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Antropologia Cultural

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iii 
 
Índice 
Introdução ......................................................................................................................... 4 
1. Antropologia Cultural................................................................................................ 5 
2. Cultura ....................................................................................................................... 5 
3. Ramos da antropologia cultural ................................................................................. 6 
3.2. Etnografia (éthnos, povo, graphein) ...................................................................... 7 
3.3. Etnologia (éthnos, povo, logos, estudo)................................................................. 7 
3.4. Linguística ............................................................................................................. 7 
3.5. Antropologia social................................................................................................ 8 
4. Cultura e Personalidade ............................................................................................. 8 
5. Pluralidade cultural.................................................................................................... 9 
6. Diversidade cultural................................................................................................. 10 
7. Componentes da cultura .......................................................................................... 11 
8. Valor Cultural da sociedade .................................................................................... 12 
9. Normas culturais...................................................................................................... 13 
9.1. Normas ideias ...................................................................................................... 13 
9.2. Normas comportamentais .................................................................................... 14 
10. Símbolos culturais ............................................................................................... 14 
Conclusão ....................................................................................................................... 16 
Bibliografia ..................................................................................................................... 17 
 
 
4 
 
Introdução 
Historicamente segundo MARCINI & PRESOTTO (2010) podemos entender que a 
antropologia começou a desenvolver-se especificamente como ciência na segunda 
metade do século XIX, num momento histórico em que as colecções etnológicas, antes 
meras curiosidades de particulares, passavam a constituir verdadeiros museus, e em que 
os conhecimentos da cultura europeia sobre outros povos começavam a ser 
sistematizados e submetidos a revisões metódicas. 
Este trabalho tem como objectivo principal estudar a antropologia cultural. Nisto, 
podemos saber que a antropologia cultural é o ramo da antropologia que tem como 
objectivo o estudo da humanidade como um todo, visando ao homem como expressão 
global e ser biologicamente pensante, produtor de culturas e participante da sociedade, 
tentando chegar á compreensão da existência da humanidade, sabendo que a cultura é a 
natureza básica deste ramo, englobando modos comuns e aprendidos na vida 
transmitido pelos indivíduos em grupo em sociedade. 
Num contexto geral do trabalho, encontra-se estruturado de seguinte maneira: 
1. Termos o conceito da antropologia numa forma global; 
2. Conceito do termo cultura; 
3. Mencionamos os ramos da antropologia cultural; 
4. Relação da Cultura e personalidade; 
5. Pluralidade cultural; 
6. Diversidade cultural; 
7. Componentes culturais; 
8. Valor cultural; 
9. Normas culturais; 
10. Símbolo cultural. 
 
 
 
5 
 
1. Antropologia Cultural 
Etimologicamente a palavra antropologia provem do grego Anthropos, que significa 
homem, logo que significa estudo, o que pode ser considerada como estudo do homem. 
Este campo da antropologia é o mais amplo que estuda o homem como ser cultural, ela 
focaliza no conhecimento do comportamento cultural humano adquirido por 
aprendizagem analisado em todas dimensões. 
Segundo MARCONI e PRESOTTO (2010), consideram que antropologia visa ao 
conhecimento completo do homem, o que torna sua expectativa muito vulgar, este 
conceito, revela os factos da natureza e cultural, compreendendo a existência humana 
em todas os seus aspectos no espaço e no tempo, partindo do princípio da estrutura 
biopsiquica. 
O seu objecto de estudo engloba formas físicas primitivas e actuais do homem e suas 
manifestações culturais, com muito enfoque nos grupos culturalmente diferentes, um 
exemplo concreto o estudo do homem fóssil, suas mudanças evolutivas, sua anatomia e 
suas produções culturais 
Segundo LAPLANTINE (1976), afirma que a antropologia fixa como seu objectivo 
estudo da humanidade como um todo, visando ao homem como expressão global e 
biopsicocultural, isto é, ser um biologicamente pensante, produtor de culturas e 
participante da sociedade, tentando chegar á compreensão da existência da humanidade. 
2. Cultura 
Segundo MASSENZIO (2005), considera que etimologicamente a palavra cultura é de 
origem latina. Este termo, deriva do verbo colere (cultivar ou instruir) e do substantivo 
cultus (cultivo, instrução). 
Poderíamos então afirmar que cultura é a forma ou o jeito comum de viver a vida 
quotidiana na sua totalidade por parte de um grupo. 
Segundo MARCONI e PRESOTTO (2010), afirmam que o conceito cultura foi 
formulado pelo Edward B. Taylor (1871), na sua obra Cultura Primitiva, em que 
postulava cultura como todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, 
6 
 
