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Lista 2 de Exercícios Dinamica

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2
Universidade Federal do Ceará
Centro de Ciências da Saúde
Coordenação de Ciências Biológicas
Dinâmica de Recursos Pesqueiros 
Aluno: Ruan Lopes da Silva Santiago – Matrícula: 473328
2ª LISTA DE EXERCÍCIOS - UNIDADES 4 e 5
1. Cite e comente sobre algumas características sexuais primárias ou secundárias dos peixes.
Os caracteres sexuais primários são representados, no macho pelos testículos e seus ductos e, na fêmea, pelos ovários e seus ductos, portanto são de caráter fisiológico. Os caracteres sexuais secundários, estes podem ser observados em espécies que na época da reprodução utilizam-no para estimular e atrair o sexo oposto para o acasalamento, podendo ser de natureza visual, olfativa, mecânica ou auditiva. Tem-se: papila urogenital, presente na tilápia; transformações das nadadeiras pélvicas e anais; bolsa marsupial; forma e proporção do corpo, geralmente, a fêmea é maior do que o macho. Em algumas espécies os machos chegam a ser não só pigmeus, como parasitas das fêmeas, apresentando seus órgãos atrofiados, com exceção dos testículos. O dicromatismo sexual é outro caráter secundário, nas espécies em que ocorre, os machos, em geral, são mais brilhantes ou com cores mais intensas que as fêmeas, este fenômeno está ligado a fatores genéticos e hormonais.
2. Você julga de alto risco ecológico a introdução de espécies exóticas no Brasil?
Sim, pois haverá maiores competições nos ecossistemas (seja na alimentação, reprodução, etc), podendo assim desequilibrar as espécies nativas, por se adaptarem ao ambiente e se tornarem predominantes.
3. Explique porque as a maioria dos Teleósteos tem alta fecundidade.
Por ser uma espécie de menor porte, a maioria dos teleósteos, apresentam alta fecundidade, pois as fêmeas são ovulíparas, não protegem a prole e os ovos e larvas têm uma enorme taxa de mortalidade. 
4. Caracterize:
a) Fase de pós-larva - fase onde o animal tem que dar ênfase a alimentação, pois o organismo precisa crescer rápido para suportar a pressão ambiental.
b) Espécie K-estrategista - As espécies k-estrategistas possuem um período de vida longo, taxa de crescimento baixa, fecundidade baixa e a primeira maturação tardia, são estáveis as pressões ambientais, comp. máximo grande e baixa taxa de mortalidade natural.
c) Superfetação - Ocorre com algumas espécies como os Poecilídeos, em que a fêmeas podem armazenar espermatozóides nas paredes do ovário e utilizá-los para posterior fecundação dos óvulos.
d) Espécie r-estrategista - As espécies r-estrategistas possuem um período de vida curto, taxa de crescimento elevada, fecundidade elevada e a primeira maturação rápida, são instáveis as pressões ambientais, comp. máximo pequeno e elevada taxa de mortalidade natural.
5. Em qual época do ano concentra-se a atividade reprodutiva dos peixes de clima tropical? Explique!
Em zonas de clima tropical, onde não há as quatros estações bem definidas, a reprodução dos peixes se concentra no período chuvoso, pois os rios enchem, aumentando sua área e a vazão na zona marinha, aumentando a disponibilidade de alimento e áreas de proteção para os ovos, larvas e alevinos. 
6. Caracterize os seguintes tipos de reprodução sexuada observadas nos organismos aquáticos.
a) Ovulípara - Quando a fecundação e a evolução são externas. Ocorre na maioria dos peixes. As fêmeas expelem óvulos e o macho solta o líquido espermático para fecundá-los na água. Daí a necessidade de um grande número de óvulos nas espécies que utilizam este tipo de reprodução, principalmente aquelas que não protegem a prole. Ex.: dourado, curimbatá, etc. Entre as ovulíparas que protegem a prole, o número de óvulos é, por razão óbvia, bem inferior. Ex.: tilápia, traíra etc.
