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NOME: THAYSE CAROLINE LIMA DE SANTANA DISCIPLINA: DE DIREITO CONSTITUCONAL II PROFESSOR: GUSTAVO CALÇADOS PLANOS DE AULA DE CONSTITUCIONAL SEMANA 1 Descrição Caso Concreto: O município de Parués, no Estado Anaguá, fica na margem esquerda do Rio Ituiruaçú e faz divisa com o município de Erolim, que fica no Estado vizinho de Rocilom, na margem direita do mesmo rio. O caudaloso rio sempre foi a principal fonte de peixes para a alimentação das populações locais. Certo dia os moradores são surpreendidos com a notícia de que a empresa HOTEL S/A comprou vários hectares de terra na região para criar um Resort na localidade. Um grande empreendimento imobiliário que inclui, entre outras coisas, o uso do Rio Ituiruaçú como local para prática de esportes radicais aquáticos. As autoridades dos dois Estados iniciaram uma briga para saber de quem era a responsabilidade pela fiscalização, controle e pelas autorizações ambientais para o empreendimento. Considerando a art. 23 parágrafo único da Constituição Federal que diz: ?Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: (...) Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.? E ainda a Lei complementar n.º 140/2011 que fixa normas para União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas relativas à proteção do meio ambiente, responda: Como solucionar a referida contenda? RESPOSTA: 1 – Em nossa Carta Magna, o Constituinte estabeleceu a competência comum para as matérias de interesse da coletividade – os chamados interesses difusos -, se justificando assim a atuação simultânea de todos os entes federados. Para se evitar conflitos e a superposição de esforços, a CF/88 determina que leis complementares estabeleceram normas para a cooperação entre a União e os estados, o Distrito Federal e os municípios, buscando-se o equilíbrio do desenvolvimento e bem-estar em âmbito nacional. SEMANA 2 Caso Concreto: 'NORDEXIT?' - COMO O BREXIT ANIMOU MOVIMENTOS SEPARATISTAS NO BRASIL (Disponível em : http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36720198) Líderes de movimentos separatistas brasileiros veem no resultado do plebiscito no qual os britânicos votaram pela saída do Reino Unido da União Europeia um bom momento para conquistar novos adeptos. Eles não são necessariamente novos - a maioria surgiu nas décadas de 80 e 90, como "O Sul é meu País" e o Grupo de Estudos para o Nordeste Independente (Gesni), fundamentados em um histórico de revoluções como a Praieira (1850), e as guerras do Contestado (1912) e dos Farrapos (1845), entre outras. Há movimentos mais recentes, que afirmam ter "ares mais modernos", inspirados nas demandas da Catalunha e da Escócia - caso do Movimento São Paulo Livre, criado logo após as eleições presidenciais de 2014. Considerando os temas estudados na aula, analise criticamente estas iniciativas separatistas. Desenvolvimento RESPOSTA: Em um Estado federal, Movimentos Separatistas são completamente inócuos e nunca obterão êxito em seus objetivos, tendo em vista a impossibilidade de secessão. Na Constituição Federal de 88, a forma federativa de Estado é cláusula pétrea, conforme prescrito em seu §4º, art. 60, e jamais pode ser abolida. Qualquer tentativa de separação somente será conquistada por meio de uma guerra civil. SEMANA 3 Descrição Caso Concreto: A cidade brasileira de Porumberá do Estado de Maueré faz divisa com a cidade de Cambraio del Sol, no Paraguai. Desta forma, Brasil e Paraguai, naquela localidade, têm como fronteira nacional apenas uma estrada que os separa. O prefeito de Porumberá, sabendo que muitos de seus munícipes trabalham na cidade vizinha, em solo paraguaio, a fim de facilitar a vida de seus naturais, entrou em contato com o prefeito de Cambraio del Sol para assinarem um acordo de cooperação para emissão de vistos de trabalho, o que facilitaria muito a vida dos brasileiros por lá empregados. O prefeito de Cambraio del Sol adorou a ideia e informou que além dele o próprio presidente do Paraguai viria à cidade para a cerimônia de assinatura do referido acordo e fazia questão de assiná-lo também. O governador de Maueré, sabendo da iniciativa do prefeito brasileiro, informou que além de também estar presente à cerimônia e assinar o acordo, iria entrar em contato com a Presidência da República do Brasil e convidaria o Chefe do Executivo brasileiro para o evento e assinatura do documento. Contudo, ficou