objetivo da Disciplina 
 
As disciplinas Química Geral experimental (I e II) formam um conjunto de 
disciplinas básicas do curso de licenciatura em Química. Nesta disciplina o 
aluno deverá aprender as técnicas básicas de preparação, purificação e 
caracterização de diversas substâncias, aprender a manipular substâncias 
tóxicas e inflamáveis e a montar as aparelhagens necessárias para diversas 
finalidades das outras áreas em química, como orgânica, bioquímica, 
Inorgânica, físico-química e analítica. Além desses aspectos, a disciplina 
oferece condições para o aluno aprimorar e ampliar seus conhecimentos 
básicos de química, através da interação com as disciplinas teóricas de 
Química Geral (I e II) oferecidas paralelamente. 
 
2. Caderno de Laboratório 
 
Visando um melhor aproveitamento da disciplina, cada aluno deverá ter um 
Caderno de Laboratório exclusivo para a disciplina, onde deverão constar todas 
as informações necessárias para a execução e compreensão do experimento a 
ser realizado. Antes do dia do experimento, a sequência de atividades a serem 
desenvolvidas deverá ser elaborada e registrada pelo aluno no Caderno de 
Laboratório contendo: 
1. título do experimento e data; 
2. esquema do procedimento (diagrama de blocos) e da aparelhagem, se 
houver; 
3. propriedades físicas dos principais reagentes (p.e., p.f.,d, toxicidade, etc.); 
4. equações das reações químicas; 
5. cálculos envolvidos no experimento (concentração, estequiometria, etc); 
7. observações e comentários; 
8. bibliografia consultada. 
 
O caderno é uma exigência do curso. Os alunos que não apresentarem o 
caderno organizado em qualquer uma das experiências perderão 1,0 (um) 
ponto na nota de relatório! 
 
7 
 
 
 
3. Relatórios 
 
Um relatório é o relato detalhado de um experimento científico, geralmente 
realizado em laboratório. Aprender a elaborar um relatório significa, antes de 
tudo, aprender a organizar dados, informações e resultados obtidos e transmiti-
los de maneira correta, segundo os critérios científicos aceitos no mundo todo. 
Assim, o relatório faz parte do experimento. 
Um relatório tem como objetivo principal, informar com exatidão e clareza como 
um experimento foi realizado. Quem quiser repetir o experimento, deve ser 
capaze de fazê-lo seguindo a descrição do seu relatório. 
Devido à importância de se saber escrever bem dados científicos, o que 
também é de extrema importância para professores, após a realização de 
alguns experimentos deste curso, cada equipe de alunos elaborará um 
Relatório Científico. Nesse relatório deverão constar obrigatoriamente, e na 
sequência indicada abaixo, os seguintes itens: 
 
1. Uma página de capa; 
2. Resumo; 
3. Introdução; 
4. Objetivos; 
5. Parte Experimental; 
6. Resultados e discussão; 
7. Bibliografia. 
 
A seguir são apresentados alguns esclarecimentos para a preparação de cada 
item. 
 
a) CAPA: folha de apresentação com o nome da universidade, unidade, 
departamento, curso, disciplina, semestre e ano, título do experimento em 
destaque, nome dos integrantes da equipe que estão fazendo o relatório, nome 
dos professores responsáveis pela disciplina, data de entrega. 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal dos Vales do 
Jequtinhonha e Mucuri 
Diretoria de Educação Aberta e a Distância 
 
 
 
Nomes completos dos Alunos 
Nomes completos dos Alunos 
 
 
 
Título do Experimento 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) RESUMO: Texto de, no máximo, dez linhas que apresentede maneira clara, 
direta e concisa, o que você fez no experimento, principalmente os resultados 
alcançados. 
 
c) INTRODUÇÃO: Texto que demanda a realização de um levantamento 
bibliográfico em livros e artigos científicos para que seja apresentada uma 
síntese da teoria necessária ao entendimento da prática e à discussão dos 
resultados. Tente identificar palavras chaves de assuntos abordados no 
experimento e não esqueça de citar as referências consultadas. Sugere-se que 
a citação das referências, em qualquer parte do trabalho, seja feita pelo 
número correspondente na lista de referências bibliográficas, conforme o 
modelo a seguir: 
 
...o precipitado deve ser conversível em uma substancia pura de composição química 
definida [1]. No final do relatório, no item referências bibliográficas, o item [1] será: 
 
[1] BASSETT, J.; DENNEY, R.C.; JEFFERY, G.H.; MENDHAM, J. Vogel: Análise Inorgânica 
quantitativa. 4ª ed. São Paulo: Editora Guanabara, 1981. p. 335-371. 
 
d) OBJETIVOS: Descrição dos objetivos que deveriam ser alcançados ao 
realizar o experimento, em relação à aprendizagem. 
 
e) PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: Descrição completa da metodologia 
utilizada, que permite a compreensão e interpretação dos resultados, bem 
como a reprodução do experimento. Sugere-se sua divisão em duas partes: a) 
Materiais e reagentes e b) Procedimento experimental. O primeiro item, 
 
9 
 
 
Materiais e reagentes, deve conter uma lista de todo o material utilizado, tanto 
vidraria como reagentes e equipamentos. Coloque a procedência do reagente, 
o grau de pureza, a validade, a formula e o nome correto. A marca e 
especificação de cada equipamento devem ser citadas também. O segundo 
item deve descrever objetivamente o procedimento adotado no laboratório 
(incluindo modificações que tenham sido feitas no decorrer do experimento em 
relação ao procedimento originalmente proposto). Além disso, devem ser 
fornecidos detalhes como as quantidades utilizadas, temperaturas medidas, 
vidrarias, esquemas de montagens, tempo gasto e outras informações 
importantes para a compreensão do que foi realizado como as técnicas 
empregadas, os equipamentos utilizados e os procedimentos seguidos. Na 
redação das frases, utilize o tempo verbal de maneira apropriada e impessoal 
(determinou-se, transferiu-se, coletou-se). Não inclua nesse item as 
observações experimentais e os dados, pois, as mesmas fazem parte dos 
Resultados e Discussão. 
 
f) RESULTADOS E DISCUSSÃO: Esta parte descreve os principais resultados 
obtidos em aula, na sequência em que o procedimento foi realizado. Neste item 
estão incluídos os dados coletados (que podem ser apresentados na forma de 
tabela quando forem numerosos), o tratamento destes dados e sua análise, até 
se chegar aos resultados. É necessário apresentar detalhadamente todos os 
cálculos efetuados e os resultados obtidos podem ser apresentados na forma 
de tabelas ou gráficos. Mostre as equações das reações realizadas no 
laboratório, quando houver. Sempre que possível, compare os resultados 
obtidos com o que era esperado tendo por base a teoria (descrita na 
Introdução) ou resultados já publicados. Se os resultados forem muito 
diferentes do que era esperado, procure explicar porque à luz da literatura 
consultada na introdução, ou em possíveis erros experimentais. Indique 
sempre as unidades usadas nas medidas. Além disso, discuta (explique) cada 
observação experimental (mudança de cor, aquecimento, turvação, etc.) e os 
resultados obtidos (massa final, rendimento, ponto de fusão, entre outros). 
 
 
10 
 
As tabelas que apresentam os dados obtidos experimentalmente ou 
encontrados na literatura devem possuir um título e serem numeradas como no 
seguinte exemplo: 
 
Tabela 1. Variação da constante de velocidade de decomposição do cefaclor, com a 
temperatura. 
 
Os gráficos, por sua vez, também devem ter um título e serem numerados. No 
entanto, essa indicação deve ser feita na parte inferior. 
As ilustrações de qualquer tipo, assim como os gráficos e as tabelas, devem 
ser numeradas, identificadas e inseridas o mais próximo possível do texto no 
qual foram citadas. Jamais apresente uma tabela ou uma figura antes de citá-
las no relatório: 
 
Exemplo: A variação da ação enzimática da pepsina com a temperatura pode 
ser observada na Figura 1. (Insere-se a figura logo a seguir) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
T /ºC 
 
Figura 1. Variação da ação enzimática da pepsina em função da temperatura. 
 
g) Conclusão: Parte do relatório em que se deve retomar cada um dos 
objetivos propostos e, com base nas observações que foram realizadas, 
comentar se os mesmos foram atingidos de forma satisfatória ou não. Coloque 
sua opinião sobre cada etapa realizada, como o preparo do experimento, os 
procedimentos realizados e a coleta e a análise dos dados. E, por fim, faça 
 
11 
 
 
uma síntese sobre as conclusões alcançadas com o trabalho. Não apresente 
nenhuma conclusão que não seja fruto de discussão do seu grupo. 
 
h) REFERÊNCIAS: Espaço reservado à citação dos livros e artigos usados 
para escrever o relatório, bem como dos endereços eletrônicos. As referências 
devem ser numeradas na ordem de aparecimento no texto e devem ser 
escritas de acordo com as normas da ABNT, conforme os exemplos a seguir. 
 
- Livros: Sobrenome do primeiro autor em letras maiúsculas, vírgula, seguido 
pelas iniciais do(s) nome(s) desse autor. Idem para segundo e terceiro autores, 
sendo o nome dos autores separados por ponto e vírgula. Título do livro em 
itálico, negrito ou sublinhado seguido por ponto. Edição também seguida por 
ponto. Cidade da edição seguida por dois pontos. Editora, vírgula, em seguida 
ano da edição. Página(s) consultada(s). Obs: Se houver mais de 03 autores 
acrescenta-se a expressão et al. após o primeiro autor. 
[1] CONSTANTINO, M. G.; SILVA, G. V. J.; DONATE, P. M. Fundamentos 
de Química Experimental. São Paulo: EDUSP, 2004. 250 p. 
 