b) Ovípara - Neste caso, a fecundação é interna e a evolução é externa. Ex.: cangatí, algumas espécies de raias etc.
c) Ovovivípara - A fecundação e a evolução são internas, porém, sem a participação do organismo materno na nutrição do embrião. Neste caso com auxílio de um órgão adequado - o gonopódio - o macho coloca o esperma no oviduto da fêmea e o embrião se desenvolve graças às suas próprias reservas nutritivas. Ex.: lebistes etc.
d) Vivípara - A fecundação e a evolução são internas, no entanto, existe a participação do organismo materno na nutrição do embrião por meio do órgão placentário. Ex.: tubarões, mamíferos aquáticos.
7. Diferencie hermafrodita protogínico de hermafrodita protândrico.
As espécies hermafroditas protogínicas são inicialmente fêmeas seguidas de uma posterior masculinização. Já as espécies hermafroditas protândricas são inicialmente machos e mais tarde fêmeas. 
8. Qual a grande vantagem da reprodução hermafrodita para os peixes marinhos?
A grande vantagem desse tipo de reprodução está no encontro ocasional dos parceiros, principalmente peixes pelágicos, na imensidão marinha, o que causou uma evolução para que os mesmos pudessem acasalar em qualquer encontro.
9. Fale sobre os ovários dos peixes.
Os ovários nos peixes são normalmente compostos por um par de gônadas, com forma e dimensão as mais variáveis, geralmente cuneiformes e achatadas, embora em alguns peixes podem fundir-se em uma simples gônada. Estão situados abaixo da vesícula gasosa (bexiga natatória), próximo a coluna, unidos por mesentério denominado de mesovário, em toda sua extensão, fundindo-se na parte posterior junto ao oviduto que se abre na região genital. Variam de cor, consistência, volume, comprimento, diâmetro e turgidez, de acordo com o estádio de maturação sexual, podendo na fase madura representar até 70% do peso do corpo, enquanto no estádio de repouso, aparecem como dois filetes quase microscópicos. No primeiro caso, são amarelo-esverdeados e no segundo esbranquiçados. Nos salmonídeos, os óvulos saem dos ovários para a cavidade do corpo e, desta, são expelidos através de um poro abdominal. Este poro se localiza junto dos poros anal e urinário e surge apenas na época da reprodução. Nos peixes ósseos o ovário é contínuo com um oviduto que se comunica com o exterior através do poro urogenital. Nos elasmobrânquios, a gônada esquerda normalmente não se desenvolve. Algumas vezes o oviduto pode sofrer um alargamento, condicionado por várias funções: estoque de óvulos; deposição de uma concha; incubação dos ovos seguida do nascimento da prole, razão por que alguns autores os chamam de vivíparos.
10. Idem, sobre os testículos.
São estruturas pares, alongados, filiformes e esbranquiçados com superfície lisa, unidos por um mesentério fino, constituído de tecido conjuntivo do qual partem prolongamentos para o interior, separando-o e dando suporte aos túbulos seminíferos, bem como, aos vasos sanguíneos, estando localizados na região abdominal por cima do intestino acompanhando a coluna. Na parte posterior ocorre à reunião dos testículos em um canal denominado de espermoduto que se abre na região genital. Estão sujeitos a mudanças sazonais de peso e volume, porém de menor extensão que os ovários. Não se observam, porém, diferenças tão marcantes de volume e peso, como nas gônadas femininas, durante as quadras de plena atividade reprodutiva e de repouso sexual. Nos seláquios o testículo direito é mais desenvolvido. O comprimento e a cor, variam de acordo com estado de maturidade sexual. Quando maduros são branco-leitosos chegando, em peso a 12% do corpo. Nestes peixes, os testículos são ligados ao exterior por um ducto modificado do túbulo do mesonefro, possuindo um órgão de estoque temporário (vesícula seminal). Este ducto, na sua extremidade anterior é retorcido e pode ser chamado de ducto epidimo, secreta um líquido que serve para estimular os espermatozoides. Nos peixes ósseos, embora a vesícula seminal possa ocorrer em algumas espécies, o ducto espermático liga o testículo diretamente ao poro urogenital. Este ducto está ausente nos salmonídeos, os espermatozóides são libertados na cavidade do corpo e, desta para o exterior através de um poro abdominal, localizado atrás do ânus.
