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ESTUDO DE CASO RELACIONADO À POLÍTICA DE PROTEÇÃO À PESSOA IDOSA

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------------03
1.1 QUESTÕES NORTEADORAS----------------------------------------------------------------03
1.2 IDENTIFICAÇÕES PESSOA EM ESTUDO------------------------------------------------03
1.3 RESUMOS DOS PROBLEMAS OU ALTERAÇÕES IDENTIFICADOS------------03
1.4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA--------------------------------------------------------------04
1.5 ALTERNATIVAS OU PROPOSTAS---------------------------------------------------------05
1.6 AÇÕES IMPLEMENTADAS OU RECOMENDAS---------------------------------------06
1.7 DISCUSSÃO--------------------------------------------------------------------------------------07
DESENVOLVIMENTO--------------------------------------------------------------------------------08
2.1 ESTRATÉGIAS SAUDE DA FAMILIA (ESF)----------------------------------------------08
2.2CENTRO DE REFERENCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTENCIA SOCIAL 
(CREAS)-------------------------------------------------------------------------------------------------09
2.3 O BENEFICIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA ( BPC)------------------------------10
2.4 PENSÃO ALIMENTICIA------------------------------------------------------------------------11
2.5 ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL-----------------------------------------------------------11
3 CONCLUSÃO----------------------------------------------------------------------------------------14
REFERÊNCIAS----------------------------------------------------------------------------------------15
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INTRODUÇÃO
Este portfólio tem como proposta analisar de forma crítica um estudo de caso relacionado à Política de proteção à pessoa idosa, como também, avaliar a situação do seu grupo familiar. 
O roteiro instrucional elaborado está constituído de:
1- Questões norteadoras, 2- Identificação pessoa em estudo, 3- resumo dos problemas ou alterações identificados; 4- fundamentação teórica; 5- alternativas ou propostas; 6- ações implementadas ou recomendas e 7- discussão. 
1.1 QUESTÕES NORTEADORAS
 A equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) que não possui assistente social entrou em contato com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) para que esse equipamento faça acompanhamento de uma idosa que faz tratamento oncológico e que está sendo vítima de maus tratos.
1.2 IDENTIFICAÇÕES PESSOA EM ESTUDO
Sr.ª. Lúcia Silva tem 75 anos e reside sozinha com um dos filhos, Marcelo Silva de 19 anos.
1.3 RESUMOS DOS PROBLEMAS OU ALTERAÇÕES IDENTIFICADOS
Essa fase consiste em analisar e categorizar os dados para o levantamento de problemas.
Segundo denúncia, a idosa recebe o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) por deficiência e quem ‘saca’ o benefício no banco para ela é uma Agente Comunitária de Saúde (ACS) da Unidade Básica de Saúde (UBS) do território. Esta agente recebe o benefício e repassa à Srª. Lucia porque não tinha ninguém da família para se responsabilizar pelo benefício no momento. A ACS recebe o dinheiro e paga todas as contas da casa da Srª. Lúcia Silva e também faz compras de alimentos para ela. Mas o filho da Srª. Lúcia, que é dependente químico, começou a dizer que a ACS estava roubando o dinheiro da idosa. 
Esta então procurou o CREAS dizendo que não quer mais receber o dinheiro da Sra. Lúcia e solicitou ao CREAS que passasse o benefício para outra pessoa. Sabe-se que a Srª Lúcia possui outros filhos que moram noutras cidades e por conta do irmão dependente romperam relações com a família. O filho que mora com ela se recusa a dar o endereço dos irmãos dizendo que os mesmos não se importam com a mãe, e, além disso, Marcelo negligência os cuidados da mãe deixando-a sozinha o tempo todo, sem comida, sem remédios, sem levá-la as sessões de quimioterapia e condições mínimas de higiene. 
As últimas notícias são de que a Sr.ª Lúcia está sem o fornecimento de luz elétrica e água, chora diariamente, ‘desistiu’ do tratamento de quimioterapia e não apareceu ninguém que possa cuidar dela. 
