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ESTUDO DIRIGIDO II
PROFA RENATA MANFRINATO MICROBIOLOGIA PARA BIOMEDICINA
O Staphylococcus sp. coagulase-negativa surgiu como uma bactéria fortemente associada com as septicemias em Unidades de Tratamento Intensivo. Hemoculturas positivas para essa bactéria vêm sendo uma grande dúvida para os profissionais que trabalham na área da saúde, pois ao mesmo tempo que o Staphylococcus sp. coagulase-negativa é considerado um importante patógeno, também é, como já citado, conhecido como um colonizante da pele. Em todas as espécies de Staphylococcus foram realizadas as provas da Coagulase em tubo em lâmina para a detecção do fator de aglutinação (clumping factor).
Que espécie de bactéria poderia ser Staphylococcus sp. Coagulase negativa? Staphylococcus epidermidis.
De que forma é realizado o teste de coagulase? Explique.
Cultura bacteriana diluída PBS ou Salina + plasma de coelho + incubação = Forma-se coágulo (coagulase +)Plasma + coagulase (fibrinogênio se transformando em fibrina) 
 
Que meio de cultura confirmaria a presença dessa bactéria após a hemocultura dessa bactéria? Ágar salgado manitol (meio seletivo e diferencial) Seletivo: O cloreto de sódio a uma concentração de 7,5% resulta numa inibição parcial ou completa de outros organismos bacterianos que não os estafilococos. Diferencial: A fermentação com manitol, conforme indicada por uma alteração no indicador vermelho de fenol, ajuda na diferenciação das espécies de estafilococos. Os estafilococos com resultados positivos para a coagulase (por exemplo, Staphylococcus aureus) produzem colônias amarelas e um meio amarelo circundante ao passo que os estafilococos com resultados negativos para a coagulase produzem colônias vermelhas e nenhuma alteração na cor do indicador vermelho de fenol.
Como seria confirmado pelo método de GRAM? Cocos em cachos de uva como coloração roxa por serem corados por cristal de violeta (GRAM positiva).
Quais são as características gerais desse gênero bacteriano? Gênero Staphylococcus sp
Características Gerais: GRAM positivos, cocos agrupados em aspecto de cacho de uvas e não são esporulados, algumas espécies encapsuladas, são facultativos, mesófilos, não são exigentes nutricionalmente e halotolerantes.
Se fosse coagulase positivo, que espécie bacteriana seria confirmada?
Staphylococcus aureus.
Como seriam visualizadas as colônias de Staphylococcus sp coagulase positiva e negativa em meio de cultura sólido?
Staphylococcus sp coagulase positivo:
Colônias amarelas e um meio amarelo (acidez)
Staphylococcus sp coagulase negativo: colônias vermelhas e nenhuma alteração na cor do indicador vermelho de fenol.
De que forma Staphylococcus sp coagulase positiva pode ocasionar processos inflamatório e abscessos?
O processo inflamatório está relacionado com o peptidioglicano que promove a produção de pirógenos endógenos ( IL-1) pelos macrófagos e atração de polimorfonucleares (neutrófilos), ativação inespecífica do sistema complemento. Além disso, essas bactérias liberam citolisinas (toxinas) que promovem necrose de fagócitos que desencadeiam a formação de pus.
Com o recrutamento de neutrófilos e formação de fibrina (coagulase), forma-se a parede dos abscessos e o interior é formado por pus (citolisinas)
Como Staphylococcus sp coagulase positiva pode ocasionar intoxicação alimentar? É uma intoxicação causada pela ingesta de uma enterotoxina produzida por Staphylococcus aureus, presente em alimentos. É uma doença de curso rápido e não muito grave. S. aureus habita a microbiota normal do corpo humano, frequentemente as passagens nasais, a partir das quais contamina as mãos; fato este que facilita a essa bactéria penetrar nos alimentos. Se forem deixadas no alimento, estas bactérias reproduzem-se e liberam enterotoxinas, que leva a surtos de intoxicação estafilocócica. Quaisquer alimentos preparados com antecedência e não-mantidos sob refrigeração, principalmente aqueles que requerem muita manipulação durante a preparação, são uma fonte potencial de contaminação; como exemplos destes alimentos têm-se os pudins, tortas de creme, presunto e produtos originados de aves.
Que fator de virulência essa espécie bacteriana citada na questão acima, pode aderir aos catéteres em pacientes hospitalizados?