- Capítulo de livros: Sobrenome do primeiro autor do capítulo em letras 
maiúsculas, vírgula, seguido pelas iniciais do(s) nome(s) desse autor. Idem 
para segundo e terceiro autores, sendo o nome dos autores separados por 
ponto e vírgula. Título do capítulo. Palavra “In:” seguida pelo sobrenome do 
primeiro autor do livro em letras maiúsculas,, vírgula, iniciais do(s) nome(s) 
desse autor. Idem para segundo e terceiro autores, sendo o nome dos autores 
separados por ponto e vírgula. Título do livro em itálico, negrito ou sublinhado 
seguido por ponto. Edição também seguida por ponto. Cidade da edição 
seguida por dois pontos. Editora, vírgula, em seguida ano da edição. Página(s) 
consultada(s). 
 
[2] JUSTI, R. Modelos e modelagem no ensino de química: um olhar sobre 
aspectos essenciais pouco discutidos. In: SANTOS, W.L.P.; MALDANER, O.A. 
Ensino de química em foco. Ijuí: Unijuí, 2010. p.94-125. 
 
 
12 
 
 
- Artigos: Sobrenome do primeiro autor em letras maiúsculas, vírgula, seguido 
pelas iniciais do(s) nome(s) desse autor. Idem para segundo e terceiro autores, 
sendo o nome dos autores separados por ponto e vírgula. Título do artigo. 
Título do periódico científico (abreviado ou não) em itálico, negrito ou 
sublinhado seguido por vírgula. Local de publicação, numeração 
correspondente ao volume, fascículo ou número, páginas inicial e final, ano da 
publicação. 
 
[3] GIBIN, G.B; FERREIRA, L.H. Avaliação dos Estudantes sobre o Uso de 
Imagens como Recurso Auxiliar no Ensino de Conceitos Químicos. Química 
Nova na Escola. São Paulo, v.35, n.1, p.19-26, 2013. 
Artigos disponíveis na Internet: Idem ao anterior, seguido por “Disponível em: 
<endereço na Internet>” e por “Acesso em: dia mês abreviadoano”. 
 
[4] GIBIN, G.B; FERREIRA, L.H. Avaliação dos Estudantes sobre o Uso de 
Imagens como Recurso Auxiliar no Ensino de Conceitos Químicos. Química 
Nova na Escola. São Paulo, v.35, n.1, p.19-26, 2013. Disponível em: 
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc35_1/04-RSA-87-10.pdf>. Acesso em: 15 
mar. 2013. 
 
- Documentos de acesso exclusivo por computador (on line): Sobrenome do 
primeiro autor em letras maiúsculas, vírgula, seguido pelas iniciais do(s) 
nome(s) desse autor. Denominação do documento. Endereço eletrônico entre 
os sinais < > precedido da expressão – Disponível em: – e a data de acesso 
precedida da expressão – Acesso em:. 
 
[5] BOTELHO, D. Historiadores x jornalistas. Lista moderada pelo professor 
Galba Di Mambro. Mensagem recebida da lista eletrônica de História do Brasil; 
administrada pela Coordenação do Sistema de Informação da Universidade 
Federal de Juiz de Fora. Disponível em: <http://www.elionet.ufjf.br/hbr-1>. 
Acesso em: 19 jan. 2000. 
 
- Trabalhos apresentados em congressos e eventos: Sobrenome do primeiro 
autor em letras maiúsculas, vírgula, seguido pelas iniciais do(s) nome(s) desse 
 
13 
 
 
autor. Idem para segundo e terceiro autores, sendo o nome dos autores 
separados por ponto e vírgula. Título do trabalho. Palavra “In:” seguida pelo 
nome do evento em letras maiúsculas, edição do evento, ano de realização, 
local de realização. Título da publicação em negrito (Atas, Anais, Livro de 
Resumos..) seguindo por três pontos. Local da publicação seguida por dois 
pontos, ano de publicação, páginas inicial e final do trabalho. 
 
[6] CARNEIRO, M.H.S. As imagens no livro didático. In: ENCONTRO 
NACIONAL DE PESQUISA EM ENSINO DE CIÊNCIAS,1, 1997, Águas de 
Lindóia. Atas... Águas de Lindóia, 1997. v. 1. p. 366-376. 
 
4. Confecção de Gráficos 
 
Nas aulas práticas você verificará que os gráficos são frequentemente 
utilizados para representar dados experimentais. No lugar de olhar para uma 
tabela como um conjunto de medidas realizadas, o cientista olha para o gráfico 
traçado a partir desses dados e percebe o comportamento geral das grandezas 
envolvidas naquela medição. Apesar de conter as mesmas informações da 
tabela, os gráficos propiciam o rápido reconhecimento de máximos, mínimos e 
de pontos de inflexão. Além de facilitarem operações matemáticas como 
interpolação, cálculo de valores médios e integração, que são difíceis de 
realizar por métodos numéricos. 
 
Um gráfico é útil para mostrar a conexão entre duas ou mais grandezas físicas, 
sendo uma representação visual do modo como umas variam em relação às 
outras, ou seja, se existe uma linearidade, se existe apenas uma faixa de 
valores de x para os quais y aumenta linearmente e depois sofre um desvio 
desse comportamento, se existe uma função exponencial nessa relação e 
assim por diante. Esta informação visual fornecida pode então ser relacionada 
com o fenômeno físico ou químico envolvido. 
 
Em geral, um gráfico é construído em um sistema de coordenadas cartesianas, 
que consiste de duas retas perpendiculares: o eixo x (eixo das abscissas), 
 
14 
 
 
onde deve ser representada a variável independente, e o eixo y (eixo das 
ordenadas), onde deve ser representada a variável dependente. A construção 
de um gráfico envolve as seguintes etapas: 
 
a) Definição dos eixos 
- No eixo das abcissas (eixo horizontal ou eixo dos x) deve ser registrada 
a variável independente associada à grandeza que, ao variar, assume valores 
que não dependem dos valores da outra grandeza. 
- No eixo das ordenadas (eixo vertical ou eixo dos y) deve ser registrada a 
variável dependente associada à grandeza que, para variar, depende de como 
varia a outra grandeza. Em outras palavras, registra-se a causa, variável x, no 
eixo horizontal e o efeito, variável y, ou função y(x), no eixo vertical. 
 
Exemplo: Se estamos observando como o volume responde à variação da 
temperatura, o volume é a variável dependente pois varia com a mudança de 
temperatura. Não seria razoável afirmar o contrário, afinal como que se poderia 
dizer que a temperatura variou em função da mudança do volume! 
 
 
b) Registro dos eixos 
Na parte inferior do eixo das abscissas, à direita, e preferencialmente fora da 
região quadriculada do papel milimetrado, deve ser registrada a variável 
independente, com sua unidade entre parênteses. 
Na parte superior do eixo das ordenadas, à esquerda, e preferencialmente fora 
da região quadriculada do papel milimetrado, deve ser registrada a variável 
dependente, com sua unidade entre parênteses. 
 
15 
 
 
Observação: Se a unidade da grandeza incluir uma eventual potência de 10, 
com expoente positivo ou negativo, esta potência também deverá ser 
representada entre parênteses, junto com a unidade. Exemplo: V (10-9 m3) 
 
c) Determinação da posição do papel 
Uma folha de papel milimetrado geralmente tem 28 cm no eixo vertical, e 18 cm 
no eixo horizontal, então, podemos usá-la nesta posição (“retrato”) ou em outra 
posição, invertendo os eixos (“paisagem”). Deve ser escolhida uma destas 
duas possibilidades: “retrato” ou “paisagem”, de modo a otimizar a construção 
do gráfico visando ocupar o melhor possível a folha. Entretanto, “ocupar o 
melhor possível a folha” não significa que se deve usar a escala que preenche 
todo o papel. Na prática, deve-se escolher uma escala que facilite a leitura dos 
pontos experimentais, ou qualquer outro ponto representado no gráfico. 
Escolha uma escala com intervalos razoáveis, que facilitam a colocação dos 
dados e sua leitura. 
 
d) Determinação das escalas 
Na escolha da escala que vai ser usada em cada eixo deve-se localizar na 
tabela os valores máximos e mínimos das duas variáveis e em seguida traçar a 
escala de maneira a abranger todo o intervalo de valores da grandeza a ser 
representada, ou seja, de forma que todos os pontos caibam no gráfico. 
 
e) Indicação de valores nos eixos 
Tanto no eixo vertical, quanto no horizontal, devem ser indicados valores 
referenciais adequados à escala, em intervalos equidistantes, marcados com 
pequenos traços feitos perpendicularmente ao eixo em questão. Esses valores 
devem ser, preferencialmente, múltiplos de 2, 5, 10, 20, 50, 100, etc. Nunca 
use múltiplos ou submúltiplos de números primos ou fracionários, tais como 3, 
7, 9, 11, 13, 15, 17, ou 2,5; 3,3; 7,5; 8,25; 12,5; 16,21; etc. Jamais coloque os 
valores que correspondem aos dados (a não ser que esses, por acaso, 
coincidam com os intervalos escolhidos para um dos eixos). Além disso, a 
escala deve ser legível, isto é, qualquer ponto poderá ser lido no gráfico. 
 