OBS: Srª. Lúcia não tem mais nenhum familiar vivo.
1.4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 
O Serviço Social como profissão implantada na divisão social e técnica do trabalho prevê no exercício da profissão capacidades teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico operativo para operar frente às particularidades do fazer profissional. O assistente social trabalha, no seu habitual, com situações vividas por pessoas e suas famílias, grupos e segmentos populacionais, que são atravessadas por determinações de classe (IAMAMOTO, 2009).
O serviço social é uma profissão que buscou legitimação ao longo do tempo, para deixar o seu modo assistencial e benéfico e se constituir como profissão. Na sua direção empregou algumas correntes como base, seu processo de atuação e os instrumentos transformaram de acordo a cada uma delas e a seu momento histórico (GUERRA, 2007).
Mediante a abrangência da dimensão política da profissão que os Assistentes Sociais desenvolvem e empregam os instrumentos de trabalho, sendo capaz de fazer as necessárias mediações, consciente das restrições profissionais e das probabilidades de se realizar conquistas e construir novas ações no dia a dia (COSTA, 2008).
 A população de idosos no mundo esta crescendo de maneira acentuada e a sociedade civil e governamental não esta preparada para essa nova realidade, tanto no que diz respeito ao atendimento na área da saúde como no meio social e familiar. (PASINATO, CAMARANO E MACHADO, 2006). 
 De acordo com a Secretaria de Vigilância a Saúde/MS (Brasil 2005 pag. 145)
“As violências contra os idosos faz parte da violência social, também são denominadas de maus tratos e abusos”, porém encontram-se vários estudos que procedem a distensões relativas a cada um deles.
 Minayo (2004) destaca como os mais frequentes tipos de violência a física, que se trata de uso de força física com o intuito de machucar o idoso; a violência psicológica, que se trata de agressão verbal ou gestual contra o idoso; a violência sexual, que é o ato ou jogo sexual realizado contra a vontade do idoso, ou que ele não tenha capacidade de consentir; o abandono, que é a ausência de cuidados por parte do responsável legal; a negligência, que se refere à recusa de cuidados por parte do responsável pelo idoso; a exploração financeira e/ou material, que é o uso não consentido dos bens financeiros e/ou materiais do idoso; e por fim, a autonegligência, que é uma conduta da pessoa idosa que põe em risco sua própria saúde e segurança.
 A Organização Mundial de Saúde (OMS) define maus-tratos na terceira idade como ato único ou repetido, ou ainda, como ausência de ação apropriada que cause dano, sofrimento ou angústia, e que ocorra dentro de um relacionamento de confiança.
 A Lei nº 8.842, que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso e cria o Conselho Nacional do Idoso, em seu capítulo IV define que é dever de todo cidadão denunciar maus-tratos ou negligência a essas pessoas. No artigo 10, inciso IV, esclarece que é papel da justiça “promover e defender os direitos da pessoa idosa, zelar pela aplicação de normas sobre o idoso, determinar ações para evitar abusos e lesões a seus direitos”.
1.5 ALTERNATIVAS OU PROPOSTAS
a) Entrar em contato com a solicitação e informações (PSF) e saber mais sobre a situação social da idosa;
b) Estabelecer um plano de trabalho a partir das informações disponíveis na denúncia (primeiras impressões e hipóteses), definindo os sujeitos que serão abordados e instrumentos que serão utilizados (entrevista, visita domiciliar, pesquisa bibliográfica, juntada de novos documentos), ou seja, uma série de informações que o profissional constrói/elabora como um saber a respeito da situação do/s usuário/s demandatários.1.6- AÇÕES IMPLEMENTADAS OU RECOMENDAS
Essa etapa consiste em descrever a alternativa escolhida para reverter ou amenizar os problemas identificados, que pode ser através de:
a) Visitas domiciliares: Ir ao encontro da situação, contato com a realidade, desvelar do processo, inclusão de novos sujeitos e novos instrumentos, deve ser documentado através de relatórios descritivos, coleta de documentos se for o caso, saber de fato o que está acontecendo. Analisar os dados obtidos, sistematizando aspectos relacionados à situação apresentada, visando compreender tal situação da maneira mais abrangente e articulada possível.
