Resumo Psicologia sistemica & Psicologia sistêmica familiar

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L.G.W

10/04/2018 
Resumo 
Abordagens contemporâneas 
Primeira parte do resumo

As origens do pensamento sistêmico: Das partes do todo 

Parte I 
- Primeira metade do século XX 
- Formulado entre os anos 30 e 40 
-Surgimento 
- Aristoteles a matéria contem a natureza essencial de todas as coisas 
-Aristoteles e o mundo dividido: Espiritual e organizo 
-Século XVI o mundo regido pela matemática - Revolução cientifica 
-Decartes e o modo analítico: pegar um evento complexo e o dividir para 
entender todas as suas partes 
- Tomando como base Decartes. William Harvey explica a circulação sanguínea 
- Século XVIII Lavoisier confirma a importância da química ao apresentar a 
respiração como uma forma de oxidação 
-Durante todo o século XVIII o Romantismo ganha força , o pensamento 
aristotélico volta, existe um aumento na produção de poemas e filósofos como Kant. 
Existe um foco na natureza da forma orgânica 
- A preocupação passa a ser a forma biológica e não mais a composição 
- No século XIX o avanço no microscópio possibilita o retorno do pensamento 
mecanicista. Do foco no organismo migramos ao foco celular - Pasteur e sua teoria 
microbiana, que explica boa parte das doenças 
- Século XX surge a biologia organicismo, que nasce em contra partida ao 
pensamento cartesiano analítico - Segundo essa teoria, o todo contem as propriedades 
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essenciais de um organismo - O foco é a relação das partes do todo, não importa 
muito as partes em si, mas como interagem 
- A ecologia pe uma vertente do pensamento sistêmico, onde se estuda a relação 
das especies como um todo - Ecossistema 
"Não existe hierarquia na natureza e sim redes que se forma dentro de outras redes" 
-1920 nasce a física quântica, que desbanca o pensamento de partículas criados 
por Newton - A física quântica não representa coisas em si, mas probabilidades de 
interconexoes, como ondas. Sendo assim não se pode decompor o mundo em 
unidades elementares que existam de forma elementar, mas através de interações 
-1920 nasce a psicologia da gestalt, reforçando a existência do irredutível. O 
todo é mais do que a soma de suas partes. 
-1930 Ludwig Von Bertalanffy apresenta a teoria geral dos sistemas e em 1940 o 
matemático Norbert Wiener inicia a elaboração da Cibernética 
Parte II 

Historia da Sistêmica 
-1920 Ludwig inicia sua carreira de biólogo e critica o pensamento mecanicista 
-1930 Lança suas formulações na Inglaterra 
- 1940 apresenta a Teoria do organismo, enquanto um sistema aberto 
- Suas ideias são rejeitadas no contexto da segunda guerra 
-1960 Ministra conferencias nos Estados unidos 
-1967 publica a Teoria geral dos sistemas por uma editora canadense 
-Teoria geral dos sistemas é mais ampla do que a teoria sistêmica. Abrangendo todas as 
areas do conhecimento, enquanto a teoria sistêmica esta voltada para a psicologia. Na pratica 
são sinônimos, mas para fins didáticos existe essa diferença 
- Vale ressaltar que o pesquisador russo Alexander Bogdanov , laça a teoria Tectologia 
que é igual a sistêmica. Porem, não menciona Ludwig 
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- Para Ludwig os organismos são sistemas abertos que não respondem a termo 
dinâmica e tão pouco ao equilíbrio dinâmico, já que podem se alimentar de um fluxo de 
matéria extraídas e devolvidas ao ambiente 
"Sistemas são um complexo de elementos em estado de interação" 
- Conceitos básicos de um sistema: 
Globalidade - Todo sistema funciona como um todo e mudanças em uma parte 
provocam mudanças no todo 
Não Somatividade - O sistema não é a soma das partes 
Homeostase - Autorregulação que mantem a estabilidade do sistema 
Morfogene - Característica do sistema aberto de absorver aspetos do meio 
Circularidade - A relação não é linear porem circular 
Equifinalidade - Não importa o ponto de inciio. Gera-se o mesmo resultado 
- Teoria geral dos sistemas se vale da retroalimentação, fazendo a informação circular 
no sistema 
-Ludwig acreditava em um mundo hierárquico e em uma realidade independente do 
observador 
- Ludwig e a busca pela unificação da ciência, capaz de unificar varias disciplinas antes 
desconectadas 
- A interação gera realimentação que podem ser positivas ou negativas. Criando novos 
aspectos e conceitos, sempre tomando como base, algo que já estava no sistema "nada se cria 
nada se perde tudo se transforma" 
- O todo se regula como uma estrutura só. Se uma de suas partes faltarem, o todo 
assume o papel da parte que falta. 
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Parte III 

