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12/07/17 1 Sistema endócrino Funções • Produção de hormônios: regulação das funções de tecidos • Proximidade a capilares sanguíneos; agem longe do local de produção Localização das glândulas 743 C H A PTER 21 Endocrine O rgans O V ER V IEW O F TH E EN D O C R IN E S Y S TEM Individual hormone-secreting cells are present in many organs to regulate their activity. Th e collection of individual endocrine cells in various organs constitutes the diffuse neuroendocrine system (DNES; see page 578). In addition to their endocrine function, cells of the DNES system exercise autocrine and paracrine control of the activity of their own and adjacent epithelial cells by diff usion of peptide secretions. Other chapters discuss the endocrine function of adipose tissue, individual cells within the liver, pancreas, and kidney, and the gastrointestinal, cardiovascular, respiratory, reproductive, lymphatic, and integumentary systems (see Fig. 21.1). Hormones and Their Receptors In general, a hormone is described as a biological substance acting on specifi c target cells. In the classic defi nition, a hormone is a secretory product of endocrine cells and organs that passes into the circulatory system (bloodstream) for transport to target cells. For years, this endocrine control of target tissues became a central part of endocrinology. However, a variety of hormones and hormonally active substances are not always discharged into the bloodstream but are released into connective tissue spaces. Th ey may act on adjacent cells or diff use to nearby target cells that express specifi c receptors for that particular hormone (Fig. 21.2). Th is type of hormonal action is referred to as paracrine control. In addition, some cells express receptors for hormones that they secrete. Th is type of hormonal action is referred to as autocrine control. Th ese hormones regu- late the cell’s own activity. Figure 21.2 summarizes various hormonal control mechanisms. Hormones include three classes of compounds. Cells of the endocrine system release more than 100 hormones and hormonally active substances that are chemically divided into three classes of compounds: • Peptides (small peptides, polypeptides, and proteins) form the largest group of hormones. Th ey are synthesized and secreted by cells of the hypothalamus, pituitary gland, thyroid gland, parathyroid gland, pancreas, and scattered As mentioned above, the majority of hormone-producing cells have an epithelial origin, either from the central nervous system (CNS) (i.e., posterior lobe of pituitary gland, pineal gland), neural crest (i.e., medulla of supra- renal gland), or epithelial lining of the developing gut tube (i.e., anterior lobe of pituitary gland, thyroid and parathyroid glands). Only a few endocrine glands/cells have a mesen- chymal origin and are derived from the urogenital ridges (i.e., cortex of the adrenal gland, Leydig cells in the testis, and steroid-secreting cells of developing follicles in the ovary). Th is chapter primarily describes the major endocrine glands in which the hormone-secreting cells constitute the majority of the gland parenchyma. Secretory cells in the gland parenchyma form various arrangements, such as follicles (thyroid gland), anas- tomosing cords (adrenal glands), or nests (parathyroid glands). Th ey are also present in clusters (nuclei in the hypothalamus) or layers surrounding the functional and structural elements of the organ (testis, ovaries, or placenta). Th ese characteristics are useful in microscopic identifi cation of the specifi c endocrine organs. thymus heart lungs liver stomach pancreas kidney small intestine skin adipose tissue prostate seminal vesicles hypothalamus adrenal glands placenta ovaries (female) testes (male) thyroid gland parathyroid glands pituitary gland pineal gland ORGANS WITH HORMONE- SECRETING CELLS MAJOR ENDOCRINE GLANDS FIGURE 21.1 ▲ Location of the major endocrine glands and organs containing hormone-secreting cells. This drawing shows the major endocrine glands in which the hormone-secreting cells constitute the majority of the gland parenchyma. Note that the placenta is a tempo- rary organ developed from maternal and fetal tissues and is also a major