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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO ADMINISTRAÇAO
 FERNANDA OLIVEIRA SOUZA
 
 
 
 ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESA 
 
 
 Jacobina – Bahia
 FERNANDA OLIVEIRA SOUZA
 
 ADMINISTRAÇAO DE EMPRESA
 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado á Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. 
 Jacobina-Bahia 2015
 FERNANDA OLIVEIRA SOUZA
 
 ADMINISTRAÇAO DE EMPRESA
 Trabalho Acadêmico Interdisciplinar da Universidade Norte Paraná - UNOPAR, no Centro de Ciências de Empresariais e Sociais Aplicadas, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Nome do Curso, com nota final igual a _________, conferida pela Banca Examinadora formada pelos professores:
 ____________________________________________________ Prof. Emília Yoko Okayama Universidade Norte do Paraná
 ____________________________________________________ Prof. Henry T.Nonaka Universidade Norte do Paraná 
 ____________________________________________________ Prof. Mônica Maria Silva Universidade Norte do Paraná
 ____________________________________________________ Prof. Luis Cláudio Perini Universidade Norte do Paraná
 ____________________________________________________ Prof. Grace Kelly Universidade Norte do Paraná
 Ourolândia, _22__de_outubro___2015.
“Quanto melhor for a implementação da estratégia empresarial e quanto mais proficiente for a sua execução, maior será a chance de que a empresa tenha um desempenho saudável” 
(THOMSON; STRICKLAND III, 2003, p.2).
SOUZA, Fernanda Oliveira, Administração de empresa 2015. Trabalho Acadêmico Interdisciplinar da Universidade Norte Paraná, Ourolândia, 2015.
 RESUMO
O objetivo deste artigo é proporcionar ao leitor uma visão de como as empresas buscou estratégias para um bom desenvolvimento. Para isso analisamos estratégias de pesquisas adotadas pela marca no cenário atua das empresas. A metodologia utilizada foi pesquisa exploratória e bibliográfica, utilizando como fonte sites e periódicos para obter dados do estudo de caso: sistemas empresariais. Nele também constará um prévio texto sobre a importância do planejamento estratégico, que pode ser identificada através de algumas características marcantes e como essas funções administrativas formam o processo administrativo.
 
 Palavras-chaves: sistemas empresariais; planejamento estratégico; excelência.
 
 SUMÁRIO
1 Introdução .........................................................................................................7
Sistemas de informações............................................................................................8
A Importância do Planejamento Estratégico na Gestão de Projetos.................................10
Critérios de Excelência...............................................................................................12
Considerações finais.................................................................................................14
REFERÊNCIAS......................................................................................................15
  
Introdução
Planejamento estratégico é um assunto abordado em vários estudos acadêmicos, sendo definido por Oliveira (1998) como uma metodologia administrativa utilizada para estabelecer a melhor direção estratégica da organização, em consonância com o seu ambiente. 
O planejamento estratégico é uma técnica que pode direcionar os negócios de PMEs, auxiliando os proprietários e gestores a entender o seu ambiente, fortalecendo pontos fortes e diminuindo riscos, possibilitando que essas empresas tomem decisões mais assertivas e estejam mais preparadas para o futuro. 
Apesar de ser um tema já consolidado na literatura, considera-se que a elaboração do planejamento estratégico estruturado em PMEs ainda é um desafio. Apesar dessas empresas desenvolverem algum tipo de planejamento, ainda o fazem de forma não sistemática e intuitiva, visando mais informações operacionais do que estratégicas. Ressalta-se que diante do contexto atual de constantes mudanças no ambiente, é certo considerar que as empresas elaboram algum tipo de planejamento para o seu futuro, não sendo, muitas vezes, formais ou estruturados.
Justifica-se, portanto, a elaboração da atual pesquisa em função da importância que tais empresas possuem para o contexto brasileiro e em função de que poucos são os estudos que direcionam seus esforços para a realidade das empresas de porte.
A análise proposta contribui com o maior conhecimento acadêmico sobre o tema e para a compreensão da realidade dos sistemas empresariais de modo a estimular o seu desenvolvimento estratégico, com vistas ao ganho de competitividade.
