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Organização do Espaço na Educação Infantil

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
	
Organização do Espaço Educativo na Educação Infantil I
SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA - GOIAS
2017
SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA - GOIAS
2017
Organização do Espaço Educativo na Educação Infantil I
Trabalho interdisciplinar em grupo apresentado à Universidade 
Norte do Paraná
 - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na
s
 disciplina
s do 
3
º/
4
º semestre:
 
Arte, Educação 
e Música; Ludicidade e Educação;
 Organização 
e Didática da Educação Infantil;
 Prática Pedagógi
ca: Infâncias e suas Linguagens;
 Seminário IV.
Professores: 
Tatiane Mota Santos Jardim; Adriana Haruyoshi Biason; Raquel Franco Ferronato; Jackeline Rodrigues Gonçalves Guerreiro; Patrícia Alzira Proscêncio; Luciane Guimarães Batistella Bianchini; Camila Aparecida Pio
.
SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA - GOIAS
2017
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como finalidade essencial analisar a importância da organização do espaço educativo na Educação Infantil I, assim como a influência que exerce o espaço para a aprendizagem e desenvolvimento da criança, e a adequação dos espaços físicos propícios para a qualidade dos espaços.
Este trabalho tem por objetivo, demonstrar a importância da ludicidade na prática pedagógica como facilitadora do ensino aprendizagem na educação infantil para a aquisição do conhecimento, dos desafios encontrados e enfrentados para atingir o objetivo de levar a ludicidade para a sala de aula, como a importância da pesquisa e formação permanentes dos professores. Além de trazer a necessidade de a escola tornar-se cada vez mais prazerosa para todos que passam o seu tempo dentro dela, sejam alunos, professores ou funcionários, o lúdico vem como o diferencial para a educação que necessita de mudança, de novidade, de estímulo e incentivo.
As escolas de educação infantil devem ser vistas como um local que favorece o desenvolvimento infantil em seus diversos sentidos, como afirma os Parâmetros Curriculares Nacionais que devem favorecer para o desenvolvimento de uma postura reflexiva, questionadora e investigativa por parte do aluno.
Nesse contexto buscou-se contribuir como a Ludicidade pode trabalhar metodologicamente no desenvolvimento da educação infantil, uma vez que no contexto ensino aprendizagem a Educação Infantil nos tempos atuais deve estar sempre atenta e em busca de estratégias capazes de garantir o cuidar e o educar da infância,  uma vez que a criança não pode ser considerada como  um adulto em miniatura devendo ser respeitada sua faixa etária e para isso  faz-se necessário  a intervenção da ação lúdica  tendo em vista atender as necessidades do corpo e mediar o desenvolvimento sociocultural das crianças, assegurando o tripé da educação infantil nessa etapa que é o direito de brincar, cuidar e educar.
DESENVOLVIMENTO 
É importante perceber o valor que o espaço e sua organização têm para a formação, desenvolvimento e aprendizagem do aluno, pois o ambiente além de orientar a prática educativa também facilita este processo, como aponta o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p. 69):
O espaço na instituição de educação infantil deve propiciar condições para que as crianças possam usufruí-lo em benefício do seu desenvolvimento e aprendizagem. Pra tanto, é preciso que o espaço seja versátil e permeável à sua ação, sujeito às modificações propostas pelas crianças e pelos professores em função das ações desenvolvidas.
Os ambientes das instituições de ensino de Educação Infantil devem favorecer a comodidade, segurança dinamismo para as crianças. De acordo com Marcellino (1997) ao tratar do lúdico foca a abordagem que se busca, o lúdico não como algo isolado ou associado a uma determinada atividade, mas como um componente cultural historicamente situado que pode transcender aos momentos de lazer, como seu uso na Educação, pois as brincadeiras são consideradas como importantes ações para o desenvolvimento e para o aprendizado da criança, dessa forma é preciso acontecer a inclusão do lúdico nas propostas pedagógicas, possibilitando novas vivências e favorecendo o desenvolvimento infantil.
