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UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE DDOO EESSTTAADDOO DDOO RRIIOO DDEE JJAANNEEIIRROO CENTRO BIOMÉDICO FACULDADE DE ENFERMAGEM COORDENAÇÃO DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO EM TERAPIA INTENSIVA Módulo Cardiologia Francimar Tinoco de Oliveira 2011 AAnnaattoommiiaa ee FFiissiioollooggiiaa CCaarrddííaaccaa O coração Órgão muscular oco, coniforme, situado no centro do tórax, atrás do esterno, a frente da coluna, na cavidade mediastínica, apoiado sobre o diafragma. Pesa cerca de 300 gramas. Parte superior (base) abaixo da segunda costela, parte inferior (ápice) voltada para frente e para baixo, inclinando-se à esquerda. Dividido em duas metades, direita e esquerda, por um septo longitudinal orientado obliquamente. Cada metade consiste de uma câmara chamada átrio, que recebe o sangue das veias, e de outra, chamada ventrículo, que impulsiona o sangue para o interior das artérias. A veia cava superior e a cava inferior conduzem o sangue venoso para o átrio direito. A seguir, o sangue penetra no ventrículo direito, do qual é ejetado para o tronco pulmonar. As artérias pulmonares direita e esquerda levam o sangue para os pulmões e as veias pulmonares trazem-no de volta ao átrio esquerdo. O sangue penetra, então, no ventrículo esquerdo e é ejetado para o interior da aorta. AAss ccaammaaddaass ccaarrddííaaccaass Epicárdio – Superfície mesotelial e uma camada serosa de tecido conjuntivo. As artérias coronárias caminham pelo epicárdio antes de atingir o miocárdio Visceral Miocárdio Endocárdio Parietal - Formação fibrosa, pouco elástica à distensão rápida. Camada externa que adere às estruturas que circundam o coração, constituindo o saco pericárdico. Pericárdio OBS: Entre o pericárdio visceral e o parietal existe cerca de 10 a 20ml de líquido. Válvulas Cardíacas Unidirecionais Todas as valvas abrem e fecham passivamente, devido à pressão no interior das cavidades que elas conectam, servindo como portas unidirecionais que mantém o sangue fluindo na direção anterógrada. As faces atriais das cúspides são lisas (facilitando a passagem da corrente sangüínea), enquanto que as faces ventriculares são anfractuosas em conseqüência da inserção nas cordoalhas tendíneas, que colaboram no seu fechamento. Fechadas evitam o refluxo ou regurgitação do sangue de uma cavidade para outra. As cúspides das valvas AV são ancoradas a músculos papilares da parede cardíaca através de fibras denominadas cordoalhas tendíneas. As cordoalhas funcionam em conjunto, evitando que as valvas se projetem para trás na contração ventricular. AAttrriioovveennttrriiccuullaarr ddiirreeiittaa ((TTrriiccúússppiiddee)) –– VVaallvvaa eennttrree oo AADD ee oo VVDD AAttrriioovveennttrriiccuullaarr eessqquueerrddaa ((MMiittrraall)) –– VVaallvvaa eennttrree oo AAEE ee oo VVEE SSeemmiilluunnaarr eessqquueerrddaa ((AAóórrttiiccaa)) –– VVaallvvaa sseemmiilluunnaarr eennttrree oo VVEE ee aa aaoorrttaa SSeemmiilluunnaarr ddiirreeiittaa ((PPuullmmoonnaarr)) -- VVaallvvaa sseemmiilluunnaarr eennttrree oo VVDD ee aa aarrttéérriiaa ppuullmmoonnaarr AArrttéérriiaass CCoorroonnáárriiaass As artérias coronárias nascem dos seios aórticos direito e esquerdo. A artéria coronária direita nasce no seio aórtico direito e artéria coronária esquerda nasce no seio aórtico esquerdo. Enchem-se de sangue quando os ventrículos estão em diástole e se enchendo. A valva semilunar esquerda (aórtica), está fechada neste momento, de modo que ela não bloqueia o fluxo sanguíneo através do óstio coronário para o interior das artérias coronárias. Artéria Descendente Anterior – Irriga maior parte da parede