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1 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS EVIDÊNCIAS DE APLICAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA E DA GESTÃO ADMINISTRATIVA CLÁSSICA NA EMPRESA TAKATA BRASIL S.A JUNDIAÍ - SP 2016 2 Caroline Gonçalves Ferreira RA T70335-2 EVIDÊNCIAS DE APLICAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA E DA GESTÃO ADMINISTRATIVA CLÁSSICA NA EMPRESA TAKATA BRASIL S.A Atividades Práticas Supervisionadas – trabalho apresentado como exigência para a avaliação do segundo bimestre, em disciplinas do 2º /1º semestre, do curso de Ciências Contábeis, da Universidade Paulista, sob orientação dos professores do semestre. JUNDIAÍ – SP 2016 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 4 1 Perfil da Organização ...................................................................................................................... 5 2. Revisão Conceitual, Identificação e Descrição de Práticas e Análise .......................................... 7 2.1 Administração Científica....................................................................................................................7 2.2 Administração Clássica......................................................................................................................9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 12 APÊNDICE B – FOTO ................................................................................... Erro! Indicador não definido. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................. 13 4 INTRODUÇÃO Esse trabalho propõe principalmente buscar, visualizar e compreender as aplicações das teorias da administração nas organizações. Para isso, além de uma fundamentação teórica da Teoria Geral da Administração (TGA), é necessário também realizar uma visita técnica a uma organização. Para aplicação nesse trabalho, foram usados os conceitos de três teorias que compõem a TGA, sendo elas: Teoria da Administração Científica, com foco nas tarefas dentro de uma organização; Teoria Clássica da Administração, com foco na estrutura organizacional; e, por fim, a Teoria das Relações Humanas, que tem enfoque nas pessoas que compõem a organização. E, no estudo dessas teorias, foram utilizados autores como Idalberto Chiavenato, Antônio Cesar Amaru Maximiano, Anna Maris Pereira de Moraes, entre outros. Com a finalidade de alcançar os objetivos, foi realizada uma visita técnica à empresa Takata Brasil S.A., que tem um mercado de atuação no ramo automobilístico mundial. Além de estudos sobre a organização, como suas origens, produtos e força de trabalho, na visita foram feitas perguntas remetentes às teorias, ou seja, uma coleta de dados, para que fosse possível analisar se a organização trabalha com métodos e conceitos das teorias supracitadas. Após investigar e identificar esses métodos, foi realizada uma união das teorias às praticas, o que auxiliou a visualização das duas nos tempos atuais. 5 1 PERFIL DA ORGANIZAÇÃO 1.1 A empresa estudada, Takata do Brasil S.A, tem origem da junção de duas empresas: Petri e Takata. Primeiramente, foi fundada a indústria Petri, por Richard Petri, na Alemanha no final do século XIX. A empresa fazia confecção de peças de celuloide, que foi um dos primeiros tipos de termoplásticos na indústria por sua resistência e facilidade de modelagem. Em 1920, o crescimento das indústrias automobilísticas atraiu a atenção da Petri, porém, apenas em 1926, Richard Petri decidiu participar do mercado automobilístico, passando a produzir volantes. Com esse crescimento automobilístico, a Petri começou a se expandir, decidindo investir em uma instalação no Brasil. Em 1958, o GEIA (Grupo Executivo da Indústria Automobilística) aprovou a criação da Petri Brasil S.A., que foi instalada em São Bernardo dos Campos. Durante a década de 1960, a Petri passou a fornecer volantes, aros e botões de buzinas para as fabricas de veículos e de mercado de reposição. Com o continuo crescimento da demanda logo se tornou necessário uma nova instalação na cidade de Jundiaí – SP. Já a empresa Takata, foi fundada em 1933, no Japão, por Takezo Takada, e era especializada na produção de tecidos feitos de seda e linhas de pesca. Tempos depois, para suprir as necessidades do exército japonês, passou a fabricar corda e decido para paraquedas. Em 1950, Takezo realizou uma viagem para os Estados Unidos, na qual obteve conhecimento dos cintos de