Como um grande meio de comunicação, expressão para a Educação Infantil I, considera-se a linguagem oral e escrita, compreendendo que as crianças são ativas na construção de seu conhecimento, na forma de conversar, brincar, comunicar e expressar desejos, necessidades, opiniões, ideias, preferências e sentimentos, sendo também preciso o educador aprimorar o desenvolvimento na reprodução oral de jogos verbais, como trava-línguas, parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas e canções, sendo uma construção dinâmica, onde as pessoas se comunicam para informar e compartilhar uma visão de mundo.
É fundamental proporcionar as crianças o conhecimento de vários grupos sociais do presente e do passado, envolvimento em atividades que envolvam histórias, dinâmicas, canções e jogos que pertençam a sua comunidade e de outras, a fim de que as mesmas identifiquem as diversificações existentes em seu cotidiano.
As crianças no seu processo de desenvolvimento e descobertas passa a conhecer as relações existentes entre os seres humanos e a natureza, os meios de variações e empregos dos recursos naturais, a diversidade cultural.
Para atender as necessidades que os educandos/crianças apresentam o educador deve ser um pesquisador em constante modificações, tornando-se um parceiro dos educandos na busca de um mundo repleto de descobertas e interações, avaliando os diversos meios de conhecimento que despertem o interesse e aprendizagem dos próprios, valorizando seu potencial.
A educação Infantil deve ser fundamentalmente lúdica, prazerosa nas mais diversas experiências, proporcionando às crianças momentos que a façam crescer, refletir, e tomar decisões direcionadas ao aprendizado, valorizando o bom relacionamento entre pais, educadores e crianças, o qual é essencial durante o processo de inserção da criança na vida escolar.
O professor que trabalha com crianças precisa ter uma postura investigativa para compreender a complexidade da natureza infantil e favorecer o enriquecimento das competências imaginativas dos alunos por meio do lúdico.
A formação e disponibilidade do professor para se utilizar tal metodologia são colocadas como essenciais para o desenvolvimento de atividades de qualidade com as crianças. Perceber, também, o processo da criança é fundamental para que não se desista da busca por uma escola mais prazerosa, pois como afirma Horn (2007: b60), “a proposta pedagógica da escola deve ter como objetivo central do seu trabalho, ensinar e apreender através da ludicidade”.
Brincando, as crianças amadurecem também algumas competências para a vida coletiva, pela interação e utilização dos jogos, de regras e de papéis. Ao brincar, elas exploram o ambiente, perguntam e refletem sobre as formas culturais nas quais vivem e sobre a realidade circundante, desenvolvendo-se psicológica e socialmente. Devido ao seu processo gradativo de evolução, a brincadeira da criança pequena é estruturada a partir do que ela é capaz de fazer.
Devemos levar em conta o brincar como uma atividade natural, espontânea e necessária para a criança, sendo assim, uma peça importantíssima na sua formação. 
A prática pedagógica torna-se mais prazerosa com a presença das brincadeiras, uma vez que possibilita ao professor aproximar-se do mundo da criança e observá-la com mais propriedade. Para tanto, ele precisa conhecer a criança, de onde ela vem, como pensa, seus valores, histórias de vida, as representações que ela faz do mundo, para intervir de forma consistente, influenciando na construção do sujeito, na formação de sua história. Para criar situações de aprendizagens significativas o educador precisa não somente de conhecimento teórico sobre o nível de desenvolvimento da criança, mas também de experiências práticas relativas às possibilidadesde exploração que as brincadeiras podem oferecer.
O brincar tendo uma compreensão pedagógica é uma estratégia poderosa na formação da personalidade, nos domínios da inteligência e na evolução da criança, segundo Kulisz “o lúdico é um recurso de inestimável valor pedagógico. [...] o brincar é uma atividade de aprendizagem” (KULISZ, 2006: 96-97), por meio do lúdico, mostrará o professor que a aprendizagem é ativa, dinâmica e continua, ou seja, uma experiência basicamente social, que tem a capacidade de conectar o indivíduo com sua cultura e meio social mais amplo.