11. Justifique e exemplifique a variação no número, dimensão e forma dos ovos das espécies de peixes.Os ovos dos peixes variam muito em número, dimensão e forma, conforme a espécie. Em tamanho, podem variar de 0,8 a 21 mm e, em número, de 2.000 a 2.000.000. Essas variações são em decorrência de condições ecológicas e etológicas (relações do indivíduo com o meio) que interferem nestes e em outros caracteres dos ovos. Quanto à forma, os ovos são, geralmente, esféricos ou elípticos. Não obstante, existem cilíndricos, fusiformes e piriformes. Entre os seláquios ovíparos, eles são esféricos ou elípticos, porém, inclusos em uma cápsula ou ooteca córnea, cuja forma e tamanho varia muito. 
12. Explique UTA e Hora-Grau!
A influência da temperatura é expressa pelo coeficiente de incubação. Este coeficiente, também chamado de Unidades Térmicas Acumuladas (UTA) é dado pelo produto do número de dias necessários para a incubação pela temperatura durante a mesma. É constante para cada espécie e expresso em graus térmicos, tanto Centígrados como Fahrenheit.
13. Fale da importância do processo de hipofisação para a piscicultura.
Hipofisação é denominada uma técnica usada na reprodução artificial de peixes que visa a otimização da produção de peixes em escala comercial. Além disso, a técnica garante uma maior taxa de sobrevivência, quando comparadas com as condições naturais na qual os peixes se reproduzem. A técnica é baseada na desova por indução em peixes migradores, a partir da aplicação de hormônios naturais presentes na hipófise de peixes maduros. Essa técnica tornou possível o fornecimento de larvas de peixe independente do ambiente, e em qualquer época do ano. 
14. Que adaptações podem ser observadas nos organismos aquáticos contra a ação espermicida da água?
Entre várias espécies, são comuns dispositivos e comportamentos defensivos contra a ação espermicida da água, por exemplo, as transformações das nadadeiras em órgãos protetores do orifício genital; a formação do espermatóforo (ampola com estrutura complexa, medindo de 20 a 30 mm de diâmetro, como se observa nos Seláquios); secreção proveniente das glândulas anexas dos testículos; a introdução direta do esperma nos condutos genitais das fêmeas. A fecundação artificial é uma forma excelente para se evitar a ação espermaticida da água.
15. Fale sobre os caracteres sexuais secundários permanentes.
Os caracteres permanentes aparecem durante o crescimento e atingem seu desenvolvimento máximo nos adultos, se conservando sem mudanças, como por exemplo, os órgãos copuladores, as adaptações das nadadeiras etc.
16. Idem, sobre os sazonais.
Os caracteres sazonais surgem todos os anos, durante a época de reprodução e desaparecem em seguida, são eles: excrescências cutâneas, asperidades frontais, secreções, modificações no comportamento gerados pelo instinto sexual, coloração etc. Quer sejam permanentes ou sazonais, estes caracteres são diretamente dependentes de hormônios sexuais secretados por gônadas, hipófise e hipotálamo.
17. Que são hormônios?
São substâncias que, em pequenas quantidades, desempenham no organismo animal, uma missão, estímulo, encargo ou transporte de mensagens. São produzidos, geralmente, em pequenas quantidades. Os hormônios são específicos, isto é, atuam sobre determinados órgãos ou sistemas onde levam suas mensagens e desencadeiam suas ações.
18. Fale sobre a ação do hipotálamo na reprodução dos organismos aquáticos.
Organiza o processo reprodutivo, mantendo a conexão entre o meio ambiente e o organismo do peixe, cujas informações são captadas por meio dos órgãos dos sentidos. Nos peixes se localiza embaixo do cérebro e secreta os seguintes hormônios de importância para a reprodução:
i) Folículo-estimulante (FHRH ou FSH) – este hormônio estimula e dirige a vitelogênese, atuando do hipotálamo para a hipófise; ii) Liberador ou luteinizante (LHRH) – atua do hipotálamo para a hipófise, sendo responsável pela liberação de gonadotropinas pela hipófise. 