Historia da Cibernética 
- Norbert Wiener desenvolve a cibernética 
- Norbert estuda a fisiologia por meio de amigos de outras disciplinas 
-Financiado pelos Estados Unidos tenta elaborar armas de guerra e cria o conceito de 
Feedback ou realimentação. 
- 1946 conferencia em NY para debater o Feedback, reunindo estudiosos de diferentes 
areas. As maquinas que imitam o sistema nervoso 
- Final da decada de 40 Wiener publica a teoria Cibernética. A construção de sistemas 
que produzissem os mecanismos de funcionamento vivos - Autômatos 
- A mensagem era o elemento central, podendo ser mensurada no tempo 
-Desses pensamentos surge a teoria da comunicação, criado por Gregory Bateson que 
contribui para as maquinas cibernéticas 
Cibernética de primeira ordem 
- Processos morfo estaticos (mesma forma) 
-Resultado da retroalimentação é negativo ou autorregulatório 
- Input e output 
- Observador fara parte do sistema como expert 
-Casualidade linear (estabilidade) 
Cibernética de segunda ordem 
- Morfogenético (novas formas) 
-Resultado da retroalimentação é positivo ou aplicador de desvio 
- Um novo funcionamento 
- Input e output 
- O mundo em mudança instabilidade 
- O físico Heinz Von Foster é considerado central, criando o sistema observantes. No 
qual, o observador inclui-se no sistema que observa, esse observado - O observador é parte do 
sistema que observa (Cibernética de segunda ordem) 
- Intersubjetividade. A inclusão do observador, autorreferência, significação da 
experiencia na conservação e na construção (Cibernética de segunda ordem) 
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Parte III 

Historia da Cibernética 
 
 - Gregory Bateson usa a sistêmica e a cibernética para criar a teoria da comunicação   
- Criada em Palo Alto - California 
- Conteúdo forma e linguagem                
- Sintaxe - Se refere a transmissão de informação            
- Semântica se refere ao significado dos símbolos 
- Pragmática se refere aos aspectos comportamentais da comunicação             
- É inevitável que as pessoas enviem uma serie de mensagens, verbais ou não verbais. Sendo 
que cada mensagem modifica ou afeta umas as outras 
- O padrão de comunicação entre as participantes de uma interação define o relacionamento 
deles 
- Não é só o assunto a ser comunicado, mas o próprio aspecto comportamental presente na 
comunicação 
Cinco Axiomas 
- È impossível não se comunicar 
- Toda comunicação tem conteúdo e relação       
- A comunicação é relação. Cada comportamento é causa e efeito do outro         
- Os seres humanos se comunicam verbal e não verbal 
Simetria ou complementariedade - Não são conversas desconexas 
-Mente enquanto fenômeno sistêmico característico dos seres vivos. Característica racional 
- A mente não vem do cérebro mas das relações 
- Não existe realidade objetiva. Sempre um traço do obervador 
                                        