b) Entrevista Social: Permite uma interação com a realidade social. Vêm acompanhadas de perguntas/quesitos que devem ser respondidas, elas podem servir como norte/direção para o/a assistente social seguir com seu estudo e ao mesmo tempo respondê-las na sua análise. Se não houver nenhuma indagação em especial, o profissional deve estudar atentamente a documentação que acompanha a solicitação e planejar seu trabalho; bem como, elaborar o relatório/parecer de acordo com o roteiro que melhor lhe convier. PARECER SOCIAL: Refere-se a opinião que o/a assistente social emite sobre uma situação estudada, opinião esta baseada na análise realizada. Após esta etapa o assistente social propõe alternativas de encaminhamento para a resolução da questão demandatária. O parecer social se constitui na etapa em que são sugeridos elementos para a solução do conflito/questão sob a ótica social.
No caso fictício apresentado, a utilização dos instrumentais se refere a:
c) Encaminhamento: Encaminhar um caso é aplicar uma ou mais medidas protetivas que atuem diretamente nos focos desencadeadores da ameaça ou violação dos direitos do usuário, devendo requisitar sempre que necessário, os serviços públicos nas áreas de Saúde, Educação, Assistência Social, Previdência, justiça, indispensáveis ao correto encaminhamento de soluções para cada caso.
Encaminhar um caso pode significar também a aplicação de medidas pertinentes aos familiares ou responsável pelo usuário, o que, muitas vezes, torna-se vital para o completo atendimento da idosa.
Em relação ao grupo familiar, seria necessária uma abordagem mais contundente a Marcelo, único filho que mora com a idosa, para obter maiores informações sobre os demais filhos que moram noutras cidades. Não obtendo sucesso, é necessário o encaminhamento do caso á delegacia de polícia civil, para uma possível investigação, devido a negligências dos demais filhos em relação à senhora Lucia, mesmo tendo dificuldades, devido agressividade do irmão usuário de drogas .
 Quanto a Marcelo, dependente de substâncias psicoativas, é importante encaminhá-lo a equipe de saúde para tratamento antidrogas. Na situação de resistência do usuário, o mesmo deve ser tratado compulsoriamente, havendo necessidade de conduzi-lo ao Ministério Público.
Não obtendo sucesso, após todas as tentativas interventivas, a senhora Lucia deverá ser institucionalizada para garantia de sua segurança, sendo que para isso é necessário à intervenção da justiça. 
1.7- DISCUSSÃO
Essa etapa tem por objetivo envolver os profissionais no caso estudado, incentivar um processo de pensamento e julgamento, levantando discussões que irão determinar outras propostas e troca de experiências, resultando em um processo de decisão e avaliação.
Acompanhar o caso é garantir o cumprimento das medidas protetivas aplicadas e zelar pela efetividade do atendimento prestado, evitando que qualquer uma das partes envolvidas (família, hospital, entidade assistencial e outras) deixe de cumprir suas obrigações, fazendo romper a rede de ações que sustentam o bom andamento de cada caso específico. O bom acompanhamento de caso, feito em parceria com outros atores comunitários e o poder público, dá condições ao assistente social de verificar o resultado do atendimento e, se necessário, aplicar novas medidas que o caso requerer.
No caso em tela, este processo se realiza todo um conjunto de ações voltadas à mobilização e a assistência através da abordagem individual e coletiva. Há um incremento de discussões e ações visando à universalização, ampliação e a efetivação de direitos da idosa em questão. Quando a alternativa ou proposta escolhida é colocada em prática é importante acompanhar a evolução, registrando as mudanças.