De que forma Staphylococcus sp coagulase positiva promove a capacidade de disseminação hematogênica? Devido a capacidade de produção de enzimas extracelulares: Fibrolisina, hialuronidase, lipases e proteases.
Além disso, é uma espécie bacteriana com característica invasiva por apresentar cápsula e proteína A (impede a fagocitose por opsonização).
Como poderia ser diagnosticado o agente etiológico de um impetigo ou piodermite que pode ser estreptocóccica ou estafilocócica em uma criança? Explique as etapas abaixo:
Etapas: 1- Isolamento da cultura bacteriana, e semeadura em meio de cultura sólido: Piodermite estreptocóccica: isolar através de swab a partir de vesículas contendo exsudato. Semeadura em meio ágar sangue (diferenciar as colônias por padrões de hemólise). Nesse caso, é causado por Streptococcus pyogenes ou GRUPO A que é beta-hemolítico (hemólise total)
Piodermite estafilocócica: Isolar através de swab a partir de vesículas contendo exsudato. Semeadura em meio ágar manitol. 
Teste ou prova bioquímica: Catalase - : Streptococcus sp
Catalase +: Staphylococcus sp
Prova da Catalase:
- Suspensão da bactéria em solução de peróxido de hidrogênio. Se for catalase + há liberação de O2 (espuma).
Pelo Método de GRAM: Estreptococos: Cocos em fileiras com coloração roxa (cristal de violeta- GRAM positivo);
Estafilococos: Cocos em cachos de uvas com coloração roxa (cristal de violeta- GRAM positivo)
Padrão de hemólise: Estreptococos: beta hemolítico
Como são classificados as espécies de Streptococcus quanto sua classificação sorológica e quanto ao padrão de hemólise? Quanto ao padrão sorológico (Padrão de Lancefield): Grupo A (Streptococcus pyogenes), Grupo B (Streptococcus agalactiae), Grupo C (Streptococcus dysgalactiae subsp equisimilis), Grupo D ( Enterococos: Enterococcus faecalis e não enterococos: S. bovis), Grupo G (Streptococcus equi subsp zooepidemicus e os não agrupáveis: S. viridans( S.mutans, S.sanguis, S. salivarius, S. mitis), Pepstreptococcus e S. pneumoniae. 
Quanto ao padrão de hemólise: alfa, beta e gama hemolítico.
Em relação ao Streptococcus pyogenes, responda:
Classificação por padrão de Lancefield e padrão de hemólise; Grupo A e beta hemolítico
Características morfológicas das colônias em ágar sangue: beta hemolítico (hemólise total): Formação de um grande halo transparente (que fica amarelado por causa da cor do meio)
Fatores de virulência: São envolvidos por cápsula de ácido hialurônico; Presença de Proteína M como fator de virulência; produz exotoxinas pirogênicas responsáveis pelo quadro clínico das infecções.
Esse microrganismo é considerado um patógeno estrito? Justifique sua resposta. Sempre oportunista por fazer parte da microbiota comensal da pele, das vias aéreas superiores, principalmente.
Explique por que esse microrganismo ocasiona na grande maioria infecções cutâneas, tais como impetigo, escarlatina e fascite necrosante. Devido seu grande capacidade de aderência com a matriz extracelular (derme) pela proteína M, e citotoxicidade pelas exotoxinas.
Em relação ao microrganismo Streptococcus agalactiae, responda:
Em que grupo esse patógeno se classifica quanto ao padrão de Lancefield e quanto ao padrão de hemólise? Grupo B, e na maioria das vezes beta-hemolítico.
Esse patógeno é considerado oportunista? Justifique a resposta. Sim por ser membro da microbiota de parcela variável de gestantes. Importante causa de septicemia e meningite neonatal.
Por que esse patógeno é considerado de grande virulência? Possuem cápsula que inibem opsonização e fagocitose; 90% das cepas: proteína C (antígeno) com dois subtipos, alfa e beta e liberam beta hemolisina que causam lesãotecidual. Apresentam polissacarídeo capsular: principal fator patogêncio a que promove a liberação de citocinas tais como IL-6 e TNFalfa que causam lesão tecidual. 
