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Imunológico - GD

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GD HISTOLOGIA – Bruno Rabelo Bernardes
SISTEMA IMUNOLÓGICO
Consiste em um conjunto de estruturas e tipos celulares especializados responsáveis por reconhecer antígenos, como microorganismos e moléculas exógenas, e neutralizá-los, a fim de se prevenir danos por parte destes ao organismo.
Tipos de resposta imune:
- Resposta Inata (Inespecífica): consiste na primeira linha de defesa, capaz de produzir rápidas respostas aos microorganismos (principalmente bactérias), e que reage do mesmo modo independente do organismo invasor. A principal célula envolvida é o netrófilo, participando também macrófagos, basófilos, mastócitos, eosinófilos e células NK (resposta celular).
- Resposta Adquirida (Específica): mecanismo de defesa a agentes infecciosos que aumenta em magnitude e capacidade defensiva em cada exposição sucessiva a um antígeno particular. Apresenta grande especificidade para as distintas macromoléculas e a capacidade de memorizar e responder mais vigorosamente às repetidas exposições ao mesmo antígeno. Apresenta-se sobre dois tipos:
Imunidade Humoral: mediada por anticorpos (imunoglobulinas) presentes no sangue, produzidos por plasmócitos, os quais provém da diferenciação de linfócitos B. Estes são produzidos liberados, na forma madura, no sangue pela medula óssea, atingindo outros órgãos linfóides (exceto o Timo).
(Anticorpos: são glicoproteínas plasmáticas produzidas a partir do reconhecimento de um antígeno específico. A combinação do anticorpo ao antígeno pode levar ao reconhecimento do antígeno por outros componentes do sistema imune, a aglutinação e precipitação de antígenos solúveis, a ativação de fagócitos (opsonização) e ativação do complemento. Existem cinco classes principais de imunoglobulinas: 
IgG : 75%, presentes no sangue - aumentam em infecções crônicas, atravessam placenta. IgM: 10%, aderem à superfície dos linfócitos B - aumento em infecções agudas. IgA: 12%, presente em secreções (leite, saliva, lágrima)-protegem mucosas. IgE: 0,002%, presente na superfície de mastócitos e basófilos - alergias e parasitoses. IgD: 0,2%, aderem à superfície dos linfócitos B – função pouco esclarecida.
Imunidade Celular: mediada por linfócitos T, os quais reconhecem antígenos na superfície de bactérias, fungos e em células tumorais, transplantadas, apresentadoras de antígenos ou infectadas por vírus. Os linfócitos T são divididos em três tipos:
Helper (CD4+): através da liberação de interleucinas, promove a transformação de linfócitos B em plasmócitos, formação de células de memória e ativação de fagócitos. Citotóxico (CD8+): através da secreção de perforinas e indução de apoptose, promove a lise de células estranhas (transplantadas, cancerosas, micróbios) ou infectadas por vírus. Supressor: produz interleucinas que inibem as respostas imunes celular e humoral.
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS): o vírus HIV infecta e destrói linfócitos T helper (CD4+), comprometendo significativamente a reposta imune celular, o que torna o indivíduo muito suscetível a infecções oportunistas e desenvolvimento de tumores.
Outros tipos celulares envolvidos nas respostas imunes:
Células Natural Killer (NK): tipo de linfócito que tem a capacidade de destruir células cancerosas ou infectadas por vírus sem estímulo prévio.
Células apresentadoras de antígeno: células com capacidade de digerir um antígeno e expressar os peptídeos resultantes junto aos complexos de histocompatibilidade (MHC I e MHC II) presentes na superfície celular, permitindo o reconhecimento do antígeno por linfócitos T. Linfócitos T CD4+ reconhecem MHC I e linfócitos T CD8+ reconhecem MHC II. Exemplos: macrófagos, células dendríticas, linfócitos B.
Células Dendríticas: presentes em diversos órgãos, têm a capacidade de capturar e processar antígenos e de migrar, pelo sangue ou linfa, para órgãos linfáticos periféricos onde apresentarão o antígeno a linfócitos T. Ex: célula de Langerhans na pele.
Transplante de órgãos/tecidos: pode ser autólogo (no mesmo indivíduo), isólogo (entre gêmeos univitelinos), homólogo (entre indivíduos da mesma espécie) ou heterólogo (entre espécies diferentes). Nos dois últimos casos há maior chance de rejeição do órgão transplantando devido à diferença do MHCI deste e o das células do hospedeiro, o que estimula a atividade de linfócito NK e T citotóxicos contra as células transplantadas.
Citocinas: substâncias produzidas por macrófagos, leucócitos (interleucinas) e outros tipos celulares, cuja principal função é mediar processos imunológicos. As quimiotaxinas promovem atração de leucócitos para regiões de inflamação. Os interferons (INF) por células infectadas por vírus e induzem a produção de peptídeos anti-virais por linfócitos, macrófagos e fibroblastos. O fator de necrose tumoral (TNF) estimula expressão de moléculas de aderência, liberação de outras citocinas por macrófagos, apoptose de células- alvo, dentre outras funções, induzindo ainda febre.
Sistema do Complemento: consiste em um conjunto de proteínas plasmáticas que complementam determinados processos imunes. Pode ser ativado através de três vias (clássica, alternativa e da lectina) e a interação de proteínas do complemento com o antígeno (microorganismos) pode provocar a lise ou favorecer a fagocitose (opsonização) deste. Proteínas do complemento promovem ainda quimiotaxia e modulação da inflamação.