endocrine organ that secretes steroid and protein hormones during preg- nancy (see Chapter 23). Hormone-secreting cells, commonly classifi ed as part of the diff use neuroendocrine system (DNES), are present in many organs to regulate their activity. In addition, adipose tissue is an impor- tant hormonally active tissue that secrets a variety of hormones, growth factors, and cytokines, collectively called adipokines (see Chapter 9). a b c FIGURE 21.2 ▲ Hormonal control mechanisms. This schematic diagram shows three basic types of control mechanisms. a. In endocrine control, the hormone is discharged from a cell into the bloodstream and is transported to the eff ector cells. b. In paracrine control, the hormone is secreted from one cell and acts on adjacent cells that express specifi c receptors. c. In autocrine control, the hormone responds to the receptors located on the cell that produces it. Pawlina_CH21.indd 743Pawlina_CH21.indd 743 9/29/14 7:20 PM9/29/14 7:20 PM - Pequeno órgão. - Localiza-se na sela túrcica do osso esfenóide. - Origem embriológica dupla: nervosa e ectodérmica. Embriogênese: - Nervosa = crescimento do assoalho do diencéfalo formando assim a neurohipófise. - Ectodérmica = teto da boca cresce na direção cranial formando a bolsa de Rathke separando-se da base formando então a adeno-hipófise. Hipófise 12/07/17 2 Esquema da embriogênese da hipófise A hipófise é classificada como glândula endócrina cordonal e é constituída por três regiões: pars distalis, pars intermedia e pars neuralis. "" Hormônios Hormônios são moléculas que agem como sinalizado, res químicos. Eles são liberados por células especializadas chamadas endócrinas, porque secretam "para ao contrário das células de glândulas exócrinas, cuja secreção é levada por meio de duetos excretores a uma cavidade ou à superfkie do corpo. Células endócrinas comumente se unem formando glândulas endócrinas, em que se organi- zam geralmente sob forma de cordões celulares. Uma exce- ção notável é a glândula tireoide, cujas células são organi- zadas como pequenas esferas, chamadas folículos. Além das glândulas endócrinas, há muitas células endócrinas isoladas, como as células endócrinas encontradas no trato digestivo. As células endócrinas estão sempre muito próximas de capilares sanguíneos, que recebem os hormônios secreta- dos e os distribuem pelo organismo, diluídos no plasma. Muitos hormônios, portanto, agem distantes do seu local de secreção. Há, no entanto, células endócrinas que produ- zem hormônios que agem a uma distância curta, um tipo de controle chamado parácrino. Esses hormônios podem chegar ao seu local de ação por meio de curtos trechos de vasos sanguíneos. Um bom exemplo de controle parácrino é o da gastrina, liberada pelas células G localizadas principal- mente na região do piloro no estômago. A gastrina alcança as glândulas fúndicas do estômago por vasos sanguíneos, estimulando a produção de ácido clorídrico. Outro modo de controle é o justácrino, no qual uma molécula é liberada na matriz extracelular, difunde-se por essa matriz e atua em células situadas a uma distância muito curta de onde foram liberadas. A inibição de secreção de insulina em ilhotas de Langerhans pela ação de somatosta- tina produzida por células da mesma ilhota é um exemplo de controle justácrino. No controle chamado de autócrino, as células podem produzir moléculas que agem nelas pró- priasou em células do mesmo tipo. O fator de crescimento semelhante à insulina (IGF) produzido por vários tipos celulares pode agir nas mesmas células que o produziram Os tecidos e órgãos nos quais os hormônios atuam são chamados tecidos-alvo ou órgãos-alvo. Esses reagem aos hormônios porque as suas células têm receptores que reco- nhecem especificamente determinados hormônios e só Assoalho do diencéfalo I Hístología Básíca a eles respondem. Por esse motivo, os hormônios podem circular no sangue sem influenciar indiscriminadamente todas as células do corpo. Outra vantagem da existência de receptores é a capacidade de resposta das células-alvo aos respectivos hormônios, mesmo se esses estiverem no san- gue em concentrações muito pequenas, o que normalmente acontece. As próprias células endócrinas também podem ser células-alvo de outras glândulas endócrinas. Deste