anterior do ventrículo esquerdo, parede anterior do septo e parede anterior do ventrículo direito. Artéria Coronária Direita – Nutre o ventrículo direito (exceto porção esquerda da parede anterior), a porção direita da parede posterior do VE e parte do septo interventricular. Artéria Coronária Circunflexa Esquerda – Irriga a parede lateral do ventrículo esquerdo e o átrio esquerdo. CCiicclloo CCaarrddííaaccoo CCoonnssiissttee ddaass sseegguuiinntteess ffaasseess:: CCoonnttrraaççããoo vveennttrriiccuullaarr iissoovvoolluummééttrriiccaa EEjjeeççããoo vveennttrriiccuullaarr RReellaaxxaammeennttoo iissoovvoolluummééttrriiccoo EEnncchhiimmeennttoo vveennttrriiccuullaarr SSííssttoollee aattrriiaall CCiicclloo CCaarrddííaaccoo CCoonnttrraaççããoo vveennttrriiccuullaarr iissoovvoolluummééttrriiccaa Após a sístole atrial os ventrículos estão em sua capacidade máxima de volume e com sua maior pressão diastólica (pressão diastólica final ou PD2). As valvas aórtica e pulmonar encontram-se fechadas. A ativação elétrica chega ao ventrículo e começa a fase de contração muscular, a pressão intracavitária sobe rapidamente e as valvas AV se fecham completamente. Ocorre aqui a primeira bulha (linha 1 da figura 1). As valvas semilunares direita e esquerda permanecem fechadas durante toda essa fase. EEjjeeççããoo vveennttrriiccuullaarr Quando a pressão ventricular excede a pressão arterial aórtica e pulmonar, ocorre a abertura das valvas semilunares, seguida da expulsão do volume ventricular para as grandes artérias (fase ascendente da curva de pressão, após a linha 2 da figura 1). A taxa da ejeção ventricular não depende apenas da força de contração do músculo cardíaco e do gradiente de pressão formado a nível das valvas, mas também das propriedades elásticas dos grandes vasos e da árvore arterial. RReellaaxxaammeennttoo iissoovvoolluummééttrriiccoo Com o fim da contração muscular e o início da diástole fisiológica, na verdade ainda estamos no período da sístole cardíaca. A contração começa a se extinguir a partir do ápice da onda de pressão ventricular (com cada vez mais miofibrilas em estado de relaxamento). A pressão se reduz (curva descendente da pressão ventricular da figura1 ) e por um certo período de tempo a ejeção ainda ocorre em fase reduzida, mesmo com o músculo cardíaco já tendo iniciado seu relaxamento. Em um determinado ponto, quando a pressão na aorta e na artéria pulmonar supera a ventricular as valvas semilunares direita e esquerda fecham-se, caracterizando o início da diástole cardíaca Aqui ocorre a segunda bulha (linha 3 - fig1). Nesse instante ocorre o entalhe dicrótico da curva de pressão arterial. EEnncchhiimmeennttoo vveennttrriiccuullaarr a) Fase de enchimento rápido Quando a pressão ventricular por fim se reduz abaixo da pressão atrial, que nesse momento é máxima (ápice da onda v da curva de pressão atrial - linha 4 - fig1) as valvas AV se abrem deixando passar um grande fluxo rapidamente em direção ao ventrículo. Cerca de 70% do enchimento ventricular ocorre nessa fase. b)Fase de enchimento lento Também chamado de diastase. Com o enchimento do ventrículo e o fim da fase ativa do relaxamento do músculo cardíaco, ocorre uma desaceleração importante do fluxo. A valvas AV tendem a se fechar passivamente. No momento da desaceleração do fluxo rápido para o fluxo lento é que ocorre o 3º ruído cardíaco. O fluxo do átrio para o ventrículo é bastante reduzido, chegando a quase parar. cc)) SSííssttoollee aattrriiaall Nova contração atrial ocorre, finalizando o ciclo. As valvas AV se reabrem, momento em que ocorre a onda A da valva mitral ao ECO unidimensional e o 4º ruído cardíaco. A sístole atrial pode representar