19. Idem, sobre a hipófise.
A hipófise ou pituitária é uma glândula endócrina localizada na cabeça dos peixes no interior da sela túrcica do esfenóide e está ligada a base do encéfalo pela haste pituitária. Ela é responsável pela produção de hormônios gonadotróficos, além de outros de grande importância para o desenvolvimento dos peixes. Esta glândula produz, estoca e distribui os hormônios gonadotróficos, conhecidos por GnRH, os quais são dois. O primeiro com baixo conteúdo de carboidrato e elevado teor protéico, é regulado pelo FHRH, serve também para dirigir a vitelogênese. O segundo, rico em carboidratos, é regulado pelo LHRH, servindo para estimular e regular a maturação final dos óvulos e a ovulação.
20. Qual a importância dos hormônios produzidos pelos folículos envolventes das ovogônias?
Os folículos envolventes das ovogônias produzem hormônios que interagem com o hipotálamo e hipófise , destacando-se os seguintes: i) Estradiol 17 beta (E-17 beta) – este estrogênio estimula e regula a produção da vitelogenina pelo fígado do peixe. A aplicação de 0,2 a 0,3 mg de E-17 beta/kg de peso corporal da fêmea pode desencadear a desova da carpa comum e de outros peixes; ii) MIS – tem como fórmula 17 alfa hydroxi 20 beta dihydroprogesterone. Suas ações desencadeiam-se com a entrada dos hormônios gonadotróficos nos folículos. O MIS promove a maturação final ou pré-ovulação e a ovulação. Sua atuação ocorre durante 8 horas ou pouco mais, dependendo da espécie de peixe. A hipofisação atua nesta fase da maturação gonadal.
21. Idem, dos testículos?
Os testículos produzem, principalmente, testosterona, androgênio é responsável pela maturação sexual, espermatogênese, aspectos comportamentais de territorialidade, agressividade e corte, bem como de características sexuais secundárias.
22. Fale sobre a maturação sexual dos Teleósteos.
O processo de maturação sexual compreende fases que, por meio de uma evolução temporal, formam o ciclo reprodutivo: i) crescimento das gônadas em volume e peso; ii) maturação dos gametas e; iii) liberação dos espermatozoides, óvulos ou alevinos para o meio externo. A maturação sexual depende de vários fatores, tais como a espécie considerada, a idade, o tamanho, a fisiologia animal e principalmente a temperatura, sendo mais demorada em climas frio e temperado (a carpa comum - 3 anos na Europa Central e 4 anos no Norte da Europa), enquanto é acelerada em clima tropical (a carpa comum, geralmente torna-se sexualmente madura no seu primeiro ano de vida). Em geral, as espécies de menor porte atingem a maturidade mais rapidamente. Alguns peixes já são sexualmente maduros ao nascer, como os machos de Micrometus aurora cujas fêmeas só atingem a maturidade com um ano de vida. Muitas espécies, entretanto, atingem a maturidade entre 2 e 5 anos, medindo de 9 a 36cm, entre estes está a maioria dos nossos peixes de piracema, as trutas etc. A enguia torna-se sexualmente madura aos 10 anos e os Esturjões aos 15 anos, com 100cm de comprimento.
23. Explique porque nos peixes magros a RHS é máxima, em geral, antes da RGS, mas nos peixes gordos, isto somente ocorre depois da RGS, e muitas vezes após a maturação sexual.
Nos peixes magros a RHS é máxima, em geral, antes da RGS. Entretanto, nos peixes gordos, a RHS chega a esse nível após a RGS ou depois da maturação sexual, devido nos peixes gordos os lipídeos se encontram na pele, no mesentério e nos músculos. O fígado apenas assegura as necessidades energéticas da reprodução. 	