segurança e percebeu os benefícios de sua utilização aos motoristas e passageiros. Embora o uso de automóveis fosse bastante restrito no Japão na época pós-guerra, a Takata passou a desenvolver cintos de segurança pois Takezo acreditava que cedo ou tarde os cintos se tornariam itens obrigatórios nos veículos. No começo, a indústria confeccionava os modelos dos Estados Unidos e apenas em 1960 surgiu o primeiro cinto criado pela empresa. Em 1970, Takezo decidiu investir em um novo segmento, que se tornaria um item indispensável na segurança dos ocupantes nos automóveis: o Air-bag. Em 2001, a Takata realizou uma compra em nível mundial da Petri, assim unindo forças e formando a Takata-Petri do Brasil S.A., com mercado de atuação automobilístico. Atualmente a empresa denomina-se Takata do Brasil S.A. 6 A empresa trabalha com grande quantidade de maquinários industrial, específicos para seus produtos, que são: airbags, volantes, cintos de segurança e as cadeiras infantis para automóveis. Na filial visitada, a força de trabalho é composta por 1.300 funcionários, com grande concentração na área de produção. Cerca de 1.000 funcionários estão localizados no setor operacional, divididos em dois turnos, e os outros 300 colaboradores estão divididos nos setores administrativos. A Takata do Brasil S.A tem grande atuação no mercado automobilístico, principalmente na produção de itens de segurança para automóveis. Além disso, tem como público-alvo inúmeras montadoras de nível mundial, como por exemplo, a Toyota, Honda, Volkswagen, Renault, Ford Motors, Johnson Controls, entre outros. Já seus principais concorrentes são: a Auto Live, que trabalha com tecnologia de airbags e possui uma engenharia de volantes, Johnson Controls, que produz equipamentos para o interior dos automóveis como acentos, climatização, sistemas de airbags entre outros e a TRW Automotive, que por sinal é uma concorrente direta, pois fabricam sistemas e moldes de airbags, volantes, sistemas de segurança e vários equipamentos de segurança automotiva. Os insumos adquiridos pela empresa vêm do Grupo Takata a nível mundial (filiais disponíveis em todos os continentes). Já os itens de matéria-prima são fornecidos pela CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), Votorantim Metais, Trio Espumas, Aços Vic, OEC Indústria, Plaspint Indústria, Boreais Brasil, Tyco Eletronics, Dupont do Brasil, etc. E para prestadores de serviços se tem como exemplo a JSL (Julio Simões Logística), Spinalog e a Sodexo. 7 2. Revisão Conceitual, Identificação e Descrição de Práticas e Análise2.1 Administração Científica A Administração Científica tinha em sua essência o intuito de aplicar a ciência à administração. Possuía ênfase nas tarefas, buscando a eliminação do desperdício, da ociosidade operária e a redução dos custos de produção. Com o objetivo de garantir uma melhor relação custo/benefício aos sistemas produtivos das empresas da época. Taylor buscava, com isso, uma forma de gestão que fizesse com que o trabalhador produzisse mais em menos tempo, sem elevar os custos de produção da empresa. Ele observou que o sistema de gestão da época continha muitas falhas, entre elas: a falta de padronização dos métodos de trabalho, o desconhecimento por parte dos administradores do trabalho dos operários e a forma de remuneração utilizada nas empresas. Seu trabalho foi dividido em dois períodos: 1º período de Taylor: racionalização do trabalho dos operários das fábricas da época. 2º período de Taylor: definição de princípios de administração aplicáveis em todas as situações do cotidiano da empresa. Taylor propõe a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e movimentos por meio de seu livro “administração de oficinas” (1903). Tal estudo visava definir uma metodologia que deveria ser seguida por todos os trabalhadores, pregando a padronização do método de trabalho e das ferramentas utilizadas. Entre as vantagens dos estudos dos tempos e movimentos estão: Eliminação do desperdício de esforço e movimentos inúteis; Racionalização da seleção dos operários e sua adaptação ao trabalho; Facilita o treinamento e melhora a eficiência e rendimento. A Organização Racional do Trabalho visava a eliminação de movimentos inúteis, fazendo com que os trabalhadores executassem suas tarefas de forma mais simples e rápida, estabelecendo um tempo médio, a fim de que as atividades fossem feitas em um tempo menor e com qualidade, aumentando a produção de forma eficiente. A ORT pregava: Análise do trabalho operário; 8 Estudo dos tempos e movimentos; Fragmentação das tarefas; Especialização do trabalhador. Com base nestes estudos, Taylor criou alguns princípios que em sua opinião norteavam a Administração Científica que foram eles: Princípio de planejamento – substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos. Princípio de preparo dos trabalhadores – selecionar os operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida. Princípio de controle – controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta. Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível. Com a aplicação destes princípios, a Administração Cientifica conseguiu atingir alguns objetivos e identificar novas situações importantes para o processo de desenvolvimento da Administração. A cooperação dos operários foi obtida com planos de incentivos salariais e prêmios de produção. O desenho de cargos e tarefas mostrou o trabalho simples e repetitivo das linhas de produção, a padronização e as condições de trabalho que asseguravam a eficiência. Como todo processo pioneiro e inovador, a Administração Científica teve seus críticos. E muitas destas críticas perduram até hoje: O mecanicismo da abordagem (teoria da máquina); A superespecialização que robotiza o operário; A visão microscópica do homem; Ausência de comprovação científica; Limitação do campo de aplicação à fábrica; Abordagem de sistema fechado (limitada). Mas apesar das críticas, a Administração Científica tem um papel importantíssimo na formação do que conhecemos hoje como Administração. Em seu livro “Introdução à teoria Geral da Administração”, Chiavenato afirma que a administração foi o primeiro passo na busca de uma teoria administrativa. Um passo pioneiro e irreversível. 9 Na visita, constatou-se que há a divisão do trabalho, apesar de haverem poucas pessoas devido a grande quantidade de máquinas na organização. Cada pessoa e cada máquina presente na linha de produção ou de montagem são responsáveis por uma determinada função e, em relação às pessoas exercerem sua função, a empresa possui um tempo de treinamento especifico, que é determinado de acordo com a área de atuação do empregado. Além disso, o método de produção é dividido em sete passos: recebimento de matéria-prima, contagem de estoque, usinagem, produção por componente, controle de qualidade, contagem ou separação de produtos e expedição do produto final. E isso se correlaciona com a Racionalização do trabalho, que surgiu dos estudos de tempos e movimentos. E por fim, outro aspecto da ORT visualizado na organização foi o de Incentivos salariais e prêmios em que, de acordo com Moraes (2004), Taylor parte do pressuposto que os trabalhadores eram motivados materialmente, e assim defendia um sistema de pagamento em que o operário receberia quantias adicionais em seu salário caso produzisse mais que o nível padrão estabelecido. 2.2 Administração Clássica Henri Fayol o criador da Teoria Clássica, dividiu as funções da empresa e criou os princípios gerais da administração, que são as bases da administração como ciência, estes princípios são úteis para estruturar qualquer organização seja qual for seu ramo de atividade e seu tamanho. A teoria se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. Partia da organização e da estrutura como um todo, para garantir a eficiência de todas as partes envolvidas, fossem elas departamentos, seções ou pessoas como executores de tarefas e ocupantes de cargos. Fayol via a organização como um corpo – o "corpo empresarial". As atividades desse corpo eram encaixadas em seis funções; 1º Funções Técnicas: relacionam-se com a produção, fabricação e transformação. 2º Funções Comerciais: estão ligadas as compras, vendas e permutas; 3º Funções Financeiras: estão conectadas a captação e gerência de recursos. 4º Função de Segurança: refere-se a proteção de bens e de pessoas. 5º Funções Contábeis: direciona-se a elaboração de inventário, balanços, preços de custos, etc. 6º Funções Administrativas: previsão, organização, comando, coordenação e controle. 10 Sobre as funções administrativas, Fayol definiu elementos da Administração, ou funções do administrador, a saber; 1. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação. 2. Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa. 3. Comandar: dirigir e orientar o pessoal. 