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  Parte IV

Critérios do pensamento sistêmico 
- Organismos vivos enquanto uma organização hierárquica. Uma tendencia de formar 
estruturas multiveladas dentro de outros sistemas 
- A necessidade de deslocar a atenção de um lado para o outro entreos niveis sistêmicos. 
- A ênfase esta na interação, sendo assim, a ênfase também esta no ambiente do qual as 
relações se fazem 
- Ciência objetiva para a epistêmica: O método de questionamento torna-se parte integral 
das teorias cientificas 
"O conhecimento científico é tido como uma rede de concepções e de modelos sem fundamentos firmes e sem que 
um deles seja mais importante do que outros" 
- Após os anos 40, com o final dos conflitos armados, ocorreu uma grande critica a 
psicanalise e psicologias da época, por não darem enfoque no tratamento familiares, e 
somente olharem para os indivíduos - Do intrapsíquico para o interrelacional 
- A clinica sistêmica se baseia no entendimento da família como um sistema complexo, que 
carrega em si outros sistemas 
" Na área da saúde, a escuta psicológica, de acordo com a Perspectiva Sistêmica, é 
considerada uma estratégia para considerar seres humanos em contextos de forma que as 
ações sempre partam do contexto e sejam dirigidas para o contexto" 
 
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Segunda parte do resumo 

Compreender a terapia familiar

Parte I 
- Família enquanto definida como grupo de indivíduos, unidos por laços transgeracionais, e 
interdependentes quanto aos elementos fundamentais da vida 
- Na decada de 50, a interação familiar passou a ser entendida como um processo patológico 
presente na etiologia d esquizofrenia 
- A terapia familiar nasce nos Estados Unidos em um período pós guerra, com a mentalidade 
"é preciso reunir para compreender" - Sai do analítico e passa a causalidade circular 
- Esboça-se um novo conceito de doença mental, onde o sintoma é visto como 
comportamento lógico, coerente e com função 
- O doente deixa de ser visto como disfuncional que é perturbado por algo, e assume a 
postura de portador do sintoma, ou paciente identificado com o seu sintoma 
- Na terapia familiar, se vale do conceito de funcionamento e evolução presentes no 
pensamento cibernético. Enquanto da cibernética retira o pensamento de intervenção sobre o 
que se passa dentro da família 
- A partir de 1949 emerge o estudo sobre a comunicação humana centrada na teoria 
da comunicação 
- A partir de 1959 Don Jackson funda a Mental Research Institute (MRI) destinada a 
formulação terapias e praticas com famílias 
- !961 surge a revista Family Process, que em sua primeira edição se dedica 
inteiramente a terapia familiar 
-A partir de 1967 cria-se o Brief Therapy Center, para investigações das ideias 
ericksonianas 
-1967 surge o primeiro centro de terapia familiar na Europa 
Na terapia familiar se avançou a despatologização para a desfamiliarização" 
- Na decada de 80 a terapia familiar se foca no "sair" do familiar, e passa a olhar mais para o 
macro. Ou seja, aquele que intervêm usando a sistêmica, tem que pontuar o contexto que lhe 
parece mais relevante na deificação do problema e em sua intervenção. Que pode se dar, na 
escola, no trabalho, no bairro.... 
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- Nos anos 80 ganha ainda mais força a extinção do termo "problema" e passa a ser descrito 
como desfuncionalidade Deixa-se de olhar o certo ou errado, e passa a ver se o sistema em si 
esta funcionando, se todos estão harmônicos, independente do referencial de harmonia que 
seja 
- A terapia familiar em Portugal demora para ganhar força, e quando finalmente chega A 
Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar define cursos de cinco a seis anos que 
credenciavam os formandos com o titulo de terapeutas familiares 
- A terapia familiar tem em sua base o pensamento sistêmico, onde partes se interagem. E se 
valendo desse aspecto trabalha em multidisciplinaridades. Entretanto sofreu grande critica e 
recusa dos psicólogos 
 Parte II 
- A terapia familiar corresponde a um conjunto de práticas psicoterapeuticas ou 
socioterapeuticas que apresentam dificuldades ligadas a um ou mais membros da família, que 
são reconhecidos socialmente como doentes 
- Um conjunto de praticas para fazer emergir problemas individuais, familiares e sociais. 
- O objetivo da terapia familiar, é tratar o doente, sua família e provocar mudanças, tanto 
neles quanto em seu ambiente 
- Enquanto entidade a terapia sistêmica pode se valer de um vasto leque de praticas 
(psicanalitica, comportamental, gestalt, etológico, sociológicas) 
- A escolha da abordagem é feita por aquele que conduz a terapia e se baseia no que esse 
considera ser mais eficiente para a família que esta sendo atendida 
- O ritmo, duração e frequência variam de um caso para o outro. Sempre tomando como 
base a melhor escolha para que a família possa ser funcional 
- Sistemica de Murray Bowen: Paradigma sistêmico, entende-se o individuo do modo 
que ele se relaciona no sistema, importância da família como "um lugar de criação e 
sucessão para as gerações humanas" a "família e o potencial criador" 
- Sistêmica estratégica, a escola de Palo Alto: Grande quantidade de autores, 
importância elevada a comunicação, aos paradoxos. O componente estratégico que se 
refere ao terapeuta que define objetivos claros que incluem a resolução de problemas. 
Por dar tanta importância a estratégia, é uma terapia voltada mais a pratica do que 
propriamente ao teórico 
- Familiar estrutural: A estrutura de um grupo, a família enquanto portadora de 
transições evolutivas, de um ciclo vital, que implica em definir limites e hierarquia, 
alianças. A estrutura é desenvolvida por uma personalidade original 
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- Familiar de segunda ordem: Advêm da evolução de outros modelos (citados a cima) e 
que se relacionam em dois níveis: a própria visão da família enquanto sistema e da 
concepção de intervenção, da relação de terapeuta com a família 
Parte III 
Conceitos Básicos 