Sistemas de informações
A evolução tecnológica, o aquecimento - e até mesmo o desaquecimento - da economia, o aumento da oferta de crédito e o alcance de novos mercados estão entre os fatores que elevam significantemente a competitividade das empresas. Para se manter nesse patamar ou para continuar crescendo, as companhias precisam contar com gerenciamento adequado de seus recursos, dados e procedimentos. Um dos caminhos mais utilizados para isso é a adoção de soluções de ERP (Enterprise Resource Planning), isto é, de sistemas de gestão empresarial. 
Características do ERP:
Estrutura: Com relação à estrutura, os sistemas ERP são compostos por uma base de dados central apoiadaa por vários módulos de aplicativos.
Generalidade: Deve ser capaz de suportar um vasta gama de tipos de organizações.
Melhores Práticas de Negócios: suas funcionalidades devem ser baseadas nas melhores práticas existentes no mercado.
Algumas das vantagens da implementação de um ERPnuma empresa são:
-Reduzir custos
-Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização (eficiência)
-Otimizar o processo de tomada de decisão
-Eliminar a redundância de atividades
-Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado.
Algumas das desvantagens da implementação de um ERP numa empresa são:
-A utilização do ERP por si só não torna uma empresa verdadeiramente integrada;
-Altos custos que muitas vezes não comprovam a relação custo/benefício;
-Dependência do fornecedor do pacote;
Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das informações do módulo anterior, por exemplo. É necessário manter as informações atualizadas. 
É claro que é possível aplicar esforços para garantir que as vantagens tomem forma e que as desvantagens sejam amenizadas. Para isso, é necessário dedicação da equipe de TI, comprometimento por parte de toda a estrutura gerencial, acompanhamento constante das etapas de desenvolvimento e implementação, as já citadas escolhas de uma solução e de um fornecedor adequados às necessidades da companhia, análise de possíveis fatores internos e externos que podem influenciar no projeto, elaboração de uma boa política de segurança e assim se segue. Em relação à análise para identificar possíveis problemas, podemos tomar como exemplo o aspecto do treinamento: muitas vezes, é necessário treinar funcionários não apenas para que eles saibam manusear o programa, mas também para que consigam identificar o propósito daquilo, procedimento que ajuda a evitar erros e omissões.
Quando o assunto é ERP, não raramente há a associação deste tema com outros tipos de software para o segmento corporativo, entre eles, CRM (Customer Relationship Management), e SCM (Supply Chain Management). Todos podem atuar em conjunto com o ERP, inclusive como módulos.
Tal como o ERP, estes sistemas existem porque podem ajudar a empresa a ser mais competitiva: sistemas de CRM atuam nos processos de relacionamento com o cliente; soluções de SCM ajudam no gerenciamento eficiente da cadeia de suprimentos.
O CRM é o meio de edificação das estratégias e processos com o cliente, apoiado pelo software apropriado, com o propósito de melhorar a fidelidade do consumidor e, consequentemente, o lucro da empresa.
Como todo sistema o CRM possui vantagens e desvantagens, segue abaixo alguma delas:
Vantagens:
-Integra o cliente à empresa como um participante do processo de desenvolvimento e adaptação de serviços e produtos
-Facilita o processo de inovação no desenvolvimento de novos produto.
-Permite à empresa conquistar o mercado com menos custo, pois possibilita customização, isto é, responder de forma individualizada às necessidades dos clientes e consumidores.
-Mantém um canal permanente de comunicação para criar e sustentar um relacionamento efetivo com seus clientes, fornecedores e o público interno.
-Transforma produto em serviço e serviço em produto, criando um valor superior para o cliente, conquistando e mantendo uma posição competitiva francamente.
– Fideliza dos clientes.
– Identifica clientes em potencial.
– Registra dos hábitos de compra do cliente.
Desvantagens:
– O sistema precisa de atualização constante dos dados.
– Resistência da equipe na utilização do sistema.
Como podemos observar no geral a utilização do CRM possui mais pontos positivos do que negativos para a empresa.
Vejamos agora o SCM, que é a gestão de uma rede interligada de empresas envolvidas na prestação final do produto e seriços requeridos por cilentes finais.
Características:
Cadeia de valor: atividades desenvolvidas dentro de uma empresa.
