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Período puerperal aula 1

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PUERPÉRIO E ALEITAMENTO MATERNO – PROFª LUCIANE DE ALMEIDA 
 
 
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PUERPÉRIO e ALEITAMENTO MATERNO 
 
1- PERÍODO PUERPERAL (Manual de diretrizes assistenciais, 2010) 
 
 O puerpério é definido como o período do ciclo gravídico puerperal em que as 
modificações locais e sistêmicas, provocadas pela gravidez e parto no organismo da 
mulher, voltam à situação do estado pré-gravídico (BRASIL, 2001). 
 Esse período inicia-se uma a duas horas após a dequitação, com término 
influenciado pelo tempo de amamentação ─ sendo, portanto, imprevisto. 
Didaticamente, o puerpério é dividido em: 
• Imediato (1° ao 10° dia), 
• Tardio (11° ao 42°) 
• Remoto (a partir 43° dia). 
 
É dividido em (ARAUJO e REIS, 2012): 
• Imediato – engloba as primeiras duas horas após o parto 
• Mediato – segue da 2ª hora ao 10º dia de pós-parto 
• Tardio – do 11º ao 42º dia de pós-parto 
• Remoto – à partir do 43º dia 
 
 Utiliza-se o sistema de Alojamento Conjunto (AC), em que o recém-nascido sadio, 
logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe 24 horas por dia, em um mesmo 
ambiente, até a alta hospitalar. 
 
Avaliação de Enfermagem (RICCI, 2015) 
Essa avaliação no período puerperal inclui a mensuração dos parâmetros vitais, exame 
físico, avaliação psicossocial e o vínculo familiar com o RN. 
Tipicamente a avaliação dos parâmetros vitais deve seguir: 
• Durante a primeira hora: a cada 15 min 
• Durante a segunda hora: a cada 30 min 
• Durante as primeiras 24 horas: a cada 4 horas 
• Após 24h: a cada 8 horas 
Durante cada avaliação o enfermeiro deve estar atento aos fatores de risco que podem 
levar às complicações como infecção e hemorragia. 
 
Procedimentos e cuidados com a mãe e o bebê em alojamento conjunto 
1- Atenção ao estado emocional 
 É fundamental observar quadros de tristeza ou de profunda apatia, que podem ser 
expressos pela dificuldade de cuidados e de estabelecimento de vínculo com o bebê. 
 
2- Avaliação do sistema cardiovascular e respiratório 
 Ocorre um aumento do volume circulante nas primeiras horas de pós-parto, o que 
pode se traduzir pela presença de sopro sistólico de hiperfluxo. Seu padrão 
respiratório é reestabelecido, passando o diafragma a exercer funções anteriormente 
limitadas pelo aumento de volume abdominal. 
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Para Ricci (2015) a FC pode variar entre 40 à 80bpm, sendo conhecida como 
bradicardia puerperal dentro da primeira semana após o parto. A taquicardia requer 
investigações pelo risco de complicações associadas. 
 
A FR deve estar dentro da normalidade de 16 a 20 incursões respiratórias por minuto. 
 
3- Controle temperatura axilar (tax) 
 A puérpera pode ter um ligeiro aumento da temperatura axilar (36,8º - 37,9ºC) nas 
primeiras 24 horas, sem necessariamente ter um quadro infeccioso instalado. Além 
disso, podem ocorrer calafrios nas primeiras horas de pós-parto. Tais alterações 
normalmente não constituem risco à saúde da mulher, mas exigem atenção para a 
infecção puerperal (BRASIL, 2001). 
Para Ricci (2008), em geral a temperatura dentro das primeiras 24 horas mentem-se 
dentro da normalidade, porém algumas puérperas apresentam febre baixa (até 38°C) 
durante as primeiras 24 horas após o parto o que pode estar relacionada à 
desidratação. 
 
4- Avaliação da região abdominal 
 Depois do desprendimento da placenta e membranas, as contrações uterinas 
reduzem o tamanho do útero, de forma que ele pode ser palpado como uma massa 
globular, dura e localizada logo abaixo do umbigo. A contração e a retração miometrial 
comprimem os vasos sanguíneos do útero e, assim, controlam o sangramento. O útero 
atinge a cicatriz umbilical após o parto e regride em torno de um 1cm ao dia, embora 
de forma irregular. 
 O retorno das vísceras abdominais à sua posição inicial promove melhor 
esvaziamento gástrico. Nas mulheres em pós-operatório de cesárea, acrescenta-se 
ainda o risco de íleo paralítico, em função da manipulação da cavidade abdominal. 
 
5- Observação da ferida operatória 
 A ferida operatória deve ser observada rotineiramente. No pós-operatório 
imediato, é colocado um curativo simples; antes de encaminhá-la ao primeiro banho 
pós-parto, deve-se retirá-lo. 
 
6- Avaliação do endométrio/vagina/períneo 
 O endométrio inicia sua recuperação a partir do 25º dia de pós-parto. O colo 
uterino, logo após o parto, encontra-se edemaciado e pode apresentar lacerações. Em 
torno do 10º dia, estará fechado. 
 A vagina apresentar-se-á edemaciada e algo congesta, iniciando sua recuperação 
após o 25º dia de puerpério, e mais tardiamente nas mulheres que não amamentam. 
Podem ser observadas, ainda, alterações decorrentes do parto - edema, hematoma e 
lesões. 
 
Durante o período puerperal inicial o tecido perineal em torno da episiotomia está 
tipicamente edemaciado e com equimoses discretas. Não deve haver vermelhidão, 
secreção ou edema. Boa cicatrização em média ocorre nas primeiras duas semanas. O 
enfermeiro precisa avaliar a episiotomia e quaisquer lacerações a cada 8 horas para 
detectar hematomas ou sinais de infecção. 
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Orientações para o autocuidado perineal: 
1- Lavar as mãos antes de trocar absorventes íntimos, assim como após o descarte 
dos absorventes. Assim como lavar as mãos antes e após a realizações das 
eliminações vesico-intestinais. 
2- Após eliminações intestinais, recomenda-se a higienização com água e sabão 
neutro. 
3- Trocar absorventes íntimos com frequência e retirá-los da frente para trás, para 
evitar contaminação da região genital pela flora da região anal. 
4- Evitar o uso de absorventes internos após o parto para evitar infecção. 
5- Tomar banho 1 a 2 vezes ao dia com uso de sabonete neutro. 
6- Em situações que houver evidência de sinais de infecção na sutura ou ao redor 
dela, é necessária a orientação de uma higiene mais rigorosa com uso de 
soluções degermantes. 
7- Informar que os pontos da episiorrafia e/ou perineorrafia de um parto vaginal 
não precisam ser retirados por um profissional, pois os mesmos caem sozinhos 
(fio absorvível). Nas situações que envolvem o parto cesárea, os pontos devem 
ser retirados por um profissional médico, cerca de 10 dias após a cirurgia. 
 