24. Explique a importância do conhecimento do tamanho de primeira maturação sexual.
No estudo da dinâmica populacional, pela influência que o tamanho e idade dos indivíduos têm sobre sua estabilidade, é necessário determinar um comprimento médio que define o tamanho com que pelo menos a metade dos indivíduos potencialmente capazes de se reproduzir tenham atingido esta condição, definido como comprimento de 1ª maturidade sexual. A determinação deste parâmetro tem os seguintes objetivos: 1) determinar os limites de comprimento entre os estoques jovem adulto; 2) delimitar o estoque reprodutor, quando não se tem dados sobre a distribuição do comprimento de fêmeasem estágio de desova; 3) estabelecer um tamanho mínimo de captura, na regulamentação da pesca de populações comercialmente importante.
25. Fale sobre o Método da Ocorrência no estudo de determinação do comprimento médio de primeira maturação sexual.
Na amostragem é obtido o comprimento total ou zoológico e as condições maturativas da espécie (± em que estádio se encontra). Em seguida faz-se a tabulação dos dados e, consequentemente, a confecção do gráfico.
26. Qual a vantagem da desova parcelada?
A reprodução parcelada é característica de determinadas espécies, como estratégia para aproveitar melhor as condições favoráveis do ambiente, uma vez que o número de ovos é baixo, o que garantirá a sobrevivência de uma nova geração da espécie.
27. Idem, para a desova total?
A desova total é característica de espécies com alta fecundidade. Assim, a concentração de ovos em uma época do ano, normalmente no período chuvoso, dará maior chance de sobrevivência a nova geração, já que há grande disponibilidade de alimento nesse ambiente.
28. Caracterize os Estádios de Maturação Sexual, propostos por Fonteles (1996) para fêmeas de peixes:
a) Estádio I - Imaturos - indivíduos jovens. As gônadas resumem-se a filamentos – presença de apenas de ovogônias - os produtos sexuais podem começar o desenvolvimento - necessidade de alimentação abundante.
b) Estádio II - Em Maturação - gônadas aumentam de volume – óvulos vistos a olho nu – pode apresentar um nucléolo na periferia do núcleo, fase cromatina-nucléolo (OCN) ou vários, fase perinucleolar (PN).
c) Estádio III - Maturação Avançada - a relação gônado-somática atinge o máximo. Tem início o processo de vitelogênese, ovócitos alvéolo-cortical (OAC). Fase de curta duração.
d) Estádio IV - Maduro - produtos sexuais fluem facilmente – apresenta ovócitos com vitelogênese completa (OV) e maduro (OM). Relação gônado-somática cai rapidamente.
e) Estádio V - Desovado - gônadas com aspecto de sacos vazios, flácidas e com algum produto sexual residual. Óvulos em atresia (OA).
29. Explique o processo de oogênese.
O processo inicia-se com células germinativas diplóides existentes na parede da gônada, evoluindo para ovogônia por mitose. O volume da ovogônia aumenta e é denominada de ovócito I. Por meiose, surge o ovócito II e o 1º glóbulo polar (polócito I), bem menor do que o ovócito. Ambos são haplóides. Por meiose, o ovócito II origina uma ovotide e um 2º glóbulo polar (polócito II), bem menor. Ocasionalmente, o 1º glóbulo se divide. O ovotide evolui para um óvulo. Neste estágio o óvulo está materialmente pronto e o processo de vitelogênese está concluído.
30. Explique o processo de espermatogênese.
O processo tem início com células germinativas diplóides existentes na parede dos túbulos seminíferos, que por divisão mitótica evoluem para espermatogônias, permanecendo diplóides. As espermatogônias cessam suas atividades mitóticas, aumentam ligeiramente de volume e passam a ser espermatócitos de 1ª ordem ou espermatócitos I, os quais sofrem duas divisões características da meiose, dando dois espermatócitos de 2ª ordem ou espermatócitos II, reduzidos (haplóides). Em seguida, por meiose ( 1ª ), originam 4 espermátides ( n ), que sofre diferenciação (espermiogênese), adquirindo um flagelo e passa a ser chamada de espermatozoides.