costumes e todos hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da 
sociedade. 
Na antropologia, a cultura é a natureza básica dessa ciência, englobando modos comuns 
e aprendidos na vida transmitido pelos indivíduos em grupo em sociedade. 
Num contexto geral, cultura não é uma herança genética, mas o resultado da inserção do 
ser humano em determinados contextos sociais. Pode se considerar como adaptação das 
pessoas aos diferentes ambientes pelos quais passam e viver. 
 Segundo MARCONI e PRESOTTO (2010), afirma que através da cultura o ser humano 
é capaz de vencer obstáculos, superar situações complicadas e modificar o seu habitat, 
embora tal modificação nem sempre seja a mais favorável para a humanidade, como 
podemos perceber actualmente. Desse modo a cultura pode ser definida como algo 
adquirido, aprendido e também acumulativo, resultante da experiência de várias 
gerações. Porém, enquanto aprendiz o ser humano pode sempre criar, inventar, mudar. 
Ele não é um simples receptor, mas também um criador de cultura. 
3. Ramos da antropologia cultural 
Desde o passado no presente assim como no futuro, sociedade humana, possuí interesse 
na antropologia cultural no seu campo de estudo que abrange: 
3.1. Arquiologia 
(Archaios, antigo, logos, estudo): em que tem como objecto de estudo as culturas do 
passado extintas em épocas remotas em que desenvolveram as formas culturais 
representadas em documentos. Nisto, cabe ao antropólogo desenvolver técnicas 
adquiridas para o trabalho de escavação e colecta de material que devidamente 
interpretado, o que possibilitar com a reconstrução de factos passados. 
 Esta arqueologia segundo MARCONI e PRESOTTO (2010), afirma que pode ser 
dividida em: 
 Arqueologia clássica: esta arqueologia tenta reconstruir as antigas civilizações 
letradas como por exemplo Egipto, Grécia, Mesopotâmia, Etrúria etc; 
7 
 
 Antropologia arqueológica: esta parte da arqueologia,trata dos primórdios da 
cultura, relativamente as populações extintas como a cultura do paleolítico, 
mesolítico e Neolítico. 
 
3.2. Etnografia (éthnos, povo, graphein) 
A etnografia na visão de MARCONI e PRESOTTO (2010), é a ciências que se 
preocupa com a descrição das sociedades humanas. 
Por sua vês LEVIS-STRAUSS (1967), define etnografia como modo mais preciso e 
objectivo, em que consiste na observação e analisa as particularidades visando a 
reconstrução fiel quando possível da vida da humanidade. 
Esta área da antropologia cultura o seu objecto de estudo é a cultura simples que é 
conhecida como primitivas ou seja agrafas, isto é, grupos humanos que se opõem as 
sociedades complexas ou civilizadas, em que pode constituir como foco de atenção do 
etnógrafo, em que observar, descrever analisar e reconstruir as culturas é o principal 
objectivos dos investigadores etnógrafos. 
3.3. Etnologia (éthnos, povo, logos, estudo) 
É um ramo das ciências culturais em que os pesquisadores utilizam os dados colectados 
pelo etnógrafo. Preocupando-se em comparar, analisar e interpretar as mais variadas 
culturas. Enfatiza as inter-relações do homem e meio ambiente, individuo e cultura na 
tentativa de compreender a operosidade e a mudança das mesmas. 
Na visão de LEVIS-STRAUSS (1967), percebe que a etnografia, etnologia e a 
antropologia constituem três momentos da mesma pesquisa. 
3.4. Linguística 
A linguística é um meio de comunicação também pode ser considerada como um 
instrumento de pensamento. 
8 
 