modo, o organismo pode controlar a secreção de hormô- nios por um mecanismo de retroalimentação ifeedback) e manter níveis hormonais plasmáticos adequados dentro de limites muito precisos. "" Hipófise A hipófise ou pituitária é um pequeno órgão que pesa cerca de 0,5 g no adulto e cujas dimensões são cerca de 10 x 13 x 6 mm. Localiza-se em uma cavidade do osso esfenoide - a sella turcica - que é um importante ponto de referên- cia radiológico. A hipófise se liga ao hipotálamo, situado na base do cérebro, por um pedículo que é a ligação entre a hipófise e o sistema nervoso central. Ela tem origem embriológica dupla: nervosa e ecto- dérmica. A porção de origem nervosa se desenvolve pelo crescimento do assoalho do diencéfalo em direção caudal (Figura 20.1} e a porção ectodérmica da hipófise se desen- volve a partir de um trecho do ectoderrna do teto da boca primitiva que cresce em direção cranial formando a bolsa de Rathke. Uma constrição na base dessa bolsa acaba separando-a da cavidade bucal. Ao mesmo tempo, a parede anterior da bolsa de Rathke se espessa, diminuindo o tama- nho da cavidade da bolsa, que se torna reduzida a uma pequena fissura. A porção originada do diencéfalo mantém continuidade com o sistema nervoso, constituindo o pedí- culo da glândula. Em razão de sua origem embriológica dupla, a hipófise consiste, na realidade, em duas glândulas: a neuro-hipófise e a adeno-hipófise, unidas anatomicamente e tendo fun- ções diferentes., porém inter-relacionadas. A neuro-hipó- fise, a porção de origem nervosa, consta de uma porção volumosa - a pars nervosa -, e do seu pedículo de fixa- ção - o infunch'bulo -, que se continua com o hipotálamo (Figuras 20.1 e 20.2). Pars nervosa 1 1 , Teto da cavidade oral Bolsa de Teto da Rathke cavidade oral Figura 20.1 Oesenwlvimento embrionário da adeno-hipófise e da neuro-hípófise a partir do ectoderma do teto da cavidade oral e do assoalho dodienalfalo. 20 1 Glandulas Endócrinas Neurônios dos núcleos------ dorsomediano, dorsoventral e infundibular lnfundíbulo { Pedículo Eminência mediana Artéria ---11 ..... hipofisária inferior Veia-- Neurônios dos núcleos supraóptico e paraventricutar Plexo capilar secundário endócrinas A Hormônios produzidos no hipotálamo e liberados na pars nervosa • Hormônios estimulatórios ou inibitórios produzidos no hipotálamo e Hormônios produzidos na pars distalis Figura 20.2 O sistema com sua vascularização e locais de produção, éllmazenamento e 6beração de homlônios. A porção originada do ectoderma - a adeno-hipófise - não tem conexão anatômica com o sistema nervoso. É subdividida em três porções (Figuras 20.1 e 20.2): a pri- meira e mais volumosa é a pars distalis ou lobo anterior (Figura 20.3 ); a segunda é a porção cranial que abraça o infundíbulo, denominada pars tuberalis (Figura 20.1); a terceira, denominada pars intermedia, é uma região rudimentar na espécie humana, intermediária entre a neuro-hipófise e a pars dista/is, separada desta última pela fissura restante da cavidade da bolsa de Rathke (Figura 20.3). Ao conjunto de pars nervosa e pars inter- media também se dá o nome de lobo posterior da hipó- fise. A glândula é revestida por uma cápsula de tecido con- juntivo, contínua com a rede de fibras reticulares que suporta as células do órgão. • Suprimento sanguíneo A pars dista/is é responsável pela secreção de hormônios que controlam outros órgãos endócrinos importantes. Para entender bem o controle da secreção de hormônios pela pars dista/is é necessário conhecer o suprimento sanguíneo da hipófise como um todo. Ele é feito por dois grupos de artérias originadas das artérias carótidas internas: as arté- rias hipofisárias superiores, direita e esquerda, irrigam a eminência mediana e o infundfüulo; as artérias hipofisá- rias inferiores, direita e esquerda, irrigam principalmente a neuro-hipófise, mas enviam alguns ramos para o pedículo da hipófise. No infundíbulo as artérias hipofisárias supe.riores for- mam um plexo capilar primário (Figura 20.2), cujas célu- las endoteliais são fenestradas. Os capilares do plexo pri- Hipófise Hipófise - Glândula endócrina cordonal. Tipos celulares: - Cromófilas (coram bem) - Acidófilas (rosada) - Basófilas (azul) - Cromófoba Hormônios e suas células produtoras: - Célula