DESENVOLVIMENTO
2.1 ESTRATÉGIAS saúde da familia (ESF)
A Saúde da Família é percebida como uma estratégia de reorganização do modelo assistencial, operacionalizada mediante o implante de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes têm encargos de acompanhamento de um número determinado de famílias, centradas em uma área geográfica delimitada. As equipes agem com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de patologias e agravos mais frequentes, e no mantimento da saúde desta comunidade. A responsabilidade pelo acompanhamento das famílias coloca para as equipes saúde da família a precisão de ultrapassar os limites classicamente determinados para a atenção básica no Brasil, especialmente no contexto do SUS (BRASIL, 1994). 
A estratégia de Saúde da Família é um projeto dinamizador do SUS, dependente pela evolução histórica e disposição do sistema de saúde no Brasil. A velocidade de extensão da Saúde da Família demonstra a adesão de gestores estaduais e municipais aos seus princípios. Iniciado em 1994, exibiu um crescimento expressivo nos últimos anos. A consolidação dessa estratégia necessita, contudo, ser sustentada por um procedimento que permita a real substituição da rede básica de serviços tradicionais no âmbito dos municípios e pela competência de produção de resultados positivos nos indicadores de saúde e de qualidade de vida da população assistida (CAMPOS, 1997).
A Saúde da Família como estratégia estruturante dos sistemas municipais de saúde tem provocado um relevante movimento com o intuito de reordenar o modelo de atenção no SUS. Busca maior racionabilidade no emprego dos demais níveis assistenciais e tem produzido resultados positivos nos principais números de saúde das populações assistidas às equipes saúde da família (BRASIL, 1994).
A Estratégia Saúde da Família (ESF) é composta por equipe multiprofissional que possui minimamente: médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS). Pode-se adicionar a esta composição, como parte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde bucal (ou equipe de Saúde Bucal-eSB): cirurgião-dentista generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal (BRASIL, 1994).
 Tendo em vista que a Política Nacional do idoso preconiza a promoção da saúde das pessoas idosas, a diminuição da incidência do declínio funcional através da prevenção da doença seqüelas e complicações, e fundamentalmente a manutenção da capacidade funcional do idoso de forma a preservar a sua independência e autonomia e também da competência dos profissionais da área da saúde e identificação da ocorrência de maus tratos e elaboração de estratégias a ocorrência aos órgãos públicos. (BRASIL, 2007)
 Na Estratégia de Saúde da Família, Ambulatórios de especialidade, Serviços de emergências tem responsabilidade de atender pessoas vitimas de violência. A violência, nas mais diversas manifestações é uma questão de saúde pública notoriamente reconhecida pala Organização Mundial de Saúde.
 No Caderno de Atenção Básica Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa v.19, publicado pelo Ministério da Saúde encontra-se instruções de como agir com o idoso, como descobrir se é vitima de maus tratos. (Brasil, 2006) 
 No caso fictício da Sra. Lúcia, a equipe de saúde da família (ESF) escuta das solicitações e obtenção de elementos junto à equipe do CREAS, ACS, vizinhos e populares que possuem interface e vínculoscomunitários com a usuária para apreensão e designação de mais informações o que permitirá compreensão mais ampla das precisões sociais no desvelamento dos múltiplos esclarecimentos da questão social identificadas. 
2.2 CENTROS DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CREAS)
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS estabelece-se de uma unidade pública estatal, de prestação de serviços especializados e contínuos a indivíduos e famílias com seus direitos violados, gerando a integração de esforços, recursos e meios para encarar a dispersão dos serviços e potencializar a ação para os seus usuários, submergindo um conjunto de profissionais e procedimentos de trabalhos que devem ofertar apoio e acompanhamento caracterizado e especializado (BRASIL, 2005).