até 20% do volume diastólico final do ventrículo, sendo de grande importância para a manutenção do débito cardíaco nos pacientes que possuam algum tipo de restrição funcional do VE. OO ddéébbiittoo ddoo cciicclloo ccaarrddííaaccoo DDéébbiittoo ccaarrddííaaccoo ((DDCC)) == QQuuaannttiiddaaddee ddee ssaanngguuee qquuee oo ccoorraaççããoo bboommbbeeiiaa eemm 11 mmiinnuuttoo VVoolluummee ssiissttóólliiccoo ((VVSS)) == QQuuaannttiiddaaddee ddee ssaanngguuee eejjeettaaddaa eemm ccaaddaa ccoonnttrraaççããoo vveennttrriiccuullaarr FFrreeqqüüêênncciiaa ccaarrddííaaccaa ((FFCC)) == NNúúmmeerroo ddee bbaattiimmeennttooss ccaarrddííaaccooss//mmiinnuuttoo DC = VS x FR FFaattoorreess qquuee iinnfflluueenncciiaamm oo ddéébbiittoo ccaarrddííaaccoo Pré-carga – Refere-se ao alongamento passivo exercido pelo sangue sobre o músculo ventricular no final da diástole. De acordo com a lei de Starling, quanto mais alongados estiverem os músculos na diástole, mais vigorosa será a contração durante a sístole. Pós-carga – Refere-se a pressão que os ventrículos precisam gerar para sobrepujar a pressão mais alta na aorta. Valores normais de pressão: VE – 5 a 8 mmHg Aorta – 70 a 80 mmHg Essa diferença significa que o VE precisa bombear com força suficiente para abrir a válvula semilunar esquerda. CCoonnttrraattiilliiddaaddee –– CCaappaacciiddaaddee ddaass ccéélluullaass mmuussccuullaarreess ssee ccoonnttrraaíírreemm aappóóss aa ddeessppoollaarriizzaaççããoo.. EEssssaa ccaappaacciiddaaddee ddeeppeennddee ddaa iinntteennssiiddaaddee ddoo aalloonnggaammeennttoo ddaass ffiibbrraass mmuussccuullaarreess aaoo ffiinnaall ddaa ddiiáássttoollee.. BBuullhhaass CCaarrddííaaccaass As bulhas cardíacas são vibrações de curta duração, que ocorrem nos intervalos do ciclo cardíaco. Primeira bulha cardíaca – é o som produzido pelo início da sístole ventricular, quando ocorre o fechamento das válvulas mitral e tricúspide. Segunda bulha cardíaca – é o som produzido no final da sístole ventricular, quando ocorre o fechamento das válvulas aórtica e pulmonares. Terceira bulha cardíaca – é considerado uma bulha anormal, ocorre logo após a Segunda bulha cardíaca, sendo de baixa intensidade. Ela representa a existência de sobrecarga ventricular. Quarta bulha cardíaca – é considerado também uma bulha anormal, é sempre patológica e de baixa intensidade. Ela representa a existência de uma sobrecarga atrial, ocorrendo imediatamente antes da primeira bulha cardíaca. IInneerrvvaaççããoo ddoo ccoorraaççããoo O coração é inervado por fibras nervosas autônomas que incluem fibras sensitivas, oriundas dos nervos vagos e dos troncos simpáticos. O sistema simpático constitui o componente ativador do sistema de comando, provocando o aumento da freqüência cardíaca e da contratilidade miocárdica. O sistema parassimpático inibe o sistema de comando, reduz a freqüência cardíaca. As fibras pós-ganglionares de ambos os sistemas inervam os nós sinusal e Átrioventricular. CCuurrvvaa ddoo ppootteenncciiaall ddee aaççããoo FFaassee 00 –– DDeessppoollaarriizzaaççããoo FFaassee 11 –– RRááppiiddaa rreeppoollaarriizzaaççããoo pprreeccooccee FFaassee 22 –– FFaassee ddee ppllaattôô ((rreeppoollaarriizzaaççããoo lleennttaa)) FFaassee 33 –– FFaassee ddee rreeppoollaarriizzaaççããoo rrááppiiddaa FFaassee 44 –– FFaassee ddee rreeppoouussoo ddoo ppootteenncciiaall ddee aaççããoo ((ccéélluullaa pprroonnttaa pp// nnoovvoo eessttíímmuulloo)) Fases 1,2,3 = Período refratário absoluto (nenhum estímulo excita a célula) Final da fase 3 = Período refratário relativo (impulso intenso pode despolarizar a célula) TTrraannssmmiissssããoo ddee iimmppuullssooss eellééttrriiccooss AAuuttoommaattiicciiddaaddee –– CCaappaacciiddaaddee