Terapia familiar sistêmica 
- Teve sua origem na escola e Palo Alto 
- Privilegia a observação das condutas interativas, das trocas comportamentais manifestas 
- Família enquanto sistema de interação que supera e articula dentro dela os vários 
componentes individuais. Sendo assim, um sistema aberto, social e auto-organizado 
- A família é um sistema ativo regulado por regras desenvolvidas e modificáveis com o tempo, 
através da tentativa e erro, que direciona os membros em direção ao seus gostos 
- O sistema familiar é afetado pelas mudanças de seu interior (intrasistémica: nascimento dos 
filhos, separação, luto...) e no seu exterior (intersistémica: mudanças de trabalho, ou 
contexto...) 
- O sistema familiar é um sistema composto de outros sistemas e que se relaciona com outros 
sistemas, fora do sistema familiar. E essa interação entre sistemas provoca uma necessidade 
constante de adaptação 
- Relação e organização.Circularidade e retroatividade.Tendencia homeostática e capacidade 
de transformação 
- Cada sistema familiar se transforma ao longo do tempo em tres aspectos fundamentais: 
Estrutural, internacional e funcional. Sendo que os membros do sistema tendem a manter a 
sobrevivência do sistema do qual estão inseridos 
- Toda familia esta em constante mudança, uma vez que os momentos de estabilidade não 
significam uma parada no processo evolutivo 
- O período de mudança mais drástico são os momentos de crises. Sem o valor moral de certo 
ou errado, assim como sem importância se é agradável ou desagradável. O enfoque na crise 
são as exigências de alguma mudança no sistema familiar, seja por pedido interno ou externo 
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Parte IV 
Consulta terapia familiar 
- Se um membro da família tem um problema, a família toda se relaciona para resolução ou 
manutenção do problema 
- Parte do individual. Pois a família vem com uma queixa especifica de algum membro. E a 
partir desse um, se trabalha com o todos 
- Voltada para a dinâmica interativa e não tanto para seus significados intrínsecos 
- A família é um sistema vivo e ativo. Sendo assim, cabe aopsicologo chamar os membros da 
família, para que esses façam parte da resolução do problema de um individuo 
- Fica como responsabilidade do terapeuta 
- Prever o futuro de uma determinada patologia, criar hipóteses de como ela avançara 
e como trata-la 
- Descrever o processo de individuação e a diferenciação dos membros da família 
- Descrever e explicar a estrutura familiar, sua dinâmica e a responsabilidade de cada 
um para com o problema 
- Do encontro sistêmico entre a família e o terapeuta, nasce o sistema terapêutico 
- A presença do terapeuta na cena familiar provoca um rearranjo. E fica a encargo do 
terapeuta saber como intervir para que a família precise se reestruturar 
- Fica a cargo do terapeuta criar um ambiente de harmonia. Onde o familiar que foi 
obrigado a ir, não se incomode. Ou a pessoa que é o problema se sinta menos mal. Sendo 
assim precisa sair do lugar de juiz que diz o que esta certo ou errado 
- O setting terapêutico deve ser formulado para que ajude na terapia. Podendo se valer de 
espelho unidirecional para observar a família, de sistema de audiovisual, jogos. O ambiente 
deve ser preparado para que seja parte da terapia 
- O objetivo jamais sera o retorno ao antes da doença, e sim a formulação de um novo 
estagio. De uma nova estruturação no sistema familiar 
- O objetivo da terapia familiar sistêmica não é apenas a mudança, mas aprender a mudar. A 
mudança enquanto condição dessa aprendizagem 
- Parte do processo da terapia é fazer emergir problemas que antes não eram de 
conhecimento de todos, mas que estavam la o tempo inteiro. E retirar algum individuo do 
sistema do lugar de bode expiatório 
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ParteV 
Contra-indicações terapia familiar 
- As vezes o tratamento familiar não é recomendado. Restando a saida para um processo de 
psicoterapia individual 
- Depende-se da capacidade do terapeuta de se aliar com a família bem como o 
consentimento que o sistema familiar dá para que as mudanças ocorram 
Não recomendado quando: 
- O individuo sofre de pequenos delírios e comportamentos de menor porte 
(entretanto é muito recomendada em casos de esquizofrenia ou paranoia grave) 
- Em caso de famílias super fechadas e com alto grau de dependência. Pois a 
intervenção seria negada pela família 
- Em casos de não famílias. Onde um aglomerado de pessoas vive junto, mas não 
existe relação afetiva 
- Quando o único que deseja que o sistema mude é a pessoa doente 
- Quando a família vem apenas em busca de um laudo, um juiz de valor moral. 
Alguem que valide o que acham e não que os faça mudar 
 