Nesta perspectiva, o CREAS deve proferir os serviços de média complexidade e atuar a referência e a contra referência com a rede de serviços sócio assistenciais da proteção social básica e especial, com as demais políticas públicas e demais organizações que compõem o Sistema de Garantia de Direitos e movimentos sociais. Para tanto, é importante constituir mecanismos de articulação constante, como reuniões, encontros ou outras instâncias para discussão, acompanhamento e avaliação das ações, inclusive as intersetoriais (BRASIL, 2005).
Partido desse pressuposto nota-se a necessidade da atuação do CREAS junto ao caso fictício da Sra. Lúcia, através de uma visita domiciliar e entrevista social para levantamento de problemáticas, visto tratar-se de uma idosa que faz acompanhamento oncológico e que está sendo vítima de maus tratos.
2.3 O BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA - BPC 
O Benefício de Prestação Continuada- BPC da Lei Orgânica da Assistência Social- LOAS (BPC) é a segurança de um salário mínimo mensal ao idoso acima de 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade com empecilhos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo (aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos), que o impossibilite de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas. Para ter direito, é preciso que a renda por pessoa do grupo familiar seja menor que 1/4 do salário-mínimo vigente. As pessoas portadoras de alguma deficiência também necessitam passar por avaliação médica e social efetivadas por profissionais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) (BRASIL, 1993).
Por tratar-se de um benefício assistencial, não é preciso ter colaborado ao INSS para ter direito a ele. Entretanto este benefício não paga 13º salário e não deixa pensão por morte. A gestão do BPC é feita pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), por meio da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), que é responsável pela prática, coordenação, regulação, financiamento, monitoramento e avaliação do benefício. A operacionalização é realizada pelo INSS (BRASIL, 1996).
Para solicitar o benefício, O cidadão pode procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de seu município para receber os elementos sobre o BPC e os apoios precisos para requerê-lo. É importante destacar que, para receber o BPC, não é necessário pagar intermediários (BRASIL, 1996).
O BPC não pode ser acumulado com outro benefício no domínio da Seguridade Social (como, por exemplo, o seguro desemprego, a aposentadoria e a pensão) ou de outro regime, exceto com benefícios da assistência médica, pensões especiais de natureza indenizatória e a remuneração advinda de contrato de aprendizagem (BRASIL, 1993).
No caso fictício da Sra. Lúcia fez-se necessário a prestação do BPC por tratar-se de uma pessoa idosa com deficiência que não pode trabalhar, e precisa levar uma vida independente.
2.4 PENSÃO ALIMENTÍCIA	
Pessoas idosas a partir de 60 anos que não têm condições de se sustentar nem contam com auxílio de parentes próximos têm direito a pensão alimentícia. O benefício, assegurado por lei, trabalha nos mesmos moldes que a pensão paga pelo pai ao filho. Só que, neste caso, é requerido, pela Justiça, ao filho que tem situação financeira para ajudar os pais, mas não o faz. Tanto que o valor varia de acordo o orçamento do filho omisso, propendendo alcançar até 30% de seu salário (mesmo percentual pago na pensão aos dependentes) (PEDROZO, 2013).
É necessário confirmar parentesco através de certidão de casamento e nascimento. E também é preciso demonstrar que não tem condições de se manter. O ideal é mostrar as despesas com orçamento, faturas, notas fiscais e, se presumível, testemunhas”, explica o defensor público Fabiano Brandão Majorana, coordenador da unidade andreense. “Se o idoso indicar o patrimônio do filho, como o local de trabalho, o procedimento é facilitado, já que a organização informa à Justiça o salário e determina o percentual que será pago como pensão.
Majorana pontua, contudo, que num primeiro momento é tentado acordo entre as partes. Se não houver concordância, a defensoria ingressa com processo. A homologação do Poder Judiciário, ele explica, tem força de sentença. Ou seja, tem de ser cumprida senão a pessoa pode até ser presa caso não efetue o pagamento. Esse direito é pouco exposto e muita gente não sabe que ele existe.
