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Teorias neopiagetiana sobre pensamento

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Teorias neopiagetiana sobre pensamento: novas formas de pensar na vida adulta
Embora Piaget tenha descrito o estágio operatório-formal como o ápice da realização cognitiva, as pesquisas neopiagetianas afirmam que as mudanças na cognição se estendem para além desse estágio.
DINAMICA
Gostaria de pedir a participação de três colegas de classe para uma dinâmica.
Duas pessoas conversaram ao telefone e o terceiro voluntário ficará do lado de um deles enquanto uma das pessoas da conversa estará do lado de fora da sala de aula. O voluntário que não está conversando no telefone, tem que prestar atenção.
No final do dialogo tem que tentar explicar sobreo que era a conversa, como foi a experiência, como ele se sentiu. 
A pessoa tem que ficar incomodada porque não dá pra entender direito. 
Ai explicamos que essa sensação de estranhamento ocorre porque uma vez que ouvimos apenas metade da conversa, dá mais trabalho interpretar e entender esse diálogo parcial, e por isso ele nos distrai mais e irrita mais. Isso é um exemplo de pensamento reflexivo tentando se estruturar.
PENSAMENTO REFLEXIVO
Elaborado a partir do estágio operatório-formal de Piaget.
É uma forma complexa de cognição onde ocorre uma consideração ativa, persistente e cuidadosa das informações ou crenças levando em conta as evidências que as sustentam e as conclusões a que elas levam. 
A capacidade cerebral para esse tipo de pensamento surge entre 20 e 25 anos quando as conexões corticais se tornam mais espessas e mais densas. Um ambiente rico e estimulante pode impulsionar o desenvolvimento dessas conexões. Para muitos, a educação universitária é um estimulante para o progresso do pensamento reflexivo.
Os pensadores reflexivos podem criar sistemas intelectuais complexos que conciliam ideias ou considerações aparentemente conflitantes, como, por exemplo, reunindo várias teorias da física moderna ou da cognição humana em uma única teoria geral que explica muitos tipos diferentes de cognição.
Todos os adultos desenvolvem a capacidade de se tornar pensadores reflexivos, porém poucos obtém uma proficiência otimizada nessa habilidade. E um número ainda menor consegue aplica-la com consistência em diversos problemas.
PENSAMENTO PÓS-FORMAL
Caracterizado pela capacidade de lidar com inconsistência, contradição, imperfeição e tolerância. É relativista, flexível, aberto, adaptativo e individualista. Ele recorre à intuição e à emoção, bem como à lógica, para ajudar as pessoas a lidarem com um mundo aparentemente caótico.
Começa no início da vida adulta, com frequência pela exposição à educação superior.
Ele aplica os frutos da experiência a situações ambíguas.
Como o pensamento reflexivo, ele permite aos adultos transcenderem um único sistema lógico (por exemplo, a geometria euclidiana ou uma teoria particular do desenvolvimento humano ou um sistema político estabelecido) e conciliar ou escolher ideias ou demandas conflitantes (por exemplo, a dos israelenses e palestinos ou as de dois parceiros afetivos), cada uma das quais, a partir de sua perspectiva, pode ter uma afirmação de verdade válida O pensamento imaturo vê preto e branco (certo versus errado; intelecto versus sentimentos, mente versus corpo); o pensamento pós-formal vê tons de cinza. Como o pensamento reflexivo, o pensamento pós-formal com frequência se desenvolve em resposta a eventos e interações que revelam maneiras inusitadas de enxergar as coisas e contestam uma visão simples e polarizada do mundo. 
O pensamento pós-formal frequentemente opera em um contexto social e emocional. Diferentemente dos problemas que Piaget estudou, que envolvem fenômenos físicos e requerem observação e análise isentas e objetivas, os dilemas sociais são menos estruturados e frequentemente são carregados de emoção. Nesses tipos de situação é que os adultos maduros tendem a recorrer ao pensamento pós-formal.
As pesquisas encontraram um progresso rumo ao pensamento pós-formal durante o início e a metade da vida adulta, principalmente quando emoções estão envolvidas. Em um estudo, os participantes foram solicitados a julgar qual fora a causa de uma série de situações hipotéticas, como um conflito conjugal. Os adolescentes e jovens adultos tendiam a culpar pessoas, ao passo que as pessoas de meia-idade tinham mais propensão a atribuir o comportamento à interação entre pessoas e o ambiente. Quanto mais ambígua a situação, maiores eram as diferenças de interpretação considerando-se as idades.

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