Direito Econômico

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Direito Econômico
Direito econômico – E um ramo do direito público. Conjunto de normas e princípios e regras que rege a atuação do Estado na Economia. 
Cabe ao Estado a defesa da livre iniciativa, de modo a evitar que alguns grupos econômicos possam apropriar de forma desordenada ou inadequada do espaço econômico. 
Atividade Econômica - Qualquer atividade produtora de riquezas.
A atuação do Estado na economia e regido por normas jurídicas
Competência – Da união, dos estados e do Distrito Federal legisla concorrentemente sobre o direito econômico. União normas gerais e Estados norma especificas. 
Relação do estado com a economia – Vinculo entre o estado na função de organizador buscando os resultados de natureza econômica e a própria realização da atividade econômica. 
Intervenção estatal
Estado liberal - Quem produzia eram os privados (recebiam pagamentos) porem excluía uma parcela da sociedade. Intervenção mínima do Estado. (Livre iniciativa), gera desigualdade 
Estado democrático de direito – O Estado exerce a função de bem-estar social (estado tem que produzir determinados bens e serviço para toda a sociedade principalmente quem não tem condição, pela CF o estado tem obrigação de garantir, assegurados os direitos e garantias sociais. Ex: saúde, educação, assistência social, previdência social, segurança, transporte...) Estado passa a intervir nas atividades de iniciativa privada passando a produzir esses bens e serviços. 
O Estado por meio de arrecadação de tributos, entrega esses bens e serviços como forma recursos. 
Direta: Art 173 CF. O Estado intervém na economia em duas hipóteses: Segurança nacional e relevante interesse coletivo. Exploração direta da atividade econômica pelo Estado. O Estado atua como empresário, se preocupando com a produção através de empresas públicas e sociedades de economia mista. 
Sua finalidade prática é a de evitar e coibir práticas que derivem ou incidam no abuso de poder econômico, como, por exemplo, práticas que tenham por fim a dominação dos mercados, a eliminação da concorrência, ou o aumento arbitrário dos lucros.
Indireta: Art 174 CF.o Estado agindo como agente normativo e regulador da atividade econômica. Se dá pela regulação (intervenção do Estado na conduta dos agentes econômicos, objetivando a implementação de políticas de governo e promoção de valores sociais e direitos fundamentais), fiscalização (exercício do poder de polícia por meio do qual se verifica o cumprimento das normas vigentes pelos agentes econômicos), incentivo (geralmente se dá por meio de benefícios fiscais ou creditícios. ) e planejamento (Funciona basicamente, com um norte para o setor público e uma mera sugestão ao setor privado. ) da atividade econômica.
Concentração Empesaria 
Fusão - É uma ferramenta jurídica utilizada quando duas ou mais empresas se unem dando origem a outra organização. Assim, as empresas que se juntam deixam de existir de forma legal e formam uma terceira empresa. 
Incorporação - Na incorporação, o controle acionário de uma empresa “A”, geralmente de menor porte, é comprado por uma empresa “B”. Nesse caso, a empresa “A” deixa de existir legalmente enquanto que a “B” permanece com sua identidade. No caso, o patrimônio da empresa “A” passa a ser controlado pela empresa “B”, que assume os ativos em sua totalidade.
Cisão - Na operação de cisão, uma companhia transfere total ou parte do seu patrimônio (representada por ativos e passivos), para uma ou mais sociedades. A companhia que teve suas ações transferidas não é extinta, pois tem como princípio que remanescerá parte do patrimônio. A parte do capital cindida será dividida entre sociedades adquirentes.
Planejamento econômico: Para que o poder público possa desempenhar suas funções com critério, é necessário que haja um planejamento orçamentário consistente, que estabeleça com clareza as prioridades da gestão. Quanto gastar em saúde? E em educação? Será que é preciso aumentar os investimentos em saneamento? Mas de onde virá o dinheiro para que esse aumento seja possível?
PLANO PLURIANUAL PPA -  É um plano de longo prazo (ultrapassou um exercício financeiro). É a soma de todos os programas de governo a serem executados em um período de 4 anos. O Plano Plurianual nada mais é que uma estratégia de governo para um período de 4 anos. Conteúdo: diretrizes, objetivos e metas
 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA
Princípios Constitucionais Econômicos 
Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC)
O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência - SBDC é formado pelo Cade e pela Secretaria de Acompanhamento Econômico - Seae do Ministério da Fazenda. 
É o conjunto de órgãos governamentais responsável pela promoção de uma economia competitiva no Brasil, por meio da prevenção e da repressão de ações que possam limitar ou prejudicar a livre concorrência. A Seae realiza a chamada “advocacia da concorrência” perante órgãos do governo e a sociedade. Em outras palavras, ela promove a livre concorrência, opinando sobre proposições legislativas ou minutas de atos normativos nos a spectos relacionados ao tema, propondo a revisão de leis, decretos e regulamentos, manifestando-se sobre pedidos de revisão de tarifas e realizando estudos que avaliem a concorrência em setores específicos da economia, para subsidiar as decisões de órgãos governamentais.