Terceira parte do resumo 

Terapia familiar

Divergências ás possibilidades de articulação dos diferentes enfoques

Parte I 
- Terapia familiar pode ser dividida de modo geral em terapia familiar sistêmica e terapia 
familiar psicanalítica 
- A terapia familiar nasce da multiplicidade e interações entre diferentes abordagens do 
conhecimento 
-"Fragmento da Análise de um Caso de Histeria" Freud pontua o aspecto familiar como 
constituinte do ser humano 
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- A contribuição de Freud ao contexto familiar. As neuroses associadas a problemas dentro da 
família, provoca em sua maioria, uma omissão dos envolvidos, que não querem sair de seu 
lugar para ajudar o parente que sistematizou a relação 
-1948 fica marcado pela publicação da Cibernetica por Norbert Wiener. Trazendo o conceito 
de Feed Back e retroalimentação. Os Autômatos 
-Adler e a importância de seu trabalho, analisando o peso dos papeis sociais dentro de um 
grupo . 
- Sullivan coloca a doença mental como tendo origem na má relação interpessoal, apenas 
sendo possível entender o ser humano como um todo, ao passo que entende seu meio 
- Final da Segunda Guerra, Maxwell Jones (psiquiatra) apresenta a ideia de que o paciente só 
pode melhorar ao passo que a ansiedade e conflitos entre esse, sua familia e corpo medico 
forem devidamente trabalhados 
- Pichon Rivière e a introdução do conceito de Bode expiatório. Onde uma pessoa se torna a 
"culpada" por todos os problemas de um grupo 
- Anos 50 aparecem como divisores da família com o doente. A pratica clinica passa a ser o 
afastamento do doente 
- 1956. Gregory Bateson e o lançamento do artigo "Toward a Theory of Schizophrenia" 
mostrando as bases familiares da etiologia da esquizofrenia 
- Bateson e o conceito de duplo vinculo - Duas pessoas dentro de uma relação de afeto, onde 
uma é a vitima, e por repetição constante não consegue sair desse paradoxo. Um amor que 
lhe causa prejuízos 
Parte II 
Sistêmico 
- Ao mesmo tempo que uma comunicação (verbal ou não) transmite uma informação, ela 
define a natureza da relação 
- A comunicação paradoxal esta na origem da patologia familiar. Sendo que a comunicação 
paradoxal, vem da não concordância entre o digital e o analógico. Aquilo que define a 
relação e aquilo que esta sendo dito 
- A quebra das regras familiares, gera um desequilíbrio. Gerando por assim, meta-regras, que 
buscam reestabelecer o equilíbrio do sistema 
- A terapia familiar entra para uma reorganização da comunicação. Deixa-se de falar sobre o 
passado e foca-se na comunicação atual. Saindo de um par, e indo para tres, quatro... 
Quantos forem necessários trabalhar em conjunto para reorganizar o sistema 
- O terapeuta é amoral. Não se vale do juízo de valor moral. E se vale de prescrições 
terapêuticas para o sistema ("lição de casa" 
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Escola estrutural 
• Minuchin como principal teórico. Para ele a familia é um sistema que se define em 
função dos limites de uma organização hierárquica 
• O sistema familiar se divide em subsistemas. Sendo que as regras que definem quem 
participa de cada subsistema 
• Para que o funcionamento familiar seja bom, é necessário que as fronteiras seja nitidas 
• Fronteiras rígidas qualificam famílias desligadas. Fronteiras difusas qualificam famílias 
aglutinadas 
• A família não é de facil acesso. É pelo processo de união com a família que o terapeuta 
a entendera 
• O terapeuta fica como líder familiar. busca a reorganização da família atreves da 
delimitação de fronteiras, distribuição de tarefas, escalonamento do stress e utilização 
dos sintomas 