Somatotrófica: produzem GH (Growth Hormone) - Atuam em ossos e cartilagens epifisárias. - Estimulam mitoses ("anti-envelhecimento"). - Aumento da glicose no sangue = efeito diabetogênico. Obs. Tumores hipofisários podem levar, na infância, ao gigantismo (excesso) ou nanismo (falta). No adulto o excesso causa a acromegalia. Adeno-hipófise: 12/07/17 3 -Célula Mamotrófica: produzem prolactina (induzem a produção de leite na glândula mamária) - Célula Tireotrófica: produzem TSH que induzem a associação de tireoglobulina + iodo formando T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). - Célula Corticotrófica: produzem hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) = atua nas adrenais estimulando liberações hormonais. - Célula Gonadotrófica: produzem 2 hormônios - - FSH = folículo estimulante na mulher e estimulante da espermatogênese no homem. - LH = na mulher estimula o corpo lúteo (produção de progesterona). No homem, estimula células de Leydig (produção de testosterona). Adeno-hipófise: A pars distalis é formada por cordões de células envoltos por sinusóides em que serão lançados os hormônios produzidos para a circulação. A pars distalis é constituída por três tipos de células: cromófilas acidófilas, cromófilas basófilas e cromófobas. Importante: para a correta identificação das células, lembre: - Célula cromófila acidófila: núcleo roxo + citoplasma rosa (responsável pela produção de GH e prolactina); -Célula cromófila basófila: núcleo roxo + citoplasma roxo (responsável pela produção de LH, FSH, TSH e ACTH); -- Célula cromófoba: núcleo roxo + citoplasma branco (provavelmente dá origem às células cromófilas). Células acidófilas = Prolactina e GH. - as células acidófilas controlam suas produções devido a fatores de inibição. Células basófilas = FSH, LH, TSH e ACTH. - as células basófilas, dependem de respostas hormonais para controlarem suas secreções (controle pelo feed-back negativo - eixo hipotálamo-hipófise- tireóide (exemplo)) Adeno-hipófise: Hipófise, pars Distalis, células basófilas, células acidófilas, células cromófobas (HE, 400x) 12/07/17 4 1. Células cromófilas acidófilas 2. Células cromófobas 3. Células cromófilas basófilas ** Sinusóides Tipos celulares da pars distalis - Neurônios com axônios amielínicos. - Pituicitos: céls. da glia, auxiliam na liberação Possuem células neurosecretoras: - Ocitocina: na mulher faz contração uterina e das glândulas mamárias - ADH: Antidiurético: atua nos túbulos contorcidos proximais e distais do rim, alterando sua permeabilidade (retençãode água), aumento da pressão sanguínea. Neuro-hipófise: Células neurossecretoras do hipotálamo produzindo hormônios estímulatórios e inibitórios Absorção de água n Ejeção de leite f por contração de células míoepitelíais Pedículo e eminência mediana ADH Glândula mamária Ocítocina Contração V Útero Pars nervosa Crescimento de osso Hiperglicemia Placa epífisária L&J9 w Elevação da taxa de Músculo Tecido adiposo Hormônio de crescimento Hormôníode crescimento Histologia Básica Hipotálamo --- ---------------..,. -1--------- Células TSH Pars dista/is neurossecretoras dos núcleos supraóptico e paraventricular produzindo ADH e ocitocina Secreção Córtex adrenal Secreção Tireoide Desenvolvimento Secreção de estrógenos 0 ooV-----"-----de folículos FSH Ovário LH Espermatogênese Testículo Secreção de Ovulação progesterona Ovário Secreção ;tf;. Prolactína de leite ______ ;....:..:== ;;;.__ _____ _,./ Secreção de andrógenos Glândula mamária Testículo Figura 20.7 Efeitos dos vários hormônios da hipófise em órgãos-alvo e alguns mecanismos de retroalimentação que controlam a sua secreção. Para abreviações, ver Ta- belas 20.1 e 20.2. microscópio de luz (Figura 20.9). Quando os grânulos são liberados, a secreção entra nos capilares sanguíneos fenestra- dos que existem em grande quantidade na pars nervosa, e os hormônios são distribuídos pela circulação geral. Essa neurossecreção armazenada na pars nervosa con- siste em dois hormônios, ambos peptídios cíclicos compos- tos de nove aminoácidos. A composição de aminoácidos desses dois hormônios é ligeiramente diferente, resultando em funções muito diferentes. Cada um desses hormônios - a ocitocina e a vasopressina-arginina, também chamada hormônio antidiurético (ADH) - é unido a uma proteína chamada neurofisina. O complexo hormônio-neurofisina é sintetizado como um único longo peptídio, e por proteólise há a liberação do hormônio de sua proteína de ligação. 