Segundo MARCONI e PRESOTTO (2010), afirmam que todos ramos da antropologia 
cultural a linguística é a mais independente e mais Auto-suficiente, o que envolve o seu 
conhecimento. 
Num modo geral, a grande diversidade de línguas acompanha a grande variedade 
cultura. 
Exemplo: as variedades linguísticas de Moçambique (macua, lomwe, Chuabo, maconde, 
etc.). 
 
3.5. Antropologia social 
Este ramo da antropologia cultural estuda os processos culturais e da estrutura social. 
Interessa-se no estudo das sociedades e instituições, levando em conta as diferenças 
entre as sociedades preocupando se em conhecer as relações existentes entre elas (vida 
familiar, vida económica, vida politica, vida religiosa, e.t.c.). 
Segundo MAIR (1972), explica que o antropólogo social observa as relações que agem 
entre as pessoas na sociedade. Isto significa que uma sociedade dever ser observado e 
estudada como um todo a partir das suas instituições chegando-se até a sua estrutura e 
organização. 
 
4. Cultura e Personalidade 
A cultura e a personalidade constituem aspectos da análise antropológica, um novo 
campo de investigação. Neste campo de investigação, o indivíduo não observado como 
um simples receptor e portador cultural, mas sim como um agente de mudança cultural, 
desempenhando o papel dinâmico e inovador. Incorpora através do processo de 
endoculturação, com características próprias, adquirindo uma personalidade básica, 
como participante de uma sociedade e de uma cultura tendo sido portador de caracteres 
constitucionais e de experiencias socioculturais próprios. 
9 
 
Segundo MARCONI e PRESOTTO (2010), afirma que na análise do comportamento 
humano tem que se ter em conta os três aspectos inter-relacionados e indispensáveis tas 
como individuo, cultura e sociedade. 
5. Pluralidade cultural 
Na sociedade é preciso respeitar os diferentes grupos e culturas que a constituem. 
Sabemos que a sociedade moçambicana é formada de diferentes etnias, como também 
por imigrantes de diferentes países. 
A pluralidade cultural está relacionada com a multiculturalidade de uma nação, ou seja, 
quando encontram-se reunidos em um mesmo espaço vários tipos de manifestações 
culturas e tradições diferentes. 
Na perspectiva de GEERTZ (1989), Considera pluralidade cultural como indicativo da 
singularidade histórica e social de uma cultura, em que um gesto não é imediatamente 
visível na acção social, mas está codificado e é público, porque é acessível a todos e a 
acção é simbólica, pois condensa toda uma mistura de significados que remete a outros 
contextos, além do específico do comportamento observado. 
Observando o capítulo, podemos afirmar que diversas heranças culturais que convivem 
na população, oferecendo informações que contribuam para a formação de novas 
mentalidades, voltadas para a superação de todas as formas de discriminação e exclusão 
podem ser consideradas como pluralidade cultural. 
Na visão de LAPLANTINE (1976), considera que a pluralidade cultural diz respeito 
ao conhecimento e á valorização das características étnicas e culturais dos diferentes 
grupos sociais que convivem num território, às desigualdades socioeconómicas e a 
crítica às relações discriminatórias e excludentes que permeiam as sociedade 
oferecendo possibilidade de conhecer um país complexo. 
Podemos olhar que na Pluralidade Cultural, a diferença cultural é fruto da 
singularidade dos processos em cada grupo social distinto, sendo que as mesmas, em 
geral, são transmitidas através das gerações pela linguagem escrita, fotográfica, mas 
principalmente pela linguagem oral. Por tanto, quando ocorre a articulação entre a 
desigualdade social e a discriminação étnica, racial e cultural, tem-se como 
10 
 