em dúvida se, ao convidar o chefe do Executivo, ele mesmo o governador, não seria ?ofuscado politicamente?. Resolve então consultar a Procuradoria do Estado para resolver a questão. Você é o(a) Procurador Geral do Estado de Maueré. Como orientaria o governador neste caso? Desenvolvimento RESPOSTA:O Governador do Estado de Maueré deve ser orientado no sentido de que a celebração de em acordo de cooperação entre um município brasileiro e um Estado estrangeiro é absolutamente inconstitucional. Não obstante a boa intenção do Prefeito da cidade de Poruberá, a CF/88 atribui competência exclusiva à União para manter relações com Estados estrangeiros, conforme disposto em seu art. 21, I. Portanto, um prefeito não possui competência para firmar tal acordo, sendo este completamente inválido. SEMANA 4 Descrição Caso concreto: Veja a notícia abaixo: ( Disponível em : http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,rio-pede-r-14-bilhoes- aogoverno- federal-e-negocia-intervencao-branca,10000080737 ) Rio pede R$ 14 bilhões ao governo federal e negocia ?intervenção branca?. Sem capacidade financeira para pagar suas contas, governo do Rio tenta convencer Temer a liberar um novo socorro, e aceitaria a indicação de um nome para gerir as finanças do Estado; equipe econômica resiste a uma nova ajuda Considerando a teoria constitucional , o que se entende por ?Intervenção Branca? ? Desenvolvimento RESPOSTA:A chamada “Intervenção Branca” configura-se como uma simulação em que não é decretada a medida de direito, ou seja, a Intervenção Federal, mas o é decretada de fato. No caso em questão, o Governador está renunciando à parte da autonomia do Estado-membro em favor da União, em troca da verba pretendida, bem como tentando evitar os efeitos de uma efetiva decretação de Intervenção Federal, como a impossibilidade de edição de Emendas Constitucionais, inviabilidade do controle sobre a medida pelo Poder Legislativo e a possível apuração de responsabilidades SEMANA 5 Descrição Caso Concreto: No início do ano de 2017, o Estado do Espírito Santo viveu uma situação séria: familiares de PMs acamparam nas portas do batalhões ?impedindo? que os policiais saíssem dos quartéis para trabalhar. Impedidos, por lei, de fazer greve, os familiares ( a maioria esposas ) dos PMs do Estado assumiram um inusitado protagonismo na reivindicação por melhores salários para a categoria. A falta de policiamento nas ruas levou a uma onda de saques, homicídios em vários pontos da cidade e a um sentimento de insegurança generalizada, especialmente em Vitória, capital do Estado. Veja a notícia abaixo: (Disponível em: http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2017/02/governo-do-estransfere- controle-da-seguranca-forcas-amadas.html) Espírito Santo: GOVERNO DO ESPÍRITO SANTO TRANSFERE CONTROLE DA SEGURANÇA ÀS FORÇAS ARMADAS. Decreto foi publicado no 'Diário Oficial' do estado nesta quarta-feira . Sem PMs, Exército e Força Nacional fazem o patrulhamento nas ruas. O governo do Espírito Santo publicou um decreto no "Diário Oficial" desta quarta-feira transferindo o controle da segurançapública no estado para as Forças Armadas. O responsável pela operação será o general de brigada Adilson Carlos Katibe, comandante da Força-Tarefa Conjunta que está no Estado. O decreto foi assinado pelo governador em exercício, César Colnago ,e pelo Secretário de Segurança Pública, André Garcia. Analise criticamente esta situação com base nos temas estudados nesta aula. Desenvolvimento RESPOSTA:O Governador do Estado do Espirito Santo, quando resolveu solicitar assistência à União, admitiu que não era capaz de proceder de forma adequada à prevenção da onda de criminalidade gerada pela “greve” de familiares dos policiais militares do estado. Sendo assim, uma Intervenção Federal na Secretaria Estadual de Segurança Pública seria completamente possível para conservação da ordem pública. Tal possibilidade foi afastada, possivelmente, visando a evitar os efeitos “negativos” que o decreto da Intervenção traria aos interesses dos governantes. Não obstante a existência de defensores do direito das esposas de livre manifestação, há de se considerar que não existe princípio constitucional absoluto e que a conduta por elas perpetrada gerou graves consequências ao Estado, consequências essas que o Constituinte visou a evitar quando vedou o direito de greve aos militares. SEMANA 6 Descrição Caso Concreto: Um integrante da polícia militar de determinado estado da Federação pretende participar de processo eleitoral na condição de candidato a vereador do município onde reside. O militar conta com onze anos de serviço na polícia militar e não possui filiação partidária, mas entende que o art. 142, § 3.