7- Observação da loquiação 
 Loquiação é a eliminação de secreções uterinas e vaginais, sangue e revestimento 
uterino durante o puerpério. Este período pode perdurar de três a seis semanas. 
Os lóquios precisam ser avaliados em volume, coloração, odor e mudança com o 
passar do tempo. A puérpera que satura um absorvente íntimo em 30 a 60 min 
considera-se um sangramento muito maior, do que que aquela que o satura em 2 
horas. O volume total de lóquios varia de 150 a 400ml e diminui diariamente. 
Para as mulheres que realizaram parto cesárea, o volume loquial pode ser um pouco 
menor do que aquelas que tiveram parto via vaginal. Mas cabe ressaltar que os 
estágios de alteração dos lóquios e as alterações da coloração são iguais. 
 
Os lóquios são divididos em (BRASIL, 2010): 
• Sanguinolentos: vermelho-vivo por 2 a 4 dias (lóquios rubros); 
• Serosanguinolentos: tornam-se mais pálidos (rosados) à medida que o 
sangramento se reduz; 
• Branco: após 7 dias, tornam-se esbranquiçados ou amarelados (lóquios brancos). 
 
Adaptações fisiológicas no período puerperal (ARAUJO e REIS, 2012): 
✓ Involução do útero 
o reflexo útero-mamário 
✓ Colo do útero – aproximadamente 48 a 72 horas após o parto o colo se mantém 
contraído, mas ainda possibilita a passagem de um a dois dedos exploradores. 
Embora o colo uterino que sofreu alterações plásticas no decorrer do processo 
de dilatação e apagamento readquira a sua anatomia funcional em torno de 6 a 
12 semanas após o parto, ele jamais recupera a sua conformação original. 
✓ Lóquios – eliminaçãocom sangue do local da placenta, partículas da decídua 
necrosada e muco. As modificações que surgem na cor e quantidade de lóquios 
se devem à cicatrização do local em que a placenta estava inserida. 
o Rubros ou sanguinolentos – primeiros 5 dias 
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o Serossanguinolento 
o Seroso (lóquios alvos) – a partir do 10º dia de pós-parto em diante. 
 
Ricci (2015) descreve que o volume loquial pode ser apresentar da seguinte maneira: 
• Escasso: mancha de 2,5 a 5cm no absorvente íntimo ou perda de 
aproximadamente 10ml de lóquios. 
• Leve ou pequeno: mancha de 10 cm no absorvente íntimo ou perda de 10 a 25 
ml de lóquios. 
• Moderado: manha de 10 a 15 cm no absorvente íntimo ou perda estimada de 
25 a 50ml de lóquios. 
• Grande ou intenso: o absorvente está saturado cerca de 60 min após ter sido 
trocado. 
 
8- Avaliação das vias urinárias 
 Após o parto, são encontrados edema, hiperemia vesical e relativa insensibilidade 
da bexiga. Neste último caso, há, inicialmente, diurese escassa, em razão da 
desidratação no trabalho de parto. É normal a abundante excreção urinária do 2º ao 6º 
dia, que elimina a água acumulada durante a gestação. Nos primeiros 2 a 3 dias, a 
retenção vesical não é incomum, devido ao edema decorrente do parto. 
 
9- Avaliação do funcionamento intestinal 
 Ocorre ausência do peristaltismo nas primeiras 24 horas, havendo restabelecimento 
progressivo da topografia e dos movimentos intestinais. O funcionamento, 
habitualmente, é restaurado no 3º ou 4º dia. 
 
10- Avaliação dos membros inferiores 
 Com as modificações circulatórias no pós-parto, os estímulos ao movimento devem 
ser favorecidos e os membros inferiores devem ser avaliados diariamente. A atenção 
deve ser redobrada às puérperas portadoras de varizes mais evidentes e calibrosas, as 
atitudes de prevenção são indispensáveis 
 
11- Cuidados com as mamas/aleitamento materno 
 O alojamento conjunto favorece e incentiva o aleitamento materno, pois permite 
que a mãe ofereça seu leite, satisfazendo a criança sempre que ela demonstrar fome. 
A amamentação é fundamental para a saúde materna e perinatal e faz parte das 
estratégias de todos os programas relacionados a estes objetivos, representando um 
elemento importante em todo o processo de humanização da assistência à mulher e 
ao bebê. 
 
Intervenções de Enfermagem (Araujo e Reis, 2012) 
• Monitorar os sinais vitais a cada 15 min na primeira hora. A cada 30 min na 
segunda hora e de hora em hora nas 4 horas seguintes. 
• Avaliar a contração uterina – monitore a altura de fundo de útero, sua posição 
e tônus. Examine-o a cada 15 minutos na primeira hora e de 30 em 30 min nas 
4 horas seguintes. 
• Avaliar abdome, trato genitourinário, incluindo o débito urinário. 
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• Avaliar eliminações vaginais (cor, volume e odor) e atentar para sangramento 
volumoso e com emissão de coágulos. 
• Examinar a episiotomia e a região perineal para detectar edema, equimose e 
bordas de sutura aproximadas. 
• Observar edema de membros inferiores. 
 
Alta hospitalar 
Não se deve dar a alta à puérpera sem conhecimento da classificação sanguínea da 
mãe. Naquelas com fator Rh negativo, não sensibilizadas e com recém-nascido Rh 
positivo e Coombs negativo, utiliza-se a imunoglobulina anti-D, nas primeiras 72 horas. 
Importante também é conhecer o resultado da sorologia para sífilis. Sendo positiva, 
iniciar o tratamento, se este não foi realizado previamente, e comunicar ao médico 
responsável pela assistência do recém-nascido. 
Nas puérperas que estão bem e não se detectam anormalidades, a alta pode ser 
consentida após as primeiras 24 horas, e nas submetidas a cesárea, com 48 horas. 
 
Orientações para Alta 
 As etapas do processo são descritas a seguir. 
 Certificar-se da alta hospitalar da puérpera e/ou RN através de comunicado médico 
na folha de evolução, prescrição médica ou sumário de alta, preenchido e assinado 
pelo médico responsável; 
 Enfatizar temas já abordados até o momento da alta, a saber: 
• Aleitamento materno; 
• Higiene do RN; 
• Cuidados com o coto; 
• Modificações fisiológicas do RN - descamação cutânea, eliminações (tipo de 
evacuações), queda de cabelo; 
• Cuidados especiais, medicações etc. 
• Noções de higiene materna, nutrição e atividade sexual; 
 
 Preencher o impresso Alta Hospitalar com: nome da cliente, data e hora da saída e 
se há outro (s) RN recebendo alta no mesmo período. 
 Neste impresso, também deverá constar o nome do profissional que está liberando 
a paciente, e o número de sua matrícula; 
 Orientar a cliente que este impresso deverá ser entregue na portaria, no momento 
de saída da unidade; 
 Solicitar à equipe de limpeza a desinfecção terminal do leito vago, deixando-o em 
condições para uma nova internação; 
 
Revisão puerperal 
1. Revisão puerperal precoce (entre 7 a 10 dias). 
2. 2. Revisão puerperal tardia (até 42 dias). 
 