consequência a chamada “exclusão social”, que leva essa parcela da população 
a impossibilidade de acesso a bens materiais e culturais produzidos pela sociedade, 
além de não se efectivar a participação na gestão colectiva do espaço público. 
 Como característica da pluralidade cultural em Moçambique é fruto de um longo 
processo histórico de interacção entre aspectos políticos e económicos, no plano 
nacional e internacional. Esse processo apresenta-se como uma construção cultural 
altamente complexa, historicamente definida e redefinida continuamente em termos 
nacionais, apresentando características regionais e locais. Coexistem aqui culturas 
singulares, ligadas a identidades de origem de diferentes grupos étnicos e culturais. Essa 
composição cultural tem se caracterizado por plasticidade e permeabilidade, 
incorporando em seu quotidiano a criação e recriação das culturas de todos esses povos, 
sem diluí-las, ao mesmo tempo que permite seu entrelaçamento. Nesse entrelaçamento 
de influências recíprocas, configura-se a permanente elaboração e redefinição da 
identidade nacional, em sua complexidade. 
 
6. Diversidade cultural 
Podemos perceber diferenças nos costumes das pessoas e como eles podem causar 
estranhamento. Em alguns casos, achamos divertidas essas diferenças, mas em outros, 
podemos reagir até com preconceito, tudo isso faz parte da diversidade cultural. 
Segundo LEVIS-STRAUSS (1973), compreende que diversidade cultural é o propósito 
cultural encontrada nas relações existentes no seio de cada sociedade em todos os 
grupos que os constituem: classes, meios profissionais ou confessionais e desenvolvem 
determinadas diferenças as quais cada uma delas atribui uma extrema importância. 
Num contexto amplo, podemos afirmar que a diversidade cultural na verdade é no 
presente, e também de direito no passado e mais rica em tudo o que é destinado a 
conhecer. 
Segundo a OLIVEIRA (1976) todas as actividades humanas se repercutam na 
diversidade cultural, as suas perspectivas estão cada vez mais relacionadas com o futuro 
11 
 
das línguas, da educação, da comunicação e dos conteúdos culturais assim como a 
criatividade e dos mercados. 
 
Neta vertente, podemos salientar que na sociedade moçambicana é caracterizada por 
multiculturalismo, multiétnica, significado de possuir enormes e variadas identidades 
simbólicas e expressivas.7. Componentes da cultura 
Na perspectiva de MARCONI e PRESOTTO (2010), afirma que cultura é constituída 
por seguintes elementos: conhecimento, crenças, valores, normas e símbolos. 
 
 Conhecimento – em todas culturas, sejam simples ou complexas, possuem grande 
quantidade de conhecimentos que são cuidadosamente transmitidos de geração em 
geração. Estes conhecimentos são práticos, englobam aspectos referentes a 
organização social, a estrutura do parentesco, aos usos e costumes, as crenças, as 
técnicas de trabalho etc. Os indivíduos aprendem aquilo que lhes permite a 
sobrevivência, ou seja, a obtenção de alimentos, construção de abrigos ou habitação, 
meio de transporte, protecção contra os animais ferozes e outros perigos. 
 
 Crença – é aceitação de uma proposição comprovada ou não cientificamente. As 
atitudes mentais do indivíduo servem de bases na acção voluntária. 
Segundo OLIVEIRA (1976), divide as crenças em três tipos nomeadamente: 
1. Pessoais – As proposições aceitas por um individuo como certas independentes 
das crenças dos demais. 
Exemplo: acreditar a magia negra africana. 
 
2. Declaradas – as proposições de uma pessoa aparenta aceitar como verdadeiras 
em seu comportamento público e que as menciona apenas para defender ou 
justificar suas acções perante os outros. 
Exemplo: igualdade de género em Moçambique, ausência de preconceitos. 
12 
 
 
3. Públicas – as proposições que os membros de um grupo concordam e declaram 
como crenças comuns. 
Exemplo: mistérios da dança mapiko, mistérios da dança Nyau. 
Numa perspectiva geral, MARCONI e PRESOTTO (2010), aponta que pode ser 
classificada numa outra perspectiva tas como: 
 Cientifica – quando pode ser comprovada pela ciência. 
Exemplo: Ida do homem á lua. 
 