ddaa ccéélluullaa ddee iinniicciiaarr eessppoonnttaanneeaammeennttee uumm iimmppuullssoo EExxcciittaabbiilliiddaaddee –– RReessuullttaa ddoo ddeessllooccaammeennttoo ddee ííoonnss aattrraavvééss ddaa mmeemmbbrraannaa cceelluullaarr ee iinnddiiccaa ddee qquuee mmooddoo aa ccéélluullaa rreessppoonnddee aa uumm eessttíímmuulloo eellééttrriiccoo CCoonndduuttiivviiddaaddee –– CCaappaacciiddaaddee ddee ttrraannssmmiittiirr uumm iimmppuullssoo ppaarraa oouuttrraa ccéélluullaa ccaarrddííaaccaa CCoonnttrraattiilliiddaaddee –– RReeffeerree--ssee aaoo mmooddoo ddaa ccéélluullaa ssee ccoonnttrraaiirr aappóóss rreecceebbeerr uumm eessttíímmuulloo SSiisstteemmaa ddee ccoonndduuççããoo Nódulo sinusal: Se encontra no canto superior do átrio direito, entre a veia cava superior e o apêndice atrial direito; possui aspecto geral de um caracol. Principal marcapasso do coração, gera impulsos 60 a 100 vezes/minuto Feixe nervoso de Bachmann: Ramos de tecido que se estendem desde o nódulo sinusal até o átrio esquerdo, permitindo a transmissão de impulsos elétricos Nódulo AV: Localizado na porção inferior do átrio direito, próximo ao óstio do seio coronário. Retarda os impulsos em 0,04 segundos impedindo que os ventrículos se contraiam muito rapidamente.Não possui células de marcapasso, mas, o tecido ao seu redor (tecido juncional) contém essas células, podendo disparar a uma freqüência de 40 a 60 vezes/minuto Feixe de His:: Feixe de tecido que se estende até os ventrículos próximo ao septo interventricular, permite a condução rápida através dos ventrículos. Divide-se em ramos direito e esquerdo, o ramo esquerdo se ramifica em dois ramos ou fascículos, fascículo anterior esquerdo e fascículo posterior esquerdo. Fibras de His-Purkinje: Estendem-se desde os ramos até o endocárdio, profundamente no interior do tecido do miocárdio. Também podem servir como marcapasso, descarregando impulsos a uma freqüência de 20 a 40 vezes/minuto. Princípios básicos de Eletrocardiografia OBJETIVOS •Registrar os sinais elétricos emitidos durante a atividade cardíaca •Refletir a atividade elétrica do coração •Oferecer informação acerca da função cardíaca MECANISMO •Registrar os sinais elétricos emitidos durante a atividade cardíaca •Refletir a atividade elétrica do coração •Oferecer informação acerca da função cardíaca Mostra precisamente a seqüência destes eventos nas câmaras cardíacas Derivações e Planos São vetores pelos quais a eletrocardiografia fornece informações acerca da estimulação elétrica do tecido miocárdico. •Os eletrodos aderidos à pele captam o percurso da descarga elétrica através do coração•A corrente é então traduzida por ondas Fornecem a visão da atividade elétrica do coração entre um pólo positivo (+) e um pólo negativo (-) Entre os pólos há uma linha imaginária representando o eixo de despolarização. Este eixo se refere à direção da corrente elétrica através do coração AS DOZE DERIVAÇÕES •Fornecem informações sobre 12 diferentes “segmentos” do coração “promovendo” uma completa imagem da atividade elétrica DIREÇÃO DAS CORRENTES ELÉTRICAS E DEFLEXÃO DAS ONDAS DERIVAÇÕES DOS MEMBROS TRIÂNGULO DE EINTHOVEN DERIVAÇÕES DOS MEMBROS - BIPOLARES D I - Esta derivação conecta o braço direito (pólo negativo) com o braço esquerdo (pólo positivo) D II - Esta derivação conecta o braço direito (pólo negativo) com a perna esquerda (pólo positivo) D III - Esta derivação conecta o braço esquerdo (pólo negativo) com a perna esquerda (pólo positivo) DERIVAÇÕES DOS MEMBROS- UNIPOLARES AVR - Esta derivação conecta o braço direito (polo positivo) com o coração (polo negativo) AVL - Esta derivação conecta o braço esquerdo (pólo positivo) com o