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Aula 06 - Fisioterapia na espinha bífida e hidrocefalia

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Fisioterapia na Espinha Bífida e Hidrocefalia
Profª Esp. Marc ie l le a l ine de M. Br i to
Fis io terapia Neuro lóg ica – Unidade I
Defeitos de fechamento de tubo neural (DFTN)
• DFTN - Malformações congênitas frequentes que ocorrem devido a
uma falha no fechamento do tubo neural embrionário que surge por
volta do 28º dia de vida intrauterina, ou seja, na quarta semana de
embriogênese.
• Esses defeitos são genericamente denominados de espinha bífida.
• Etiologia desconhecida - fatores genéticos, ambientais (exposição a
radiação) e nutricionais (deficiência de ácido fólico).
• Os DFTN apresentam um espectro clínico variável, podendo ocorrer
na porção cranial ou caudal.
Espinha Bífida
Espinha Bífida
• Espinha Bífida – não fechamento do tubo neural e dos arcos vertebrais
posteriores, que a depender da sua extensão, podem resultar em espinha
bífida oculta ou cística:
• Espinha bífida oculta (fechada): é uma variante mais leve, na qual ocorre
uma pequena abertura do arco posterior vertebral, coberta por pele, sem
o comprometimento das meninges, medula ou raízes nervosas. Não
apresenta alterações das funções. Área mais comum é a lombossacra.
• Espinha bífida cística (aberta): é uma variante mais grave, na qual ocorre
a herniação das meninges com associação ou não da herniação dos
tecidos do neuroeixo. Apresenta alterações das funções.
Espinha Bífida
Oculta/Fechada
Cística/Aberta
Espinha Bífida Cística: subdivisão
Pode ser subdividido em três tipos:
• Meningocele - defeito no qual há uma cavidade cística com líquido cefaloraquidiano e meninges,
permanecendo a medula dentro do canal vertebral. Sinais clínicos podem até não ser visíveis, mas quando
presentes variam de acordo com a estrutura acometida. Forma moderada;
• Lipomeningocele - defeito que forma uma cavidade cística com conteúdo lipomatoso;
• Mielomeningocele – é a forma mais grave e mais comum, caracterizada pela formação de uma cavidade
cística contendo em seu interior, líquido cefaloraquidiano, meninges e tecido da medula espinhal,
herniados através da abertura dos arcos posteriores vertebrais. As projeções são mais frequentes nas
regiões torácicas e lombossacras.
Classificação da Mielomeningocele:
CLASSIFICAÇÃO DE NÍVEL 
NEUROLÓGICO
MUSCULATURA PRESERVADA
Torácico Não apresenta ação muscular abaixo dos quadris.
Lombar alto (L1, L2, L3)
Presença de força muscular de flexores e adutores de quadril, eventualmente extensora
de joelhos.
Lombar baixo (L3, L4, L5)
Presença de força muscular de flexores e adutores de quadril, extensão de joelho,
flexores mediais de joelhos, eventualmente tibial anterior e/ou glúteo médio.
Sacral (S1, S2)
Presença de força muscular dos músculos nos níveis anteriores, flexão plantar e/ou
extensores de quadril.
Classificação da Mielomeningocele:
CLASSIFICAÇÃO DE DEAMBULAÇÃO PADRÃO DE DEAMBULAÇÃO
Não deambulador Não realiza marcha, depende da cadeira de rodas.
Deambulador não funcional
Realiza marcha apenas para fins terapêuticos. Usa cadeira de rodas para todas as
atividades.
Deambulador domiciliar
Realiza marcha apenas nas atividades domiciliares e com uso de órteses e
aditamentos. Utiliza cadeira de rodas para se locomover nas atividades na
comunidade.
Deambulador comunitário
Realiza marcha independente dentro e fora de casa, pode ou não necessitar de
aditamentos.
Classificação da Mielomeningocele:
NÍVEL NEUROLÓGICO FORÇA MUSCULAR PROGNÓSTICO DE DEAMBULAÇÃO
I (S2)
Fraqueza muscular intrínseca do pé. Flexão plantar
(graus 4-5).
Deambulação comunitária, sem órteses (às vezes
palmilha).
II (S1-L5)
Flexão plantar diminuída (grau ≤ 3); flexão de joelho
(grau ≥ 3); extensão de quadril e/ou abdução (grau ≤ 2-
3).
Deambulação comunitária com necessidade de órteses;
utilização de cadeira de rodas para longas distâncias.
III (L4-L3)
Flexão de quadril e extensão de joelho (grau 4-5); flexão
de joelho (grau ≤ 3); traço de extensão de quadril,
abdução de quadril e abaixo dos músculos do joelho.
Deambulação domiciliar com necessidade de órteses;
uso de cadeira de rodas somente em ambientes externos
e para longas distâncias.
IV (L2-L1)
Extensão de joelho ausente; flexão de quadril (grau ≤ 2);
presença de elevação pélvica.
Deambulação domiciliar com órteses; uso de cadeira de
rodas em ambientes interno e externo.
V (torácico)
Ausência dos movimentos de MMII; ausência de
elevação da pélvica.
Deambulação não funcional, limitada apenas em terapia,
escola e em casa; mobilidade realizada com uso de
cadeira de rodas
Quadro clínico:
• Deficiências sensoriais:
• Deficiências musculoesqueléticas:
• Escaras (sacro, tuberosidade isquiática, protuberâncias da coluna e dos pés);
• Avaliação de sensibilidade superficial, profunda e combinada;
• Sensibilidade abaixo do nível da lesão.