Escola estratégica 
• Jay Haley e Jackson Bateson principais teóricos. 
• Estratégia como sendo qualquer tipo de terapia, onde o terapeuta se utiliza de 
atividades para resolver problemas 
• O sintoma enquanto expressão metafórica/analógica de um problema 
• Problemas são dificuldades interacionais dentro de um sistema. Tendo sua origem no 
superênfase ou subênfase das dificuldades de viver 
• O principal objetivo é mudar o comportamento manifesto do paciente 
• Se vale de atividades paradoxais. Que aparentemente vão na contramão do problema a 
ser resolvido 
• Para Warzlawick o uso do paradoxo leva a substituição do duplo vinculo patogênico por 
um duplo vinculo terapêutico 
Escola Milão 
• Mara Selvini Palazzoli, principal teórica 
• 1967 e a fundação do centro para Estudo da Família. Se valendo da mesma teoria da 
escola estratégica 
• Os problemas emergem quando com mapas familiares não são mais adequados. Onde o 
comportamento manifesto já não é mais útil na situação 
• Graças a tendencia de homeostase, o problema surge de padrões rígidos que criam 
interações repetitivas vistas como "pontos nodais" 
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• A pratica de ritual, uma atividade que vise substituir as regras antigas por novas. 
Atividade sempre com todos os membros da família 
• Principio terapêutico de qualificar os comportamentos sintomáticos como algo positivo 
Escola Construtivista 
• Surge nos anos 70, com a união da cibernetica e sua aplicação aos sistemas sociais 
• Se baseando na retroalimentação: Um sistema evolui através da combinação de acaso e 
historia -Sendo que cada patamar histórico, nos leva a novos conflitos 
• A crise não é mais um risco e sim um processo de mudança 
• O terapeuta não esta mais interessado no comportamento a ser modificado, mas no 
processo de construção da realidade 
• A ênfase sai da introdução do terapeuta e de seus pensamentos no processo, e passa a 
ser aquilo que o sistema permite a ele selecionar e compreender 
• Princípios indispensáveis 
1. Formação de uma hipótese (a ser testada) 
2. Circularidade (capacidade do terapeuta de conduzi, frente aos 
feedbacks) 
3. Neutralidade diz respeito a não coalizão com nenhum membro do 
grupo 
• Construtivismo questiona o poder do terapeuta. Tira o foco da pergunta e passa para a 
interação entre as partes 
Parte II 
Enfoque Psicanalítico 
- Ênfase ao passado, entender o passado para transformar a atualidade 
- Sintomas seriam decorrentes de experiencias recalcadas 
- Método interpretativo visando consciência dos fatos 
- Influenciados na clinica Tavistock de Londres (1978) 
- Interesse nos segredos e nos mitos dentro das famílias 
- Os segredos mais frequentes e mais escondidos, são os de natureza na fantasia incestuosa 
-Denominado de Grupalista por Ruffiot, tendo foco nas representações fantasias do grupo. A 
natureza psíquica do recem-nascido é natureza do psiquismo familiar 
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-Eiguer: Conceito de organizadores grupais para explicar o investimento reciproco que 
ocorrem entre os membros da família. E a fantasia da castração como definidor da diferença 
sexual 
- Uma abordagem psicanalítica que leva em conta a família como indivisível 
-Nicolló fala sobre de um rigor elástico, uma intuição a subjetividade em comunhão com o 
conhecimento 
-Lemaire (1984) e a necessidade da triplica. O trabalho que passa do intrapsíquico para o 
sistemico-interacional e pelo social - Entender as bases inconscientes e usar da cibernética 
para melhorar a comunicação do sujeito 
- Depende da queixa familiar para se escolher entre o enfoque mais analítico ou sistêmico 
 