 
16 
 
 
Por exemplo, uma escala que coincida o máximo possível com as linhas dos 
milímetros em uma folha de papel milimetrado, correspondendo cada cm da 
escala a 100g (assim, cada milímetro vale 10g), seria uma escala bastante 
razoável. 
 
f) Marcação dos pontos experimentais 
É fundamental que os pontos experimentais sejam bem marcados no gráfico, 
ou seja, para cada dado coletado, existirá um ponto com coordenadas x e y a 
ser marcado no gráfico. Por exemplo, para um líquido que, na temperatura de 
15oC, ocupa um volume de 150 mL, o ponto correspondente no gráfico terá as 
seguintes coordenadas: (15, 150). Esses pontos devem ser identificados por 
um sinal que não deixe dúvidas sobre sua localização. Veja os exemplos a 
seguir: 
 
 
 
Depois de marcado o ponto experimental não faça nenhuma marcação 
adicional, tal como fazer tracejados desde o ponto até os eixos. Identifique 
apenas os pontos experimentais! 
 
g) Traçado da curva 
Após todos os pontos terem sido marcados, deve-se avaliar de que formaestes 
se relacionam para que possam ser unidos. O traçado da curva deve ser suave 
e contínuo, ajustando-se o melhor possível aos pontos experimentais. Nunca 
una os pontos experimentais por linhas retas, pois isto significa que a relação 
entre as grandezas é descontínua, o que dificilmente será verdadeiro. No 
entanto, mesmo sabendo que a relação entre as grandezas é linear, como 
traçar uma reta se nem todos os pontos experimentais estão alinhados? Nesse 
caso podemos usar o conceito de reta média, ou da melhor reta, isto é, a reta 
que passa pela maioria dos pontos ou que melhor define a tendência dos 
pontos, mesmo que ela não os contenha todos. A reta média é facilmente 
traçada por computadores, mas quando traçada a mão exige certo cuidado e, 
portanto, dedique especial atenção nos casos em que seja necessário. 
 
17 
 
 
 
h) Equação da reta 
 
A equação que define uma reta é y = ax + b, onde o parâmetro a é denominado 
coeficiente angular e b, coeficiente linear da reta. O parâmetro a relaciona as 
grandezas x e y e é, na verdade, a razão entre a variação das coordenadas de 
dois pontos quaisquer pertencentes à reta, ou seja, a = Δy/Δx. Tomando dois 
pontos quaisquer (P1 e P2), pertencentes à reta e diferentes dos pontos 
experimentais (dados tabelados), com coordenadas (x1, y1) e (x2, y2) 
respectivamente, a inclinação da reta será a = (y2 - y1)(/x2 - x1). É importante 
atentar para o fato de que não se deve escolher os dados experimentais para 
esse cálculo, exceto no caso de só haver exatamente dois pontos 
experimentais. Também é recomendável tomar dois pontos bastante 
espaçados para minimizar os erros e pontos que tenham o valor de pelo menos 
uma das coordenadas igual ao valor de uma das divisões da escala. O 
coeficiente linear, por sua vez, indica o valor de y para o qual x =0, ou seja, o 
valor de y correspondente ao ponto onde a reta intercepta o eixo das 
ordenadas. 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
Observação: Outro ponto importante é a origem do gráfico. Isto por dois 
motivos: o primeiro é a dúvida frequente dos estudantes sobre a possibilidade 
da origem ser outro ponto que não o (0,0), ou seja, se os eixos podem começar 
de valores não-nulos e se cada eixo pode começar de valores diferentes. 
Ambos os casos são possíveis, isto é, os eixos não precisam começar do valor 
zero, baseado na conveniência para a escala, como num caso em que se 
tivesse o primeiro ponto sendo no valor 150, por exemplo, que fica muito 
distante do ponto 0 e isso prejudicaria na visualização do gráfico. Já com 
relação aos eixos começarem em valores diferentes, é igualmente por conta da 
conveniência, como num caso em que o primeiro valor de um eixo é 2 e do 
outro 1000, por exemplo. Se ambas as escalas começassem em um valor 
próximo ao 2 e tivessem o mesmo espaçamento entre os pontos, imagine o 
tamanho da folha para chegar ao valor 1000, certo?! O segundo motivo é a 
relação entre as grandezas que, em algumas vezes, implica em a origem ser 
um ponto do gráfico sem que isto esteja explícito pela determinação 
experimental. Para entender melhor isto, pense num carro que partirá de um 
ponto e com o decorrer do tempo percorrerá uma distância. Se avaliarmos 
como a distância percorrida varia em função do tempo, facilmente se pode 
perceber que, não decorrido tempo (ou decorrido 0 segundos de tempo), 
nenhuma distância terá sido percorrida, ou seja, para o tempo igual a 0 
corresponde única e exclusivamente uma distância percorrida 0 e, portanto, o 
ponto (0,0) obrigatoriamente faz parte da reta do gráfico, sem que se tenha 
"medido" isto, mas está lá e influencia na construção do gráfico. Será que este 
mesmo raciocínio se aplica à relação entre massa e volume de um líquido (sem 
que seja "medido" 0mL de líquido, você infere que isso corresponderia a uma 
massa 0 obrigatoriamente e o ponto (0,0) estaria no gráfico?). do relatório 
deverá conter: o nome da instituição, nomes dos autores, título do experimento 
e local/data de realização do experimento. A Figura 1 apresenta um modelo de 
capa em papel A4. 
 
 
 
 
19 
 
 
5. Normas de Segurança no Laboratório 
 
A ocorrência de acidentes em laboratórios, infelizmente, não é tão rara como 
possa parecer. Visando diminuir a ocorrência e a gravidade destes eventos, é 
absolutamente imprescindível que sejam observadas as normas de segurança, 
descritas abaixo, durante os trabalhos em laboratório: 
 
1) Siga rigorosamente as instruções específicas do professor; 
2) Localize os instrumentos anti-incêndio e se familiarize com o seu uso; 
3) Certifique-se do funcionamento dos chuveiros de emergência; 
4) Nunca fume no laboratório; 
5) Use sempre avental apropriado sob pena de não poder assistir a aula 
prática e ainda sofrer as punições previstas pela ausência em cada 
disciplina; 
6) Nunca deixe frascos abertos ou próximos de chama; 
7) Evite contato de qualquer substância com a pele. Seja extremamente 
cuidadoso ao manusear quaisquer substâncias; 
8) Todas as experiências que envolvem liberação de gases ou vapores tóxicos 
devem ser realizadas na capela (câmara de exaustão); 
9) Sempre que proceder à diluição de um ácido ou hidróxido concentrado, 
adicione-o lentamente, sob agitação, sobre a água, e não o inverso; 
10) Ao aquecer um tubo de ensaio contendo qualquer substância, não volte a 
extremidade aberta do tubo para si ou para outra pessoa próxima; 
11) Não jogue nenhum material sólido dentro da pia ou nos ralos; 
12) Sempre que possível trabalhe com óculos de proteção; 
13) Ao introduzir rolhas em vidrarias, umedeça-a convenientemente e enrole a 
peça de vidro numa toalha para proteger as mãos; 
14) Quando for testar produto químico pelo odor não coloque o frasco sob o 
nariz. Desloque, com a mão, os vapores que se desprendem do frasco para 
a sua direção; 
15) Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento 
prolongado ou que envolva grande quantidade de energia; 
 
20 
 
 
16) Ao se retirar do laboratório verifique se não há torneiras (água ou gás) 
abertas. Desligue todos os aparelhos, deixe todo o equipamento limpo e 
lave as mãos. 
 
Em um laboratório químico, devemos observar alguns símbolos de advertência 
para o manuseio de reagentes e a execução de procedimentos. Alguns destes 
símbolos são comuns em rótulos de reagentes e nas entradas de laboratórios. 
Assim, é importante saber o significado destes símbolos para que sejam 
tomados os cuidados necessários. Os principais símbolos são: 
 
 
Substância 
Tóxica 
Substância 
Irritante 
Substância 
corrosiva 
Substância 
inflamável 
 
Radiação ou Raio-
X 
Risco Biológico Entrada restrita Equipe de Limpeza 
 
ACIDENTES MAIS COMUNS EM LABORATÓRIOS E PRIMEIROS 
SOCORROS 
 
1) Queimaduras: 
a) Queimaduras causadas por calor seco (chamas e objetos aquecidos): 
- No caso de queimaduras leves, aplicar vaselina líquida; 
- No caso de queimaduras graves, cobrí-las com gaze esterilizada 
umedecida com solução aquosa de bicarbonato de sódio a 5%. 
- Procurar um médico imediatamente. 
b) Queimaduras por ácidos: 
 
21 
 
 
- Lave o local imediatamente com água em abundância, durante cerca de 
cinco minutos. A seguir, lave com solução saturada de bicarbonato de 
sódio e novamente com água. 
c) Queimaduras por álcalis (bases): 
- Lave, imediatamente, o local atingindo com bastante água durante cinco 
minutos. Trate com solução de ácido acético a 1% e lave novamente 
com água . 
2) Ácido nos olhos: 
- Nos laboratórios existem lavadores de olhos acoplados aos chuveiros de 
emergência. A lavagem deve ser feita por quinze minutos, após a qual 
se aplica solução de bicarbonatode sódio a 1%. 
3) Álcali nos olhos: 
- Proceder como no item anterior, substituindo a solução de bicarbonato 
de sódio por uma de ácido bórico a 1%. 
4) Intoxicações por gases: 
- Remova a vítima para um ambiente arejado deixando-o descansar. 
5) Ingestão de substâncias tóxicas: 
- Deve-se administrar uma colher de sopa de “antídoto universal”, o qual é 
constituído de: duas partes de carvão ativo, uma de óxido de magnésio 
e uma de ácido tônico (vitamina do complexo B). 
 
Bibliografia de Segurança no laboratório: 
PAVIA, D. L., LAMPMAN, G. M., KRIS, G. S. Organic Laboratory 
Techniques, 2nd ed., Phyladelphia: Saunders C. Publishing, 1982. p. 4-13. 
NUIR, G. D., ed., Hazards in the Chemical Laboratory, 3rd ed., London: The 
Royal Chemical Society, 1988. 
N. BACCAN, L. E. S. BARATA Manual de segurança para o Laboratório 
Químico IQ - UNICAMP, 1982. 
F. CIENFUEGOS Segurança no laboratório, Rio de Janeiro: Editora 
Interciência, 2001. 
 
