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Aula 05 Restaurações metalocerâmicas

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Restaurações metalocerâmicas 
A metalocerâmica é seguramente o sistema de prótese mais utilizado nas modalidades de reabilitação 
oral. Os fatores que possibilitam as restaurações metalocerâmicas suprirem a essas demandas são: 
estética superior, grande resistência mecânica possibilitando as mais variadas utilizações clínicas e sua 
fácil técnica de confecção. 
A cerâmica é um material vítreo, ou seja, suporta alta força de compressão, mas fratura com força de 
cisalhamento, que é uma força oblíqua em que o material se arrasta. 
Um composto cerâmico funciona muito bem desde que esteja bem apoiado. A restauração 
metalocerâmica é composta por uma infraestrutura metálica que encaixa-se no preparo do dente e 
de uma parte de carâmica fundida ligada à estrutura metálica. 
 
Fragilidade X Ductilidade 
Fragilidade: É a facilidade com que a fratura ocorre quando o material é tracionado. 
Ductilidade: É a propriedade referente à capacidade do material se deformar até a ruptura, de 
suportar deformação plástica quando tracionado. 
Tipos de força 
• Tensão 
• Torção 
• Cisalhamento 
• Compressão 
 
Indicações 
• Coroas totais unitárias ou múltiplas 
• Alta exigência estética 
• Recupeção oclusal 
Contra-indicações 
• Reparo integral da coroa 
• Complexidade estética 
• Destreza de operadores 
Controle da adaptação marginal 
É conseguido por meio de: 
• Preparo correto 
• Moldagem precisa 
• Vazamento correto do gesso 
• Uso de espaçadores que simulam o espaço que será ocupado por cimento 
Técnica da Barbotina 
• Mistura pó cerâmico + água destilada e pincela no metal 
• Põe no forno para a cerâmica sintetizar 
• Depois aplica camadas repetindo o processo 
A infraestrutura metálica é coberta por: 
A. Porcelana opaca 
Oculta o metal, iniciando uma tonalidade e tem papel no desenvolvimento da união entre a 
cerâmica e o metal. 
B. Porcelana de dentina 
Forma a maior parte da massa da restauração, propiciando sua cor e tonalidade. 
C. Porcelana de esmalte 
Fornece translucidez à restauração. 
Metal -> Metal revestido com cerâmica -> Opaco -> Dentina ou corpo -> Incisal ou Esmalte. 
 
Interface 
É o que acontece entre o metal e o opaco-cerâmica. 
Mecanismo de união 
A. Envolvimento mecânico 
Com pedras ou discos faz-se micro-abrasões na superfície do metal que facilitarão a retenção. 
B. Forças compresssivas 
É conseguida por meio do uso de um metal com coeficiente de expansão térmica ligeiramente maior 
que o da porcelana. Então, durante o aquecimento, o metal expande mais e a cerâmica menos. 
Quando resfriar, o metal irá contrair e a cerâmica fica retida. 
O ideal é que a cerâmica contraia pouquíssimo menos que o metal, assim há união sem fratura. 
C. União química 
Durante o aquecimento, é formada uma camada de óxidos metálicos, oriundos da oxidação. Esses 
óxidos semelhantes ficam na camada opaca da porcelana. 
Ligas 
As propriedades das porcelanas não podem ser avaliadas isoladamente, pois ela e o metal devem ter 
temperaturas de fusão compatíveis e coeficiente de expansão térmica idênticos. 
A escolha da liga dependerá de fatores como o custo, a rigidez, capacidade de fundição, facilidade 
de acabamento e polimento, compatibilidade com porcelanas específicas, resistência à corrosão e 
preferência pessoal. 
O berílio quando adicionado à liga controla a formação de óxidos. No entanto, é contra-indicado por 
ser um material cancerígeno, representando risco à saúde do profissional. 
Após a fundição do metal, ele deve ser descontaminado e deve passar pelo acabamento das 
margens antes da queima da porcelana. 
A. Nobres superiores 
(1) Ouro- platina- paládio; (2) Ouro- paládio- prata; (3) Ouro- paládio. 
B. Nobres 
(1) Paládio- prata. 
C. Básicos 
(1) Níquel- cromo; (2) Níquel- cromo- berílio; (3) Cobalto- cromo. 
 
É a parte metálica que vai suportar a cerâmica e deve ser 
25% menor do que a estrutura final que será recoberta por 
cerâmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espessura do metal 
A espessura da porcelana deve ser uniforme. 
Um contorno no convexo da área a ser revestida distribui melhor a pressão e ângulos agudos e áreas 
retentivas devem ser evitadas. A infraestrutura metálica básica deve ter espessura mínima de 0,3- 
0,5 mm. 
A interface porcelana-metal deve ter no mínimo 0,5 e máximo 2,5 mm. 
A. Contatos oclusal e proximal 
Os contatos oclusais devem ocorrer no metal sempre que possível, longe da linha de junção entre 
porcelana e metal. Se o contato estiver muito próximo à junção, pode ocorrer flexão do metal e 
fratura na porcelana. O contato deve ser no metal ou na porcelana com, no mínimo, 1,5 mm de 
distância metal-porcelana, quando não houver espaço interoclusal para metal+porcelana, então, 
coloca-se metal na palatina ou oclusal (onde há contato com antagonista) e cerâmica na vestibular. 
 