31. Qual a importância do fígado no processo de maturação sexual?
O fígado sintetiza um material solúvel em água, denominado vitelogenino, o qual é característico das fêmeas e contém frações de lipovitelinas e phosvitinas. A síntese de vitelogenino é processada sob controle hormonal.
32. Faça um breve comentário sobre os camarões do gênero Macrobrachium.
Os Caridea são caracterizados por não apresentar o terceiro par de pereiópodos quelados. A pleura do segundo somito abdominal sobrepõe o primeiro e o terceiro somitos. Os machos não possuem petasma e as fêmeas carregam os ovos nos pleópodos (PÉREZ-FARFANTE, 1988). Possui dieta onívora: organismos zoobentônicos - vermes, moluscos, larvas e insetos aquáticos; vegetais - alga, plantas aquáticas, folhas, sementes e frutas. Procura por alimento cedo da manhã ou ao anoitecer, podendo ocorrer canibalismo quando ocorrer insuficiência de alimento. 
33. Fale sobre o Ciclo de Vida dos camarões de água doce.
No período de reprodução as fêmeas migram para a zona estuarina, pois os ovos têm necessidade de água com salinidade variando de 6 a 12% e na fase larval (11 estágios de zoea) requer água com salinidade entre 12 e 16%. As larvas são planctônicas e de hábito alimentar carnívoro alimentando-se de organismos do zooplâncton, vermes e estágios larvais de outros crustáceos e, dependendo das condições ambientais podem atingir o estágio de pós-larva dentro de 30 a 40 dias. As pós-larvas e adultos são onívoros e o canibalismo pode ocorrer, principalmente, se houver insuficiência de alimento e/ou o superpovoamento. Segundo alguns pesquisadores, água com salinidade de até 5% proporcionam um bom desenvolvimento para os juvenis.
34. Explique Muda Pré-nupcial em camarões.
É aquela realizada por crustáceos para que possa haver o acasalamento (colocação do espermatóforo nas fêmeas). 
35. Que são morfotipos?
Morfotipos são as diferenciações observadas em espécies de camarões de água doce e marinho, em que os indivíduos , embora tenham a mesma idade, apresentam variações no tamanho e cor.
36. Como você reconheceria um camarão marinho frente a um de água doce?
Os camarões marinhos são caracterizados por apresentarem os três primeiros pares de pereiópodos quelados com forma e tamanhos similares (diferentemente do camarão de água doce que não possui o terceiro par de pereiópodos quelados). A pleura do segundo somito abdominal sobrepõe a terceira, mas não a primeira(como ocorre nos Camarões de água doce).
37. Fale sobre o aparelho reprodutor dos camarões marinhos (machos e fêmeas).
O aparelho copulador do macho (petasma) está localizado no primeiro somito abdominal, enquanto que na fêmea (télico) está situado ventralmente na base entre o quarto e quinto pares de pereíopodos. Nas fêmeas, o télico pode ser fechado (massa espermática é colocada internamente nas placas do télico) ou aberto (massa espermática fica exposta na região do télico). As fêmeas liberam os ovos diretamente na água. 
38. Fale sobre o Ciclo de Vida do camarão marinho.
O camarão marinho possui áreas de alimentação, reprodução e crescimento bem distintas. A população jovem é encontrada nos estuários e os adultos em mar aberto. No período de reprodução, dependendo da espécie, podem procurar locais com profundidade entre 70 e 100 metros. As larvas e pós-larvas são levadas pelas correntes da área de reprodução para os estuários e baías; e quando pré-adultos retornam para o mar aberto, por dispersão. Segundo Campus (2001), nesse processo apresenta as seguintes fases: nauplius, protozoea, mysis e pós-larva, consumindo desde microalgas a microcrustáceos.
39. Qual a importância dos estudos de alimentação das espécies aquáticas?
O conhecimento dos hábitos alimentares das espécies permite o embasamento para a fabricação de ração específica para cada espécie, de acordo com sua preferência e necessidade nutricional, o que pode tornar possível o cultivo da mesma.
