Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DO MUNDO DA LEITURA PARA A LEITURA DO MUNDO LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 6ed. São Paulo: Ática, 2000 Marisa Philbert Lajolo, pesquisadora, ensaísta, crítica literária, professora universitária e escritora de literatura juvenil, nascida em 1944, na cidade de São Paulo teve sua carreira acadêmica voltada para a literatura brasileira, tendo como foco história da leitura e literatura infanto-juvenil, devido ao seu contato frequente com os livros de Monteiro Lobato, principalmente O Sítio do Picapau Amarelo, durante toda a infância. Em 2006, recebeu a Medalha da Ordem do Mérito do Livro, por suas ações de incentivo ao livro e à leitura como uma maneira de inclusão e cidadania, baseada nas suas ações ao decorrer da vida escreveu o livro “Do mundo da leitura para a leitura do mundo”, com o intuito de abordar a situação escola-professor na literatura e na educação dos jovens. O livro é composto por dois títulos, o primeiro “No mundo da leitura” e o segundo “Leituras do mundo”. Cada capítulo é formado especificamente por ideias relacionadas ao tema do livro: leitura, livro didático e escola, os elementos mais marcantes e atrativos dessa obra, é sua linguagem próxima da literária e a comparação entre as técnicas da autora com escritores e poetas renomados da literatura brasileira. A primeira questão abordada pela autora é a iniciação na leitura, não apenas a leitura dos livros, mas também aquela aprendida nos corredores dos colégios e pelas andanças da vida, já que, o conhecimento delas são tão importantes quanto a cultura acumulada e organizada nos livros didáticos e literários, uma vez que, quanto mais se reúne bagagem de mundo, mais sedentos de informações as pessoas se tornam. Em seguida, ela interpela de maneira direta sobre a escola, os professores, os livros didáticos e suas funções no âmbito escolar, direcionados especificamente as leituras literárias. Para ela, o hábito de ler por paixão tornou-se cada vez mais obsoleto, sendo substituído pela obrigação imposta pelos professores com o único intuito de gerar nota no sistema no final de cada unidade. Para o exercício do dever, alguns dos mestres do saber preferem dramatizar as obras, entregar livros resumidos aos alunos, realizar atividades de audiovisual que se relacione com a leitura em questão, para não lidar com o problema da obrigatoriedade de ler. Assim como os professores, os bibliotecários têm como função aproximar o aluno do fascínio que a leitura propõe. Eles não são apenas guardiões dos amontoados de livros dispostos nas bibliotecas, são também portadores de histórias, culturas e devem se aproximar dos alunos com uma postura menos pedagógica, deve mostra-los que, as obras literárias que os cercam conseguem transportá-los para os mais diversos lugares sem ao menos saírem do local, criar um espaço, onde os estudantes possam dividir suas opiniões sobre os livros, fazer com que a leitura passe a ser adotada em outras aulas como geografia, história, faria com que a biblioteca fosse vista como mais do que os limites impostos pelas 4 paredes.
Compartilhar