Estudar sobre o contexto da educação infantil no Brasil, faz-nos considerar que a ideia de infância, esse “sentimento” que hoje temos pelas crianças não é algo recente, considerando a história. A concepção de criança é uma noção historicamente construída e consequentemente vem mudando ao longo dos tempos, não se apresentando de forma homogênea nem mesmo no interior de uma mesma sociedade e época.
Em 1986, e em 1990 foram realizados eventos importantes, que resultaram em documentos e normas para a qualidade da educação mundial. Este documento dividiu-se em duas partes: condições para a qualidade e indicadores de qualidade. A ideia principal seria a de “preservar a infância”, o que fez com que surgissem vários projetos e propostas, tendo a criança como foco principal, pois como afirma Kuhlmann Jr “Cuidemos da infância de nossa pátria” (KUHLMANN JR, 2000, p.477).
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 2008 prevê que o Estado tema obrigatoriedade de oferecer atendimento às crianças de 0 a 6 anos em creches e pré-escolas, ficando sob a responsabilidade dos municípios darem enfoque ao ensino fundamental e educação infantil, mas em regime de colaboração com o Estado e Federação.
Por outro lado, a criança vive um momento fecundo, em que a interação com as pessoas e as coisas do mundo vai levando-a a atribuir significados àquilo que a cerca. Este processo, que faz com que a criança passe a participar de uma experiência cultural que é própria de seu grupo social é o que chamamos de educação, de acordo com a LDB 9394/96 em seus artigos aspectos relevantes para a educação da infância. No artigo 4º prevê o atendimento gratuito para crianças de 0 a 6 anos. Já no artigo 29, a educação infantil é considerada primeira etapa da educação básica, o que vem da maior credibilidade Fundamentos da Educação Infantil ao trabalho realizado em creches e pré-escolas, de modo que o mesmo sempre foi visto como algo secundário e assistencial. Considera a avaliação na educação infantil com característica processual, sem obrigatoriedade de promoção, o que quer dizer que, aspectos quantitativos (notas) não devem fazer parte dessa etapa, o que pode ser observado e acompanhado é o desenvolvimento da criança em seus aspectos qualitativos, seus avanços frente às situações educativas do cotidiano das creches e pré-escolas.
Desta forma é essencial propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural”
PLANO DE AULA
	PLANO DE AULA – EDUCAÇÃO INFANTIL (6 a 8 anos)
Tema: a arte da criança em contar um conto 
	Acolhida
	A criança desempenhará um papel artístico através da Contação de história através da arte visual. Usarão: papel, cartolina, lápis colorido, ou, massinhas. Vai depender da imaginação da criança e sua possibilidade de transmitir a arte. Mas, será proposto o intervalo do momento que ela fará: manhã – na escola, ou tarde, ou noite.
	Rotina
	As 10:40, após o intervalo as crianças dirão através da arte como foi o dia anterior dela e desempenharão isso através desenhos elaborados de acordo com o seu desejo.
	Objetivos
	Identificar a sua capacidade da criança de raciocinar e transmitir através de um pensamentos lógicos e imaginário na divisão do tempo e recordações vividas.
	Campos de experiência
	Formação pessoal com o conhecimento das artes visuais numa linguagem lógica em que a criança expõe sua identidade e autonomia na criação da exposição de experiências vividas ou imagináveis.
	Saberes e conhecimentos
	Artes;
Processos cognitivos;
História;
Divisão e organização do tempo.