• Paralisia flácida (perda ou ausência de força muscular abaixo da lesão);
• Avaliação da força muscular (grau: 0 a 5) e goniometria;
• Alterações do comprometimento muscular;
• Deficiências neurológicas e intelectuais – hidrocefalia;
• Disfunção urinária e fecal.
Deformidades ortopédicas:
Pé e tornozelo Joelho Quadril Coluna
Pé equinovaro Contratura em flexão Contratura em flexão Cifose lombar
Pé calcâneo - Luxação de quadril Escoliose
Vaginismo do 
tornozelo
- - -
A redução da movimentação intrauterino é a principal causa de deformidades, assim como
o mau posicionamento ao longo do desenvolvimento da criança.
Fatores que interferem na aquisição da marcha em 
crianças com Mielomeningocele:
• Nível da lesão – quanto mais alta a lesão menor a
possibilidade de aquisição da marcha;
• Alterações ortopédicas;
• Ganho de peso acentuado interfere de forma negativa à
marcha podendo limitar sua aquisição;
• Outros fatores: espasticidade, hidrocefalia, alterações
cognitivas.
Avaliação fisioterapêutica
• Determinar o nível da lesão através da sensibilidade,
motricidade voluntária e força muscular;
• Verificar a integridade medular abaixo do nível de lesão
através do tônus muscular;
• Observar o desenvolvimento neuropsicomotor;
• Atentar as deformidades, nível cognitivo e com sinais de
hipertensão intracraniana.
Tratamento fisioterapêutico
Objetivos Gerais:
• Estimular as aquisições motoras; 
• Evitar encurtamentos muscular, deformidades;
• Fortalecer a musculatura de forma global;
• Treinar condicionamento cardiorrespiratório;
• Estimular a independência e autonomia em todas as atividades funcionais; 
• Introduzir e treinar a marcha (órteses e as adaptações);
• Orientar e esclarecer cuidados.
Hidrocefalia
Hidrocefalia
• Hidrocefalia – acúmulo de líquido cefalorraquidiano (LCR) no interior da cavidade craniana (nos ventrículos
ou no espaço subaracnóideo), que por sua vez, faz aumentar a pressão intracraniana sobre o cérebro,
podendo vir a causar lesões no tecido cerebral, havendo o aumento e inchaço do crânio.
• Na maior parte das vezes, está associado ao aparecimento de Espinha Bífida e é de origem congênita ou
adquirida.
• LCR - caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células.
• Função do LCR:
• Lubrificar o córtex cerebral e a medula espinhal;
• Fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo.
Acúmulo de LCR
Aumento da pressão no 
interior do cérebro
Lesões 
no 
cérebro
Aumento dos 
ventrículos (inchaço)
ExcessoObstrução
ADNP
Etiologia
Hidrocefalia congênita:
• Heredietaridade;
• Espinha Bífida;
• Prematuridade do bebê;
• Aumento do perímetro cefálico.
Hidrocefalia adquirida:
• Infecções: Caxumba, Citomegalovirus, Hepatite, Poliomielite, 
Toxoplasmose, Varicela, Varíola;
• Hemorragia intraventricular;
• Meningite;
• Traumatismos;
• Tumores;
• Cistos: Cisto aracnóide, cisto ependimário, cistos 
embrionários subcalosos e cisto retrocerebelar;
• Estenose do Aqueduto Sylvius.
Classificação
HIDROCEFALIA OBSTRUTIVA
(NÃO COMUNICANTE)
HIDROCEFALIA NÃO OBSTRUTIVA
(COMUNICANTE)
HIDROCEFALIA ADQUIRIDA
(PRESSÃONORMAL – COMUNICANTE)
• Causada por bloqueio no sistema ventricular do
cérebro, impedindo que o líquido cérebro-
espinhal flua devidamente pelo cérebro e a
medula espinhal - espaço subaracnóideo.
• A obstrução pode apresentar no nascimento ou
após.
• Um dos tipos mais comuns é a estenose do
aqueduto, que acontece por causa de um
estreitamento do aqueduto de Sylvius (tumor).
• Cabeça bastante edemaciada.
• LCR flui do sistema ventricular para o
espaço subaracnóideo.
• Bloqueio do fluxo do LCR ou bloqueio
das vilosidades aracnóideas (acumula-
se tanto no interior dos ventrículos,
quando no exterior do cérebro).
• Cabeça bastante edemaciada.
• Os ventrículos estão aumentados,
porém não ocorre aumento da pressão,
sendo mais comum em idosos.
• Pode ser resultado de trauma ou
doença, mas as causas ainda não são
bem descritas.
Diagnóstico
• Detectada ainda intraútero e através de exames de imagem:
• Ultrassonografia;
• Tomografia computadorizada;
• Ressonância nuclear magnética.
Quadro clínico
Nas crianças:
• Crescimento rápido e exagerado do crânio;
• Fontanela anterior dilatada;
• Irritabilidade;
• Ataques epiléticos;
• Dor de cabeça;
• Dificuldade para caminhar;
• Perda das habilidades físicas;
• Mudança de personalidade;
• Diminuição da capacidade mental;
• Vômitos;
• Letargia.
Avaliação fisioterapêutica
• Observar as habilidades funcionais adequadas à idade;
• Reduzir as deficiências secundárias.
Tratamento fisioterapêutico
Objetivos Gerais:
• Inibir atividade reflexa patológica (normalizar o tônus); 
• Trabalhar o equilíbrio;
• Orientar sobre o uso de órteses quando necessário;
• Prevenir deformidades com alongamentos e fortalecimentos muscular;
• Orientar quanto o uso de talas, posicionamento adequado, descarga de peso;
• Realizar atividades para propriocepção corporal e exercícios respiratórios
Fisioterapia é reabilitar vidas e trazer a esperança de volta!

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