 
22 
 
 
 
 
6. Normas e procedimentos no laboratório 
 
1. O aluno deverá possuir a apostila contendo todos os roteiros das aulas 
práticas ministradas no corrente período letivo. 
2. O aluno não poderá fazer a prática sem a apostila (roteiro) da mesma. 
3. É obrigatório o uso de avental, calça comprida e sapato fechado em todas as 
aulas práticas,. 
4. É proibido fumar e comer nos laboratórios. 
5. É proibido usar qualquer material do laboratório sem autorização do técnico 
responsável. 
6. O laboratório não deverá ser usado como sala de estudo. 
7. O aluno é responsável pelo material que será usado nas aulas práticas, 
portanto, deverá ter o cuidado de não quebrá-lo ou estragá-lo. 
8. Usar óculos de segurança quando indicado pelo professor. 
9. Secar em estufa apenas o material de vidro necessário. 
10. Identificar sempre o material que for colocado em estufa. 
11. O material específico recebido para determinado experimento deve ser 
devolvido limpo e em condições de uso. 
12. Providenciar a limpeza do piso ou balcão no caso de queda de material 
(chamar o técnico, se for necessário). 
13. Avisar imediatamente os professores ou técnicos em caso de acidente. 
14. Colocar todos os resíduos de reação em frascos apropriados. 
15. Usar balança analítica somente quando for estritamente necessário 
(existem balanças semianalíticas à disposição). 
16. Manter o local de trabalho limpo e organizado. 
17. É proibida a entrada no laboratório em aulas práticas de outros professores. 
18. O aluno não deverá deixar sobre as bancadas, em hora de aulas, materiais 
como bolsas, paletós, cadernos, livros e outros. Só devem ficar sobre a 
bancada a apostila da prática, o caderno e a caneta. 
 
 
 
 
23 
 
 
7. Experimentos 
Experimento 01: SEGURANÇA E MATERIAIS DE LABORATÓRIO 
 
INTRODUÇÃO: As atividades de laboratório exigem do aluno não apenas o 
conhecimento das peças e aparelhos utilizados, mas também o correto 
emprego de cada um deles. 
 
OBJETIVOS. Identificar materiais comuns de laboratório e conhecer sobre a 
segurança em um laboratório de química. 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
1. Identifique na bancada cada um dos materiais abaixo: 
 
Balão de fundo chato. Nele são aquecidos líquidos e realizadas reações com 
liberação de gases. Para aquecê-lo, use o tripé com a proteção da tela de 
amianto. 
Balão de fundo redondo. Nele são aquecidos líquidos e realizadas reações 
com liberação de gases. 
Balão volumétrico. É usado para preparar soluções com volumes exatos. 
Frasco de erlenmeyer, ou simplesmente erlenmeyer. Utilizado em titulações, 
aquecimento de líquidos, dissolução de substâncias e realização de reações. 
Quando aquecê-lo, empregue o tripé com a proteção da tela de amianto. 
Copo de becker, ou apenas béquer. Apropriado para reações, dissolução de 
substâncias, precipitações e aquecimento de líquidos. Quando aquecê-lo, 
empregue o tripé com a proteção da tela de amianto. 
Funil (a) e funil analítico (b). O funil é utilizado para filtração. Para filtrações 
mais delicadas (geralmente, em análises quantitativas), emprega-se o funil 
analítico, que tem diâmetro pequeno e haste maior. 
Funil de Büchner. Adapta-se ao frasco de kitassato nas filtrações a vácuo. 
Funil de decantação. Utilizado na separação de misturas de líquidos 
imiscíveis. 
 
24 
 
 
Tubo de ensaio. Empregado para reações em pequena escala, principalmente 
testes de reação. Com cuidado, pode ser aquecido diretamente na chama do 
bico de Bunsen. 
Condensador. Dispositivo para liquefazer vapores. É utilizado na destilação. 
Bastão de vidro ou bagueta. Haste maciça de vidro com que se agitam 
misturas. 
Proveta ou cilindro graduado. Utilizada para transferir volumes de líquido. 
Não oferece grande precisão e nunca deve ser aquecida. 
Pipeta graduada (a) e pipeta volumétrica (b). São utilizadas para medir com 
exatidão e transferir pequenos volumes de líquidos. 
Bico de Bunsen ou Bico de gás. É a fonte de aquecimento mais empregada 
em laboratório. 
Cadinho. Geralmente é feito de porcelana. Serve para calcinação 
(aquecimento a seco e em altas temperaturas) de substâncias. Pode ser 
colocado em contato direto com a chama do bico de Bunsen. 
Suporte universal. É empregado em várias operações, para sustentação de 
peças. 
Vareta de vidro. Cilindro oco, feito de vidro de baixo ponto de fusão. Interliga 
peças como balões, condensadores, erlenmeyeres, etc, com rolhas. 
Tripé de ferro. Sustentáculo utilizado com a tela de amianto para aquecimento 
de várias peças. 
Tela de amianto. Protege peças submetidas e aquecimento. O amianto 
distribui uniformemente o calor. 
Anel ou argola. Preso à haste do suporte universal, sustenta o funil na 
filtração. 
Pinça simples. Espécie de braçadeira para prender certas peças ao suporte 
universal. 
Garra de condensador. Espécie de braçadeira que prende o condensador (ou 
outras peças, como balões, erlenmeyer etc) à haste do suporte universal. 
Juntas de vidro. São usadas para conectar vidrarias sem rolhas. 
Estante de tubos de ensaio. Serve para alojar tubos de ensaio. 
Pinça de madeira. Utilizada para segurar tubos de ensaio em aquecimento, 
evitando queimaduras nos dedos. 
Cápsula de porcelana. Recipiente para evaporar líquidos. 
 
25 
 
 
Vidro de relógio. Peça côncava para evaporação em análises de líquidos. 
Bureta. Serve para medir volumes, principalmente em análises. 
Triângulo de porcelana. Suporte para cadinhos de porcelana colocados em 
contato direto com a chama do bico de Bunsen. 
Almofariz e pistilo. Empregados para triturar e pulverizar sólidos. 
Frasco de Kitassato. Compõe a aparelhagem das filtrações a vácuo. Sua 
saída lateral se conecta a uma trompa de vácuo. 
Dessecador. Nele guardam-se substâncias sólidas para secagem. Sua 
atmosfera interna deve conter baixo teor de umidade. 
Pinça de Mohr (a) e pinças de Hofmann (b). Servem para reduzir ou obstruir 
a passagem de gases ou líquidos em tubos flexíveis. 
Pinça metálica ou tenaz. Com ela se manipulam objetos aquecidos. 
Pisseta. Frasco para lavagem de materiais e recipientes por meio de jatos de 
água, álcool e outros solventes. 
Bomba de vácuo. Equipamento que faz sucção nas filtrações a vácuo. 
Antigamente usava-se trompa de vácuo, que era adaptada a uma torneira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTIONÁRIO: 
1. Identifique a figura dos principais materiais visto nesta aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
Experimento 02: MEDIDAS E TRATAMENTODE DADOS 
 
1. Introdução 
 
A Química é uma ciência teórica-experimental e por isso consideramos 
importante que você inicie a disciplina Introdução ao Laboratório de Química 
realizando experimentos sobre medidas e os tratamentos de dados. A validade 
dos dados obtidos dependerá de você se esforçar para realizar medidas 
precisas, mediante a utilização de instrumentos previamente calibrados. 
Geralmente, os alunos calouros não realizam experimentos no ensino médio e 
também imaginam que Química é uma ciência exata, o que é falso. Através 
desta experiência você e seus colegas deverão realizar medidas de 
temperatura, de massa e de volume para depois realizarem o tratamento 
estatístico sobre as medidas realizadas. 
Medidas de massa, de volume e de temperatura, por exemplo, são 
realizadas através de balanças, de equipamentos volumétricos (proveta, bureta 
etc.) e de termômetros respectivamente e conforme disponíveis no laboratório 
diferem no grau de precisão. 
Utilizamos algarismos significativos para expressar a precisão das 
medidas realizadas. Nas medidas apresentadas a seguir, embora o último 
dígito seja considerado duvidoso, pois ele é estimado, ainda é significativo para 
a medida. 
Medida Número de algarismos significativos 
2,5620 g 5 
3,891 mL 4 
25,5oC 3 
Observe a seguinte tabela, em que apresentamos a notação científica e o 
número de algarismos significativos para cada medida de massas: 
 
 
 
 
 
29 
 
 
Medida Notação científica Número de algarismos significativos 
0,00235 g 2,35 x 10-3g 3 
0,25 g 2,5 x 10-1g 2 
20,010 g 2,0010 x 101g 5 
20,01 g 2,001 x 101 4 
 
Assim, entendemos que os dados apresentados na tabela anterior foram 
obtidos em balanças que diferem na precisão das medidas. Desse modo, para 
se ter confiança nas medidas realizadas, os instrumentos devem ser 
calibrados. 
 
2. Procedimentos experimentais 
 
A - Medidas de temperatura 
 
1. Coloque água de torneira em um béquer, até aproximadamente 2/3 do seu 
volume e meça a temperatura utilizando um termômetro. Obtenha o valor da 
temperatura com o número máximo possível de algarismos significativos. 
Durante a medida mantenha o bulbo do termômetro totalmente imerso na água, 
sem tocar o vidro. Realize 3 medidas. 
 
Temperatura: _______ _______ _______ 
 
2. Em um béquer, coloque certa quantidade de gelo picado e em seguida 
adicione um pouco de água. Agite esta mistura e determine a temperatura. 
Realize 3 medidas. 
 
Temperatura: _______ _______ _______ 
 
3. Adicione 4 colheres de cloreto de sódio ao béquer com água e gelo, sob 
agitação e anote a temperatura quando permanecer constante. Novamente 
realize 3 medidas. Temperatura: 
 
 
30 
 
 
Obs1: Note que a água continua líquida a uma temperatura menor que zero 
grau. Não se esqueça de colocar o sinal negativo para temperaturas abaixo de 
zero. 
Obs2: Apresente e explique no item resultados e discussão no relatório, o 
resultado deste procedimento experimental. 
 