 Supersticiosas – quando não se pratica determinada acção com medo que lhe 
aconteça algo ruim. 
Exemplo: uma mulher grávida não comer ovo com medo de nascer criança sem 
cabelo. 
 Extravagantes – quando foge do comum 
Exemplo: mulher grávida por ao colo uma pedrinha a caminho da maternidade 
para dar a luz mais facilmente. 
 
 
8. Valor Cultural da sociedade 
O temo valor num sentido geral apreseta varias intrepretacoes como vem por exemplo 
MARCONI e PRESOTTO (2010), afirma que o termo valor é empregado para indicar 
objectos e situações consideradas boas, desejáveis, importantes, ou seja, para indicar 
riqueza, prestigio, poder, crenças, instituições, objectos materiais, etc. Numa forma 
geral, existem dois elementos que compõem o valor nomeadamente emocional e 
ideacional. 
 
A sociedade em geral possui valores dominantes e secundários, havendo uma escala de 
graduação entre os dois pólos. Nesta vertente, variam de acordo com a maior ou menos 
importância que os membros de uma sociedade lhes atribuem. 
Segundo OLIVEIRA (1976), considera valor como qualidade da preferência atribuída a 
um objecto em virtude de uma relação entre o meio e fins na acção social. 
13 
 
 
Segundo KUPER (2002), classifica os valores em quatro critérios dominantes: 
1. Amplitude: Valor revelado por meio da proporção e actividade de uma 
população (direitos humanos); 
2. Duração: tempo de permanência do valor (Liberdade religiosa); 
3. Intensidade: grau elevado da procura e mantença do valor (conquista da 
independência politica); 
4. Prestigio: importância dada ao valor pelos seus portadores (direito a 
propriedade). 
 
9. Normas culturais 
As culturas são constituídas de normas comportamentais, com um tipo de conduta que 
ocorre com maior ou menor frequência. 
As normas são regras que indicam os modos de agir dos indivíduos em determinadas 
situações, consistem em conjunto de ideias de convenções referentes aquilo que é 
próprio do pensamento, sentir e agir em dadas situações. 
Segundo KUPER (2002), consideram dois tipos de normas culturais nomeadamente: 
ideais e comportamentais. 
9.1. Normas ideias 
 São consideradas aquelas que os membros de uma sociedade deveriam praticar ou dizer 
em dadas situações, captando as regras estabelecidas pela cultura. Estas normas, 
representam os deveres e desejos de uma cultura particular. 
Segundo LAPLANTINE (1989), classifica as normas ideais em cinco categorias a 
saber: 
 Obrigatória – um modo de comportamento que não se pode fugir a elas (andar 
vestido); 
 Preferenciais – um modo de comportamento mais valorizado do que outro, 
(exemplo: mulher macua usar mussiro); 
14 
 