Em relação ao patógeno Streptococcus viridans, responda:
Pode ser considerado como um patógeno estrito ou oportunista? Justifique sua resposta. Oportunista por fazer parte da microbiota do trato respiratório e trato genital; Podendo causar endocardites (S. mitis, S.sanguis, S. salivarius) (Problemas naturais nas válvulas e/ou devido próteses valvulares) e cáries(S. mutans)
Por que ele é considerado de grande patogenicidade? Podem causar cáries devido à presença da enzima glicosiltransferase que promovem adesão superfícies lisas dos dentes formando a Placa dentária. Devido ao seu efeito hemolítico (alfa), pode apresentar disseminação hematogênica.
Diferencie Infecção de intoxicação alimentar.
Infecção alimentar ocorre quando um patógeno penetra no trato gastrointestinal e se multiplica, e pode penetrar na mucosa intestinal e se desenvolver nesse local, ou até mesmo passar para outros órgãos sistêmicos. 
Intoxicação alimentar ocorre quando é causada pela ingestão de uma toxina pré-formada, já que existem alguns patógenos que causam doença formando toxinas que afetam o trato gastrointestinal. São caracterizadas por um aparecimento muito súbito de sintomas de distúrbios gastrointestinais.
Explique as características morfológicas, patogênicas de Helicobacter pylori.
Características morfológicas: Bactéria de forma espiral, móvel (flagelo).
Características patogênicas: È uma bactéria ácido-resistente e microaerofílicas (quantidade diminuída de oxigênio e aumentada de dióxido de carbono). A colonização inicial é facilitada pelo bloqueio da produção de ácido pela proteína inibidora de ácido da bactéria, e pela neutralização dos ácidos gástricos pela amônia produzida em decorrência da atividade da urease bacteriana.
Por que H. pylori é considerado um patógeno oportunista e estrito ao mesmo tempo? Oportunista quando faz parte da microbiota do trato gastrointestinal, e estrito quando é adquirida por alimentos contaminados. 
Como Escherichia coli pode ser diagnostica por análise bacteriológica? A Coprocultura se define basicamente pela análise microscópica do material fecal, realizada através pela cultura das fezes, realizando dessa forma o diagnóstico das infecções intestinais. As fezes são coletadas no início da diarreia e encaminhadas ao laboratório. A Coprocultura deve ser acompanhada com um exame bacterioscópio de esfregaço de fezes corado peloGram.
As fezes devem ser semeadas em meios apropriados para o isolamento, utilizando os meios ágar MacConckey e ágar EBM ou Teague.
Ágar MacConkey: meio seletivo (sais biliares e cristal de violeta que inibem as bactérias GRAM-) e diferencial: fermentadoras de lactose como a E. coli forma colônias vermelhas.
Ágar Teague: seletivo (eosina azul de metileno que isola bactérias GRAM-)
Diferencial: fermentação de lactose: formação de colônias escuras com brilho metálico esverdeado.
 
Interprete o antibiograma abaixo:
Presença de halos: bactérias sensíveis aos antibióticos.
Sem halos: Resistência bacteriana.
Dê as características morfológicas da espécie E. coli.
São bacilos GRAM -, nos quais todas as linhagens possuem fímbrias especializadas que permitem que elas se liguem a certas células do epitélio intestinal. Estas produzem uma toxina que causa distúrbios gastrointestinais, denominados coletivamente de gastroenterite por E.coli.
Quais são as diferentes formas patogênicas da espécie E. coli?
Existem diferentes cepas de Escherichia coli, sendo algumas delas capazes de causar doenças mesmo quando restritas aos intestinos. Existem várias cepas diferentes de E.coli responsáveis por quadros de diarreia, com diferentes graus de gravidade. Todas elas são adquiridas após ingestão de água contaminada com fezes. A contaminação através de alimentos também é comum e se dá por vegetais regados ou lavados com água contaminada ou alimentos crus ou mal cozidos preparados por cozinheiros ou açougueiros com as mãos sujas com resíduos fecais. A carne também pode se contaminar no momento do abate, ainda antes de chegar ao açougue ou supermercado.
As formas patogênicas são: EPEC - E.coli Enteropatogênica: Causa comum de diarreia em crianças (aquosa);
ETEC - E.coli Enterotoxinogênica: Causa a diarreia conhecida como diarreia dosviajantes. A E.coli Enterotoxinogênica é uma cepa que produz uma toxina semelhante à da bactéria da cólera, que causa uma diarreia aquosa profusa.