º, inciso V, da Constituição Federal, que proíbe que o militar, enquanto em serviço ativo, possa estar filiado a partido político, aplica-se apenas aos militares federais. Assim, ele pretende participar da convenção partidária que vai oficializar a relação de candidatos de determinado partido, orientado que foi no sentido de que o registro da candidatura suprirá a ausência de prévia filiação partidária. Nessas circunstâncias, o militar solicita aos seus superiores a condição de agregado, pois é sua intenção, se não for eleito, retornar aos quadros da corporação. Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, às seguintes perguntas. a)Pode o policial militar ser candidato a vereador sem se afastar definitivamente da corporação? RESPOSTA: Sim, pois conta com mais de 10 anos de carreira, conforme art. 14, §8º, da CFRB. b)Está correto o entendimento segundo o qual a vedação de filiação partidária, enquanto em serviço ativo, não se estende aos militares dos estados? RESPOSTA: Não está correta a afirmação, pois, conforme dispõe o art. 42, §1º, da CFRB, todos os impedimentos aplicáveis aos militares federais também o são aos estaduais, art. 142, §§ 2º e 3º, CRFB. c)Está correta a orientação no sentido de que o registro da candidatura suprirá a falta de filiação partidária? RESPOSTA: A afirmação está correta, tendo em vista que o meio adotado para ponderar a vedação ao militar de se filiar a partido político, art. 142, §3,º V, CRFB; com a permissão de elegibilidade, art. 14, §8º, da Carta Magna, é o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral de que o pedido de registro de candidatura, apresentado pelo partido ou coligação, devidamente autorizado pelo candidato e após a prévia escolha em convenção, supre a exigência da filiação partidária (Res. 21.608/04). d)Poderá o militar, se não for eleito, retornar aos quadros da polícia militar? RESPOSTA: Sim, no caso em questão, o retorno aos quadros da Polícia Militar é completamente possível, já que o militar conta com mais de 10 anos de carreira, conforme disposto no Art. 14, §8º, II, da Constituição Federal SEMANA 7 Descrição José resolveu candidatar-se ao cargo de Deputado Federal. Não se elegeu por 05 votos! Ficou como 1.º suplente do seu partido. Apesar da derrota eleitoral, como teve muitos votos, foi chamado para uma reunião do partido na Câmara dos Deputados. Passeando pelos corredores viu que em uma sala ocorria um debate da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre a constitucionalidade de um Projeto de Lei. Assistia atento ao debate quando observou que um parlamentar do seu partido, que era o referido PL, estava bastante exaltado e gritava ao microfone chamando a vários de seus colegas deputados de “vagabudos”. O parlamentar teve o som do seu microfone cortado e assim foi forçado a parar de argumentar. José, indignado, não pensou duas vezes, dono de uma voz poderosa, começou a argumentar no mesmo sentido que o parlamentar antes fazia. Quando foi solicitado a calar-se, enervou-se mais e disse que era suplente e estava trabalhando enquanto os outros todos ali eram “vagabundos”, “ganhavam sem trabalhar”, “não serviam para nada” e que “deveriam era fechar o congresso”. José e o parlamentar de seu partido foram contidos pela Polícia do Legislativo e indiciados pelos crimes de injúria e desacato. Descreva como ficaria a situação de cada um dos Réus. Desenvolvimento RESPOSTA:Na posição de suplente, José não está no exercício do mandato, não estando amparado pela imunidade material ou substancial ou inviolabilidade, sendo assim deverá será processado, julgado e possivelmente condenado pelos seus atos criminosos. O mesmo não seria correto afirmar quanto ao Deputado, que está protegido pela imunidade material, imunidade esta que afasta a tipicidade criminal de qualquer conduta decorrente de seus pronunciamentos, opiniões, palavras ou votos forem proferidos no exercício do mandato ou em função dele SEMANA 8 Descrição Parlamentar, membro de um CPI, vai realizar diligência investigatória fora do DF, em um Estado da Federação. Lá chegando, suas ações estão protegidas