B - Medida Indireta de Massa 
 
MATERIAIS: 
- Sólido de formato irregular, com densidade previamente calculada. (Sugestão: 
Porca de latão) 
- Proveta (que caiba o sólido irregular) 
- Pinça metálica 
 
1. Coloque água de torneira em uma proveta até um determinado volume que 
nitidamente permita uma leitura após posterior inserção do sólido irregular do 
qual se quer obter os valores de volume. Coloque o sólido irregular no fundo da 
proveta contendo água, cuidadosamente e com auxílio de uma pinça metálica, 
para não quebrar o fundo da proveta. Obtenha o valor do volume através da 
subtração dos volumes final e inicial. Calcule a massa, utilizando a densidade 
fornecida desse objeto. Repita três vezes esse processo, anotando as três 
medidas obtidas. 
 
 
 
Massa: _______ _______ _______ 
 
31 
 
 
 
 
32 
 
 
 
Experimento 03: MEDIDAS DE VOLUMES 
 
INTRODUÇÃO: Em laboratório, o aluno terá sempre de fazer uso de vários 
tipos de medidas, sendo de grande importância aquelas envolvendo volume e 
massa. Torna-se necessário, portanto, que ele conheça corretamente as 
diversas grandezas de volume e a correspondência entre essas grandezas. Ele 
deve ser capaz de identificar e caracterizar os recipientes volumétricos. É 
necessário que esteja ciente dos erros que porventura possam ocorrer, 
procurando assim evitá-los. A eficiência na manipulação dos recipientes 
volumétricos, bem como de qualquer aparelho ou peça de laboratório, também 
depende, fundamentalmente, dos procedimentos de limpeza. 
 
Medidas de Volume 
A seguir são descritos alguns recipientes volumétricos e a técnica correta de 
utilização destes recipientes. 
 
Proveta: Recipiente de vidro ou de plástico para medidas aproximadas. As 
provetas possuem volume total variável, como 5, 10, 25, 50, 100, 250, 500 e 
1000 mL. Deve ser usada na posição vertical e, para aferição, eleve o menisco 
até a altura dos olhos. Para esvaziar o líquido, entorne-a vagarosamente 
(pode-se usar um bastão de vidro para um escoamento melhor, evitando 
respingos), mantendo-a inclinada até o completo escoamento. 
 
Bureta: Destina-se especificamente a titulações. É um tubo cilíndrico, 
graduado em mL, com uma torneira controladora de vazão na extremidade 
inferior. Quando graduadas em 0,01 mL, chamam-se “microburetas” e são 
utilizadas para medir volumes com maior precisão. Há também as buretas 
automáticas, com dispositivos que conduzem o líquido automaticamente para 
dentro delas; evitando-se, assim, a contaminação do líquido pelo gás carbônico 
(CO2) do ar. 
 
Balão volumétrico: trata-se de um recipiente de vidro com o colo longo e 
fundo chato. Um traço de aferição no gargalo indica sua capacidade 
 
33 
 
 
volumétrica. Há balões de várias capacidades, sendo utilizados para preparo 
de soluções. Ao trabalhar com um balão volumétrico, mantenha-o sempre na 
vertical. Para despejar um líquido dentro dele, use um funil. Essa operação se 
dá por etapas, homogeneizando (agitando o balão) com freqüência a mistura 
que está sendo preparada. Para aferição, coloque o balão sobre a bancada e 
faça a leitura, sempre tomando como referência a parte inferior do menisco. 
Após isso, tampe e faça total homogeneização com movimentos giratórios 
lentos. 
 
Pipetas: As pipetas são aparelhos para medidas mais precisas. Existem dois 
tipos de pipeta: as não-graduadas (volumétricas) e as graduadas. A 
volumétrica tem apenas um traço de aferição na parte superior para indicar 
sua capacidade. Já a graduada possui uma escala que nos permite obter 
variadas medidas de volume. A pipetagem de uma solução deve ser executada 
de modo metódico e cuidadoso. Os passos principais são: 
1. Segurar a pipeta pela extremidade superior (use o polegar, o indicador e o 
dedo médio); 
2. Mergulhar a extremidade inferior da pipeta no líquido a ser retirado, tomando 
o cuidado de não deixa-la bater contra o fundo do recipiente; 
3. Fazer sucção com o pipetador na parte superior, até notar que o líquido 
subiu um pouco acima do traço de aferição. Puxar devagar, para que o líquido 
não chegue à boca do pipetador; 
4. Elevar a pipeta até que o traço de aferição fique na altura de seus olhos;. 
5. Com a outra mão, segurar o recipiente do qual está sendo retirado o líquido. 
Posicionar o recipiente de modo que a ponta da pipeta encoste na parede 
interna. 
6. Ao conseguir aferição, tornar a fechar o orifício com o dedo indicador. 
7. Enxugar a superfície exterior da pipeta com papel poroso 
8. Leve a pipeta até o recipiente de destino encoste a ponta na parede interna 
e deixe o líquido escorrer;9. Após a vazão total do líquido. Tocar a parede interna do recipiente com a 
extremidade inferior da pipeta para escoar a última gota. Nunca sopre esse tipo 
de pipeta para esgotar o restinho de líquido que sempre sobrará dentro dela. 
 
34 
 
10. Nas pipetas de escoamento total (aquelas cuja graduação vai até a ponta), 
sopre até esgotar-se o último mililitro. Somente esse tipo de pipeta deve ser 
soprada para que todo o líquido escoe. 
 
Pipetador de borracha: No passado, a operação de pipetagem envolvia o 
enchimento da pipeta por sucção com a boca. Esse procedimento, entretanto, 
não é mais recomendado porque é perigoso e anti-higênico, podendo causar 
(retirar como causou no passado) acidentes graves, como intoxicações ou 
queimaduras por soluções ácidas ou básicas. Existem diversas formas de se 
evitar o uso da boca durante a operação de pipetagem. Todavia, a mais prática 
e versátil é a utilização de um pipetador de borracha (vide figura abaixo - 
retirar), que nada mais é que um bulbo de borracha no qual se pode fazer 
vácuo. 
 
Figura 1 – Pipetador de borracha 
Esse aparelho tem três válvulas para passagem de ar. A, S e E. A válvula A, ao 
ser pressionada, abre-se, permitindo retirar o ar do bulbo, isto é, fazer vácuo; 
uma vez evacuado o bulbo, ao se pressionar a válvula S, consegue-se 
succionar para dentro da pipeta o volume desejado de líquido. Finalmente, 
esse volume de líquido pode ser transferido, isto é, a pipeta pode ser 
esvaziada, pressionando-se a válvula E. 
 
PARA SUA SEGURANÇA E PROTEÇÃO, SEMPRE UTILIZE UM PIPETADOR DE 
BORRACHA PARA REALIZAR PIPETAGEM DE QUALQUER TIPO DE LÍQUIDO. 
 
 
35 
 
 
Dentre os erros mais comuns nas medidas volumétricas, destacam-se: 
- Leitura da graduação volumétrica obtida pela parte superior do menisco. 
- Medição de volume de soluções quentes. 
- Uso de instrumento inadequado para medir volumes. 
- Uso de instrumento molhado ou sujo. 
- Formação de bolhas nos recipientes. 
- Controle indevido da velocidade de escoamento. 
 
 De um modo geral, para medidas aproximadas de volumes líquidos, 
usam-se cilindros graduados ou provetas, enquanto, para medidas precisas, 
usam-se pipetas, buretas e balões volumétricos, que constituem o chamado 
material volumétrico. Aparelhos volumétricos são calibrados pelo fabricante e a 
temperatura padrão de calibração é de 20o C. 
 A medida do volume do líquido é feita comparando-se o nível do mesmo 
com os traços marcados na parede do recipiente. A leitura do nível para 
líquidos transparentes deve ser feita na parte inferior do menisco, estando a 
linha de visão H do operador perpendicular à escala graduada, para evitar erro 
de paralaxe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com líquidos escuros a leitura é feita na parte superior do menisco. 
 
36 
 
 
 
 
OBJETIVOS: Familiarizar-se com medidas de volume. 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
a) Medidas de Volume 
1. Medir 20 mL de água em uma bureta e transferir para um béquer de 50 mL. 
2. Medir 20 mL de água usando uma pipeta volumétrica e transferir para um 
béquer de 50 mL. 
3. Medir 25 mL em um béquer e transfira para uma proveta. 
4. Explicar em cada caso a que se devem as diferenças observadas nos 
volumes medidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
Experimento 04: MEDIDA DE DENSIDADE 
 
INTRODUÇÃO: A densidade é a relação entre a massa e o volume de uma 
amostra a uma dada temperatura, d= m/v , e pode ser expressa mais 
comumente por g/mL ou g/cm3 . 
Na tabela, encontram-se alguns valores de densidade de materiais do cotidiano 
Tabela 1 – Materiais do cotidiano e seus valores de densidade 
Material Densidade / gcm-3 
Gasolina 0,72 
Álcool 0,789 
Borracha 0,91 a 1,25 
Areia seca 2,14 a 2,36 
Cloreto de sódio 2,17 
Alumínio 2,70 
Chumbo 11,34 
 
 
Medidas de Massa 
O instrumento mais importante e mais comumente encontrado em um 
laboratório químico para medidas de massa é a balança. As balanças são 
usualmente classificadas de acordo com sua precisão sendo os seguintes tipos 
mais comuns: 
 
Balança semi-analítica: precisão de 10 mg (0,01 g); 
Analítica: precisão de 0,1 mg (0,0001 g); 
 
Existem muitos tipos e modelos de balança, com diferentes precisões e 
capacidade. 
Quanto ao funcionamento, as balanças de laboratório podem ser mecânicas ou 
eletrônicas. As balanças mecânicas comparam a massa do que se quer pesar 
com a massa de pesos padrões. As eletrônicas dispõem de um sensor de 
pressão colocado sob o prato; a informação fornecida pelo sensor é convertida 
eletronicamente para leitura direta do peso em um mostrador digital. 
 