 
2- Prevenção das Complicações hemorrágicas 
 A hemorragia pós-parto - caracterizada pela perda de sangue superior a 500ml. 
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As três principais causas de sangramento puerperal são a atonia uterina, as 
lacerações de trajeto e a retenção de fragmentos placentários. Ocorrem em 
aproximadamente 5% dos partos. Embora possam ser evitadas e tratadas, elevam 
significativamente a morbimortalidade materna. Outras causas incluem o acretismo 
placentário, a rotura, a inversão uterina e os distúrbios da coagulação. 
 O manual de diretrizes assistenciais (2010) traz a informação que a hemorragia 
pós-parto (HPP) é a causa mais comum de mortalidade materna quando computadas 
as mortes em todo o mundo, sendo responsável por 25% dessa taxa e contribuindo 
para a mortalidade e para a elevação dos custos no atendimento perinatal (OMS, 
1999). Principais causas são: atonia ou hipotonia uterina. 
 
Correção de atonia ou hipotonia uterina 
 Atonia uterina é a ausência de contratilidade uterina e a hipotonia uterina é a 
contratilidade uterina ineficiente. Em ambos os eventos o útero apresenta-se 
amolecido, flácido e aumentado. 
 
Fatores predisponentes: 
• Sobredistensão uterina (polidramnia, gemelaridade, macrossomia); 
• Multiparidade; 
• Parto prolongado, 
• Manobras como kristeller, 
• Uso indiscriminado de ocitócicos, 
• Quadros anêmicos. 
 
A fim de corrigir hemorragia pós-parto causada por atonia ou hipotonia uterina, são 
propostas as etapas a seguir: 
• Solicitar ajuda da equipe multiprofissional; 
• Avaliar a mulher utilizando o abc da vida; 
• Simultaneamente, massagear o fundo uterino até que o útero se contraia; 
• Ocorrendo contratilidade uterina, proceder avaliação de sua permanência a cada 15 
minutos e repetir massagem se necessário; 
• Explicar à mulher e família a conduta a ser tomada visando diminuir a ansiedade e 
garantir-lhes a tranquilidade; 
• Certificar-se de que o útero não se tornou relaxado após a parada da massagem 
uterina; 
• Certificar-se da presença do globo de segurança de Pinard; 
• Verificar sinais vitais, 
• Não ocorrendo contratilidade uterina satisfatória, iniciar administração endovenosa 
de 20 UI de ocitocina diluída em 500ml de ringer lactato ou 500ml de solução 
fisiológica a 0,9%, correr em 10 minutos; 
• Não havendo resposta, administrar metilergonovina na dose de 0,2 mg IM (droga 
contraindicada para mulheres hipertensas); 
• Não havendo resposta satisfatória, prevenir choque hipovolêmico, trabalhando com 
a Equipe médica de acordo com protocolo de cada unidade. 
 
Prevenção (Manual de diretrizes assistenciais, 2010) 
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• Uso profilático de ocitócicosem situações onde haja fatores predisponentes, 
• Revisão sistemática da placenta e anexos, 
• Revisão do trajeto, 
• Verificação da contratilidade uterina, 
• Certificar-se da presença do globo de segurança de Pinard. 
 
2- INFECÇÃO PUERPERAL (Manual de diretrizes assistenciais, 2010) 
 O conceito de infecção puerperal está diretamente ligado ao de morbidade febril 
puerperal, que é a temperatura de, no mínimo, 38ºC durante dois dias quaisquer, dos 
primeiros 10 dias pós-parto, excluindo as 24 horas iniciais (BRASIL, 2002). 
 Neste período, podem surgir vários focos de infecção se alguns cuidados não forem 
instituídos. A mais comum, nesses casos, é aquela que se origina do aparelho genital 
após o parto recente e o agente etiológico frequentemente identificado é a Escherichia 
coli. Contudo, também pode ocorrer a infecção das mamas (mastite), da ferida 
operatória (nos casos de parto cesáreo), da episiotomia (nos casos de parto normal), a 
decorrente da existência de restos placentários. 
 
Vale ressaltar que os principais fatores de risco são: 
• Ruptura prematura das membranas ovulares e/ou trabalho de parto prolongados; 
• Manipulação vaginal excessiva (toques); 
• Más condições de assepsia; 
• Debilidade imunológica; 
• Desnutrição ou obesidade; 
• Traumas cirúrgicos; 
• Operação cesariana; 
• E retenção de restos ovulares (BRASIL, 2002). 
 Os casos leves podem ser tratados ambulatorialmente, porém as infecções mais 
graves requerem a internação. A atuação da enfermagem será no sentido de evitar a 
infecção puerperal. 
 No entanto, quando essa instala-se, as condutas de enfermagem estarão 
condicionadas ao quadro clínico apresentado pela cliente. 
 
Cuidados de enfermagem 
• Realizar exame físico gineco-obstétrico/clínico diário (atentar para as alterações das 
mamas e dos mamilos, da ferida operatória ou da episiotomia, da loquiação - odor e 
coloração e eliminações vesicais); 
• Verificar e registrar os sinais vitais (SV), conforme prescrição de enfermagem, 
instituindo as medidas cabíveis face aos valores encontrados; 
• Realizar avaliação do 5º sinal vital – DOR (localização, duração e intensidade); 
• Observar e avaliar as mamadas e corrigir, caso necessário, a posição e pega da 
aréola; 
• Orientar e realizar a massagem e ordenha das mamas e/ou solicitar apoio do banco 
de leite; 
• Realizar punção de veia periférica, nos casos em que a equipe médica instituir o 
tratamento com antibioticoterapia venosa; 
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• Realizar curativo da ferida operatória ou episiotomia, de acordo com as orientações 
dos manuais técnicos do Ministério da Saúde; 
• Realizar avaliação dos resultados dos exames laboratoriais, como hemograma 
completo e EAS, e comunicar/encaminhar ao médico quando da existência de 
alguma alteração. 
 