pela imunidade parlamentar ? RESPOSTA:Sim, o parlamentar federal estará protegido pela imunidade material ou inviolabilidade em qualquer parte do território nacional, desde que seu atos guardem relação com a função exercida SEMANA 9 Descrição Câmara de Vereadores da Cidade aprovou lei que torna obrigatório a prestação do serviço militar por 3 anos, antiga reivindicação do “Movimento Cidade Segura”, sediado naquela localidade. Uma vez encaminhada para o gabinete do Prefeito ele alega estar em dúvida quanto à sua constitucionalidade e a obrigatoriedade de sua aplicação. Chama a Procuradoria Geral do Município para um parecer. Você é o (a) Procurador Geral do Município. Como orientaria o Prefeito? Pode o Prefeito negar a aplicação da lei por inconstitucionalidade? RESPOSTA: a) O Prefeito deve ser orientado quanto à completa inconstitucionalidade da citada lei municipal, inconstitucionalidade essa do tipo formal orgânica, pois trata-se de competência privativa da União. b) Sim, o Prefeito pode negar a aplicação da lei alegando a sua inconstitucionalidade. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal e da doutrina majoritária, o Chefe do Executivo, como aplicador da lei, está, pelo Princípio da Legalidade, vinculado à observância da lei e da Constituição, desse modo, se entender que determinada lei contrária a Carta Magna, não só pode como deve dar preferência à aplicação desta. Essa posição não é pacífica, existindo uma minoria que não admite tal prática na vigência da atual Constituição, pois esta confere legitimação ao Chefe do Executivo para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade. SEMANA 10 Descrição A Empresa Brasileira de Tecnologia é uma estatal que pesquisa e produz tecnologias de ponta para o Brasil. Grande orgulho nacional, é também grande empregadora, social e ambientalmente responsável, tendo sido classificada como uma das 10 melhores empresas para se trabalhar no mundo. Este ano ela vai completar 10 anos de fundação. Após algum debate sobre a conveniência,ou não, de um evento comemorativo, o Governo Federal decide por realizar uma grande festa pública com shows gratuitos, emissão de selo comemorativo pela ETC (Correios), criação e entrega de um prêmio ?mentes pensantes? para pessoas que se destacaram na área na última década. Ocorre que o debate sobre a realização do evento deixou pouco tempo para organizar tudo. Assim, como a situação era urgente e a causa relevante, o Governo Federal decide emitir uma Medida Provisória para dispensar as licitações da empresa de produção dos shows, da festa de premiação e ainda para permitir empenho de despesas mesmo sem comprovação prévia. Um parlamentar a oposição considera absurdo a contratação sem licitação e chama seu escritório de advocacia para ajudar. É cabível a edição de MP neste caso? RESPOSTA: No caso citado, não é cabível a edição de Medida Provisória. Em princípio, a competência para aferição dos pressupostos constitucionais da relevância e urgência, justificadores da edição da MP, é do Chefe do Executivo. Porém, questiona-se se há discricionariedade do Presidente da República ou se o Legislativo e o Judiciário podem fiscalizar a presença de tais pressupostos. Nas lições de Paulo e Alexandrino, o tema deve ser analisado da seguinte forma (Direito Constitucional Descomplicado. 16ª ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017), ipsis verbis: “A questão foi objeto de grande discussão também no âmbito do STF, tendo a Corte firmado orientação de que a aferição dos pressupostos de relevância e urgência tem caráter político, ficando sua apreciação, em princípio, por conta do Chefe do Executivo (no momento da adoção da medida) e do Poder Legislativo (no momento da apreciação da medida). Todavia, se uma ou outra, relevância ou urgência, evidenciar-se improcedente, no controle judicial, o Poder Judiciário deverá decidir pela ilegalidade constitucional da medida provisória.” Sendo assim, há evidente inexistência dos pressupostos constitucionais para edição da medida provisória, a relevância e a urgência, uma vez que a comemoração é do 10º ano de criação da empresa estatal, ou seja, houve tempo suficiente para se planejar uma festa, tornando a medida provisória totalmente inconstitucional. PS1: Entendo haver um erro na questão no que tange ao Direito Administrativo. A lei de licitações, nº 8.666/93, prevê que há inexigilidade da licitação para contratação