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Piscicultura Continental: Peixes Ornamentais

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PEIXES ORNAMENTAIS
O QUE SÃO?
São espécies com habitat predominantemente aquático, em qualquer um dos seus estágios de desenvolvimento e que alguém deseje manter em aquários, tanques, lagos ornamentais com fins estéticos, para diversão ou educação (RIBEIRO et al., 2010. Boletim ABLimno, v. 38 (2), p. 1-15.).
Aquariofilia
É um hobby e difere da piscicultura ornamental.
Piscicultura ornamental
Produção de peixes ornamentais é a produção de peixes em cativeiro envolvendo reprodução, larvicultura e engorda e com finalidade comercial. Reprodução das espécies é um fator limitante.
Os sistemas de criação são diferenciados. As estruturas são diversificadas conforme a espécie e as condições que o piscicultor tem na propriedade. Exemplo:
	Espécie
	Fase de criação
	Classificação
	Ambiente
	Tanque
	Beta
	Engorda
	Intersivo
	Estufa
	Garrafas pet dentro de tanque
	Beta
	Engorda
	Intersivo
	Galpão
	Garrafas de vidro em prateleiras
	Beta
	Larvicultura
	Semi-intensivo
	Externo
	Viveiro
Classificação
Vivíparos
Ex.: Arraias de água doce: filhotes se desenvolvem por completo na placenta da fêmea que dá a luz a peixes vivos totalmente formados. A fertilização é interna, sendo os machos dotados do clásper. Dentro da placenta os filhotes se alimentam de uma substância leitosa (histotrófica) produzida pela fêmea. A gestação pode variar entre 26 a 28 semanas. Dão cria até 10 filhotes por gestação com um pequeno saco vitelino que se alimentará por até uma semana.
Tem-se 3 gêneros diferenciados pelo número de raios peitorais: Plesiotrygon (80), Potamotrygon (95) e Paratrygon (110), e cerca de 20 espécies no total. As mais encontradas tanto nos rios quanto à venda no Brasil são as do gênero Potamotrygon.
Ovovivíparos
Peixes em que os ovos se desenvolvem por completo no interior das fêmeas, as quais dão a luz a peixes vivos formados.
Ex: geralmente pertencem à família dos Poecilideos, mais conhecidos são o Lebistes reticulatus (Guppys), o Mollienesia latipinna (Molly), o Xiphophorus (Espada) e o barrigudinho ou guaru (Poecilia reticulata).
A fertilização é interna, onde o macho deposita esperma através do gonopódio nadadeira anal modificada). O macho geralmente é menor e mais colorido. Os ovos se desenvolvem no interior das fêmeas, eclodem e terminam o desenvolvimento no oviduto materno. Os alevinos permanecem dentro do corpo da fêmea até possuírem condições para sobreviverem sozinhos; eles nascem enrolados, “caem” para o fundo do aquário onde logo se endireitam e iniciam a natação. De vez em quando as fêmeas dão à luz prematuramente.
Aquários propícios (aquário em “v”) para reprodução e somente para espécies vivíparas (evitar predação).
Depois de fertilizada uma fêmea pode parir de 4 a 5 vezes em intervalos de 4 a 6 semanas.
Ovíparos:
Peixes que liberam ovócitos. Correspondem cerca de 90% das espécies de peixes. A fertilização pode ser interna ou externa. Desenvolvimento embrionário e eclosão externos.
Peixes que liberam ovócitos não-adesivos
Ex.: zebra fish (Danio rerio). Suporta ampla faixa de temperatura. Casais são colocados no aquário contendo substrato. Macho persegue a fêmea fazendo com que ela desove, então os ovos caem entre o substrato e desenvolvem-se. Reprodutores geralmente comem os ovos. A espécie apresenta desova assincrônica.
Peixes que liberam ovócitos adesivos
Ex.: acará-disco (Symphysodon discus ou S. aequifasciatus) e acará-bandeira (Pterophyllum scalare).
Peixes construtores de ninhos de bolhas de ar
Ex.: peixe beta (Betta splendens)
Peixes que cuidam dos alevinos

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