 
3- ASPECTOS EMOCIONAIS DO PUERPÉRIO 
O puerpério corresponde a um momento importante, quando a mulher passa por 
mudanças biológicas, subjetivas, sociais e familiares. Deste modo, os riscos para o 
aparecimento de sofrimento psíquico aumentam em face das preocupações, dos 
anseios e dos planejamentos realizados e sentidos pela puérpera. A gravidez e o parto 
são eventos estressantes para a mulher e sua família, pois atuam, muitas vezes, como 
fatores desencadeantes de sofrimento mental, especialmente se vierem 
Acompanhados de acontecimentos adversos. 
As formas de sofrimento mental podem ser mais brandas ou mais graves, dependendo 
de uma série de fatores, do contexto socioeconômico, do suporte familiar e da história 
de cada mulher. 
 
 
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4- ALOISOIMUNIZAÇÃO 
Também conhecida como isoimunização (produção de anticorpos em resposta a 
antígenos provenientes de um ser da mesma espécie), a DHP tem como pré-requisito a 
transfusão de sangue com fator Rh positivo para a mulher com fator Rh negativo. 
Embora a doença hemolítica não seja exclusiva do sistema Rh, esta forma de 
incompatibilidade (sistema Rh) é responsável por 80% a 90% dos casos de doença 
hemolítica perinatal clinicamente detectável. 
Em princípio, as células do sangue materno e fetal não se misturam, mas, de fato, 
pequenos sangramentos podem ocorrer durante a gestação e permitir o contato. De 
início, os anticorpos produzidos são IgM, que não atravessam a placenta. Em seguida, 
há produção de anticorpos IgG, moléculas pequenas que atravessam a placenta e 
provocam a ruptura das hemácias fetais, gerando um quadro progressivo de anemia. 
O quadro seguinte descreve as principais formas de exposição materna ao sangue 
fetal: 
 
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• Período pré-gestacional: detecte a mulher com risco de desenvolver isoimunização 
materno-fetal, pela solicitação da tipagem sanguínea com definição do fator Rh. Caso 
se identifique fator Rh negativo, deve-se pesquisar a presença do anticorpo anti-D, por 
meio do teste de Coombs indireto; 
 
• Período pré-natal: adote medidas recomendadas para o período pré-gestacional, 
caso ainda não tenham sido realizadas. A preocupação nesta fase é a instalação da 
DHP. Se forem identificados anticorpos anti-D (Coombs indireto positivo), as gestantes 
devem ser encaminhadas ao pré-natal de alto risco, no qual se determinará a 
intensidade da hemólise provocada no feto e poderão ser indicados procedimentos 
invasivos com maior brevidade. 
 Caso o Coombs indireto resulte negativo, ele deve ser novamente solicitado a cada 4 
semanas, após a 24ª semana gestacional; 
 
• Período pós-natal: tem o objetivo de proteger as gestações futuras. Promove-se, na 
gestante com Rh negativo, a pesquisa do grupo sanguíneo e do fator Rh no sangue do 
recém-nascido, assim como o teste de Coombs direto para verificar a presença de 
anticorpos maternos anti-D no seu sangue. Se o recém-nascido for Rh positivo e seu 
Coombs direto for negativo, a mãe deverá receber a imunoglobulina protetora. 
 
 A prevenção da sensibilização pelo fator Rh deve ser realizada pela administração 
de imunoglobulina anti-D nas seguintes situações, em mães Rh negativo (BRASIL, 
2010): 
• Após procedimentos invasivos: amniocentese, cordocentese, biopsia de vilo 
corial; 
• Após aborto, gravidez ectópica ou mola hidatiforme; 
• Após o parto de mães com Coombs indireto negativo e recém-nascidos Rh 
positivo; 
• Mães Rh (D negativo) não sensibilizadas (Coombs indireto anti-D negativo) com 
partos de RN Rh (D positivo) e Coombs direto negativo. 
• Pós-abortamento, gravidez ectópica ou mola. 
• Durante a gestação em mulheres Rh (D negativo) e com Coombs indireto 
negativo com o pai do bebê Rh (D positivo) entre a 28ª e a 34ª semanas. 
• Após sangramento obstétrico, placenta prévia, por exemplo, com risco de 
hemorragia feto-materna significativa. 
 
ATENÇÃO!!! 
Idealmente, a imunoglobulina deverá ser administrada até 72 horas após o parto ou 
evento obstétrico, mas há evidências de proteção contra sensibilização se 
administrada até 13 dias e há recomendações para que seja administrada em até 28 
dias; 
Gestantes Rh negativo submetidas à laqueadura tubária também deverão receber 
imunoglobulina anti-D. A dose poderá ser maior que a habitual (300μg) se o risco de 
hemorragia feto-materna volumosa for significativo. 
 
 
5- ALEITAMENTO MATERNO 
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O leite materno é considerado um alimento perfeito, pois além de possuir 
proteínas, lipídeos, carboidratos, minerais e vitaminas, contém 88% de água. Desta 
forma, o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde recomendam: O 
aleitamento materno deve ser exclusivo nos primeiros 6 meses de vida. O leite 
materno deve ser mantido por pelo menos até os dois primeiros anosde idade. A 
partir dos 6 meses de vida, o leite materno como alimento único torna-se insuficiente 
e deve ser iniciada a introdução de uma alimentação complementar. O modelo atual 
de amamentação preconiza que os bebês sejam alimentados em regime de livre 
demanda. 
 
.1.1. Anatomia da Mama 
 
FONTE ILUSTRATIVA: ARAUJO, L.A.; REIS, A. Enfermagem na Prática Materno-
Neonatal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 
 
.1.2. Fisiologia da lactação 
O leite produzido nos alvéolos é levado até os seios lactíferos por uma rede de 
ductos. Para cada lobo mamário há um seio lactífero, com uma saída independente no 
mamilo (entre 15 e 25 no total). 
A mama, na gravidez, é preparada para a amamentação (lactogênese fase I) sob a 
ação de diferentes hormônios. Os mais importantes são o estrogênio, responsável pela 
ramificação dos ductos lactíferos, e o progestogênio, pela formação dos lóbulos. 
Outros hormônios também estão envolvidos na aceleração do crescimento mamário, 
tais como lactogênio placentário, prolactina e gonadotrofina coriônica. 
Com o nascimento da criança e a expulsão da placenta, há uma queda acentuada 
nos níveis sanguíneos maternos de progestogênio, com consequente liberação de 
prolactina pela hipófise anterior, iniciando a lactogênese fase II e a secreção do leite. 
Há também a liberação de ocitocina durante a sucção, hormônio produzido pela 
hipófise posterior, que tem a capacidade de contrair as células mioepiteliais que 
envolvem os alvéolos, expulsando o leite neles contido. 
Após a “descida do leite”, inicia-se a fase III da lactogênese, também denominada 
galactopoiese. Essa fase, que se mantém por toda a lactação, depende principalmente 
da sucção do bebê e do esvaziamento da mama. 
Grande parte do leite de uma mamada é produzida enquanto a criança mama, sob 
o estímulo da prolactina. A ocitocina, liberada principalmente pelo estímulo provocado 
pela sucção da criança, também é disponibilizada em resposta a estímulos 
condicionados, tais como visão, cheiro e choro da criança, e a fatores de ordem 
emocional, como motivação, autoconfiança e tranquilidade. Por outro lado, a dor, o 
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desconforto, o estresse, a ansiedade, o medo, a insegurança e a falta de autoconfiança 
podem inibir a liberação da ocitocina, prejudicando a saída do leite da mama. 
O leite do início da mamada, o chamado leite anterior, pelo seu alto teor de água, 
tem aspecto semelhante ao da água de coco. Porém, ele é muito rico em anticorpos. Já 
o leite do meio da mamada tende a ter uma coloração branca opaca devido ao 
aumento da concentração de caseína. E o leite do final da mamada, o chamado leite 
posterior, é mais amarelado devido à presença de betacaroteno, pigmento 
lipossolúvel presente na cenoura, abóbora e vegetais de cor laranja, provenientes da 
dieta da mãe. 
 