de shows artísticos, conforme disposto em seu art. 25: “É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública”. Desse modo, não há que se falar em “dispensa” de licitação para contratação de artista, pois, como vimos, não há necessidade alguma de se fazer licitação para tais casos, tendo em vista a inviabilidade de competição. PS2: A sigla correta é ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. SEMANA 11 Descrição Prova: 31º Exame de Ordem - 1ª fase 1- Os cargos de Ministro do S.T.J. devem ser providos por: 1. Brasileiros natos; 2. Brasileiros; 3. Brasileiros natos e portugueses equiparados; 4. Brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil. 2 - A Constituição Federal estabelece que o Estatuto da Magistratura deve observar princípios constitucionais expressos, entre os quais a vedação à promoção do juiz que: a) tiver idade inferior a 35 (trinta e cinco) anos. b) estiver abaixo de outro juiz em lista de antiguidade na carreira. c) possuir menos de 10 (dez) anos de efetivo exercício de função pública. d) figurar por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento. e) retiver, injustificadamente, autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem despacho ou decisão. Caso concreto: Governador do Estado de Marués foi citado na delação premiada da empresa LUCH S/A e é acusado de receber vantagens indevidas. A denúncia foi recebida no STJ e a defesa do Governador, invocando o Princípio da Simetria, a Assembleia Legislativa do Estado precisaria autorizar o início do processo contra o Governador no STJ, tal qual o Congresso Nacional precisa autorizar o processo contra a Presidência da República no STF. A defesa está correta? Aplica-se o Princípio da Simetria neste caso? RESPOSTA: QUESTÕES OBJETIVAS 1 – (b) 2 – (e) QUESTÃO DISCURSIVA 1 – A defesa, em princípio, não está correta. Conforme interpretação da maioria, não há necessidade de autorização prévia da Assembleia Legislativa para ter início o processo contra o Governador, pois não se aplica, nesse caso, o Princípio da Simetria. No entanto, segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, esse tipo de imunidade formal pode sim ser estendido aos Governadores, havendo a necessidade de prévia autorização de dois terços da Assembleia Legislativa ou Câmara Distrital para o processo e julgamento. SEMANA 12 Descrição Prova: 32º Exame de Ordem - 1ª fase - Caderno X 1 - Assinale a opção correta no que se refere ao regime da repartição constitucional de competências entre os órgãos da função jurisdicional. 1. Ao STF compete processar e julgar, originariamente, mandados de segurança contra ato do presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do procurador-geral da República, dos ministros de Estado e do próprio STF. 2. Ao STF compete julgar, em grau de recurso ordinário, habeas corpus e mandados de segurança decididos em única ou última instância pelos tribunais superiores, se denegatória a decisão. 3. Ao Superior Tribunal de Justiça compete julgar, em grau de recurso ordinário, habeas corpus e mandados de segurança decididos em única ou última instância pelos tribunais regionais federais (TRFs) ou pelos tribunais dos estados, se denegatória a decisão. 4. Aos TRFs compete processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança impetrados contra ato de juiz federal ou contra ato do próprio tribunal. 2- O controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes é competência constitucionalmente atribuída ao: a) Tribunal de Contas da União. b) Supremo Tribunal Federal. c) Superior Tribunal de Justiça. d) Conselho Nacional de Justiça. e) Conselho da Justiça Federal. Caso concreto: A constituição do Estado de Muriapá em seu artigo 8.º determina que em caso de crime de responsabilidade, o Governador será julgado pela Assembleia Legislativa local. Analise o referido dispositivo legal. Desenvolvimento RESPOSTA QUESTÕES OBJETIVAS 1 – (c) 2 – (d) QUESTÃO DISCURSIVA 1 – O referido dispositivo não está correto, pois o governador de estado será processado e julgado pela prática de crime de responsabilidade por um tribunal especial, indicado na Lei 1079/50, que dispõe que esse tribunal será composto por 10 membros, sendo 5 parlamentares e 5 desembargadores. SEMANA 13 Descrição 1 - Determinado projeto de lei de iniciativa do Supremo Tribunal Federal é primeiramente discutido, votado e aprovado sem emendas no Senado Federal, seguindo para