coração (pólo negativo) AVF - Esta derivação conecta a perna esquerda (polo positivo) com o coração (polo negativo) DERIVAÇÕES PRECORDIAIS POSIÇÃO PRECORDIAL DOS ELETRODOS As derivações precordiais se completam com as derivações dos membros, oferecendo uma completa visão do coração, através do plano cardíaco horizontal. PLANOS Refere-se a uma perspectiva da atividade elétrica do coração Plano Frontal - Corte vertical que fornece a visão antero-posterior da atividade elétrica do coração Plano Horizontal - Corte transverso que fornece a visão superior e inferior da atividade elétrica do coração A MONITORIZAÇÃO CARDÍACA CONTÍNUA 1960 Surgiram novos equipamentos, permitindo assim a evolução no atendimento de cardiopatias. MONITORIZAÇÃO EFICAZ •PREPARO DA PELE Limpar o local da futura adesão do eletrodo com algodão embebido em álcool Friccionar a pele com o algodão remove células mortas e melhora o contato elétrico Esperar o álcool secar antes da adesão do eletrodo evita irritação e ferimento da pele Pêlos podem interferir no contato elétrico, logo, devem ser retirados. •ELETRODOS BEM POSICIONADOS E FIXOS Certifique-se que o eletrodo pré-geleificado ainda está úmido. Eletrodo ressecado diminui o contato e interfere nas ondas Cabos de conexão por clipe devem ser conectado ao eletrodo depois de ter sido fixado ao tórax do paciente Cabos de conexão por encaixe devem ser conectado ao eletrodo antes de ser colocado sobre o tórax do paciente Devem ser trocados a cada 24 horas, permitindo a avaliação da pele UTILIZANDO O SISTEMA DE 5 ELETRODOS Existe uma codificação de cores para a colocação dos eletrodos RA – AMARELO - BRAÇO DIREITO LA - PRETO – BRAÇO ESQUERDO RL - VERDE – PERNA DIREITA LL - VERMELHO – PERNA ESQUERDA C - MARROM – TÓRAX DETECTANDO PROBLEMAS DE MONITORIZAÇÃO Artefato = Interferência Pode ser observado em movimentos excessivos. A linha de base do ECG parece ondulada ou tremida. Eletrodos ressecados também podem causar este problema O QUE PODE CAUSAR? O QUE FAZER? Convulsões, tremores, ansiedade Conexões sujas ou corroídas Aplicação incorreta do eletrodo Curto-circuito em fios ou cabos Interferência elétrica por outro equipamento elétrico no quarto Tratar a causa Substituir fios sujos ou corroídos Verificar eletrodos e reposicioná-los se necessário. Limpar a pele do paciente Verificar gel do eletrodo Substituir equipamento quebrado Certificar-se da conexão terra Sinal fraco O QUE PODE CAUSAR? O QUE FAZER? Aplicação incorreta do eletrodo Complexo QRS muito pequeno para registrar Defeito de fio ou cabo Verificar eletrodos e reposicioná-los se necessário. Reajustar o ganho para que a altura do QRS fique acima de 1 mV Tentar monitorizar o paciente por meio de outra derivação Substituir fios ou cabos com defeito Oscilação da linha de base O QUE PODE CAUSAR? O QUE FAZER? Aplicação incorreta do eletrodo Eletrodo posicionado sobre o osso Paciente inquieto Movimento da parede torácica durante respiração Verificar eletrodos e reposicioná- los se necessário. Tentar incentivar o paciente a relaxar Verificar se tensão sobre o cabo não está tracionando o eletrodo no tórax do paciente Espessamento da linha de base (interferência elétrica) Pode ser causada por: Vazamento de força elétrica, em razão da interferência de outro equipamento na sala ou equipamento com mau aterramento. Como resultado a corrente perdida pulsa a uma freqüência de 60 ciclos/segundo. Aparece no ECG como linha de base espessa e ilegível. O QUE PODE CAUSAR? O QUE FAZER? Interferência elétrica de outro equipamento na sala Mau aterramento do leito do paciente Mau funcionamento do eletrodo Verificar se o equipamento elétrico está conectado a um terra comum