.1.3. Tipos de Aleitamento 
Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno, 
direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos 
ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação 
oral, suplementos minerais ou medicamentos. 
Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e 
outros tipos de leite. 
Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite 
materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de 
frutas e fluidos rituais. 
Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite 
materno, qualquer alimento sólido ou semi-sólido com a finalidade de complementá-
lo, e não de substituí-lo. Nessa categoria a criança pode receber, além do leite 
materno, outro tipo de leite, mas este não é considerado alimento complementar. 
Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou 
ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos. 
 
.1.4. Importância do Aleitamento Materno: evita mortes infantis, diarreia, infecção 
respiratória; diminui o risco de alergias e o risco de hipertensão, colesterol alto e 
diabetes; além disso, reduz a chance de obesidade e é considerada a melhor nutrição 
nos primeiros seis meses e continua sendo uma importante fonte de nutrientes no 
segundo ano de vida, especialmente de proteínas, gorduras e vitaminas. Também está 
relacionado ao efeito positivo na inteligência e melhor desenvolvimento da cavidade 
bucal. Outros aspectos importantes destacam-se: proteção contra o câncer de mama, 
evita nova gravidez, menores custos financeiros, promove o vínculo afetivo entre mãe 
e filho e melhora a qualidade de vida. 
 
.1.5. Tipos de leite / fases da produção láctea 
 
Colostro: Apresenta-se como um líquido espesso, de coloração amarelada e alta 
densidade. O volume, no início, varia de 2 a 20 ml em cada mamada, totalizando em 
um volume menor que 100 ml/dia. Observa-se alta concentração de lgA e de 
lactoferrina que, juntamente com a grande quantidade de linfócitos e macrófagos, 
conferem uma ação de proteção ao recém-nascido. Tem ação laxativa, facilitando a 
eliminação de mecônio, auxiliando a prevenção da icterícia. Contém ainda mais 
proteínas e menos gorduras do que o leite maduro. Além da IgA, o leite materno 
contém outros fatores de proteção, tais como anticorpos IgM e IgG, macrófagos, 
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 13 
neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lizosima e fator bífido, entre outros. 
 
Leite maduro: É um líquido branco, com aparência aguada, de sabor ligeiramente 
adocicado. O leite aumenta em quantidade, seu volume médio é de 800ml/dia, no 6 
mês. Possui 88% de água e possui uma osmolaridade semelhante à do plasma 
sanguíneo. Têm na sua composição básica, além da água, proteínas, carboidratos, 
lipídeos, minerais e vitaminas. 
 
Leite Pré-termo 
 O leite de mães de crianças prematuras difere do leite de mães de crianças de 
termo. As diferenças básicas são: 
• Maior teor de proteína, lipídeos e calorias, atendendo à maior necessidade de 
crescimento do pré-termo; 
• Menor teor de lactose, visto que o pré-termo tem mais dificuldade na sua digestão; 
• Maior quantidade de lgA e lactoferrina; 
• O leite materno não supre as necessidades de cálcio e fósforo, quando a criança 
tem peso inferior a 1500g. 
 
Obs: Araujo e Reis (2012) Barros (2006) assim como Brasil (2001) classificam as fases 
de produção láctea como leite colostro (produzido nos primeiros 7 dias após o parto); 
leite de transição (produção láctea entre 7 e 15 dias após ao parto); leite maduro (leite 
produzido após o 15º dia de pós-parto). O leite pré-termo também entra na 
classificação, todavia, não possui diferença entre as literaturas. 
 
.1.6. Armazenamento e degelo do Leite Humano 
Como armazenar o leite no domicílio: O leite humano ordenhado deve ser 
armazenado em frasco de vidro previamente esterilizado (ou fervido), mantendo-o 
bem fechado para evitar que o leite absorva odores indesejáveis. 
Obs: vasilhame de vidro esterilizado para receber o leite, preferencialmente vidros de 
boca larga com tampas plásticas que possam ser submetidos à fervura durante mais ou 
menos 20 minutos. Também é necessário que a mulher prenda os cabelos; use 
máscara ou evite falar, espirrar ou tossir enquanto estiver ordenhando o leite; ter à 
mão pano úmido limpo e lenços de papel para limpeza das mãos; lavar 
cuidadosamente as mãos e antebraços. Não há necessidade de lavar os seios 
frequentemente; 
 
Os prazos de conservação do leite humano cru (não pasteurizado) são: 
• Geladeira - 12 horas 
• Congelador/Freezer - 15 dias 
 Uma vez descongelado, o leite deve ser aquecido em banho-maria fora do fogo. 
Antes de oferecê-lo à criança, ele deve ser agitado suavemente para homogeneizar a 
gordura. 
 
Pontos-chave que caracterizamo posicionamento e a pega adequados: 
• Posicionamento adequado 
o Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo; 
o Corpo do bebê próximo ao da mãe; 
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 14 
o Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido); 
o Bebê bem apoiado. 
 
• Pega adequada 
o Mais aréola visível acima da boca do bebê; 
o Boca bem aberta; 
o Lábio inferior virado para fora; 
o Queixo tocando a mama. 
 
Os seguintes sinais são indicativos de técnica inadequada de amamentação: 
• Bochechas do bebê encovadas a cada sucção. 
• Ruídos da língua. 
• Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada; 
• Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas 
quando o bebê solta a mama. 
• Dor na amamentação. 
 