Quarta parte 
Terapia Familiar Sistêmica e Idosos 
I Parte 
- Poder tirar a velhice como período único e exclusivo do adoecimento e comprometimento 
- Foco no positivismo e nas potencialidades existentes na velhice 
"Um sistema é compreendido como um conjunto de entidades ou elementos unidos por alguma forma de 
interação ou interdependência que forma um todo integral" 
- Atenção ao processo depressivo associado ao envelhecimento. Onde o idoso sente rejeição, 
solidão e incapacidade 
- Temos como principais fatores de risco a aposentadoria, a perda de familiares e amigos, e o 
possível agravamento de doenças crônicas 
- A psicoterapia enquanto pratica preventiva ao envelhecimento patológico 
- O envelhecimento e a proximidade com a morte, faz com que seja revisto as prioridades e 
mantem-se apenas as relações significativas 

"A psicoterapia na velhice deve considerar a percepção do idoso de que o seu tempo é curto e limitado e, por esta 
razão, estabelecer metas de curto prazo focando o alcance de resultados" 
- Momentos de crises conjugal que permitem a reorganização do casal 
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- Wash e os tres casamentos 
1. Um amor romântico na adolescência 
2. Um relacionamento com responsabilidades divididas na criação de filhos 
3. Um casamento afetivo e atencioso no final da vida 
- O investimento em trabalhos voluntários na terceira idade, como modo de devolver ao 
mundo os ensinamentos que recebe ao longo da vida 
- O vazio diante do tempo livre que se da pela aposentadoria, pode gerar doenças e brigas 
conjugais 
- O casal da terceira idade é o casal com maior dependência mutua. Ou uma das partes busca 
uma maior independência, gerando assim uma maior insegurança pela outra parte 


" As mulheres têm mais competências interpessoais, o que torna as relações sociais entre elas qualitativamente 
melhores do que as entre os homens" 

- A importância das redes de apoio informal de idosos (familiares, amigos, vizinhos 
- Os mitos enquanto narrações, compostas pela realidade e f antasia 


"O mito é constituído em qualquer relação, pois sempre existe uma margem de ambigüidade, de algo não 
expresso diretamente no encontro. Os não ditos ou implícitos são territórios vagos, para serem preenchidos por 
mitos e regras inconsciente" 


- O mito enquanto ideia que barra a evolução. Como por exemplo a impossibilidade de ser 
bem sucedido nos estudos, se relacionando com o histórico familiar de trabalho braçal 
-. O mito é a chave para a leitura das interações da família. Através dele a realidade e as 
diversas experiências cotidianas são interpretadas. 
- O que define o contar ou não um segredo, é a importância, impacto que esse tera sobre o 
sistema 

" É difícil uma ruptura total com o sistema de origem, devido à transmissão transgeracional de relações e 
formas de interações. O importante é manter-se diferenciado do sistema de origem. " 
- Convite para que um idoso venha fazer parte de uma terapia sistêmica, é dado sempre na 
possibilidade desse poder ajudar a reorganização do sistema. Pois faz parte do sistema a mais 
tempo e pode ter as partes faltantes das historias individuais 
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