	Metodologia
	Após o intervalo será proposto as crianças a criação de uma história lógica de seu dia anterior e a organização consiste em dividir o pensamento que a criança terá que construir: manhã, tarde ou noite. Surgirão dúvidas quanto ao momento especifico e qual a finalidade da produção e como poderão transmitir a ideia construída na mente do que foi o seu dia anterior, nessa construção será explicado como ela pode falar, por exemplo, do momento de jantar, transmitindo as pessoas presentes, a hora, o que aquele momento representou e o quanto foi importante na construção do seu dia.
	Recreio/
Intervalo
	Será após o intervalo que há na parte da manhã, quando a criança volta mais energética do seu momento.
	Materiais
	Cartolinas;
Papel ofício;
Lápis coloridos;
Lápis grafites;
Massas;
Cola;
Tesouras.
	Avaliação/
Observação
	Será identificado se a criança consegue distinguir a organização do seu tempo através do raciocínio lógico e criativo. Pontuando sua capacidade de reprise diante das experiências diárias que constroem o seu dia a dia.
Na medida que se perceber a dificuldade de elaboração criativa ou lógica será mostrado a organização do tempo e tais acontecimentos que são comuns ao cotidiano de uma criança.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio deste trabalho foi possível analisar e perceber a importância do espaço educativo adequado, caracterizando com um espaço acolhedor, sociável, desafiador, estimulador, aconchegante, que desperte o interesse, participação, interligando conhecimentos de família, escola e sociedade, permitindo a produção de conhecimento para que a criança supere seus limites e construa suas potencialidades.
É perceptível que é de suma importância incluir a ludicidade no processo educativo, aproximando o conteúdo que se deseja trabalhar com realidade das crianças tornando a ação de aprender prazerosa por estar interligada com a brincadeira, permitindo que o educando consiga ir além da sua realidade, ampliando inteiramente suas potencialidades.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Gi. Plano de Aula e Atividade O Patinho Feio. Disponível em < http://www.ideiacriativa.org/2012/01/atividade-o-patinho-feio.html. Acesso em 02/10/2017.
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________. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC, p.69, 1998.
______. Ministério da Educação e Cultura. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Conhecimento de Mundo. V. 3. Brasília: MEC, 1998.
________. (1990). PROGRAMA DO 1.º CICLO: LISBOA. Ministério da Educação.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Disponível em: http://ndi.ufsc.br/files/2012/02/Diretrizes-Curriculares-para-a-E-I.pdf (Páginas: 16 a 29).
HORN, Cláudia Inês. Brincar e jogar: Atividades com materiais de baixo custo. Cláudia Inês Horn, Porto Alegre: Mediação, 2007. p72.
KAMII, C. A criança e o número. São Paulo: Papirus, 1999
KUHLMANN JR, M. A circulação das idéias sobre a educação das crianças; Brasil, início do século XX. In: FREITAS, Marcos Cezar de; KUHLMANN Jr, Moysés. Os intelectuais na história da infância. São Paulo: Cortez. 2002.
KULISZ, Beatriz. Professor em cena: O que faz a diferença? Beatriz Kulisz. Porto Alegre. Mediação:2006. P 128. 2 ed.
MARCELLINO, N. C. PEDAGOGIA DA ANIMAÇÃO. 2. edição, Campinas, São Paulo - SP, Editora Papirus,1997.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONALDE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=1344 8-diretrizes-curiculares-nacionais-2013-pdf&Itemid=3 0192>. Acesso em 19/09/2017.
RCNEI - volume 1, 2 E 3. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf. 
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf>. Acesso em 20/04/2017.
SCHMITZ, Júlia. A ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL. http://faifaculdades.edu.br/eventos/SEMIC/6SEMIC/arquivos/resumos/RES5.pdf. Acesso em 21/09/2017.
Seção 1 da unidade 4 do livro da disciplina Arte, Educação e Música (Páginas 88 a 109). 
STANT, M. A. A criança de dois a cinco anos: atividades e materiais. Tradução de Marisa Murray. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988.
Unidade 3 do Livro da disciplina Ludicidade e Educação (Páginas 109 a 147).

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