a Câmara dos Deputados, onde também é discutido, votado e aprovado sem emendas, sendo então enviado ao presidente da República, para sancioná-lo ou vetá-lo no prazo de 15 dias úteis, contados das datas do recebimento. Todavia, o Presidente da República resta silente, sendo, pois, o projeto considerado vetado. Considerando exclusivamente os aspectos mencionados, nessa situação foram: a) Desrespeitadas apenas as regras constitucionais quanto ao prazo para sanção ou veto e quanto aos efeitos do silêncio do Presidenteda República; b) Desrespeitadas apenas as regras constitucionais quanto à ordem de votação entre as casas legislativas e quanto aos efeitos do silêncio do Presidente da República; c) Respeitadas as regras constitucionais quanto ao processo legislativo; d) Desrespeitadas as regras constitucionais quanto à ordem de votação entre as casas legislativas, quanto ao prazo para sanção ou veto e quanto aos efeitos do silêncio do Presidente da República. 2 - O Presidente da República expede Decreto com o fim de regulamentar determinada lei federal. No entanto, o Decreto acaba por criar determinada obrigação não prevista na lei regulamentada. Em tal hipótese, o Congresso nacional: a) Poderia revogar todo o Decreto, por meio de Resolução; b) Poderia revogar a parte do Decreto que criou a obrigação não prevista na lei, por meio de Resolução; c) Poderia sustar a parte do Decreto que criou a obrigação não prevista na lei, por meio de Decreto Legislativo; d) Nada poderia fazer em relação ao Decreto, em respeito ao principio da separação dos poderes. Caso concreto: Morador de São Paulo ajuizou Ação em face da União, no Justiça Federal local e perdeu e Recorreu ao TRF. Ocorre que os funcionários do TRF entraram em greve. Como a sua causa era urgente, ajuizou paralelamente um mandado de segurança, com pedido de liminar dirigido ao CNJ. O referido procedimento está correto? Desenvolvimento RESPOSTA: QUESTÕES OBJETIVAS 1 – (b) 2 – (c) QUESTÃO DISCURSIVA 1 – O referido procedimento está incorreto. O Conselho Nacional de Justiça é órgão eminentemente administrativo, com funções meramente administrativas, não dispondo de funções jurisdicionais, muito menos de competência para fiscalizar a atuação jurisdicional dos juízes, sendo-lhe vedado interferir, fiscalizar, reexaminar, ou suspender os efeitos de qualquer conteúdo jurisdicional. SEMANA 14 Descrição 32º Exame de Ordem - 1ª fase - Caderno X 1 - Nos termos do art. 62 da Constituição Federal, com a redação que lhe foi dada pela Emenda Constitucional nº 32, as medidas provisórias: 1. Não podem ser reeditadas na mesma sessão legislativa, perdendo sua eficácia, automaticamente, quando completados 60 dias de vigência, vedada a prorrogação em qualquer hipótese. 2. Não podem ser reeditadas na mesma sessão legislativa, mas o seu prazo inicial de vigência, de 60 dias, será prorrogado, uma única vez, por mais 60 dias. 3. Podem ser reeditadas pelo presidente da República tantas vezes quantas sejam necessárias até que o Congresso Nacional delibere sobre as mesmas. 4. Não podem sofrer reedição, nem prorrogação, perdendo sua eficácia se, completado o prazo de 60 dias, não tiverem sido convertidas em lei. 2- Considerando as normas constitucionais sobre processo legislativo, assinale a opção correta: A) São de iniciativa privativa do presidente da República as leis que disponham sobre o aumento de remuneração dos cargos, funções e empregos na administração direta e autárquica. B) A iniciativa popular de lei pode ser exercida pela apresentação, à Câmara dos Deputados ou ao Senado Federal, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído, pelo menos, por cinco estados. C) A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. As comissões permanentes de ambas as casas podem discutir e votar projetos de lei que dispensarem a competência do plenário, mas não têm o poder de apresentar tais projetos para dar início ao processo legislativo. D) A emenda à CF será promulgada, com o respectivo número de ordem, pelo presidente do Senado Federal, na condição de presidente do Congresso Nacional. Se a promulgação não ocorrer dentro do prazo de quarenta e oito horas após a sua aprovação, as mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal deverão fazê-lo. Caso concreto: A multinacional japonesa CONIMAX – Petróleo S/A entende que não são devidos os pagamentos dos royalties advindos da exploração petrolífera no