40. Porque as espécies de clima tropicais têm uma taxa de crescimento mais acelerada que as de clima temperado?
Animais de climas quentes exigem maior quantidade de alimento do que os de climas frios, já que em temperaturas baixas a digestão e o metabolismo são retardados. Talvez este seja o motivo pelo qual espécies tropicais crescem mais rapidamente do que as de regiões temperadas e frias.
41. Justifique a afirmativa; “O hábito alimentar das espécies aquáticas é bastante variado”.
Devido a grande diversidade de ambientes aliada à capacidade de se adaptar aos mais diferentes habitats possibilitou a existência de espécies com hábitos alimentares bastante variados (Figura 1), permitindo que sejam cultivadas em um mesmo ambiente, espécies com hábitos diferenciados, já que a competição em um mesmo nível tróficopassa a ser muito insignificante ou nula (p.ex: um policultivo de carpas chinesa). Porém, nas primeiras fases do desenvolvimento, o consumo de microrganismos do plâncton constitui o alimento básico de todas as espécies. 
42. Diferencie e exemplifique as espécies aquáticas quanto ao hábito alimentar.
Onívoros: espécies que se alimentam tanto de animais como vegetais, adaptando-se muito bem à ração artificial. 
Carnívoros: espécies que se alimentam de outros animais. Embora sejam carnívoras as trutas, salmões e pirarucu se adaptam a ração balanceada, contendo elevado teor de proteína bruta.
Planctófagos: espécies que possuem como base alimentar o plâncton, divididas em:
Fitoplanctófagos, como a carpa prateada (Hypophthalmichthys molitrix) e a tilápia do Nilo.
Zooplanctófagos, como a carpa cabeça-grande (Aristichthys nobilis).
Herbívoros: espécies que têm preferências por vegetais. Ex: Carpa capim (Ctenopharyngodon idella).
Frugívoros: espécies que têm preferências por frutos. Ex: Tambaqui (Colossoma macropomum), pacu (Piaractus mesopotamicus) e pirapitinga (Piaractus brachypomus).
Iliófagos: espécies que têm preferências pela flora (microalgas) e fauna bentônicas (larvas de insetos). Ex: Curimatã (Prochilodus insignis).
43. Classifique os animais aquáticos quanto à forma de ingestão do alimento.
Filtrador: A filtração de organismos da água é um tipo generalizado de alimentação, no sentido de que os itens são selecionados por tamanho e não por tipo. A filtração pelos planctófagos ilustra este tipo de alimentação, citando-se como exemplo o clupeídeo Brevoortia tyrannus, do Atlântico Norte, capaz de filtrar até 26 litros de água por minuto, através de seus rastros branquiais.
Sugador: A sucção de alimento, ou de material contendo alimento, é frequentemente praticada por peixes bentônicos. Algumas espécies separam os itens contidos nos sedimentos antes de sua ingestão, mas outras, como os bagres (família Silurideae), ingerem os sedimentos juntamente com os organismos bentônicos.
Forrageiro: A obtenção de alimento é feita por mordidas, geralmente pequenas, sendo os itens retirados, às vezes unitariamente, em pequenos grupos, num certo tipo de contínua mastigação.
Predador: Animais que se alimentam de outros animais, principalmente sendo a vítima de grande porte, necessitam de potentes estômagos e enzimas digestivas que degradam as estruturas protéicas rapidamente (proteinases). Os carnívoros possuem, além disso, um estômago bastante elástico, capaz de armazenar uma grande vítima ou um grande volume de vítimas capturadas. Seu intestino é pouco desenvolvido, em face de seu regime alimentar se basear em proteínas animais, uma vez que os intestinos têm função preponderante de digestão de carboidratos, presentes em pequenas quantidades nos animais. Seus dentes são também bem desenvolvidos para facilitar a captura, embora a vítima muitas vezes venha a morrer apenas no estômago, sob o efeito do ácido clorídrico utilizado na degradação das proteínas. A forma de apreensão dos itens depende, basicamente, do tamanho do predador, sendo os mais característicos os tubarões que arrancam pedaços da presa e a baleia-assassina (Orcinus orca) que engole a presa inteira. 
