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Defeitos do tubo neural Prof.º Me. Maycon Basilio BIBLIOGRAFIA OBJETIVOS Compreender o mecanismo causal da espinha bífida, os seus tipos e os comprometimentos motores. DEFEITOS DO TUBO NEURAL (DTNs) Compõe um grupo de anormalidades do desenvolvimento em que o tubo neural não se fecha em determinada altura entre a medula e o cérebro. O QUE É O TUBO NEURAL? Tecido primitivo que, no primeiro mês de gestação, começa a diferenciar-se em coluna vertebral e medula espinhal. MECANISMO DOS DEFEITOS DO TUBO NEURAL As extremidades do tubo neural permanecem abertas Canal central em contato com líquido amniótico A extremidade inferior (medula) se fecha aos 26 dias de vida embrionária O fechamento pode falhar em qualquer local ao longo de sua extensão Espinha bífida: pode haver anormalidades associadas de epiderme, dos ossos, das meninges e do tecido nervoso Espinha bífida oculta MECANISMO DOS DEFEITOS DO TUBO NEURAL Meningocele: há comprometimento da epiderme, dos ossos e da dura-máter. Pode apresentar pelos ou alteração da pigmentação da pele. MECANISMO DOS DEFEITOS DO TUBO NEURAL Mielomeningocele: envolvimento da pele, da dura-máter e da medula espinhal. MECANISMO DOS DEFEITOS DO TUBO NEURAL Raquisquise: quando o tecido nervoso da medula espinhal é deslocado e exposto na superfície da lesão MECANISMO DOS DEFEITOS DO TUBO NEURAL Encefalocele: ocorre na porção mais alta do tubo neural. Das lesões, 75%-80%, ocorrem na região occipital, entretanto, as lesões também podem ser anteriores. MECANISMO DOS DEFEITOS DO TUBO NEURAL Anencefalia: todo o aspecto anterior do tubo neural não se desenvolve, há ausência de todos os hemisférios cerebrais. MECANISMO DOS DEFEITOS DO TUBO NEURAL ASPECTOS GENÉTICOS Após o nascimento da primeira criança com espinha bífida, pode acontecer em um em 20 crianças nascidas. Se nascer uma segunda criança afetada, o risco aumenta 10 vezes. PREVALÊNCIA Tem apresentado diminuição das taxas de prevalência nos últimos 30 anos São atribuídos aos exames de imagem pré-natais as causas para esta diminuição Ingestão diária de 4 mg de ácido fólico antes da concepção e até o 3º mês de gestação TRATAMENTO DA LESÃO ESPINHAL APÓS O NASCIMENTO Leva-se em conta os aspectos neurológicos e ortopédicos, ao lado dos aspectos sociais e emocionais da família. Quanto mais alta a lesão neurológica e, consequentemente, o nível da paralisia, pior o prognóstico para morbidade e mortalidade. Tratamento cirúrgico da mielomeningocele: consiste no fechamento da lesão no primeiro ou segundo dia de vida. TRATAMENTO DA LESÃO ESPINHAL APÓS O NASCIMENTO HIDROCEFALIA Quando associada à espinha bífida, ocorre por obstrução do fluxo do LCR no cérebro, em qualquer ponto da circulação. 80% das crianças com espinha bífida desenvolvem hidrocefalia, sendo menos provável nas leões mais baixas MECANISMOS DOS PROBLEMAS NEUROLÓGICOS ASSOCIADOS Visão: ocorre devido a pressão do nervo óptico pela hidrocefalia, diminuindo a acuidade visual e pode levar a cegueira. Força muscular e sensibilidade: a lesão medular pode afetar a inervação da pele, dos músculos, da bexiga e do intestino. NÍVEL DA LESÃO MEDULAR NA ESPINHA BÍFIDA Define a anormalidade funcional, ou seja, quais músculos estão afetados e se há envolvimento de bexiga ou do intestino Lesões baixas: sacrais (10% dos casos) ou lombossacrais (20%). As funções neurológicas podem se apresentar muito boas ao nascimento. Avalia-se a flexão dos pés, extensão dos quadris (pode haver instabilidade de quadris). Lesões lombares (20%): pode estar limitada a flexão e adução do quadril com a presença de alguma extensão de joelho. Lesões altas: toracolombares (50%): quando se encontra acima de L1, não há atividade muscular nas pernas. NÍVEL DA LESÃO MEDULAR NA ESPINHA BÍFIDA DERFORMIDADE ESPINHAL Escoliose congênita: pode estar presente nas lesões altas, pode estar acompanhada da hipercifose. Escolioses paralíticas: aproximadamente 75% das pessoas com mielomeningocele vão desenvolver escoliose. TRATAMENTO DA DEFORMIDADE ESPINHAL Durante o crescimento, é importante manter a coluna o mais estendida possível através da órtese toracolombar de coluna (OTLC). Em casos de indicação cirúrgica e após a liberação médica para sentar (a partir de 4 -7 dias), deve-se utilizar o colete integralmente por 6 meses. Manter alongamento muscular Manter ADM articular de MMII Posicionar tornozelos e joelhos para prevenir contraturas TRATAMENTO DA DEFORMIDADE ESPINHAL Trabalho em equipe Importância dos pais OBJETIVOS Desenvolvimento de habilidades físicas que levem à independência Aquisição da mobilidade independente, seja andando ou em uma cadeira de rodas Prevenção do desenvolvimento de deformidades TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Fisioterapia neonatal (até 28 dias) Avaliação inicial (buscar atividade muscular) Observar movimentos voluntários Reflexos e grupos musculares Sensibilidade dolorosa e respostas (agulhadas firmes) Testes de barlow e ortolani TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Fisioterapia neonatal Estimulação precoce Movimentos passivos Exercícios de alongamento Talas corretivas TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Fisioterapia pré-escolar (3 – 6 anos) Estimular os marcos do desenvolvimento Ensinar aos pais Posição ortostática: bengalas, muletas, barras paralelas Prone trolley TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO ESTUDO DE CASO Órteses de joelho-tornozelo-pé (KAFOs) TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
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