Estado de Marupiaçu. Por isto ajuizou uma Ação com pedido de liminar para isentar-se do referido encargo. O governador do Estado solicita uma audiência com o magistrado responsável aduz as suas razões, mas a multinacional consegue uma liminar favorável. Como forma de pressionar o por uma decisão favorável ao Estado, o Governador então, não repassa os valores relativos àquele mês para o custeio do Tribunal (deixando sem salários servidores, juízes e desembargadores) alegando falta de verbas, uma vez que o Tribunal lhe retirara os royalties. Considerando a situação fictícia acima, responda: Está correta a atitude do Governador? RESPOSTA: QUESTÕES OBJETIVAS 1 – (b) 2 – (c) QUESTÃO DISCURSIVA 1 – A atitude do Governador está completamente equivocada, pois há clara tentativa de influir na autonomia e independência do Judiciário para o imparcial exercício da Jurisdição, sendo, inclusive, tal ato motivo para a decretação de intervenção federal, caso não seja cessada a coação. SEMANA 15 Descrição 1- (CESGRANRIO/Advogado-SEMSA-Manaus/2005) A fiscalização financeira e orçamentária do Município será exercida pelo: (A) Tribunal de Contas da União. (B) Órgão de controle externo federal. (C) Chefe do Poder Executivo estadual. (D) Poder Judiciário. (E) Poder Legislativo municipal e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo municipal. 2- (CESGRANRIO/Advogado-BNDES/2004) Sobre o Tribunal de Contas da União, é correto afirmar que: (A) pratica atos de natureza legislativa. (B) constitui órgão integrante do Poder Judiciário. (C) exerce função judicante e suas decisões produzem coisa julgada. (D) é composto por Ministros aprovados em concurso público para o exercício do cargo. (E) pode tomar decisões de que resulte imputação de multa, com eficácia de título executivo. Caso concreto: Os filhos de um fazendeiro da cidade de Caraupi, voltando de uma noite de balada na cidade avista uma pessoa dormindo no ponto de ônibus. Ambos carregavam armas de fogo e resolvem atirar contra o ponto de ônibus a fim de assustar a pessoa que lá dormia. No entanto, um tiro atinge a pessoa que vem a morrer. Posteriormente descobre-se que a vítima fatal era um índio que viera à cidade para pegar seus documentos e perdera o ônibus para voltar para casa. Com base nessa situação, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 1. A quem compete julgar esse caso? 2. Qual é o fundamento do art. 109, IX, da Constituição da República? 3. Caso o juiz federal entendesse ser incompetente para julgar esse caso e encaminhasse os autos ao juiz de direito e este também entendesse ser incompetente, a quem caberia decidir qual o juízo competente? Por quê? RESPOSTA: QUESTÕES OBJETIVAS 1 – (e) 2 – (e) QUESTÃO DISCURSIVA 1 – a) Compete à Justiça Estadual, uma vez que não há, no caso em tela, disputa sobre direitos indígenas, mas agressão a direito individual. Esse é o entendimento do STF, que adotou posição do STJ, em julgamento no qual se firmou pela competência da Justiça Federal apenas para o processo e julgamento das demandas sobre direitos indígenas. b) Com certeza há erro na citação do inciso IX, art. 109 da CF, pois este trata da competência da Justiça Federal para o julgamento de crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar. Provavelmente a questão quis se referir ao inciso XI, art. 109, da CF, que diz ser competência da Justiça Federal julgar a disputa sobre direitos indígenas. O fundamento do referido inciso encontra-se na proteção pela União das terras indígenas, conforme disposto no artigo 231 da CF. c) Essa decisão caberia ao Superior Tribunal de Justiça, conforme dispostono artigo 105, I, g, da CF. SEMANA 16 Descrição O TCU ao julgar as contas da empresa estatal federal ENTREMAX, decidiu que havia uma “maquiagem” na contabilidade com o fim de esconder um grande desvio de dinheiro público. Como a sessão de julgamento foi transmitida pela internet, considerou em sua sentença que houve total respeito aos princípios da ampla defesa, porquanto condenou os diretores da empresa a penas privativas de liberdade e multas. Analise justificadamente a afirmação. Desenvolvimento RESPOSTA: A decisão do TCU está completamente equivocada. A simples publicidade do ato não assegura, por si só, o respeito aos princípios da ampla defesa e o referido tribunal não tem competência para aplicação de penas privativas de liberdade.
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