4. Coordenar: ligar, unir harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos. 5. Controlar: verificar que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e as ordens dadas. Fayol propôs-se a escrever sobre a função administrativa com o propósito de diferenciá-la das funções técnicas e comerciais, confundidas pelos executivos que compreendiam mal. Fayol refletiu sobre sua própria experiência como gerente e identificou diversas técnicas ou métodos administrativos que havia aplicado e que, em sua opinião, haviam fortalecido o corpo organizacional ou tinham-no ajudado a funcionar. Apesar dos receios de que pudesse ser mal interpretado (como foi), dado que se poderia pensar que estivesse propondo leis universais ao chamar de princípios a esses procedimentos, Fayol propôs quatorze deles. 1. Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar aeficiência. 2. Autoridade e responsabilidade: autoridade e o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência. A responsabilidade é uma consequência natural da autoridade. Ambas devem estar equilibradas entre si. 3. Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito às normas estabelecidas. 4. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única. 5. Unidade de direção: uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que tenham o mesmo objetivo. 6. Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais: os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares. 7. Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a organização em termos de retribuição. 8. Centralização: refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização. 9. Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo. 11 10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana. 11. Equidade (reconhecer o direito de cada um): amabilidade e justiça para alcançar lealdade do pessoal. 12. Estabilidade do pessoal: a rotatividade das pessoas tem um impacto negativo sobre a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer num cargo, tanto melhor. 13. Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu sucesso. 14. Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas são as forças da organização. Dentre os 14 princípios de Fayol, alguns estão presentes na empresa. Segundo O princípio da autoridade e responsabilidade se remete a autoridade como direito de mandar e, consequentemente, a responsabilidade para responder pelas ações realizadas. Na organização há as equipes de trabalho, presentes em todos os setores, na qual cada uma tem seu líder para delegação de trabalho e tarefas (autoridade), porém a responsabilidade é mútua, a fim de alcançar as metas propostas. A Takata preza a remuneração do pessoal de forma equitativa e justa, isto é com o nível de remuneração coerente, além de ser um meio de manter os trabalhadores motivados. Fayol também prezava a estabilidade do pessoal no cargo que, segundo Moraes (2004), é a permanência de pessoas e grupos a fim de promover seus desenvolvimentos e longevidade no trabalho. E, recentemente, a Takata foi considerada uma das melhores empresas para se trabalhar devido sua estabilidade e ambiente de trabalho. Fayol ainda considerava o espírito de equipe que, segundo Maximiano (2011), é o desenvolvimento e manutenção da harmonia na força de trabalho. Desta forma, a organização incentiva o trabalho em equipes, a fim de cumprir as metas com o fortalecimento desses grupos. 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a fundamentação das teorias administrativas aplicadas a esse trabalho, foi possível realizar a relação entre teoria e prática, ou seja, alcançar os objetivos propostos de buscar, visualizar e compreender a aplicação dos conceitos da Teoria da Administração Científica, Teoria Clássica da Administração e Teoria das Relações Humanas à administração moderna. 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHIAVENATO, Idalberto. Princípios da administração: o essencial em teoria geral da administração. 2. ed. Barueri, SP: Manole, 2012. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. MORAES, Anna Maris Pereira de. Introdução à administração. 3. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. SILVA, Reinaldo O. da. Teorias da administração. São Paulo – Pearson Prentice Hall, 2008. TEORIA CIENTIFICA - http://www.sobreadministracao.com/tudo-sobre-a- administracao-cientifica-de-taylor/ TEORIA CLÁSSICA - http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/os- elementos-e-principios-da-administracao-na-teoria-classica/21513/
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