.1.7. PREPARANDO AS MAMAS PARA O ALEITAMENTO (BRASIL, 2006) 
• Avaliar as mamas na consulta de pré-natal; 
• Orientar a gestante a usar sutiã durante a gestação; 
• Recomendar banhos de sol nas mamas por 15 minutos, até 10 horas da manhã 
ou após as 16 horas, ou banhos de luz com lâmpadas de 40 watts, a cerca de 
um palmo de distância; 
• Esclarecer que o uso de sabões, cremes ou pomadas no mamilo deve ser 
evitado; 
• Orientar que a expressão do peito (ou ordenha) durante a gestação para a 
retirada do colostro está contra-indicada. 
É importante identificar os conhecimentos, as crenças e as atitudes que a gestante 
possui em relação à amamentação, que tipo de experiência possui ou se já vivenciou 
alguma vez a amamentação. Além disso, é importante também oferecer às gestantes 
oportunidades de troca de experiências, por meio de reuniões de grupo que objetivem 
informar as vantagens e o manejo para facilitar a amamentação. 
 
.1.8. Prevenção e Manejo dos principais problemas relacionados à amamentação 
 
.1.8.1. Bebê que não suga ou tem sucção fraca 
• Quando, por alguma razão, o bebê não estiver sugando ou a sucção é ineficaz, e a 
mãe deseja amamentá-lo, ela deve ser orientada a estimular a sua mama 
regularmente (no mínimo 5 vezes ao dia) por meio de ordenha manual ou por 
bomba de sucção. Isso garantirá a produção de leite. 
• Associar a não sucção ao uso de bicos artificiais ou chupetas. 
• Observar o mau posicionamento do bebê para situações em que não conseguem 
pegar a aréola adequadamente ou não conseguem manter a pega (ver também 
ingurgitamento) 
• Um recurso que se utiliza para fazer o bebê mamar na mama “recusada”, é o uso da 
posição invertida 
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 15 
 
.1.8.2. Demora na “descida do leite” 
• É muito útil o uso de um sistema de nutrição suplementar (translactação), que 
consiste em um recipiente (pode ser um copo ou uma xícara) contendo leite (de 
preferência leite humano pasteurizado), colocado entre as mamas da mãe e 
conectado ao mamilo por meio de uma sonda. 
 
.1.8.3. Fenômeno de Raynaud 
• Caracteriza-se por uma isquemia intermitente causada por vasoespasmo, que 
usualmente ocorre nos dedos das mãos e dos pés, também pode acometer os 
mamilos. Em geral ocorre em resposta à exposição ao frio, compressão anormal do 
mamilo na boca da criança ou trauma mamilar importante. 
• Manifesta-se inicialmente por palidez dos mamilos (por falta de irrigação sanguínea) 
e dor importante, principalmente depois das mamadas. A palidez é seguida de 
cianose e finalmente o mamilo se torna avermelhado. 
• Muitas mulheres relatam dor em “fisgadas” ou sensação de queimação enquanto o 
mamilo está pálido e por isso muitas vezes essa condição é confundida com 
candidíase. 
• Compressas mornas ajudam a aliviar a dor na maioria das vezes. 
• Quando há dor pode utilizar Nifedipina 5mg, três vezes ao dia, por uma ou duas 
semanas. As mulheres com essa condição devem evitar uso de drogas 
vasoconstritoras, tais como cafeína e nicotina. 
 
.1.8.4. Candidíase (monilíase) 
• A infecção pode atingir só a pele do mamilo e da aréola ou comprometer os ductos 
lactíferos. Costuma manifestar-se por prurido, sensação de queimadura e dor em 
agulhadas nos mamilos, que persistem após as mamadas. A pele do mamilo e da 
aréola pode apresentar-se avermelhada, brilhante ou apenas irritada ou com fina 
descamação; raramente se observam placas esbranquiçadas. Algumas mães 
queixam-se de ardência e dor em agulhadas dentro das mamas. 
• É muito comum a criança apresentar crostas brancas na cavidade oral, que devem 
ser distinguidas das crostas de leite (estas últimas são removidas com facilidade 
sem machucar a língua ou gengivas). 
• Tratamento simultâneo da mãe e do bebe, mesmo que a criança não apresente 
sinais evidentes de candidíase  Uso tópico de nistatina, clotrimazol, miconazol ou 
cetoconazol por 2 semanas. 
• Medidas gerais: enxaguar os mamilos e seca-los ao ar após as mamadas; expor os 
mamilos a luz por pelo menos alguns minutos por dia; eliminar o uso de chupetas e 
bicos de mamadeira ou ferve-los por 20 minutos pelo menos uma vez ao dia, 
quando não for possível a sua retirada. 
• São medidas preventivas contra a instalação de candidíase: Manter os mamilos 
secos e arejados. Expor os mamilos a luz por alguns minutos ao dia. Prevenir trauma 
mamilar. 
 
.1.8.5. Bloqueio de ductos lactíferos 
Ocorre quando o leite produzido em uma determinada área da mama, por alguma 
razão, não é drenado adequadamente. Isso pode acontecer quando a amamentação é 
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 16 
infrequente ou quando a criança não consegue remover o leite da mama de maneira 
eficiente. 
A mama com ductos lactíferos bloqueados apresenta-se com nódulos localizados, 
sensíveis e dolorosos. Há dor, vermelhidão e calor na área envolvida. Em geral, febre 
não faz parte do quadro clínico. 
O manejo desta condição visa a prevenção da mastite. As seguintes medidas são 
necessárias para o desbloqueio de um ducto lactífero: 
• Mamadas frequentes. 
• Utilização de distintas posições para amamentar, oferecendo-se primeiramente 
a mama afetada, com o queixo do bebê direcionado para a área acometida, o 
que facilita a retirada do leite do local. 
• Calor local (compressas mornas) e massagens suaves na região atingida, em 
direção ao mamilo, antes e durante as mamadas. 
• Ordenha da mama, manual ou com bomba de extração de leite, caso a criança 
não esteja conseguindo esvazia-la. 
Qualquer medida que favoreça o esvaziamento completo da mama auxiliara na 
prevenção do bloqueio de ductos lactíferos, como as descritas a seguir: 
• Técnica adequada de amamentação. 
• Mamadas frequentes, em livre demanda. 
• Uso de sutiã que não bloqueie a drenagem do leite. 
• Restrição ao uso de cremes nos mamilos. 
 
.1.8.6. Mamilos planos ou invertidos 
• Mamilos planos ou invertidos podem dificultar o início da amamentação, mas não 
necessariamente a impedem, pois, o bebê faz o “bico” com a aréola. 
• Tentar diferentes posições para ver em qual delas a mãe e o bebê adapta-se melhor 
• Mostrar à mãe manobras que podem ajudar a aumentar o mamilo antes das 
mamadas (estímulo/toque do mamilo, compressas frias nos mamilos e sucção com 
bomba manual ou seringa de 20ml adaptada) 
 
.1.8.7. Pega incorreta do mamilo 
 A pega incorreta da região mamilo-areolar faz com que a criança não consiga retirar 
leite suficiente, levando a agitação e choro. A pega errada, só no mamilo, provoca dor 
e fissuras e faz com que a mãe fique tensa, ansiosa e perca a autoconfiança, 
acreditando que o seu leite seja insuficiente e/ou fraco. 
 