Caso o filho não tenha condições financeiras, pois também leve uma vida humilde, a orientação é que o idoso recorra a benefício assistencial oferecido pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). “Desde que o idoso demonstre que tem renda per capita equivalente a 1/4 do salário-mínimo. E não precisa ser segurado do INSS para ter acesso ao auxílio. É necessário, porém, que tenha pelo menos 65 anos (PEDROZO, 2013).
2.5 ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL 
O Estatuto do Idoso avança em relação ao Plano Nacional do Idoso, “que não faz referência à proteção pública monetária aos idosos, fundamental para o acesso à renda, mesmo mínima” (TEIXEIRA, 2008). 
O Estatuto vem fortalecer o benefício de prestação continuada, porém ainda reafirma critérios focalistas e seletivos, por meio da referência “necessidade extrema” que leva à triagem per capita que na maioria das vezes, desconsidera gastos com medicação, órteses, próteses, necessidades habitacionais, entre outras, descaracterizando, de certa forma, a anteposição do direito à dignidade do envelhecimento. 
A Assistência Social, pela mediação dos seus programas, pode criar categorias eficazes de participação de seus usuários na gestão e controle dos serviços que produz e opera, colaborando, dessa maneira a ruptura da cultura da tutela que permeia as ações assistenciais e, ao mesmo tempo, para a emancipação de seus assessorados (SPOSATI, 2001).
Efetivamente, a partir de instituições sócias assistenciais, sem dúvida, quase que apenas destinadas aos subalternos e excluídos, é possível instaurar e inventar formas de exercício participativo e crítico dos subalternos (YAZBEK, 2006). 
Para que seja possível a averiguação quanto à efetivação do Estatuto no âmbito da Assistência Social, torna-se proeminente o entendimento das especificidades dos níveis de gestão, as recomendações de ampliação dos serviços sócios assistenciais, procissão do Benefício de Prestação Continuada, Efetivação do Controle Social por meio dos Conselhos de Direitos dos Idosos ou Conselhos Municipais de Assistência Social, que devem possibilitar a fiscalização das Entidades de atendimento aos Idosos em parceria com a Vigilância Sanitária e o Ministério Público.
O assistente social pode utilizar das seguintes estratégias profissionais diante a situação: 
Lógica da informação por meio de estudos sociais, pareceres, orientação e intervenção junto a demais órgãos da rede de proteção social competentes na perspectiva de construção de ações coletivas e intersetoriais;
Alcance e elaboração dos encaminhamentos, no fortalecimento da esfera pública e democratização dos espaços, visando o acesso e fortalecimento do controle social;
Referenciamento e inclusão em projetos institucionais que viabilizempráticas educativas e multidisciplinares;
Estabelecer a relação com a rede de proteção social, considerando as diversas construções das políticas sociais;
Intersetorialidade e a relação com a rede de serviços.
Levantamento de demanda reprimida e elaboração de enfrentamento desta demanda.
CONCLUSÃO.
O estudo de caso é um método amplo que permite ser aplicado a uma grande variedade de problemas e contribui, de forma consistente, para o desenvolvimento de propostas interventivas. Em todas as áreas, os estudos de casos são desenvolvidos para proporcionar um maior conhecimento e envolvimento do profissional, aluno ou pesquisador, com uma situação (real) observada. O objetivo é descrever, entender, avaliar e explorar essa situação, e, a partir daí, determinar os fatores causais e estabelecer ações.
 Este estudo veio demonstrar que existem diversos fatores de violência e maus tratos contra a senhora idosos. Observa-se negligências dos demais filhos em relação a senhora Lucia, mesmo tendo dificuldades devido agressividade de Marcelo.
 É neste sentido que o profissional de serviço social necessita atuar, o assistente social tem informação das Leis que protege as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social, então elucidar sobre seus direito e deveres se tornam primordial, para que os mesmos tenham propriedades de terem seus direitos reconhecidos
 A assistência social, enquanto proteção social vem para reduzir a desigualdade social que marca a história do país, é relevante que tenha lutas para que os critérios estimados como população vulnerável, sejam ampliados, impedindo assim sofrimento e transtorno por parte de nossa população que vive excluída de condições de vida considerada digna. .	