1. Pars distalis 2. Pars intermedia 3. Pars neuralis Hipófise e suas três regiões. 12/07/17 5 1. Pars distalis 2. Pars intermedia 3. Pars neuralis Hipófise e suas três regiões (em detalhes) Setas: Pituícitos * Axônios Pars neuralis (em detalhes). Pars neuralis (em detalhes). H = Corpúsculo de Herring (dilatação em terminação nervosa) - Produz hormônios: tiroxina = T4 e a triiodotironina = T3. - Composta por coloides; formam os folículos tiroidianos. - Muito vascularizada. - Variação epitelial: epitélio baixo (glândula pouco ativa), epitélio alto (muito ativa). - Colóides são constituídos por glicoproteínas = tireoglobulina. - Tireoglobulina liga-se a íons iodeto diferenciando-se em T3 e T4. - TSH estimula Células Foliculares que captam Colóides e liberam T3 e T4. Tireoide 12/07/17 6 Tireóide - T3 e T4 estimulam a respiração e a oxidação fosforilativa das mitocôndrias; aumentam a absorção de carboidratos no intestino e influenciam no crescimento embrionário (corporal e cerebral). - Hipotireoidismo: causado por insuficiência de iodo ou doenças auto- imunes; lentidão física e mental - Hipertireoidismo: causado devido a uma IgG anormal que combina-se com TSH simulando efeitos estimulatórios ininterruptos. Tireóide 1. Epitélio folicular 2. Colóide tireoidiano Tireóide 12/07/17 7 Tireóide 20 1 Glândulas Endócrinas Figura 20.24 A tireolde é formada por milhares de pequenas esferas chamadas folículos tireoidianos {F) preenchidos por coloide. (fotomicrografia. HE. Aumento pequeno.) células são também denominadas tirócitos. A cavidade dos folículos contém uma substância gelatinosa chamada coloide (Figuras 20.24 e 20.25). A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo que envia septos para o parênquima. Os septos se tornam gradualmente mais delgados ao alcançar os folículos, que são separados entre si principalmente por fibras reticulares. A tireoide é wn órgão extremamente vascularizado por uma extensa rede capilar sanguínea e linfática que envolve os folículos. As células endoteliais dos capilares sanguíneos são fenestradas, como é comum também em outras glân- dulas e11dócrinas. Esta configuração facilita o transporte de substâncias entre as células endócrinas e o sangue. Figura 20.25 Corte de uma tireoidemostrandoosfolículosruja parede é formada por um epitélio simples cubko de células foliculares (setas). Os folículos são preenchidos po1 um material amorfo - o coloide (C). Células parafolículares (PF), produtoras de calcitonina, se situam entre íoticulos. (fotomicrografia. HE. Aumento médio.) Em cortes o aspecto dos folículos ti reoidianos é muito variado, o que é consequência de: ( 1) diferen tes maneiras em que foram seccionados os folículos; (2) diversos níveis de atividade funcional exercidos pelos vários folículos. Algtms folículos são grandes, cheios de coloide e revestidos por epitélio cúbico ou pavimentoso, e outros são menores, com epitélio colunar. De maneira geral, quando a altura média do epitélio de tun número grande de folículos é baixa, a glândula é considerada hipoativa. Em contrapar- tida, o awnento acentuado na altura do epitélio folicular acompanhado por diminuição da quantidade de coloide e do diâmetro dos folículos costwna indicar hiperatividade da glândula. Outro tipo de célula encontrado na tireoide é a célula parafolicular ou célula C. Ela pode fazer parte do epitélio folicular ou mais comumente forma agrupamentos isolados entre os folículos tireoidia.nos (Figuras 20.25 e 20.26). As células parafoliculares produzem um hormônio cha- mado cakitoniu a, também denominado tirocalcitonina, f Para saber mais • Ultraestrutura das células foliculares da tireoide Ao microscópio eletrônico de transmissão, as células epiteliais dos folículos tireoidianos são vi.stas apoiada,; sobre uma lâmina basal e exibem todas as características de células que simultaneamente sin- tetiza m, secretam, absorvem e digerem proteínas. A porção basal das células é rica em retículo endoplasmático granuloso e contém quan- tidade moderada de mitocôndrias. O nucleo é geralmente esférico e situado no centro da célula. Na