Verificar todas as tomadas de três pinos para assegura que nenhum está solto Substituir os eletrodos Linha de base reta (sem ondas) O QUE PODE CAUSAR? O QUE FAZER? Má aplicação do eletrodo (perpendicular ao eixo cardíaco) Eletrodo desconectado Gel do eletrodo ressecado Defeito do fio ou cabo Substituir os eletrodos mal posicionados Verificar gel do eletrodo, se ressecado, usar eletrodos novos Substituir fios e cabos com defeito ESTIMULAÇÃO CARDÍACA O estímulo elétrico induz uma Despolarização quando uma onda de estimulação passa através do coração, as células adquirem cargas positivas e ocorre a Contração. A Repolarização restabelece o estado original com cargas negativas no interior da célula. Corresponde à fase de relaxamento do músculo miocárdio. A despolarização e a repolarização são fenômenos puramente elétricos da célula miocárdica , originados por correntes eletrolíticas do Sódio e Potássio. ECG Normal Os Componentes do ECG O E.C.G. representa a ocorrência de eventos elétricos em um ciclo cardíaco. Um complexo sistema de 5 ondas nomeadas com as letras P, Q, R, S e T . As três letras QRS referem-se a uma unidade - o complexo QRS. O traçado do ECG representa a condução do impulso elétrico dos átrios até os ventrículos. Esta grade de ECG mostra suas linhas horizontais e verticais e seus respectivos valores de mensuração ONDA P Representa a despolarização atrial ou condução do impulso elétrico através do átrio. Ao avaliar uma onda P, devemos observar atentamente suas características, especialmente a localização, configuração e deflexão. Configuração Arredondada e acima da linhade base Localização Precede o complexo QRS Amplitude De 2 a 3 mm de altura Duração 0.06 a 0.12 segundos A m p l i t u d e Tempo em segundos Deflexões + nas derivações I, II e AVF e de V1 a V6 +, mas pode variar, em III e AVL - ou invertida em AVR - ou + ou isoelétrico em V1 Onda P apiculada ou alargada Hipertrofia atrial associada à doença pulmonar obstrutiva crônica, embolia pulmonar, doença valvar ou insuficiência cardíaca congestiva Inversão de onda P Condução átrio-ventricular reversa ou retrógrada Variações de onda P Marca-passo migratório, irritabilidade do tecido atrial ou lesão próxima ao nó sinusal Ausência de onda P Ritmo juncional ou ritmo de fibrilação atrial Onda P não precede QRS Um bloqueio total pode estar presente O INTERVALO PR NORMAL Representa a passagem do impulso atrial através do nó AV, feixe de His, ramos direito e esquerdo. Localização Do começo da onda P até o começo do complexo QRS Duração 0,12 a 0.20 segundos ( 3 a 5 quadrados pequenos) ALTERAÇÕES NO INTERVALO PR Alterações na formação do impulso, ou uma condução lenta, como a vista nos bloqueios AV. Intervalo PR curto Impulso originado em algum lugar que não o nó sinoatrial Arritmias juncionais O prolongamento do intervalo PR Retardo na condução, por intoxicação digitálica ou bloqueio cardíaco Alentecimento relacionado a isquemia ou doença do tecido de condução O COMPLEXO QRS O complexo QRS representa a despolarização dos ventrículos COMPLEXO QRS NORMAL Localização Seguido ao intervalo PR Amplitude 5 a 30 mm de altura, que difere em cada derivação usada Duração 0,06 a 0,10 segundos A duração é mensurada do início da onda Q ao final da onda S ou do começo da onda R, se a onda Q estiver ausente Configuração Consiste de uma onda Q (primeira defexão negativa) , a onda R (a 1ª deflexão positiva depois da onda Q) e a onda S (a 1ª deflexão negativa depois da onda R) Deflexões Positivas em: I, II e III, AVL e AVF, V4, V5 e V6 Negativas em: AVR, V1 Negativa ou bifásica em V2 e V3 O complexo QRS traduz também o tempo de condução intraventricular O SEGMENTO ST