REFERÊNCIAS
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 8742. Dispõe sobre a Lei Orgânica da Assistência Social. Diário Oficial da União, Brasília, 8 de dezembro de 1993.
_______. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei da Câmara dos Deputados n. 2057. Estabelece que, para o cálculo da renda familiar per capita, para fins de concessão do salário mínimo a pessoa idosa e deficiente, não será computado o Benefício de Prestação Continuada, já concedido a outro membro da família. Brasília, 1996.
_______. Ministério da Saúde. Programa de Saúde da Família. Brasília DF, 1994.
_______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Guia do Centro de Referência de Assistência Social - CRAS, 2005.
CAMPOS, G. W. S. Reforma da reforma, repensando a saúde. Hucitec, São Paulo, 1997.
COSTA, F. S. D. M. Instrumentalidade do Serviço social: dimensão teórico metodológica, ético-político e técnico-operativa e exercício profissional. Dissertação (Mestrado), 2008.
GUERRA, Y. A Instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo, Cortez, 2007. 
IAMAMOTO, M. V. Os espaços sócios ocupacionais do assistente social. Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.
MINAYO.MC. Violência contra Idoso: o acesso do respeito á experiência e á sabedoria . Brasília . Secretaria Especial dos Direitos Humanos. 2004
_______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa/ Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Atenção Básica- Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 192 p; ii. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Caderno de Atenção Básica; n.19)
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAUDE. Relatório mundial sobre violência a saúde. Brasília: OMS/ OPAS; 2002
PEDROZO, S. A. Idoso sem condições de se manter tem direito a pensão alimentícia Benefício, garantido por lei, é cobrado judicialmente de filhos omissos; INSS também oferece ajuda Do Diário do Grande ABC, 2013. 
PASINATO MT, Camarano AA, Machado L.Idosos vítimas de maus tratos domésticos: estudo exploratório das informações levantadas nos serviços de denúncia. Texto para discussão nº 1200. Rio de Janeiro: IPEA; 2006.
TEIXEIRA, S. M. Envelhecimento e trabalho no tempo do Capital - implicações para proteção social no Brasil. São Paulo: Cortez, 2008.
SPOSATI, A. O. Especificidade e intersetorialidade da política de assistência social. Desafios para fazer avançar a política de assistência social no Brasil. Revista Serviço Social e Sociedade. São Paulo: Cortez, ano XXII, n. 68, 2001.
YAZBEK, M. C. Classes subalternas e serviço social. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2006.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
HILDIVANA FRANCISCA DE MORAIS DE ALMEIDA
MARIA MARTA DA SILVA MARTINS AMORIM
SIMONE PEREIRA DOS SANTOS
VALDETE TAVARES DA SILVA
ESTUDO DE CASO RELACIONADO À POLÍTICA DE PROTEÇÃO À PESSOA IDOSA
Barreiras – BA
2017
HILDIVANA FRANCISCA DE MORAIS DE ALMEIDA
MARIA MARTA DA SILVA MARTINS AMORIM
SIMONE PEREIRA DOS SANTOS
VALDETE TAVARES DA SILVA
ESTUDO DE CASO RELACIONADO À POLÍTICA DE PROTEÇÃO À PESSOA IDOSA
Trabalho de graduação apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Serviço Social na Área de Saúde, Previdência Social e Assistência Social; Serviço Social e Processos de Trabalho; Direito e Legislação Social; Estágio em Serviço Social II; Seminários da Prática VI
Orientadores: Maria Lucimar Pereira; Amanda Boza Gonçalves; Vanessa Berbel; Nelma Galli; Rosane Ap. Belieiro Malvezzi
Barreiras – BA
2017

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