38 
 
 
As balanças são instrumentos delicados e caros que devem ser manejados 
com cuidado. A balança deve ser mantida limpa e os objetos a serem pesados 
devem estar à temperatura ambiente. Após a pesagem, a balança deve ser 
colocada na posição "zero". Os reagentes a serem pesados não devem ser 
colocados diretamente sobre o prato da balança, mas em recipientes 
adequados como pesa-filtro, béquer, vidro de relógio, etc. 
 
OBJETIVOS: Determinar a densidade de alguns sólidos, líquidos e gases. 
Estabelecer as diferenças entre propriedades extensivas e intensivas. 
 
MATERIAIS: prego, pedra, água destilada, comprimido efervescente 
“sonrisal®”. 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
a) Determinação da densidade de sólidos 
1. Determine a massa do prego disponível em sua bancada. 
2. Adicione exatamente 40 mL de água a uma proveta de 50 ou 100 mL. 
Mergulhe o prego, de massa conhecida, na água da proveta. 
3. Faça nova leitura do volume de água na proveta. 
4. Determine o volume do prego e coloque os dados na Tabela I. 
5. Repetir o mesmo procedimento que você fez com o prego para a pedra. 
 
b) Determinação da densidade de líquidos 
1. Colocar na balança um béquer pequeno, de aproximadamente 25mL, e zerar 
a balança; 
2. Com auxílio de uma pipeta graduada, transfira 5 mL de água destilada para 
o béquer e faça a pesagem da água. Transfira os dados para a Tabela 1. 
 
c) Determinação da densidade de gases 
1. Monte o sistema apresentado na Figura 1. 
2. Coloque água até aproximadamente um terço do volume de um tubo de 
ensaio ou de um erlenmeyer pequeno. Determine a massa desse conjunto e 
anote (m1). 
 
39 
 
 
3. Encha uma proveta de 100 mL de água e mergulhe em uma cuba contendo 
água conforme é mostrado na figura 1. 
4. Mergulhe um termômetro na cuba e verifique a temperatura da água. 
5. Pese 1/3 de um comprimido de “sonrisal®” (ms). 
6. Depois que toda a aparelhagem estiver montada, retire a tampa do tubo, 
coloque o fragmento de “sonrisal®” e feche rapidamente. Deixe que todo o gás 
carbônico seja recolhido na proveta. 
7. Após o comprimido ter sido totalmente consumido, nivele a água da proveta 
com a água da cuba, suspendendo ou abaixando a proveta, conforme 
necessário. 
8. Meça o volume de gás carbônico no interior da proveta. 
9. Retire a rolha do tubo de ensaio e pese novamente o tubo com os resíduos 
da reação (m2). A massa de gás carbônico será: m(CO2) = (m1 + ms) – m2. 
10. Anote na Tabela I, a massa e o volume de gás carbônico e determine a sua 
densidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Montagem Experimental para determinação da densidade do CO2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
Tabela I. Massa e volume e densidade de alguns materiais. 
Amostra Massa (g) Volume (mL) m / v 
Prego 
Pedra 
Água 
CO2 
 
 
QUESTIONÁRIO: 
1. O que é propriedade intensiva? E extensiva? Você identifica alguma(s) 
dela(s) nesteexperimento? Qual(is)? 
2. Além da densidade, que outras propriedades podem ser usadas na 
identificação de substâncias? 
3. Por que é necessário igualar os níveis de água da proveta e da cuba, em 
que está mergulhada a proveta, para fazer a leitura do volume de gás? 
4. Transforme o volume de gás carbônico medido no laboratório para as CNTP, 
sabendo que a pressão atmosférica no laboratório é aproximadamente 0,92 
atm. 
 
41 
 
 
 
Experimento 05: TESTE DA CHAMA 
 
INTRODUÇÃO: A chama tem um papel muito importante em química. A Figura 
1 ilustra um esquema de uma chama, mostrando as principais regiões e suas 
temperaturas aproximadas. O teste da chama baseia-se no fato de que o 
fornecimento de uma certa quantidade de energia a um determinado elemento, 
faz com que elétrons da camada de valência absorvam esta energia passando 
para um nível excitado. O retorno destes elétrons ao estado fundamental, emite 
uma quantidade de energia com comprimento de onda característico do 
elemento e da mudança do nível eletrônico de energia. Assim, a cor resultante 
da chama é usada para identificar o referido elemento. 
 
Figura 1: Chama do bico de Bunsen e suas regiões. a) parte oxidante; b) parte 
redutora; c) parte neutra. 
 
OBJETIVOS: Identificar metais, pela coloração produzida numa chama a alta 
temperatura, e correlacionar este fenômeno com o modelo atômico de Bohr. 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
1- Limpeza do fio de níquel-cromo: O fio de níquel-cromo deve ser aquecido na 
chama oxidante do bico de Bunsen até adquirir coloração rubra. Em seguida, 
deve ser mergulhado e aquecido numa solução de HCl 6 molL-1 (contida num 
tubo de ensaio) e aquecer novamente. Este procedimento deverá ser repetido 
 
42 
 
 
várias vezes até que a chama não apresente coloração alguma quando o fio for 
colocado na chama. 
2- Teste da chama: Adicione em um tubo de ensaio 10 gotas de solução 
concentrada de cloreto de sódio. Em seguida, mergulhe a ponta do fio níquel-
cromo na solução e levá-lo na zona oxidante da chama. Observar a cor da 
chama e anote. 
3- Repita o procedimento anterior com soluções de cloreto de cálcio, de bário, 
de estrôncio e de potássio. Não esqueça de limpar o fio de níquel-cromo após 
cada análise, de acordo com o item 1. 
4- Anote as cores observadas e organize uma tabela com os resultados obtidos 
e as substâncias utilizadas. 
 
QUESTIONÁRIO: 
1- Por que as diferentes substâncias apresentam cores diferentes ao serem 
aquecidas na chama? 
2- Como o modelo atômico de Bohr pode ser usado para explicar esses 
resultados? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
Experimento 06: EVIDÊNCIAS DE REAÇÕES QUÍMICAS 
 
OBJETIVOS: Verificar a ocorrência de reações químicas através de evidências 
como: coloração, alteração da temperatura, formação de precipitado, alteração 
de cheiro, liberação de gás, etc. 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
1. Em tubos de ensaio, misture cerca de 1 mL das soluções aquosas presentes 
em sua bancada, duas a duas, conforme indicado na Tabela abaixo (tome 
bastante cuidado para não utilizar pipeta suja e contaminar as soluções de 
trabalho). 
2. Relate na coluna de “EVIDÊNCIA DA REAÇÃO” suas observações após 
cada reação. 
 
No Mistura de 1 mL + 1 mL Evidência da Reação 
01 HCl + NaOH (*) 
02 HCl + Na2CO3 
03 HCl + NaC2H3O2 () 
04 HCl + K2CrO4 
05 HCl + Zn 
06 HCl + Cu 
07 BaCl2 + Na2SO4 
08 BaCl2 + KNO3 
09 BaCl2 + K2CrO4 
10 CuSO4 + NH4OH (exc) 
11 CuSO4 (exc) + NH4OH 
12 CuSO4 + Fe (prego) 
13 FeCl3 + NaOH 
14 FeCl3 + KSCN 
15 Na2CO3 + CaCl2 
 
44 
 
 
OBS.: (*) = medir a temperatura inicial e final; (exc) = colocar em evidente excesso; () 
= aquecer a mistura. 
 
 
Concentração das soluções usadas na prática: 
HCl e NaOH = 1,0 molL-1 Acetato de sódio = 0,5 molL-1 
Outras soluções: 0,2 molL-1 
 
4. Questões: 
1. Diferencie equação química de reação química. 
2. Dê as equações químicas balanceadas das reações realizadas. 
3. Em algumas misturas realizadas não se observa evidência de reação. 
Explique. 
4. Que tipo de ligação química ocorre em cada reação? 
 
45 
 
 
 
Experimento 07: ESTEQUIOMETRIA – LEI DE PROUST 
 
INTRODUÇÃO: Nas mesmas condições, uma reação química obedece a uma 
mesma proporção de massa. Desta forma, as substâncias possuem uma 
composição definida, ou seja, possuem estequiometria definida. 
Conseqüentemente, é possível, empregando símbolos, representar as 
substâncias por fórmulas. A estequiometria de uma reação pode ser 
determinada pelo método das variações contínuas. Este método consiste em 
variar as quantidades dos reagentes e medir a quantidade do produto formado, 
mantendo constante a soma das concentrações dos reagentes. Ou ainda, no 
caso de um dos produtos ser sólido, testar se há ou não reação do 
sobrenadante com os reagentes. 
 
OBJETIVOS: Verificar a existência de uma proporção adequada entre as 
massas de reagentes para a formação de certa quantidade de produto. 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
1. Coloque 5 tubos de ensaio em uma estante e numere-os de 1 a 5. 
2. Adicione a cada um dos 5 tubos 40 gotas de iodeto de potássio(KI). 
3. Acrescente, a cada um dos tubos, quantidades conhecidas da solução de 
nitrato de chumbo(II), Pb(NO3)2, conforme discriminado na Tabela 1. 
 