Representa o fim da condução ou despolarização ventricular e o começo da repolarização SEGMENTO ST NORMAL Localização Estende-se da onda S ao começo da onda T Deflexão Usualmente isoelétrica. Pode variar de 0.5 a 1 mm em algumas derivações precordiais ALTERAÇÕES DO SEGMENTO ST ST infra-desnivelado - Quando está 0.5 mm ou mais abaixo da linha de base pode indicar isquemia miocárdica ou intoxicação digitálica ST supra-desnivelado - Quando está 1 mm ou mais acima da linha de base. A elevação do ST pode indicar injúria miocárdica A ONDA T Representa a repolarização ventricular ONDA T NORMAL Localização Segue-se à onda S Amplitude 0,5 mm nas derivações I, II e III e acima de 1,0 mm nas derivações precordiais Configuração Tipicamente arredondada e suave Deflexão Usualmente acima da linha de base nas derivações I, II e V3 e V6Invertida na derivação AVR Variável nas demais derivações O pico da onda T Período refratário relativo ou de repolarização ventricular Inversão da onda T Nas derivações I, II e V3 a V6 pode representar isquemia miocárdica O INTERVALO QT Mensura a despolarização e repolarização ventricular. A duração do intervalo QT varia de acordo com a freqüência cardíaca INTERVALO QT NORMAL O intervalo QT mostra o tempo necessário para o ciclo de despolarização e repolarização ventricular Localização: Estende-se do início do complexo QRS até o término da onda T Duração: Varia de acordo com idade, sexo e freqüência cardíaca. 0,36 a 0,44 s ALTERAÇÕES DO INTERVALO QT Prolongamento do intervalo QT Repolarização ventricular prolongada Intervalo QT curto Intoxicação digitálica ou hipercalcemia A ONDA U Representa o período de recuperação da rede de Purkinje ou fibras de condução ventricular. Ela não está presente em todos os ECGs com ritmo sinusal Localização: Segue-se a onda T Configuração: Tipicamente acima da linha da base e arredondada INTERPRETAÇÃO DE UM RITMO SINUSAL Analisar ritmos em ECG requer seqüencial e sistemático empenho. Mas para iniciar podemos seguir 8 passos 1º PASSO - Cheque o ritmo Se as ondas R ocorrem em intervalos regulares, o ritmo ventricular é considerado normal 2º PASSO - Cálculo da freqüência cardíaca 1. Contar o número de ondas R numa tira de 15 cm do traçado do ECG (6segundos). Multiplicar esta soma por 10 = freqüência por minuto 2. Conte os quadrados pequenos entre pontos idênticos em duas ondas P consecutivas e divida 1500 por esse nº. 3º PASSO- Avaliar a onda P Pergunte-se •A onda P está presente? •Apresenta configuração e tamanhos normais? •Para cada P existe um complexo QRS? 4º PASSO-Cheque intervalo PR Mensure o intervalo PR e pergunte-se •A duração está normal, entre 0,12 e 0,20 segundos? •Este intervalo PR é constante? 5º PASSO- Cheque o QRS •Sua duração está entre 0.06 a 0.10 segundos? •Todos os complexo QRS apresentam a mesma forma e tamanho? •Para cada complexo QRS aparece uma onda P? 6º PASSO-Examine a onda T •As ondas T estão presentes? •Todas tem forma normal? •Apresentam amplitude normal? 7º PASSO Cheque o intervalo QT Pergunte-se: •A duração do intervalo está normal, entre 0,36 e 0,44 segundos? 8º PASSO - Não esqueça Cheque: •Batimentos ectópicos e outras anormalidades •Segmento ST •Presença de onda U Anote suas observações e interprete o ritmo de acordo com cada item encontrado RECONHECENDO UM RITMO CARDÍACO SINUSAL NORMAL •O impulso tem sua origem no nó sinusal •O estímulo atinge os átrios •Passa pelo nó átrio-ventricular •Atravessa o feixe de His por seus dois ramos até as fibras de Purkinje •Assim, progride pelos ventrículos através de uma condução normal REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 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