porção supranuclear há um complexo de Golgi e grânulos de cujo conteúdo é similar ao coloide foli- cular. Nesta região há também lisossomos e vacuolos de conteudo claro. A membrana da região apical das célula.s contém um número moderado de microvilos. Células parafoliculares: - Produzem calcitonina, que diminui o cálcio plasmático Lúmen de capilar @® © o o Célula endotelial Grânulo de secreção (conversão de pró- insulina em insulina; condensação e armazenamento da secreção Complexo de Golgi Vesículas de transferência (transporte de pró-insulina ao Golgi) r-Retículo endoplasmático O granuloso (síntese de e pró-insulina) -0 Terminação nervosa colinérgica Glicose Fenestração Aminoácidos Célula endotelial Lúmen de capilar Histologia Básica Fígura 20.22 Etapas principais da síntese e secreção de insulina por uma célula 13 das ilhotas de Langerhans. (Adaptada de Orei L: A portrait oi the pancreatlc B cell. Diabeto/ogia 1974;10:163.) Vista frontal Vista dorsal Glândula tireoide Lobo direito Lobo esquerdo - Fígura 20.23 Esquema da anatomia da tireoide e das paratireoides. Lobo direito Glândulas paratireoides Paratireóide: Paratireóide: - Possui 2 tipos celulares: - Principais: secretam PTH (paratormônio) - aumentam a calcemia, isto é, o nível de cálcio do sangue retirando-o dos ossos. Seu antagônico é a calcitonina (secretada pelas células parafoliculares da tireóide). - Oxífilas: não possui função conhecida. Obs.: Hiperparatireoidismo:aumenta a calcemia, falta cálcio nos ossos. Patologia: Osteíte Fibrose Cística. Hipoparatireoidismo: diminui a calcemia, muito cálcio nos ossos, há uma mineralização excessiva. Patologia: Tetania (intensas contrações musculares). 1. Células oxífilas 2. Células principais * Tecido adiposo Paratireóide: 12/07/17 8 Paratireóide: A glândula pineal ou epífise (não confundir com hipófise ) está situada na parede posterior do teto do diencéfalo e tem origem ependimária (ligação com o teto do 3° ventrículo ou ventrículo médio). Pineal Apresenta metabolismo intenso e grande captação de substâncias como aminoácidos, fósforo e iodo, sendo que no caso deste último só perde para a tireoide. Está ligada ao terceiro ventrículo e produz o hormônio melatonina durante a noite, devido à ausência de luz. Controla o ritmo circadiano. É constituída por pinealócitos (produtoras de melatonina), astrócitos, e vasos sanguíneos. Pineal 12/07/17 9 - Assim chamada por situar-se acima dos rins. - Possui 2 camadas: - Cortical e medular. - Origem embrionárias diferentes. - Vascularizada. 1) Camada Cortical: - Dividida em 3 zonas: - Zona glomerulosa (escura) - 15% - Zona fasciculada (clara) - 70% - Zona reticular (escura) - 15% - secreta esteróides Supra-renal ou Adrenal: Adrenal Adrenal Adrenal 12/07/17 10 Adrenal 1. Zona glomerulosa 2. Zona fasciculada 3. Zona reticulada ** Cápsula Adrenal Camada cortical ZONA GLOMERULOSA: - Mineralocorticóides: aldosterona -Agem nos túbulos contorcidos distais do rim. -Reabsorção de sódio. -ZONA FASCICULADA: - Glicocorticóides: cortisol (hidrocortisona) e corticosterona. - Agem no metabolismo protéico, lipídico e de carboidratos. - Efeito diabetogênico. - Inibem respostas imunitárias – Anti-inflamatórios Hormonais (AIHs). ZONA RETICULAR: - Hormônios sexuais: andrógenos - DHEA = dehidroepiandrosterona - SDHEA = sulfato dehidroepiandrosterona - Possuem efeito masculinizante e anabolizante. 1. Zona fasciculada 2. Zona reticulada Zona fasciculada x zona reticulada 12/07/17 11 Tumores da Adrenal: - Provocam pseudopuberdade em meninos. - Masculinização das meninas. - Síndrome do Ovário Policístico: há uma metabolização acentuada do estrógeno em testosterona. - Hipofunção do córtex = falência glândular. - Hiperfunção do córtex = excesso: glicocorticóides, mineralocorticóides e andrógenos. - Síndrome de Cushing: há um excesso de glicocorticóides. Clinicamente há ganho de peso devido a maior absorção de água, maior absorção de glicídios e menor metabolismo protéico. Camada Medular: - Glândula endócrina cordonal sem organização. - Secreta adrenalina (único local do corpo) e noradrenalina. - Inervada por SNA. Obs. Feocromocitomas são tumores na camada medular da adrenal, liberando hormônios descontroladamente. 1. Camada medular 2. Zona reticulada Adrenal e camada medular