Tabela 1. Composição dos tubos de ensaio para reação 
Tubo No gotas de KI No gotas de Pb(NO3)2 No gotas de água 
1 40 5 35 
2 40 10 30 
3 40 20 20 
4 40 30 10 
5 40 40 - 
 
4. Depois de preparados os 5 tubos, coloque-os na centrífuga por 2 minutos. 
 
46 
 
 
5. Coloque 5 lâminas de vidro sobre uma folha de papel branca e numere-as de 
1 a 5. 
6. Retire 2 gotas de cada uma das soluções sobrenadantes e pingue-as nas 
extremidades das lâminas de vidro, como mostra a Figura 1. 
ATENÇÃO: Faça coincidir o líquido sobrenadante do tubo 1 com a lâmina 
número 1, e assim por diante. 
7. Pingue uma gota de solução de iodeto de potássio (KI) sobre a solução 
sobrenadante em uma das extremidades de todas as lâminas de vidro, 
conforme figura 1. Na outra extremidade da lâmina de vidro, pingue uma gota 
da solução de nitrato de chumbo(II) sobre a solução sobrenadante. 
8. Anote as observações feitas na Tabela 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2. Lâminas de vidro 
 
Tabela 2. Observações relativas à segunda parte do experimento 
Lâmina de 
vidro 
Observações 
Gotas de sobrenadante + KI gotas de sobrenadante + Pb(NO3)2 
1 
2 
3 
4 
5 
 
 
QUESTIONÁRIO: 
1. É possível afirmar que ocorreu transformação química no sistema estudado? 
Por quê? 
Pb(NO3)2 
KI 
 
47 
 
 
2. Analisando o experimento, é possível dizer que toda a quantidade de 
reagente adicionada se transformou em produto? Explique. 
3. Analisando os dados da Tabela 2, você diria que existe excesso de algum 
reagente? Qual? Existe algum tubo onde não haja excesso ou falta de 
reagentes? 
4. O que você poderia dizer sobre a relação existente entre as quantidades de 
reagentes na transformação estudada? Indique a proporção em número de mol 
para a reação química. 
5. Escreva a equação química balanceada, e faça a relação entre as 
quantidades de matéria (mol) dos reagentes. 
 
48 
 
 
 
 
Experimento 08: PREPARO DE SOLUÇÕES 
 
OBJETIVOS: Preparar uma solução aquosa de um ácido, pelo método da 
diluição de soluções concentradas, preparar uma solução aquosa de uma base 
e utilizar técnicas de transferência de soluto sólido e de líquidos. Empregar 
técnicas de pesagem.MATERIAIS: Balança, béquer de 100 mL (2), bastão de vidro (1), balão 
volumétrico de 100 mL (2), bureta de 10 mL, pipetador de borracha (“pêra”), 
espátula ou colher de plástico, copo descartável de plástico (pequeno), pisseta 
com água destilada, frasco para armazenar a solução (2), tubo de ensaio (2), 
papel indicador de pH, papel de tornassol azul e vermelho. 
REAGENTES: Hidróxido de sódio PA, ácido clorídrico PA (37% m/m; 
d = 1,18 g/mL) e fenolftaleína (solução alcoólica 1%). 
 
PROCEDIMENTOEXPERIMENTAL: 
Preparação de 100 mL de uma solução de NaOH a 0,1 mol/L. 
1. Calcule a massa necessária do soluto para preparar esta solução. Utilize 
uma espátula e copinho plástico para transferir a massa pesada. 
2. Coloque o NaOH em um béquer de 100 mL, contendo aproximadamente 
40 mL de H2O destilada, e dissolva com auxílio de um bastão de vidro. Espere 
a solução atingir a temperatura ambiente e transfira com cuidado para o balão 
volumétrico de 100 mL. 
3. Adicione o solvente até que o volume da solução atinja a marca indicativa no 
gargalo do balão (menisco). 
4. Preparada a solução, a mesma deve ser homogeneizada invertendo-se o 
balão volumétrico (bem tampado) várias vezes. 
5. Transfira a solução para um frasco e rotule-o com etiqueta. 
6. Reserve essa solução de NaOH, em frasco apropriado e rotulado, para uso 
posterior. 
 
Preparação de 100 mL de uma solução a 0,1 mol/L em HCl 
 
49 
 
 
1. Calcule o volume necessário de HCl concentrado para preparar uma solução 
0,1 mol/L. 
2. Com auxílio de uma pipeta, adicione o volume medido em um béquer de 
100 mL, contendo aproximadamente 50 mL H2O destilada. (Obs.: Esse 
procedimento deve ser feito na capela). 
3. Espere a solução atingir a temperatura ambiente e transfira, com cuidado, 
para o balão volumétrico de 100 mL. 
4. Adicione água até que o volume da solução atinja a marca indicativa do 
balão. 
5. Preparada a solução, a mesma deve ser homogeneizada invertendo-se o 
balão volumétrico (bem tampado) várias vezes. 
6. Transfira a solução para um frasco e rotule-o com etiqueta. 
7. Reserve essa solução de HCl, em frasco apropriado e rotulado, para uso 
posterior. 
 
Teste de pH 
1. Com um bastão de vidro coloque uma gota de cada solução (HCl e NaOH) 
em um papel de tornassol azul e vermelho, respectivamente, e observe a cor. 
2. Repita o procedimento utilizando um papel indicador universal. Neste caso, 
estime o valor do pH por comparação com o padrão fornecido. 
3. Coloque também um pouco de cada solução em tubos de ensaio e adicione 
2 gotas de fenolftaleína e verifique se houve mudança de cor. 
 
Diluição 
1. A partir da solução de HCl preparada, prepare 100 mL de solução 0,05 molL-
1. 
2. A partir da solução de NaOH recém-preparada, faça diluição 1 : 1 e outra 1 : 
10. 
3. Calcule as novas concentrações, em molL-1, das soluções de NaOH. 
 
QUESTIONÁRIO: 
1. Defina o que é uma solução. 
2. O que é uma reação exotérmica? Dê um exemplo. 
3. Defina concentração de uma solução. 
 
50 
 
 
4. O que é uma substância higroscópica? 
5. O que indica o teste com fenolftaleína? Qual a cor apresentada pela 
fenolftaleína em meio ácido e em meio básico? 
6. O que ocorre com o papel tornassol azul e vermelho em solução ácida e em 
solução básica? 
7. Calcule a massa necessária de NaOH para se preparar 250 mL de solução 
0,1 molL-1. 
8. A partir de uma solução de 6 mol/L de H2SO4, calcule o volume necessário 
para preparar 500 mL de solução 0,5 mol/L 
9. Qual o volume de HNO3 concentrado necessário para preparar 250 mL de 
uma solução 0,1 mol/L? Dados: HNO3 conc.: 65% m/m; d = 1,5 g/mL. 
10. Dissolveu-se 56,8 g de Na2SO4 em água e completou-se o volume para 
1000 mL. Qual a concentração, em mol/L, desta solução? 
 
51 
 
 
 
Experimento 09: PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES 
 
INTRODUÇÃO: Titulação ou volumetria é uma técnica na qual é possível se 
determinar a quantidade de uma substância em solução, medindo-se a 
quantidade necessária de outro reagente para haja reação estequiométrica. 
Normalmente, isso é feito adicionando-se, controladamente, um reagente de 
concentração conhecida à substância, ou vice-versa, até que a reação se 
complete. Através do volume de reagente adicionado e da sua concentração, 
determina-se a quantidade de matéria consumida do reagente. A determinação 
da quantidade de matéria da substância ou a concentração da solução, pode 
ser feita conhecendo-se o seu volume e a estequiometria da reação (equação 
balanceada). A solução contendo o reagente cuja quantidade de matéria é 
exatamente conhecida chama-se solução padrão. 
 
OBJETIVOS: Determinar a concentração exata de soluções aquosas diluídas 
de ácidos e bases fortes utilizando a técnica de titulação. 
 
VIDRARIA: Bureta de 25 mL (1), suporte para bureta (1), pipeta volumétrica de 
10 mL (1), erlenmeyer de 250 mL (1), béquer de 50 mL, pipetador de borracha 
(“pera”), pisseta com água destilada. 
REAGENTES: Soluções de NaOH e HCl 0,1 mol/L (preparadas na aula 
anterior), 50 mL de hidrogenoftalato de potássio 0,1 mol/L (20,422 g/L) e 
fenolftaleína 1% (m/v) em solução alcoólica. 
 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
 
Padronização da solução NaOH com solução padrão 0,100 molL-1 de 
hidrogenoftalato de potássio (KC8H5O4, MM = 204,22 gmol-1) 
1. Lave uma bureta de 25 mL com água destilada e em seguida duas vezes 
com pequenas porções (aproximadamente 3 mL) da solução de NaOH 0,1 
molL-1 (concentração aproximada). Despreze as lavagens. 
 
52 
 
 
2. Prenda a bureta no suporte apropriado. 
3. Encha a bureta com solução de NaOH 0,1 molL-1 até um pouco acima do 
traço que indica o zero. Retire as bolhas de ar que possam ter ficado na ponta 
da bureta ou aderidas às paredes internas. Abrindo a torneira da bureta, deixe 
escoar a solução até que o menisco coincida com a referência do zero. 
4. Transfira quantitativamente para um erlenmeyer de 100 mL, uma massa 
conhecida de hidrogenoftalato de potássio (cerca de 0,204 g). Dissolva o sal 
com aproximadamente 10 mL de água destilada. 
5. Adicione à solução do erlenmeyer, 2 gotas da solução de fenolftaleína e 
agite. 
6. Inicie a titulação gotejando gota-a-gota a solução da bureta sobre a solução 
do erlenmeyer mantendo-o sempre em agitação. 
7. Faça a adição até que persista uma coloração levemente rósea. Anote o 
volume da solução de NaOH 0,1 molL-1 adicionado. 
8. Repita esse processo mais uma vez. Tire a média dos volumes de NaOH 0,1 
molL-1 gastos, os quais não devem diferir de mais de 0,1 mL. Se as diferenças 
forem maiores que 0,1 mL repita o processo novamente. Com os dados obtidos 
calcule a concentração molar exata da solução de NaOH. 
 