Órgãos Linfóides: órgãos ricos em linfócitos que permitem a proliferação, maturação, armazenamento de linfócitos e sua circulação pelo sangue, linfa e tecido conjuntivo, proporcionando um bom funcionamento do sistema imunológico. São divididos em órgãos linfáticos centrais – medula óssea e timo; e em órgãos linfáticos periféricos: baço, linfonodos, MALT (apêndice, tonsilas, placas de Peyer) e nódulos linfóides isolados.
Timo: situa-se no mediastino, é capsulado, pseudolobulado e apresenta uma região cortical e uma medular, sendo constituído basicamente por linfócitos T (parênquima - origem mesenquimatosa) e células retículo-epiteliais (estroma e secreção parácrina - origem endodérmica). É responsável pela maturação de linfócitos T, a partir de seus precursores produzidos na medula óssea, e da seleção de linfócitos viáveis e eliminação dos inviáveis (por apoptose). É bem desenvolvido em crianças, porém involui da puberdade à idade avançada, ocorrendo substituição do parênquima por tecidos conjuntivo e adiposo. 
Córtex: grande quantidade de linfócitos T + céls retículo-epiteliais (+ macrófagos e células dendríticas)
Medula: menor quantidade de linfócitos T + céls retículo-epiteliais + corpusc. de Hassal
Linfóctios T do córtex ( medula ( corrente sanguínea ( tecidos linfóides timo-dependentes (polpa branca do baço, placas de Peyer e zona paracortical dos linfonodos).
Barreira hematotímica: dificulta entrada de antígenos no córtex. Componentes: pericitos, lâminas basais das células retículo-epiteliais e endoteliais mais espessas, ausência de fenestras nos capilares).
Linfonodos: órgãos presentes no trajeto de vasos linfáticos, encapsulados, ricos em tecido linfóide e divididos em zona cortical – nódulos linfóides e zona paracortical - e medular. 
Córtex:: 
Medula: Cordões medulares (linf. B, fibras, cels reticulares) + seios medulares
Encontra-se ainda no linfonodo: células e fibras reticulares, células foliculares dendríticas, macrófagos, plasmócitos.
Funções: - Filtrar a linfa, permitindo um fluxo lento e assim um grande contato entre antígenos presentes nesta e os macrófagos: vasos linfáticos aferentes ( seio subcapsular ( seios peritrabeculares (corticais) ( seios medulares ( vasos linfáticos eferentes (hilo). – Recirculação de linfócitos: região medular do linfonodo (vasos linfáticos eferentes ( linfa ( corrente sanguínea ( vênulas pós-capilares de endotélio alto ( região paracortical do linfonodo.
Baço: único órgão linfóide interposto na circulação sanguínea, apresenta cápsula, que envia trabéculas para o interior do órgão, as quais contém vasos sanguíneos e nervos.Seu parênquima é dividido em polpa vermelha (difusa) e polpa branca (aglomerados claros em meio à polpa vermelha).
Polpa vermelha: cordões esplênicos (ou de Billroth) – células e fibras reticulares, macrófagos, linfócitos, monócitos, plasmócitos, granulócitos, eritrócitos e plaquetas - + seios esplênicos (sinusóides) 
Polpa branca: tecido linfóide, contendo ou não nódulos linfóides, organizado em torno de cada artéria central (bainhas linfocitárias periarteriolares). 
Em torno da polpa branca encontram-se os seios marginais (zona marginal), os quais são pobres em linfócitos e rico em macrófagos e desempenham um papel de filtração do sangue, retendo diversos antígenos trazidos por este, iniciando a resposta imunitária.
Circulação esplênica: Artéria esplênica (hilo) ( artérias trabeculares ( artérias/arteríolas centrais (polpa branca) ( arteríolas peniciladas ( sinusóides esplênicos (polpa vermelha) ( veias da polpa vermelha ( veias trabeculares ( Veia esplênica (hilo).
 Funções: - Formação e armazenamento de linfócitos ( libera linfócitos no sangue. – Destruição de eritrócitos (Hemocaterese) – macrófagos fagocitam hemácias velhas. – Defesa contra invasores: destruição de antígenos por macrófagos, ativação de linfócitos. – Armazenamento de sangue
Metaplasia mielóide esplênica: o baço passa a produzir granulócitos e hemácias em condições patológicas da medula óssea (ex: leucemias).
MALT (Mucosa Associated Lymphatic Tissue): acúmulos de tecido e nódulos linfóides, associados a mucosas, importantes na proteção contra microorganismos provenientes do meio externo. São encontrados associados à mucosa dos tratos digestivo (tonsilas, placa de Peyer, apêndice cecal), respiratório (brônquios – BALT) e gênito-urinário.
Tonsilas: estão presentes na porção inicial do trato digestivo, são incompletamente encapsulados e apresentam tecido linfóide difuso e nódulos linfáticos. Fornecem proteção contra antígenos contidos no ar e alimentos. Distinguem-se em tonsilas palatinas (bilaterais, na orofaringe, epitélio forma criptas), faringiana (única) e linguais (numerosas).
Placas de Peyer: tecido linfóide difuso e nódulos linfóides revestidos por FAE (epitélio associado ao folículo) formando cúpulas; presentes no íleo (intestino delgado distal).
Apêndice cecal: formado a partir do ceco (int. grosso proximal), apresenta nódulos linfóides associados (revestidos por FAE) e tecido linfóide difuso internodular.
 
- Nódulos linfóides (centro germinativo + capa de linfócitos)- predomina linf. B
- Zona paracortical (tecido linfóide difuso)- predomina linf. T
Histologia – Bruno Bernardes
(bruno-r-b@hotmail.com)

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