EIEC - E.coli Enteroinvasiva: Causa quadro semelhante à disenteria
A E.coli Enteroinvasiva é uma cepa com uma virulência parecida com a bactéria Shigella, causadora da disenteria. O quadro clínico desta infecção é de profusa diarreia, geralmente com sangue, intensa dor abdominal e febre alta.
EHEC - E.coli Enterohemorrágica: Causa grave diarreia e síndrome hemolítica urêmica
A E.coli Enterohemorrágica é uma cepa que também se comporta de modo semelhante à bactéria Shigella, sendo capaz de produzir uma toxina altamente agressiva que leva à colite hemorrágica.
Dê exemplos de resistências naturais dos patógenos contra a ação de antibióticos. Penicilina G para Bactérias Gram negativas, Penicilinas para Micoplasma, Vancomicina para Bactérias Gram negativas, Aminoglicosídeos para Bactérias anaeróbias e 
Cefalosporinas para Enterococos.
Explique de que forma uma bactéria pode adquirir resistência contra as penicilinas. 
As bactérias podem se tornar resistentes aos antibióticos beta-lactâmicos por três mecanismos:
1- prevenção da interação entre o antibiótico e a PBP-alvo: A entrada de beta-lactâmicos nos bacilos gram-negativos requer sua entrada pelos poros da membrana externas. Alterações nas proteíns porinas podem modificar o tamanho ou a carga desses canais, resultando na exclusão do antibiótico.
2- diminuição da ligação do antibiótico à PBP: As bactérias podem adquirir uma PBP modificada que não se liga aos antibióticos beta-lactâmicos mas que contribuem para a síntese da parede celular. A origem dessas enzimas pode ocorrer a partir da mutação no gene da PBP.
3- Hidrólise do antibiótico pelas beta-lactamases: As bactérias podem produzir enzimas beta-lactamases que inativam os anéis beta-lactâmicos.
De que forma uma bactéria pode adquirir resistência aos antibióticos?
A resistência adquirida pode ser causada por alterações CROMOSSÔMICA (mutação) e EXTRA-CROMOSSÔMICA (Conjugação,Transformação e Transdução).
Uma forma clássica é adquirir resistência pela INATIVAÇÃO ENZIMÁTICA DA DROGA, como as Beta- Lactamases, DIMINUIÇÃO DA PERMEABILIDADE À DROGA (Aminoglicosídeos, Cloranfenicol,Tetraciclina) e MODIFICAÇÃO DO RECEPTOR DA DROGA (Modificação das PBPs, Modificação do ribossoma).
 Em antibiograma como podemos identificar as cepas patogênicas MRSA e VRSA? MRSA: Após a confirmação morfológica e bioquímica, realiza-se a cultura pura e semeia em meio àgar Müller-Hinton na presença de discos de antibióticos. Ocorrerá formação de halo em torno da meticilina. No caso de VRSA: formação de halo em torno do disco de vancomicina.
Explique o papel dos aminoglicosídeos contra a infecção bacteriana.
Aminoglicosídeos: Todos os aminoglicosídeos não são bem absorvidos no trato gastrintestinal, pois são policátions altamente polares, sendo administrados por via parenteral. Não atravessam a barreira hematoencefálica para o SNC. São transportados ativamente através da membrana celular bacteriana, unem-se irreversivelmente a uma ou mais proteínas receptoras específicas dos ribossomos do microrganismo (unidade 30S), o que provoca leitura errada do DNA, resultando na biossíntese de proteínas não-funcionais, o que causa a morte do microrganismo, com ação bactericida, embora a maioria dos demais antibióticos que interferem na síntese de proteínas sejam predominantemente bacteriostáticos.
Explique o mecanismo de ação dos seguintes antibióticos, e as infecçõesbacterianas combatidas por eles:
Vancomicina: consiste em um fármaco tóxico, sendo indicado principalmente no tratamento de infecções graves provocadas por cocos Gram-positivos resistentes aos antibióticos que são comumente empregados, e, que são menos tóxicos. Principalmente em caso de infecção por Staphyloccocus aureus resistente à meticilina, incluindo abscesso cerebral, meningite (estafilocócica e estreptocócica), septicemia bacteriana, endocardite bacteriana. Tem sido freqüentemente utilizada no tratamento das enterocolites (associada a outros antibióticos) especialmente causadas por C. difficile.
A vancomicina somente pode ser administrada por via intravenosa devido ser não ser absorvida pelo trato gastrointestinal, e, não existir preparação satisfatória para uso intramuscular.