Existem situações em que não há espaço para metal-porcelana em dentes anteriores, então 
devemos deixar apenas a face palatina em metal. Nesse caso, a porcelana recobre a borda incisal do 
dente, abraçando a estrutura metálica. 
O mesmo é observado em dentes posteriores. Se deixarmos a superfície oclusal em metal, a 
porcelana deverá cobrir as cúspides vestibulares. É válido lembrar que o contato deve ser afastado 
em 1,5mm a ligação metal-cerâmica. 
Espessura correta da porcelana 
Deve ser entre 1-2mm. A espessura deve ser uniforme, obtendo estética e resistência. 
Porcelana sem suporte de metal pode fraturar. 
A estrutura metálica deve ter ângulos arredondados para absorver melhor as forças. 
A. Controle da adaptação marginal 
Um ponto fraco na restauração fixa é a interface dente-restauração, conhecida como "linha 
maldita". Essa linha deve ser a menor possível, e um selamento ideal dessa área deve ser obtido com 
cuidados clínicos e laboratoriais, como a cinta metálica. 
A restauração metalocerâmica deve ter uma cinta metálica que comece na vestibular e continue nas 
proximais e na L/P, aumentando altura (cinta palatina). 
A cinta vestibular deve ter uma altura mínima para ficar não ficar aparente em um preparo intra-
sulcular. 
Em pacientes com o periodonto fino isso pode afetar a estética. 
A cinta apoia a cerâmica, reduzindo o risco de fratura. 
Indicações para modificar o desenho da infraestrutura 
• Ausência de espaço interoclusal pra metal + porcelana 
• Arcos metalocerâmicos em dentes pilares pra PPR 
Metalocerâmica com ombro vestibular 
A remoção da cinta vestibular, em alguns casos, é importante. Em pacientes com periodonto fino e 
translúcido, com linha de sorriso alta e mesmo onde o preparo não possa ser localizado intrasulcular 
é indicada a remoção da cinta vestibular. Nesses casos, a subestrutura metálica fica 2 mm do ombro 
cerâmico na vestibular, proporcionando maior estética. 
As coroas metalocerâmica com ombro em cerâmica são coroas metalocerâmicas em que uma 
pequena faixa do metal terminal que encosta à gengiva pelo lado frontal é cortado e substituído por 
cerâmica de ombro. Dessa forma elimina-se a percepção escura do metal na região gengival. 
A. Contra-indicações 
• Retentores de prótese fixa 
• Preparo irregular por vestibular 
Infraestrutura modificada de Geller 
Geller introduziu uma modificação, na qual a estrutura sofria redução, em torno de 2mm, em todo o 
contorno cervical. Dessa forma, o preparo seria um ombro cerâmico de 360°. O resultado estético é 
muito bom, no entanto, não conta com o reforço dado pela cinta metálica 
Algumas considerações estéticas no desenho da infraestrutura 
O conector rígido deve ser colocado o mais lingual possível em dentes anteriores criando um espaço 
adequado pra colocação de cerâmica vestibular,proporcionando continuidade do ombro reforçado 
lingual (barra corrugada). 
O espaço da porcelana deve ser uniforme. 
Sempre que possível usar o pôntico ovalado. 
PPF 
Uma PPF é uma viga apoiada nos retentores pilares. 
É importante o entendimento da Lei das Vigas : (1) quando se sobra a altura, a resistência aumenta 
em 8x; (2) quando se dobra a largura, a resistência aumenta em 2x. 
Sempre que possível devemos aumentar a altura vertical da conexão rígida e ombro reforçado 
lingual. Se possível, também aumentar a largura. 
A. Princípios 
Desenho correto da infraestrutura 
Camada uniforme de porcelana 
Reforço da cinta 
B. Conector em PPF anterior 
Deslocar o conector o mais lingual ou palatino possível para aprofundar os sulcos proximais, dando 
sensação de individualização dos dentes. Além disso, a continuidade do ombro lingual reforçado cria 
um reforço na estrutura chamada barra corrugada. Essa estrutura pode ser aumentada em sua 
altura, aumentando a resistência e facilita a higienização. 
C. Conector em PPF posterior 
O conector semirrígido deve ser em forma de cavalete, promovendo resistência e facilidade no 
momento da higienização. 
 
• O retentor fica em um pilar (dente) 
• Em um dente é feita a cinta 
• Em uma PPF é feita a barra corrugada 
Pônticos 
A. Função 
• Reposição do dente perdido 
• Estética 
• Fonética 
• Manutenção do periodonto 
• Estabilizar a oclusão 
• Restaurar eficiência mastigatória 
B. Classificação 
• Sela: possui concavidade, encaixando-se no rebordo gengival convexo. Sua estética é 
excelente, mas nunca deve ser usada, pos torna a higiene do biofilme impossível. 
• Plano inclinado: toca o rebordo vestibular. 
• Oval: é o pôntico de escolha. Emerge da mucosa gengival, formando excelente estética. 
Esse tipo de pôntico não causa dano algum ao periodonto, desde que, o paciente seja 
orientado a utilizar o fio dental. Esse pôntico ajusta-se ao tecido periodontal sem comprimí-
lo. Nas PF anteriores, deve ser o pôntico de escolha, pois é bem estético. É bem indicado 
para casos de sorriso gengival. 
• Cônico: tem forma igual a do dente natural nos terços oclusal e medial, sem recobrir a 
vestibular. É mais usado em regiões posteriores. É indicado em caso de sorriso alto e 
exposição cervical. 
• Higiênico: produz menos danos à gengiva e periodonto, e facilita a higienização. É contra-
indicado para maxila por razões estéticas e em rebordo muito reabsorvido. 
O pôntico deve ser totalmente convexo em contato com a mucosa bem comprimida.

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