Cadeia de fornecimento: envolve atividades mais ligadas à produção física e movimentação.
Cadeia de demanda: atividades ligadas à demanda dos clientes, garantindo que a oferta de valor esteja alinhada com as necessidades dos clientes.
Contudo, isso mostra o quanto este mercado é grande e promissor, principalmente se levarmos em conta que o número de conexões banda larga à internet está aumentando e que há uma oferta cada vez maior de serviços baseados em cloud computing, permitindo que softwares de ERP cheguem a uma quantidade cada vez maior de empresas. Trata-se de um cenário bom para todo mundo: para as companhias desenvolvedoras, pois gera perspectivas de oportunidades de negócios; para os profissionais de TI, pois aumenta o número de vagas no segmento; e para os clientes, pois um mercado concorrido resulta em melhores produtos, aumentando as chances de a empresa encontrar uma solução realmente adequada aos seus negócios.
Independente do sistema que usa, uma grande empresa possui necessariamente uma identidade, uma personalidade própria. É claro que o ERP deve ser aplicado, mas devemos lembrar que o cachorro é quem balança a cauda e não o oposto. O sucesso de uma empresa, além de toda sua competitividade, vem também de sua personalidade, de sua maneira de participar do mercado. O sistema existe para incrementar a empresa e a razão de ser do negócio jamais será satisfazer os requisitos de um sistema.
Sem dúvida, a integração da empresa é a arma que garantirá sua sobrevivência, mas não necessariamente o que a fará a vencedora. A competição entre as empresas que desenvolvem o ERP com certeza tratará deste assunto, oferecendo maneiras individualizadas de manter a personalidade e pessoalidade do negócio. A total integração também é um assunto teórico pois, por maiores que sejam os esforços neste sentido, é bem remota a possibilidade de que um sistema consiga suprir em 100% as necessidades de uma empresa. Ainda mais nesses tempos de rápidas mudanças onde até as necessidades mudam.
A Importância do Planejamento Estratégico na Gestão de Projetos
O cenário globalizado atual, cada vez mais competitivo, exige que as empresas se reorganizem estrategicamente, desenvolvendo novos projetos que estejam alinhados com seu planejamento estratégico que precisa ser flexível e adaptável de maneira que se adéqüe para garantir a competitividade e sustentabilidade. Neste cenário, os projetos começam a extrapolar o ambiente interno da empresa e passam a se relacionar com o negócio, havendo a necessidade de uma avaliação mais ampla da estratégia da organização, do mercado, dos stakeholders, de sua cadeia produtiva e de sua viabilidade financeira.
Considerando este ambiente, a organização deve conhecer claramente sua estratégia, pois ela se transformará em parâmetros para definição e seleção de investimentos e outros projetos.
A visão estratégica é convertida em metas de resultados e marcos de desempenho através dos objetivos que representam o compromisso gerencial de produzir resultados específicos por determinado tempo. Por esse motivo, o gerente de projeto deve ter conhecimento da missão e visão da empresa, pois elas definem o que é a organização e para onde ela irá, com seus objetivos e metas de longo prazo.
A estratégia de negócio busca formar e reforçar a posição competitiva de longo prazo da empresa no mercado, através de respostas a problemas e tendências do ambiente externo, produzindo vantagens competitivas. As ações estratégicas apóiam a estratégia geral de negócio e a abordagem competitiva, são criados planos de ação para tal.
O gerenciamento de projetos auxilia fortemente na implementação das ações estratégicas de maneira estruturada e controlada nos níveis de negócios e funcional. Deste modo, a execução da estratégia pode ser baseada no PMBOK como maneira de buscar melhores práticas e mais eficiência.
Exemplo: A Hewlett-Packard (HP), fundada em 1939, é uma das maiores projetistas e fabricantes de equipamentos eletrônicos de precisão, incluindo computadores, calculadoras, instrumentos médicos e científicos e outros produtos. Os objetivos da empresa estão resumidos nestes setes itens:
Lucro: Conseguir lucro suficiente para financiar o desenvolvimento da empresa e fornecer recursos para atingir nossos outros objetivos.