Tetraciclina: O mecanismo de ação das tetraciclinas, que são bacteriostáticas, consiste na ligação do fármaco com estruturas (subunidade 30S) do ribossoma inibindo a síntese de proteína pelo microrganismo. é utilizada no tratamento da acne, e, possui atividade contra microrganismos que causam infecções não complicadas do trato geniturinário, como Chlamydia trachomatis e Ureaplasma urealyticum, e, é utilizada no tratamento de outras patologias como amebíase extraintestinal (concomitante ou subsequentemente com metronidazol), conjuntivite.
Cefaloxina: As cefalosporinas são antibióticos beta-lactâmicos originados do fungo Cephalosporium. são resistentes a muitas beta-lactamases e possuem melhores propriedades famacocinéticas. Pneumonia (causada por microrganismos sensíveis; infecções das vias urinárias, principalmente na gravidez ou em pacientes que não respondem a outros antibióticos); sinusite; infecção do trato biliar; meningite, septicemia. É o antibiótico mais utilizado como profilático na maioria das cirurgias.
Eritromicina: Tipo de macrolídeo que Inibe a síntese de proteínas pelos microrganismos, e, dependendo do tipo de microrganismo e do efeito da concentração, podem ser bactericidas ou bacteriostáticos. Os macrolídeos não penetram no SNC, entretanto, todos os macrolídeos não devem ser utilizados em gestantes nem em lactantes. constitui a alternativa à tetraciclina no tratamento das infecções não complicadas devido à Chlamydia na uretra, endocérvix, reto e epidídimo. Inclusive na gravidez, avaliando os riscos e benefícios, nas infecções urogenitais provocadas por este microrganismo, a eritromicina pode ser o fármaco de escolha, (não usar as tetraciclinas, nem as sulfonamidas devido às complicações), assim como na pneumonia atípica (provocada por mycoplasma). Deve-se lembrar que a maioria das cepas de estafilococos que ocorrem emh ospitais são resistentes a este fármaco.
Azitromicina: Macrolídeo que é considerado o primeiro membro da classe de antibióticos denominados azalídios. Possui maior facilidade de atravessar as membranas celulares aumentando a concentração nos tecidos, além de possuir maior espectro contra os microrganismos Gram-positivos, tem maior atividade contra alguns Gram-negativos, como Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis. A azitromicina é muito mais estável em meio ácido (os antiácidos reduzem sua concentração máxima), mas, é menos ativa contra estreptococos e estafilococos do que a eritromicina.
Gentamicina: é o aminoglicosídeo mais comumente utilizado.
Norfloxacina: Os quinolônicos fluorados, também denominados fluoroquinolônicos ou fluorquinolonas. A enzima denominada DNA girase ou topoisomerase II é a responsável pela iniciação da síntese de DNA na bactéria, enquanto os quinolônicos interferem na ação desta enzima, inibindo a duplicação do DNA necessária à duplicação do microrganismo. Embora verifica-se uma elevada resistência dos estafilococos, este grupo de fármacos são indicados principalmente em infecções complicadas das vias urinárias; e, são também indicados no tratamento de infecções provocadas pelo Pseudomonas aeruginosa como em infecções respiratórias e otite externa; osteomielite bacilar Gram-negativa crônica; e, erradicação de salmonelas em portadores.
Cloranfenicol: tem sido considerado um antibiótico de amplo espectro, ativo também contra outros microrganismos, além das bactérias, como as riquétsias. O cloranfenicol é o fármaco de escolha em caso de febre tifóide e também na meningite provocada por H.influenzae em crianças pequenas, especialmente quando a cepa é resistente àa mpicilina.
Pode ser administrado por via oral, parenteral e tópica (incluindo ocular e canal do ouvido).E ntretanto, devido à toxicidade, o uso sistêmico, encontra-se restrito às infecções graves, principalmente, quando não existe outro fármaco para o respectivo tratamento. Portanto, não deve ser usado em infecções que não sejam graves, nem também como uso profilático. Como efeitos adversos, além de problemas gastrintestinais, pode ocorrer superinfecção com Candida albicans em membranas mucosas. Outros efeitos adversos do cloranfenicol consistem em anemias hemolítica e na frequentemente fatal anemia aplásica (devido a depressão idiossincrásica da medula óssea) independente da dose utilizada, e, mesmo após ter sido suspenso o tratamento.

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