.1.8.8. Fissuras/Trauma mamilar (rachaduras) - Cuidados e Orientações de 
Enfermagem 
• Cuidados para que os mamilos se mantenham secos, expondo-os à luz solar e trocas 
frequentes dos forros utilizados quando há vazamento de leite; 
• Não usar produtos que retiram a proteção naturaldo mamilo, como sabões, álcool 
ou qualquer produto secante; 
• Início da mamada pela mama menos afetada; 
• Ordenha de um pouco de leite antes da mamada, o suficiente para desencadear o 
reflexo de ejeção de leite, evitando dessa maneira que a criança tenha que sugar 
muito forte no início da mamada para desencadear o reflexo; 
PUERPÉRIO E ALEITAMENTO MATERNO – PROFª LUCIANE DE ALMEIDA 
 
 
 17 
• Uso de diferentes posições para amamentar, reduzindo a pressão nos pontos 
dolorosos ou áreas machucadas; 
• Uso de “conchas protetoras” (alternativamente pode-se utilizar um coador de 
plástico pequeno, sem o cabo) entre as mamadas, eliminando o contato da área 
machucada com a roupa. 
• Analgésicos sistêmicos por via oral se houver dor importante. 
 
.1.8.9. Mamas ingurgitadas – Cuidados e Orientações de Enfermagem 
• Ordenha manual da aréola, se ela estiver tensa, antes da mamada, para que ela 
fique macia, facilitando, assim, a pega adequada do bebê; 
• Mamadas frequentes, sem horários preestabelecidos (livre demanda); 
• Massagens delicadas das mamas, com movimentos circulares, particularmente nas 
regiões mais afetadas pelo ingurgitamento; elas fluidificam o leite viscoso 
acumulado, facilitando a retirada do leite; 
• Suporte para as mamas, com o uso ininterrupto de sutiã com alças largas e firmes, 
para aliviar a dor e manter os ductos em posição anatômica; 
• Compressas frias (ou gelo envolto em tecido), em intervalos regulares após ou nos 
intervalos das mamadas; em situações de maior gravidade, podem ser feitas de 
duas em duas horas. Importante: o tempo de aplicação das compressas frias não 
deve ultrapassar 20 minutos. 
• Se o bebê não sugar, a mama deve ser ordenhada. 
• Uso de analgésicos sistêmicos/antiinflamatórios. Ibuprofeno é considerado o mais 
efetivo, auxiliando também na redução da inflamação e do edema. Paracetamol ou 
Dipirona podem ser usados como alternativas; 
 
.1.8.10. Mastite - Cuidados e Orientações de Enfermagem 
 Mastite é um processo inflamatório que acomete um ou mais segmentos da mama, 
podendo progredir ou não para uma infecção bacteriana, mais comumente pelo 
Staphylococcus (aureus e albus). Ocorre mais frequentemente na 2ª e 3ª semanas após 
o parto, e raramente após a 12ª semana. 
 
• Nem sempre é fácil distinguir a mastite infecciosa da não infecciosa apenas pelos 
sinais e sintomas. Em ambas, a parte afetada da mama encontra-se dolorosa, 
vermelha, edemaciada e quente. Quando há infecção, o quadro costuma estar 
acompanhado por mal-estar importante, febre alta (acima de 38º C) e calafrios. 
• Esvaziamento adequado da mama, preferencialmente esvaziada pelo próprio 
recém-nascido sadio. 
• Antibioticoterapia: indicada quando houver sintomas graves desde o início do 
quadro, fissura mamilar e ausência de melhora dos sintomas após 12–24 horas da 
remoção efetiva do leite acumulado. 
 
As opções farmacológicas são: cefalexina, 500mg, por via oral, de 6 em 6 horas; 
amoxicilina, 500mg ou amoxicilina associada ao ácido clavulânico (500mg/125mg), por 
via oral, de 8 em 8 horas; em pacientes alérgicas a essas drogas, eritromicina, 500mg, 
por via oral, de 6 em 6 horas. Em todos os casos, os antibióticos devem ser utilizados 
por, no mínimo, 10 dias (BRASIL, 2011). 
 
PUERPÉRIO E ALEITAMENTO MATERNO – PROFª LUCIANE DE ALMEIDA 
 
 
 18 
• Suporte emocional 
• Outras medidas de suporte: repouso da mãe (de preferência no leito); analgésicos 
ou antiinflamatórios não-esteróides, como ibuprofeno; líquidos abundantes; iniciar 
a amamentação na mama não afetada; e usar sutiã bem firme. 
 
.1.8.11. Abscesso mamário 
• Em geral é causado por mastite não tratada ou com tratamento iniciado 
tardiamente ou ineficaz. Também é comum após a interrupção da amamentação na 
mama afetada pela mastite sem seu adequado esvaziamento por meio de ordenha. 
• O diagnóstico é feito basicamente pelo quadro clínico: dor intensa, febre, mal-estar, 
calafrios e presença de áreas de flutuação à palpação do local afetado. A 
ultrassonografia é um exame complementar importante para o diagnóstico dessa 
afecção, apesar de não ser habitualmente realizada. 
• Os abscessos mamários tratados inadequadamente podem evoluir para drenagem 
espontânea, necrose e perda de tecido mamário. Em casos de abscessos muito 
grandes, podem ser necessárias ressecções extensas, podendo resultar em 
deformidades da mama, bem como comprometimento funcional. Por isso, essa 
condição exige intervenção imediata, que compreende as seguintes medidas: 
Drenagem cirúrgica, de preferência sob anestesia local, com coleta de secreção para 
cultura e teste de sensibilidade a antibióticos. 
• Recomenda-se a interrupção da amamentação na mama afetada até que o abscesso 
tenha sido drenado e a antibioticoterapia iniciada (Recomendação da OMS); 
manutenção da amamentação na mama sadia. 
 
.1.9. Aleitamento em situações especiais 
Nova gravidez 
• É possível manter a amamentação em uma nova gravidez se for o desejo da mulher 
e se a gravidez for normal. Em geral as crianças desmamam espontaneamente 
quando a mãe engravida (diminuição da produção de leite, alteração no gosto do 
leite - mais salgado, por maior conteúdo de sódio e cloreto) 
• Na ameaça de parto prematuro é indicado interromper a lactação. 
• Se a mãe optar por continuar amamentando o filho mais velho após o nascimento 
do bebê, é importante orientá-la que ela deve dar prioridade à criança mais nova no 
que diz respeito à amamentação. 
 