Clientes: Produzir bens e serviços do maior valor possível para nossos clientes, conseguindo e conservandoassim seu respeito e lealdade.
Setores de interesse: Diversificar somente quando nossas idéias, a par de nossa capacidade técnica, de fabricação e de marketing, nos assegurem que poderemos prestar uma contribuição necessária com a possibilidade de vendas no setor.
Crescimento: Nosso crescimento só será limitado por nossos produtos e por nossa capacidade de desenvolver e produzir artigos técnicos que satisfaçam uma necessidade real do cliente.
Nosso Pessoal: Ajudar o pessoal da HP a participar do sucesso da empresa que é por eles possibilitado; dar segurança no emprego com base em desempenho; reconhecer o sucesso individual; ajudá-los a conseguir satisfação e realização no trabalho.
Administração: Possibilitar iniciativa e criatividade permitindo maior liberdade de ação aos indivíduos para atingir objetivos bem definidos.
Cidadania: Honrar nossas obrigações para com a sociedade, nos constituindo em um patrimônio econômico, intelectual e social para cada nação e comunidade em que operemos.
Mayrink et al. (2009) mostra que o gerenciamento de projetos estratégicos pode não ser corretamente implementado devido a:
 - Estrutura organizacional inflexível, funcional e hierárquica;
 - Cultura pouco adaptável a mudanças;
 - Insuficiência na geração de caixa.
Por outro lado, ele pode ser facilitado por:
 - Planejamento estratégico integrado na empresa;
 - Gestão de qualidade da operação e segurança;
 - Habilidades e competências na área nuclear de nível internacional.
Normalmente o gerenciamento de projeto é realizado por grupos isolados com conhecimento da disciplina e a falta de reconhecimento de sua importância prejudica o bom andamento dos projetos. Os principais problemas ligados ao gerenciamento de projeto dizem respeito, principalmente a recursos e cultura.
A escassez de recursos é um dos principais problemas das organizações, logo estes devem ser investidos em projetos que gerem maior valor no longo prazo para os acionistas e que estejam relacionados com a estratégia. Por este motivo, devem ser escolhidos os projetos estratégicos e feita a seleção e priorização deles. Quando os recursos são utilizados para projetos não estratégicos, a competitividade da organização pode ser prejudicada. A Gestão Estratégica do Negócio traduz a estratégia e seus objetivos em termos operacionais, mensurados através de indicadores e metas que contribuem para a seleção, priorização e gerenciamento de projetos de maneira estratégica. O projeto estratégico será aquele relacionado a um objetivo estratégico e que contribui para diminuir ou eliminar o desafio da meta.
Critérios de Excelência
Ao utilizar os Critérios de Excelência como referência, uma organização, pública ou privada, pode implantar um programa de melhoria da gestão por meio de autoavaliações e obter um profundo diagnóstico do sistema de gestão, além de poder se candidatar ao Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ).
O Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) permite às organizações, independentemente de porte ou setor, adequar as suas práticas de gestão aos conceitos de uma empresa de Classe Mundial, respeitando a cultura existente. Isso é possível pelo fato de o MEG ser considerado um modelo de referência e aprendizado, no qual não existe prescrição na sua implementação de práticas de gestão.
O Modelo tem como foco o estímulo à organização para obtenção de respostas, por meio de práticas de gestão, sempre com vistas à geração de resultados que tornem a organização mais competitiva.
Os oito Critérios de Excelência referem-se a:
1. Liderança
Esse Critério aborda os processos gerenciais relativos à orientação filosófica da organização e controle externo sobre sua direção; ao engajamento, pelas lideranças, das pessoas e partes interessadas na sua causa; e ao controle de resultados pela direção.
2. Estratégias e Planos
Esse Critério aborda os processos gerenciais relativos à concepção e à execução das estratégias, inclusive aqueles referentes ao estabelecimento de metas e à definição e ao acompanhamento de planos necessários para o êxito das estratégias.
3. Clientes
Esse Critério aborda os processos gerenciais relativos ao tratamento de informações de clientes e mercado e à comunicação com o mercado e clientes atuais e potenciais.
4. Sociedade
Esse Critério aborda os processos gerenciais relativos ao respeito e tratamento das demandas da sociedade e do meio ambiente e ao desenvolvimento social das comunidades mais influenciadas pela organização.