 Típicas – vários modos de comportamentos aceitáveis, em que um deles é mais 
usado (uso da capulana e mussiro); 
 Alternativas – quando são aceitas diferentes modos de conduta, sem que haja 
diferença de valores ou de frequência de uso (mulher usar calcas ou saias); 
 Restritas – formas de conduta aceitas apenas por alguns membros da sociedade 
(indumentaria do monge budista, mulher saias curtas). 
9.2. Normas comportamentais 
São comportamentos reais dos indivíduos em determinadas situações, que fogem as 
normas ideias. Exemplo: A Pulseira no tornozelo, uso de anéis em todos dedos, homens 
com brincos nas orelhas. 
10. Símbolos culturais 
São realidades físicas ou sensoriais as quais os indivíduos que os utilizam lhes atribuem 
valores ou significados específicos. Representam coisas concretas ou abstractas. 
Segundo MARCONI e PRESOTTO (2010), acredita que todas realidades individuais 
que tenham adquirido significado específico, representado em um contexto cultural por 
meio de actos atitudes e sentimentos constituem símbolos, como por exemplo: pessoas, 
gestos, solidariedade, sentimentos, cerimonias, palavras, ordens, sinais, sensoriais, 
fórmulas mágicas, valores, crenças, poderes, hinos, bandeiras, textos sagrados, objectos 
materiais etc. 
Por sua vez os significados podem ser: 
a) Arbitrário - quando as medidas nãos tem relação obrigatória com as 
propriedades físicas dos fenómenos que os recebem fora do campo linguístico, a 
ligação entre símbolo e objecto, caracteriza-se pela total ausência de afinidade 
intrínseca. 
b) Partilhados – quando o símbolo tem o mesmo significado para diferentes 
culturas ou determinada sociedade; 
c) Referenciais – Quando os símbolos referem-se a uma coisa especifica. Exemplo: 
a cor branca, símbolo de luto entre os macondes, hino nacional. 
 
15 
 
Segundo MARCONI e PRESOTTO (2010), afirmam que a simbolização permite ao 
homem transmitir seus conhecimentos aprendidos e acumulados durante as diferentes 
gerações. Elas resguardam os valores considerados básicos para a cultura e da 
sociedade. 
O símbolo social, a cominação e expressão, incluindo religião e arte são fundamental. 
Neste caso, nas culturas a língua consiste em um dos sistemas mais importantes de 
símbolo, sendo a fala a sua forma principal. 
 
16 
 
Conclusão 
 
A antropologia cultura é o ramo das ciências antropológicas que visa ao conhecimento 
completo do homem, o que torna sua expectativa muito vulgar, revelando os factos da 
natureza e cultural, compreendendo a existência humana em todas os seus aspectos no 
espaço e no tempo, partindo do princípio da estrutura biopsiquica. 
Podemos concluir que a antropologia cultural numa sociedade, tem a missão de 
conhecer os factos naturais ou seja conhecer o modo de vida, hábitos, costumes, cultura 
ate mesmo a existência daquela sociedade humana. 
Podemos concluir que a antropologia cultural divide-se nos seguintes ramos: 
Arqueologia, que tem como objecto de estudo as culturas do passado extintas em épocas 
remotas em que desenvolveram as formas culturais representadas em documentos; 
Etnografia (éthnos, povo, graphein), que segundo MARCONI e PRESOTTO (2010), 
consideram como ciênciasque se preocupa com a descrição das sociedades humanas; 
Etnologia (éthnos, povo, logos, estudo) é considerado ramo das ciências culturais em 
que os pesquisadores utilizam os dados colectados pelo etnógrafo. Preocupando-se em 
comparar, analisar e interpretar as mais variadas culturas. Enfatiza as inter-relações do 
homem e meio ambiente, individuo e cultura na tentativa de compreender a operosidade 
e a mudança das mesmas. 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Bibliografia 
MARCONI, Marina de Andrade; PRESOTTO, Zélia Maria Neves. Antropologia. 
Uma introdução, São Paulo: Atlas. 2010, 7ª Edição. 
KUPER, Adam. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru, SP: EDUSC, 2002. 
LAPLANTINE, François. Aprender antropologia. São Paulo: Brasiliense, 1989. 
OLIVEIRA, Roberto Cardoso. Identidade, etnia e estrutura social. São Paulo: Biblioteca 
Pioneira de Ciências Sociais, 1976. 
LEVI-STRAUSS, Claude. Raça e História. In: Os pensadores v. L. São Paulo: Abril 
Cultural, 1976 
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Guanabara-koogan, 
1989. 
MAIR, Lucy. Introdução a antropologia social. Editora Zahar. Rio de Janeiro 1972. 
MASSENZIO, Marcello. A história das religiões na cultura moderna. São Paulo: 
Hedra, 2005.

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