44. Fale sobre os rastros branquiais.
Além de proteger os delicados filamentos branquiais da abrasão por materiais de textura grosseira, os rastros são especializados em relação aos hábitos alimentares: são curtos e grossos e sem ornamentação nos onívoros, e longos, numerosos e muito próximos nos planctófagos, talvez para aumentar a eficiência de filtração. O tambaqui (Colossoma macropomum) possui quatro arcos branquiais, com longas cerdas, em número de 114 no primeiro arco, permitindo um grande aproveitamento de itens planctônicos com destaque para os microcrustáceos. 
45. Fale sobre o intestino.
Tubo simples, que pode ser longo e enrolado em espécies que se alimentam de plantas e detritos, e curto nos carnívoros. O intestino bastante longo dos herbívoros apresenta uma grande superfície de absorção e enorme quantidade de enzimas, necessárias à digestão do alimento. O intestino desses animais é provido de glândulas anexas capazes de secretar significativas quantidades de sucos digestivos específicos para digestão de carboidratos, além de possuírem uma flora intestinal composta de bactérias produtoras de enzimas que podem degradar até mesmo a celulose. As paredes do intestino secretam ainda um muco protetor, que acompanha o bolo alimentar, evitando que possa ocorrer danos ao tubo, tanto pela ação extremamente ácida do estômago, como pelo aumento da velocidade do próprio bolo alimentar. No geral, peixes carnívoros apresentam um intestino relativamente curto, baixo coeficiente intestinal (Comprimento do intestino / Comprimento total), enquanto os onívoros possuem um intestino intermediário e os herbívoros, longo e elevado coeficiente intestinal, pois necessita de um tempo maior para a digestão e assimilação.
46. Qual a função dos cecos pilóricos?
Podem ser encontrados em peixes e crustáceos. Nada mais são do que invaginações do intestino, com a função de produzirem fermentos digestivos que auxiliam a digestão dos carboidratos. 
47. Fale sobre o Método Numérico de estudo de dieta alimentar.
Baseado na contagem dos itens alimentares constituintes do conteúdo estomacal e apresenta duas desvantagens: a) certos peixes têm o hábito de mastigar o alimento antes de engoli-lo; b) nem todos os itens são digeridos e passados através do trato digestório com a mesma rapidez. Estes dois aspectos podem afetar seriamente a possibilidade de contar, individualmente, os itens encontrados no conteúdo estomacal. Este método utiliza quatro técnicas: 1) frequência de ocorrência; 2) dominância; 3) participação numérica; e 4) sistema de pontos. 
48. Como pode ser classificado os alimentos contidos na dieta alimentar de uma espécie aquática?
O alimento na dieta de uma espécie pode ser classificado como: dominante, essencial, frequente ou abundante e raro.
49. Fale sobre a importância das vitaminas na alimentação dos peixes.
Vitaminas são necessárias à saúde, vida e crescimento, e requeridas em quantidades bem pequenas, estando na dependência do tamanho, idade, velocidade de crescimento, estádio de maturação gonadal e fatores ambientais, Algumas são essenciais para uma determinada espécie, mas não para outra. Níveis ótimos de vitaminas são conhecidos apenas aproximadamente e, portanto, os nutricionistas às vezes recomendam mais do que pode ser realmente exigidos pelas espécies aquáticas. 
50. Justifique a afirmativa: “A sustentabilidade econômica de um sistema de cultivo depende de vários fatores, porém o manejo alimentar é primordial”. 
Dos vários fatores que contribuem para o processo de produção, como a qualidade da água, a espécie cultivada, a forma de manejo etc., a alimentação é um que merece grande destaque, já que pode comprometer até 70% dos custos de produção. O que torna o correto manejo alimentar, pois a ração é o item mais cara da produção e influencia posteriormente nos parâmetros da água de cultivo. 
Prof. Dr. Aldeney Andrade Soares Filho

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