5. Informações e Conhecimento
Esse Critério aborda os processos gerenciais relativos ao tratamento organizado da demanda por informações na organização e ao desenvolvimento controlado dos ativos intangíveis geradores de diferenciais competitivos, especialmente os de conhecimento.
6. Pessoas
Esse Critério aborda os processos gerenciais relativos à configuração de equipes de alto desempenho, ao desenvolvimento de competências das pessoas e à manutenção do seu bem-estar.
7. Processos
Esse Critério aborda os processos gerenciais relativos aos processos principais do negócio e aos de apoio, tratando separadamente os relativos a fornecedores e os econômico-financeiros.
8. Resultados
Esse Critério aborda os resultados da organização na forma de séries históricas e acompanhados de referenciais comparativos pertinentes, para avaliar o nível alcançado, e de níveis de desempenho associados aos principais requisitos de partes interessadas, para verificar o atendimento.
A implementação dos critérios de excelência desdobrados em práticas de gestão proporciona às organizações: desenvolvimento da visão sistêmica, melhoria do desempenho, foco em resultados planejados, uniformidade de comunicação gerencial, comprometimento e cooperação das pessoas, clareza dos pontos fortes e oportunidades para melhoria, confiança das partes interessadas na administração, entre outras.
Além disso, estudos comprovam que a adoção destes critérios através de um modelo de gestão bem estruturado confere às organizações sucesso econômico sustentável e desempenho superior em faturamento e margem de lucro.
Considerações finais
Esta pesquisa indicou que, apesar da elaboração do planejamento estratégico para o crescimento e competitividade da sua empresa, tal prática ainda está longe de ser o ideal em pequenas e médias empresas. 
Ao relacionar fatores como crescimento, lucratividade e tempo de existência, concluiu-se que as empresas que menos cresceram em 2009 e as que tiveram menor lucratividade são as que menos se preocuparam em formalizar o seu planejamento estratégico. Pôde-se também relacionar prejuízo com a falta de planejamento estratégico estruturado, uma vez que, a maior parte das empresas que declararam que tiveram prejuízo no ano anterior não elaborou o seu planejamento.
Observou-se que empresas com menor tempo de existência demonstram uma maior preocupação estratégica e buscam estar mais adequadas com técnicas e ferramentas administrativas. Contudo, os resultados ainda estão aquém de serem os ideais.
Estas constatações demonstram a importância de se difundir a necessidade de que pequenas e médias empresas se planejem estrategicamente para o futuro e recomenda-se, inclusive, a utilização de modelos de planejamento estratégico que atendam as necessidades dessas empresas e possam ser o alicerce para o seu crescimento sustentável.
Conforme comentam Sandberg et al (2001) o século XXI reúne muitas oportunidades para empreendedores e novos negócios, evidenciando que as pequenas e médias empresas podem aproveitar as oportunidades que a globalização tem a lhes oferecer. Portanto considera-se que um melhor conhecimento estratégico e a formalização em planos sistemáticos podem contribuir para o crescimento destas empresas que já possuem grande representatividade para a economia brasileira.
Deve-se também comentar a especificidade do setor de tecnologia da informação quanto ao seu dinamismo e necessidade de atenção aos movimentos do ambiente de negócios, fatores estes que podem ser decisivos para a competitividade daorganização.
Contudo, para a organização sobreviver e se tornar competitiva no cenário globalizado atual, sua estratégia e objetivos devem ser claros para todos os seus níveis, incluindo os gerentes de projetos, pois, com o bom conhecimento do caminho que a empresa pretende percorrer, eles poderão ser mais criteriosos na seleção de projetos estratégicos que estejam diretamente relacionados com a visão da empresa, criando critérios de priorização e alocação de recursos. Para o sucesso da organização, os dois processos de elaboração da estratégia e gerenciamento de projetos devem ter igual importância e sinergia. Por um lado, uma vez que projetos que não estão relacionados à estratégia podem levar ao insucesso, diminuição de recursos disponíveis e não atingimento de meta, por outro, projetos mal gerenciados, sem critérios de seleção e metodologia podem alcançar os mesmos resultados ruins.
Referências
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