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AULA 01 Sociedade e Direito TGP (1)

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Sociedade e 
tutela jurídica
PROF. ME. HÁLISSON RODRIGO LOPES
Assessor de Juiz
Professor da Fundação Educacional Nordeste Mineiro – FENORD
Professor da Faculdade de Direito do Vale do Rio Doce - FADIVALE
Mestre em Direito
Licenciado em Filosofia
Pós-Graduado em Filosofia
Pós-Graduado em Direito Público
Pós-Graduado em Gestão Pública
Pós-Graduado em Direito Educacional
Pós-Graduado em Direito Administrativo
Pós-Graduado em Direito Civil e Processual Civil
Pós-Graduado em Direito Penal e Processual Penal – FADIVALE
Pós-Graduado em Direito Penal e Processual Penal – ESTÁCIO DE SÁ
Associado ao Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito – CONPEDI
Coordenador do Curso de Pós-Graduação da Faculdade de Direito do Vale do Rio Doce - FADIVALE
Sociedade e direito
O ser humano é ser gregário. Ele foi concebido para viver em sociedade. Desde os primórdios da humanidade, tem-se noticio de que o homem se agrupa. Passou ele do primeiro grupo de agregação social (a família) para o clã, depois adveio a tribo e, por último o Estado. 
A convivência humana em sociedade exige o estabelecimento de regras de condutas com o afã de alcançar uma certa paz social.
Destarte, não há direito sem sociedade e não existe sociedade sem a presença do direito.
Conflitos e insatisfações
Ao viver o ser humano em sociedade, vez por outra, depara-se ele com a presença de conflitos e insatisfações sociais sociais, que são perniciosos à convivência humana. 
A solução desses litígios é de suma importância para o restabelecimento da ordem e da paz social. O direito tem dupla dimensão: estabelece as normas de conduta (direito objetivo) e, ao mesmo tempo, serve como instrumento para a solução dos conflitos existentes (direito processual).
SOLUÇÃO DOS CONFLITOS E INSATISFAÇÕES
Conceito de lide
Lide ou litígio consiste no conflito intersubjetivo de interesses qualificado pela pretensão de alguém e pela resistência de outrem.
Autodefesa
É a modalidade de solução dos litígios pela imposição da vontade individual do litigante mais forte ou mais astuto sobre o mais fraco.
Não é uma forma civilizada de solucionar os conflitos. Possui duas características:
A) não há um sujeito imparcial para solucionar a lide;
B) Há imposição da vontade do litigante mais forte ou mais astuto.
Vale destacar que tal forma de solução dos litígios é tipificada como crime, intitulado como exercício arbitrário das próprias razões (CP, art. 345).
Autodefesa
Excepcionalmente, nos casos em que a lei expressamente a autorizar, pode vir a ser utilizada:
A) a legítima defesa da propriedade (CC, art. 1.210, § 1º);
B) o direito de retenção por benfeitoria necessária ou útil do possuidor de boa-fé (CC, art. 1.219);
C) o direito de cortar ramos, galhos e raízes de árvores limítrofes que ultrapassem os limites do terreno (CC, art. 1.283);
D) o penhor legal (CC, art. 1.434);
E) a prisão em flagrante (CPP, art. 301).
AUTOCOMPOSIÇÃO (CONCILIAÇÃO)
É a modalidade de solução das lides por obra dos próprios litigantes, quando um deles, ou ambos, resolve dispor do próprio interesse ou de parte dele e, com isso, põe-se fim ao litígio.
Pode ocorrer dentro ou fora do processo. Em ambos os casos, faz-se mister que o interesse material em litígio seja disponível (objetiva e subjetivamente).
AUTOCOMPOSIÇÃO (CONCILIAÇÃO)
São espécies:
A) desistência: quando um dos litigantes vier a abrir mão de sua pretensão ou renunciar a ela;
B) submissão: quando o interessado abdicar a resistência; e
C) transação: quando há abdicação de parte da pretensão e de parte da resistência.
heterocomposição
É a modalidade de solução de litígios derivada da atuação de um terceiro. Este fixa a regra solucionadora do conflito a ser cumprida pelo vencido, sob pena de eventual execução forçada. São espécies:
A) jurisdição: é a heterocomposição levada a cabo por um terceiro (o magistrado), por meio do processo.
heterocomposição
B) arbitragem: é um método facultativo de solução dos litígios; está disciplinada na Lei nº 9.307/1996; as partes precisam ser capazes de contratar e o litígio deve ser relativo a direitos patrimoniais disponíveis; a submissão à arbitragem dá-se mediante convenção de arbitragem (convecção na qual contratante e contratado comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir relativamente ao contrato celebrado) e compromisso arbitral (os litígios submetem uma lide à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial).

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