Crianças com más formações orofaciais 
• O aleitamento materno diminui as infecções do ouvido médio e reduz a inflamação 
da mucosa nasal causada por refluxo do leite, comum nessas crianças. 
• A amamentação também promove o equilíbrio da musculatura orofacial, 
favorecendo o adequado desenvolvimento das estruturas do sistema motor-oral, 
que estão afetadas nessas crianças. 
• As dificuldades podem ser minimizadas com a expressão manual do leite para 
amaciar mamilo e aréola; oclusão da fenda com o dedo da mãe, durante a mamada; 
aplicação de compressas mornas nas mamas para facilitar a saída do leite; 
posicionamento do mamilo em direção ao lado oposto à fenda; e utilização do bebê 
em posição semi-sentada para evitar refluxo de leite pelas narinas. 
 
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 19 
Crianças portadoras de distúrbios neurológicos 
• Como a maioria das crianças com distúrbios neurológicos possuem incoordenação 
motora-oral, dificuldades na deglutição e na sucção, na coordenação de ambas com 
a respiração, refluxo gastroesofágico, além de eventualmente não aceitarem a 
alimentação, com risco de se desnutrirem. 
• Quando a criança não tem condições de sugar a mama ou tem sucção fraca, a mãe 
deve ser orientada a realizar ordenha com frequência e oferecer o leite ordenhado, 
além de estimular a região perioral da criança e incentivar a sucção introduzindo o 
dedo mínimo na sua cavidade oral. 
• Se a criança estabelecer coordenação entre sucção, deglutição e respiração, a mãe 
pode oferecer cuidadosamente o seio, com supervisão profissional. 
 
.1.10. Orientações quanto ao seguimento do Aleitamento Materno: 
Nas seguintes situações o aleitamento materno não deve ser recomendado: 
• Mães infectadas pelo HIV; 
• Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2; 
• Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação (antineoplásicos, 
digitálicos, anticoagulantes). 
• Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite 
humano ou qualquer outro que contenha lactose. 
 
Já nas seguintes situações maternas, recomenda-se a interrupção temporária da 
amamentação: 
• Infecção herpética, quando há vesículas localizadas na pele da mama. A 
amamentação deve ser mantida na mama sadia; 
• Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antesdo parto ou até dois 
dias após o parto, recomenda-se o isolamento da mãe até que as lesões adquiram a 
forma de crosta. A criança deve receber Imunoglobulina Humana Antivaricela 
Zoster (Ighavz), disponível nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais 
(CRIES), que deve ser administrada em até 96 horas do nascimento, aplicada o mais 
precocemente possível; 
• Doença de Chagas - na fase aguda da doença ou quando houver sangramento 
mamilar evidente; 
• Consumo de drogas: recomenda-se interrupção temporária do aleitamento 
materno, com ordenha do leite, que deve ser desprezado. O tempo recomendado 
de interrupção da amamentação varia dependendo da droga, de acordo com a 
tabela abaixo. 
 
Droga Período recomendado de interrupção da 
amamentação. 
Anfetamina, ecstasy 24 a 36 horas 
Cocaína, crack 24 horas 
Etanol 1 hora por dose ou até estar sóbria 
Heroína, morfina 24 horas 
LSD 48 horas 
maconha 24 horas 
PUERPÉRIO E ALEITAMENTO MATERNO – PROFª LUCIANE DE ALMEIDA 
 
 
 20 
 
Nas seguintes condições maternas, o aleitamento materno não deve ser contra-
indicado: 
Tuberculose: recomenda-se que as mães não tratadas ou ainda bacilíferas (duas 
primeiras semanas após início do tratamento) amamentem com o uso de máscaras e 
restrinjam o contato próximo com a criança por causa da transmissão potencial por 
meio das gotículas do trato respiratório. Nesse caso, o recém-nascido deve receber 
isoniazida na dose de 10mg/kg/dia por três meses. Após esse período deve-se fazer 
teste tuberculínico (PPD): se reator, a doença deve ser pesquisada, especialmente em 
relação ao acometimento pulmonar; se a criança tiver contraído a doença, a 
terapêutica deve ser reavaliada; em caso contrário, deve-se manter isoniazida por mais 
três meses; e, se o teste tuberculínico for não reator, pode-se suspender a medicação, 
e a criança deve receber a vacina BCG; 
Hanseníase: por se tratar de doença cuja transmissão depende de contato prolongado 
da criança com a mãe sem tratamento, e considerando que a primeira dose de 
Rifampicina é suficiente para que a mãe não seja mais bacilífera, deve-se manter a 
amamentação e iniciar tratamento da mãe; 
Hepatite B: a vacina e a administração de imunoglobulina específica (HBIG) após o 
nascimento praticamente eliminam qualquer risco teórico de transmissão da doença 
via leite materno; 
Hepatite C: a prevenção de fissuras mamilares em lactantes HCV positivas é 
importante, uma vez que não se sabe se o contato da criança com sangue materno 
favorece a transmissão da doença; 
Dengue: não há contraindicação da amamentação em mães que contraem dengue, 
pois há no leite materno um fator antidengue que protege a criança; 
Consumo de cigarros: acredita-se que os benefícios do leite materno para a criança 
superem os possíveis malefícios da exposição à nicotina via leite materno. Por isso, o 
cigarro não é uma contraindicação à amamentação. 
Consumo de álcool: o consumo eventual moderado de álcool (0,5g de álcool por quilo 
de peso da mãe por dia, o que corresponde a aproximadamente um cálice de vinho ou 
duas latas de cerveja) é considerado compatível com a amamentação. 
 
 
REFERENCIAL 
Araujo, L.A.; Reis, A. Enfermagem na Prática Materno-Neonatal. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2012. 
Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: 
versão resumida Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 
Brasil. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2012. 
Brasil, Ministério da Saúde. Gestação de Risco: manual técnico. Brasília: Editora MS, 
2012. 
Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e 
alimentação complementar. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, 
Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 
Brasil. Ministério da Saúde. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada. 
Brasília, Ministério da Saúde, 2006. 
PUERPÉRIO E ALEITAMENTO MATERNO – PROFª LUCIANE DE ALMEIDA 
 
 
 21 
Brasil. Ministério da Saúde. Parto, Aborto e Puerpério: assistência humanizada à 
mulher. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Brasília: 
Ministério da Saúde; 2001. 
Gomes, M. L. Enfermagem obstétrica: diretrizes assistenciais. Rio de Janeiro: Centro 
de Estudos da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 
2010. 
Ricci, S.S. Enfermagem Materno-neonatal e saúde da mulher. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2015.

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