Padronização da solução HCl com a solução recém-padronizada de 
NaOH. 
1. De modo análogo à padronização de NaOH, titule a solução de HCl 0,1 
molL-1 (concentração aproximada). Preencha a bureta com a solução padrão 
de NaOH e adicione ao erlenmeyer 10 mL da solução de HCl e 2 gotas da 
solução de fenolftaleína. 
2. Titule até o aparecimento de uma coloração rosada. 
3. Repita o processo mais uma vez. Tire a média dos volumes de NaOH 0,1 
molL-1 gastos, os quais não devem diferir de mais de 0,1 mL. Se as diferenças 
 
53 
 
 
forem maiores que 0,1 mL repita o processo novamente. Com os dados obtidos 
calcule a concentração molar exata da solução de HCl. 
 
QUESTIONÁRIO: 
1. O que é uma solução padrão? O que é ponto de equivalência? O que é 
ponto final? 
2. Escreva a equação da reação de padronização de NaOH. Faça o mesmo 
para o HCl. 
3. 50 mL de uma solução de NaOH exigiram 21,3 mL de HCl 0,1 molL-1 para a 
neutralização. Calcule a concentração da solução de NaOH em molL-1 e em 
gL-1.4. Uma solução de H2SO4 contém 14,7 g em 600 mL de solução. Durante a 
titulação foram necessários 19,4 mL desta solução para neutralizar 
completamente 24,2 mL de uma solução de NaOH. Pede-se: 
a) Qual a concentração da solução de NaOH padronizada? 
b) Qual a massa de NaOH existente em 150 mL de solução alcalina? 
5. Suponha que 0,09 mol de NaOH sólido foi adicionado a 0,10 L de HCl 1,0 
molL-1: 
a) Quantos mols de HCl estão em excesso na solução? 
b) Baseado na reposta anterior e no volume, calcule a concentração de 
excesso de H+(aq) no equilíbrio. 
6. Gastaram-se 20 mL de uma solução 0,5 molL-1 de NaOH para titular 15 mL 
de uma solução de HCl. Pergunta-se: 
a) Qual é a concentração em mol/L da solução de HCl? 
b) Qual a concentração da solução após a adição de mais 6 mL de NaOH? 
7. Na2CO3 e NaOH podem ser padrões primários? Explique. 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
Experimento 10: REAÇÕES ÁCIDO-BASE 
 
1 – INTRODUÇÃO 
Na década de 1880, o químico sueco Svante Arrhenius (1859-1927) 
ligou o comportamento ácido à presença de íons H+ e o comportamento de 
base à presença de íons OH em solução aquosa. Arrhenius definiu então os 
ácidos como substâncias que em solução aquosa produzem íons H+, e bases 
como substâncias que em solução aquosa liberam íons HO-. Posteriormente, 
estes conceitos passaram a ser expressos da seguinte maneira: Ácidos de 
Arrhenius são substâncias que, quando dissolvidas em água, aumentam a 
concentração de íons H+. 
Da mesma forma, bases de Arrhenius são substâncias que, quando 
dissolvidas em água, aumentam a concentração de íons HO-. Tomaremos os 
exemplos abaixo para melhor exemplificarmos: 
 
Exemplo 1: A dissolução do gás cloreto de hidrogênio é altamente solúvel em 
água devido à sua reação química com a água. 
 
Exemplo 2: A dissolução do hidróxido de sódio em água. Entretanto, estes 
conceitos, embora úteis, apresentam limitações porque são restritos a soluções 
aquosas. 
 
 
2 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
1. Coloque aproximadamente 120 mL de água destilada em um béquer e 
prepare uma solução saturada de hidróxido de bário. 
2. Filtre a solução de hidróxido de bário. 
3. Com auxílio de uma proveta, meça 100 mL da solução filtrada e coloque em 
um béquer de 150 mL. 
 
55 
 
 
4. Teste a condutibilidade elétrica e meça o pH, conforme a explicação do 
professor. 
5. Coloque aproximadamente 50mL de solução de ácido sulfúrico 0,2 mol/L em 
um segundo béquer. Teste a condutibilidade elétrica e meça o pH. 
6. Transfira a solução de ácido sulfúrico do béquer para uma bureta. Deixe o 
ácido escoar, gota-a-gota, sobre a solução de hidróxido de bário até que a 
lâmpada apague. 
 
Figura 1: Aparelho para testar a condutibilidade elétrica das soluções. 
 
7. Acompanhe a variação de pH através da leitura em um potenciômetro. 
8. Continue a adição de ácido até que a lâmpada acenda novamente. 
9. Faça outra medida de pH. 
10. Observe novamente o béquer que contém a reação. 
11. Filtre o precipitado em papel de filtro devidamente pesado. Transfira o 
papel de filtro com o precipitado para um vidro de relógio e seque-o em estufa 
(aproximadamente 120oC). 
12. Pese o papel de filtro, contendo o precipitado, devidamente seco. 
Determine a massa do precipitado e comparar com o rendimento teórico da 
reação. 
13. Determine a solubilidade do hidróxido de bário. 
14. Lave o béquer usado no experimento anterior, coloque 15 mL de solução 
de hidróxido de sódio 0,1mol/L e complete com água destilada até a metade do 
béquer. Adicionar duas gotas de fenolftaleína. Meça o pH e teste a 
condutibilidade elétrica. 
 
56 
 
 
15. Deixe escoar, gota-a-gota, a solução de ácido sulfúrico da bureta sobre a 
solução de NaOH. Observar o comportamento da lâmpada. Acompanhe a 
variação de pH. 
 
3. QUESTIONÁRIO: 
1. O que são eletrólitos fracos e fortes 
2. De quais fatores depende a condução de corrente elétrica por uma solução? 
3. Escreva todas as equações balanceadas das reações químicas envolvidas 
no experimento. 
4. Qual a relação entre pH e condutividade iônica em uma solução aquosa? 
 
57 
 
 
 
Experimento 11: CINÉTICA QUÍMICA 
 
 
INTRODUÇÃO: A cinética química trata das velocidades das reações 
químicas. Enquanto algumas reações se processam muito rapidamente, outras 
reações são mais lentas. Geralmente, os processos que envolvem íons 
ocorrem rapidamente e os que envolvem moléculas ou grupos ligados por 
covalência levam mais tempo para ocorrer. Os principais fatores que controlam 
a velocidade de uma reação química são: a natureza dos reagentes e produtos, 
a concentração das espécies reagentes, a temperatura, a superfície de contato, 
a presença de catalisadores. 
 
OBJETIVOS. Observar os efeitos da concentração dos reagentes, da 
temperatura, da superfície de contato e do catalisador sobre a velocidade de 
uma reação química. 
 
MATERIAIS: Tubos de ensaio (5 grandes, 5 pequenos); pipetas (2); banho-
maria. 
SOLUÇÕES: KIO3 (0,02 mol/L); NaHSO3 (0,01 mol/L com amido, em meio 
ácido); MnSO4 (0,05 mol/L); H2C2O4 (0,05 mol/L); H2SO4 (0,5 e 0,05 mol/L); 
KMnO4 (0,01 mol/L). 
 
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
Efeito da concentração 
1. Em 5 tubos de ensaio grandes, numerados de 1 a 5, adicione, seguindo a 
ordem KlO3, H2O e NaHSO3, as quantidades dos reagentes conforme a Tabela 
I. 
2. Marque o tempo zero no momento em que a solução de NaHSO3 (com 
amido) é adicionada e o tempo final no momento do aparecimento da coloração 
azul (I2 com amido). Use um fundo branco para facilitar a visualização. 
 
 
58 
 
 
 
 
Tabela I. Protocolo para verificação do efeito da concentração na velocidade 
de uma reação. 
tubo KIO3 (mL) H2O (mL) NaHSO3 (mL) tempo observado 
1 10 0 10 
2 8 2 10 
3 6 4 10 
4 4 6 10 
5 2 8 10 
 
 
Efeito da temperatura e catalisador 
1. Em 3 tubos de ensaio pequenos, de números 6, 7 e 8 coloque 3 mL de 
solução de H2SO4 (0,05 mol/L) e 2 mL de solução de H2C2O4 (0,05 mol/L). 
2. Ao tubo 6 adicione 2 mL de solução de KMnO4 (0,01 mol/L) e anote o tempo 
em que a reação se processa. 
3. Ao tubo 7 adicione 2 mL de solução de KMnO4 (0,01 mol/L) e coloque 
imediatamente em banho-maria. Anote o tempo em que a reação se processa. 
4. Ao tubo 8 adicione 2 mL de solução de KMnO4 (0,01 mol/L) e 2 mL de 
solução de MnSO4 (0,05 mol/L). Anote o tempo. 
Obs. A reação terá se completado quando a cor violeta, do permanganato, 
desaparecer, ou seja, ficar incolor. Neste ponto deverá ser anotado o tempo 
final de reação. 
 
QUESTIONÁRIO: 
1. Na reação do procedimento 1: 
2 IO3- + 5 HSO3- + 2 H+  I2 + HSO4- + H2O 
o íon HSO3- é agente oxidante ou redutor? Explique. 
2. Faça um gráfico de 1/tempo versus o volume (em mL) de solução de KIO3. 
3. A partir do gráfico 1/t X Vol (IO3-), responda qual é o efeito do aumento da 
concentração de IO3- sobre a velocidade da reação? 
 
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4. Por que foram adicionados, no procedimento experimental “efeito da 
concentração”, 0, 2, 4, 6 e 8 mL de água, respectivamente? 
5. Qual o efeito observado na variação de temperatura sobre a velocidade da 
reação? 
7. Qual é o papel do catalisador, MnSO4, na velocidade da reação realizada? 
8. Por que, em geral, um aumento de temperatura aumenta a velocidade de 
uma reação química? 
9. O calcário em pedra reagiu mais lentamente ou mais rapidamente com uma 
solução de H2SO4 que o calcário em pó? Explique. 
10. Calcule a velocidade da reação ocorrida com a solução de KMnO4, em 
mol/seg. A reação é: 
 16 H+(aq) + 5 C2O42-(aq) + 2 MnO4-(aq)  10 CO2(aq) + 2 Mn2+(aq) + 8 H2O(l)