Trustes
Com o iminente Império dos Trustes (denomina-se truste (do inglês "confiar") o ano de 1870, alguns países europeus iniciaram fusões de grandes empresas, em função das várias crises de mercado, onde as empresas mais fortes e rendáveis absorviam as empresas menores. Com isso, se desenvolveu uma concentração do capital, nas mãos de poucas empresas, trazendo grandes modificações no sistema capitalista (de modo a poder controlar livremente o preço dele) 
Truste é uma forma de oligopólio (situação de mercado em que poucas empresas detêm o controle da maior parcela do mercado), é o resultado típico do capitalismo que forma um oligopólio na qual leva a fusão e incorporação de empresas envolvidas de um mesmo setor com o intuito de dominar determinada oferta de produtos e/ou serviços. 
Truste Vertical: Visa controlar de forma sequencial a produção de determinado gênero industrial, sendo que as empresas podem ser de diversos ramos.
Truste Horizontal: Constituído por empresas do mesmo ramo.
Exemplo: Como exemplo, podemos citar uma fusão entre a Sadia e a Perdigão, que formaram a Brasil Foods, atuando no ramo de produtos alimentícios.
Lei Sherman – EUA. Proíbe qualquer ato de concentração que prejudique a concorrência. visa tornar as empresas a competir de forma justa. 
É uma reação ao liberalismo econômico; Visava a correção das distorções trazidas pelo excesso de concentração de capital; Visou tutelar o mercado ou o sistema de produção contra seus efeitos autodestrutíveis; Os mercados não são bem sucedidos em condições monopolistas 
CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica
O CADE e constituído pelos seguintes órgãos: Tribunal Administrativo de Defesa Econômica, Superintendência-geral, Departamentos de Estudos Econômicos. 
Foi criado em 1994 e é uma autarquia vinculada ao Ministério da Justiça.
Atua para assegurar a livre concorrência no mercado, que é garantida pela Constituição e se choca com outro princípio do capitalismo: a tendência à consolidação entre as empresas, por meio de fusões e aquisições. Age para tentar evitar a tendência estrutural de o mercado se concentrar em poucas empresas, e para punir condutas deliberadamente tomadas para dificultar a livre competição.
Atuação preventiva do CADE
Para evitar que uma empresa fique grande demais. Qualquer ato de concentração, como fusões (duas empresas se unindo numa só), aquisição (a compra de uma empresa por outra) ou joint ventures (duas empresas se unindo para criar uma terceira), que envolva companhias grandes deve ser analisado previamente pelo Cade.
‘’à análise dos atos de concentração, ou seja, às análises das fusões,incorporações e associações de qualquer espécie entre agentes econômicos. Isto estava previsto no art. 54, da Lei 8884/94”. 
Nos termos do art. 88, incisos I e II, dessa, cumulativamente: só serão analisados aqueles atos em que uma das empresas tenha faturamento bruto anual ou volume total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$ 400 milhões e a outra o equivalente ou superior a R$ 30 milhões. O objetivo é evitar a formação de monopólios (quando uma empresa domina todo o mercado) ou concentração excessiva do mercado em poucas companhias.
Análise sobre os atos de concentração obrigatoriamente, a partir de 29 de maio de 2012 será prévia a consumação do negócio jurídico, e não depois, como acontece hoje
 Atuação repressiva do CADE
Neste caso, o CADE tem o papel de reprimir as práticas lesivas aos valores protegidos pela lei: tais como cartéis, vendas casadas, preços predatórios, acordos de exclusividade, dentre outras”.
Punições com aplicações de multas art 37.
Aqui o que está em jogo não é a tendência natural de o mercado se concentrar, mas condutas deliberadamente tomadas por empresas ou indivíduos com o objetivo de ferir a livre competição. Entre elas está, por exemplo, formar cartel (acerto ilegal entre empresas para aumentar o preço de um produto ou combinar lances em licitações), praticar preços predatórios (vender o produto por um valor inferior ao seu custo, para eliminar concorrentes e, depois, elevar o preço) e acordos de exclusividade (impedir que comerciantes vendam produtos de concorrentes).
O Cade pode punir empresas flagradas praticando cartel com multas ou proibição de receber financiamento de bancos públicos, além de determinar que elas adotem medidas de correção de rumo.
Exemplos: Em 1999, em seu primeiro caso de cartel, o Cade condenou a CSN, a Cosipa e a Usiminas a pagarem cerca de R$ 50 milhões, em valores da época, por combinarem o aumento do preço do aço. Em 2013, o órgão atou num caso mais prosaico: aplicou multa de R$ 650 mil a 18 padarias e a 19 pessoas na cidade de Sobradinho (DF) que combinaram o mesmo reajuste do preço do pão. Em 2016, o Cade aplicou uma multa de R$ 183 milhões a cinco bancos estrangeiros que manipularam taxas de câmbio no Brasil
Acordos de leniência - Quando uma empresa que integra um cartel procura o Cade para denunciar o esquema e apresentar provas e, em troca, ter sua pena reduzida. 
Exemplo: Em 2015, duas empresas envolvidas na Lava Jato — a Setal Engenharia e Construções e a SOG Óleo e Gás — assinaram um acordo do tipo com o Cade após denunciarem a prática de cartel em contratos com a Petrobras.